segunda-feira, janeiro 18, 2021

"The reason we can't find rest is because we look for where it is not." (Father António Vieira)

 
"The reason we can't find rest is because we look for where it is not." (Father António Vieira)

We must realize that we are now installed in this “new normal” and that it is in function of this reality that we have to live our life. Many of us have spent all these months with the precautions that are and were determined by the rules of public health, (such as the use of a mask, physical distance, hand hygiene and respiratory etiquette) but we must not, nor can we fail to look at the forest as a whole and not just as a tree, because many of us do not miss many cases of friends and even acquaintances, who did not exempt themselves, at “dinner parties”, either during the Christmas season or on New Year's Eve , with many people beyond what was advisable, and unbelievable as it may seem, even in these times now it happens. How is all this possible to be happening, with all the information more than enough to know the risks involved? It will make no sense that what is decided by others, by those who act according to the individualistic principle that only evils happen to others, that after all, sooner or later they end up not only coming to knock on the door, but reaching other people. people who were compliant !? Perhaps it is good to remember what Clarice Lispector said: "Life is short, but the emotions that we can leave last an eternity." This is a difficult time for everyone, but it is not the time to let your guard down. The time has come to be more supportive in the exercise of citizenship, if we do not realize and practice this, we will not be up to the challenge in our lives, nor set an example for our children, or our grandchildren, for a supportive and confident country that we have future. We are not just a mere spectator of our life, our attitudes are responsible for making our life wonderful and extraordinary. As Plato said. "Do not wait for a crisis to find out what is important in your life." (Plato) Whoever lives in this bubble of amnesia, selfishness and indifference to the common good, pretends not to know that, just at the weekend, thousands were infected due to not complying with health rules. Between a coffee and another, as if it were cheese, they erase from their memory the responsibility that they do not want to assume their real responsibility. In these times or society perceives (and changes behaviors), it is unacceptable that at the same time, in a world to the contrary, there are those who make exceptions the most important part of the rules to follow. “To close is to close, to confine is to confine, it is not to confine more or less, it is not to pretend to confine.” (Marcelo Rebelo de Sousa, President of the Republic). We have no doubt that there is an urgent need in our country to impose more shackles to obey the rules of flattening the deaths, so that we must evaluate the exceptional situations foreseen much more rigorously and reduce them “because people are having very creative interpretations ”. If in doubt, do not invent: STAY AT HOME. “We are putting all the means that exist in the country to work, but there is a limit and we are very close to the limit. And the Portuguese need to know that. ”(Marta Temido, Minister of Health) “To see is to be seen. By whom? For everything. As if things have a sunflower in the middle. Even the most opaque. Without that, we wouldn't see anything. We are not the Sun. Just a look where, by meditating on things, everything becomes solar. Until the night. ” (Eduardo Lourenço, in Da Pintura)

"A razão porque não achamos o descanso é porque buscamos onde não está.”(Padre António Vieira)

 "A razão porque não achamos o descanso é porque buscamos onde não está.”(Padre António Vieira)

 Há que perceber que agora estamos instalados neste “novo normal” e que é em função desta realidade que temos de viver a nossa vida. Muitos de nós tem passado todos estes meses com as cautelas que são e foram determinadas pelas regras de saúde publica, (como a utilização de máscara, a distância física, a higienização das mãos e a etiqueta respiratória) mas não devemos, nem podemos deixar de olhar para a floresta como um todo e não apenas como uma árvore, porque muitos de nós não deixa de conhecer muitos casos de amigos e até de conhecidos, que não se eximiram , às “jantaradas”  quer no período natalício, quer na passagem de ano, com muitas pessoas para além do que era aconselhável, e por mais inacreditável que nos pareça, mesmo nestes tempos de agora isso acontece. Como tudo isto é possível estar a acontecer, com toda a informação mais do que bastante para conhecerem os riscos em causa? Fará sentido algum que o decidido pelos outros, por aqueles que agem de acordo com o princípio individualista de que só aos outros acontecem os males, que afinal, mais tarde ou mais cedo acabam não só por lhes virem bater à porta, mas por atingirem outras pessoas que foram cumpridoras!? Talvez seja bom relembrar o que disse Clarice Lispector:” A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar duram uma eternidade.”

Este é um momento difícil para todos, mas não é altura para baixar a guarda. Chegou a hora de sermos mais solidários no exercício da cidadania, se não percebermos e praticarmos isso, não estaremos à altura neste desafio das nossas vidas, nem dar um exemplo as nossos filhos, ou aos nossos netos, por um país solidário e confiante que temos futuro. Não sejamos apenas um mero espectador da nossa  vida, as nossas atitudes são responsáveis por tornar a nossa vida maravilhosa e extraordinária. Como disse Platão. ”Não espere por uma crise para descobrir o que é importante na  sua vida.”(Platão)

 Quem vive nessa bolha de amnésia, egoísmo e indiferença pelo bem comum, finge não saber que, só no fim-de-semana, foram milhares os infectados por não cumprirem as regras de saúde. Entre um café e outro, como se de queijo se tratasse, apagam da memória a responsabilidade que não querem assumir a sua real responsabilidade. Nestes tempos ou a sociedade percebe (e muda os comportamentos), sendo inadmissível que  em simultâneo, num mundo ao contrário, há quem faça das excepções a parte mais importante das regras a cumprir.Fechar é fechar, confinar é confinar, não é confinar mais ou menos, não é fingir que confina.”(Marcelo Rebelo de Sousa, presidente da República) .

Não temos dúvidas que há toda urgência no nosso  país impor mais grilhetas para obedecer às regras do achatamento das mortes, por isso à que avaliar com muito mais rigor as situações excepcionais previstas e a diminuí-las “porque as pessoas estão a ter interpretações muito criativas”. Em caso de dúvida, não invente: FIQUE EM CASA. Estamos a pôr todos os meios que existem no país a funcionar, mas há um limite e estamos muito próximos do limite. E os portugueses precisam de saber disso.”(Marta Temido, ministra da Saúde)

 “Ver é ser visto. Por quem? Por tudo. Como se as coisas tivessem um girassol no meio. Mesmo as mais opacas. Sem isso não veríamos nada. Nós não somos o Sol. Apenas um olhar onde, pela meditação das coisas, tudo se torna solar. Até a noite.”  (Eduardo Lourenço, in Da Pintura)