“Num
relatório hoje publicado sobre a economia portuguesa, a Organização para a
Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) refere que as reformas de pensões
em Portugal foram feitas à custa dos jovens e dos futuros reformados e que os
pensionistas actuais, em particular no sector público, têm benefícios
"significativamente mais generosos".
É por todas estas “coisas” que já não sabemos
se a opção de escolha será a “era da pós-verdade” se a de “factos
alternativos”?
Para esta dita
organização internacional, ao que sabemos sofre influência directa de
“neoliberais” que de ex-ministros “falhados” foram ocupar “tachos” bem
remunerados, os factos não importam, a veracidade das informações também não, o
que interessa são as emoções que a divulgação destes “pseudo-relatórios”, ou
supostos “estudos estatísticos” provocam. Começa a ser muito difícil, em tempos
da pós-verdade, distinguir as verdadeiras mentiras de factos falsos, dado que
há muito se instalou uma deriva da “direita neoliberal”, nesta selva no panorama
da imprensa que os que ainda lêem os jornais descobrem todos os dias.
É sempre a treta do
costume. Pressão, chantagem sobre quem tem um pouco de melhores condições de
vida e trabalhou e descontou para tal. O objectivo não é a defesa dos mais
jovens, mas sim criar condições para reduzir os salários, as pensões de
reforma, aumentar a precariedade laboral. Os ganhos, ou melhor os roubos da
banca, dos banqueiros, todas as fraudes cometidas e ainda o planeamento fiscal
que com a ajuda dos offshore roubam aos estados milhões e milhões de euros,
quando o que importava era que fossem
divulgados, com urgência, as imparidades (uma nova forma de dizer as dividas)
(as existentes, seus montantes, a identidade dos respectivos devedores, bem
como os responsáveis pela concessão desses créditos mal parados, nomeadamente os milhões que “desapareceram “
na CGD e no BES. Mas, parece que tudo
isto é uma insignificância para a OCDE e quejandos. Grave, grave são as
reformas e pensões o salário mínimo nacional ser de 557 euros!
É ver as previsões
da OCDE e de outros organismos internacionais para 2016 e ver a credibilidade
das mesmas. Falharam em tudo e a direita neoliberal em Portugal agarra-se a
isto para fazer futurologia e conta com o apoio da imprensa através dos seus comentadores e em entrevistas sucessivas, onde
“truncam” e “manipulam” dados e impõem os “chamados factos alternativos”,
quando deviam realçar que os dados estatísticos obtidos foram melhores que as
previsões, porque o modelo de previsão e
metodologias utilizadas pela OCDE é inadequado e conduziu a margens de erro
graves por subestimar politicas que foram aplicadas, ou existe um enviesamento ideológico
que torna impeditivo aos “actores estatísticos” aceitarem critérios adequados à
realidade socio-economia portuguesa.
Talvez seja o
momento de afirmar que os portugueses precisam de tudo, menos destes “diabinhos”
e de outros que vivem da corrupção e das fragilidades do Estado, pois todos nós
sabemos que quando se noticia um “facto” que começa a parecer-se com o que
sentimos que “possa ser verdade”, torna-se muito difícil distinguir “factos “ verídicos
de “factos” que não o são e, não pode ser normal assistirmos a políticos supostamente
credíveis a promover mentiras (factos alternativos) apenas porque servem os
seus interesses de momento, sem respeito pelo interesse publico, nem pelos
cidadãos – já chega de mais do mesmo imputar as reformados e pensionistas os “desvarios”
que foram cometidos para “salvar” os banqueiros e agiotas financeiros. Ao diabo
que os carregue! Não há discurso possível sobre este assunto e muito menos
feito por quem não honra a palavra e faz da vida pública trampolim para tudo,
menos para salvar o País. Chega de embuste!