EMBUSTES,
EMBUSTICES DO EMBUSTEIRO!
Não foi a “demissão irrevogável” que
qualifica Portas de embusteiro, mas é uma das consequências das atitudes deste
político, que num Pais a “sério” teria que
responder, pelo menos, pelos já famosos “cheques”, em nome do “cidadão”
Jacinto Leite Capelo Rego que segundo a imprensa entraram nos cofres do CDS –
lamentavelmente quem tem o dever de averiguar a legalidade destas situações,
bem assim como a “nossa classe de jornalistas”” fazedores de opinião” – tão
oportunos noutros casos de pura perseguição política – permanecem numa
nebulosidade “serrana”, sendo apenas “meras caixas de correio” de “agencias de
comunicação”, que custam milhões aos contribuintes.
Ao certo
é que Paulo, o paladino das feiras, o mosqueteiro dos reformados, idosos e
pensionistas, o santo padroeiro dos humildes, dos sem-abrigo, o provedor dos
pobrezinhos, – que andava desaparecido
, “regressou” ao habitual
comportamento irresponsável da mentira e da embustice – povo tem a memória
curta julgam os políticos – por isso Portas retomou a sua narrativa neoliberal
(divida e deficit e banca rota) de politicas que a dupla Passos/Portas conduziu
nos últimos três anos ao empobrecimento, à miséria, ao desemprego e globalmente
à desesperança dos portugueses, e que temos que reconhecer, nomeadamente o PS (
de Seguro), não sobe ou não quis, denunciar e apresentar alternativas politicas,
optando por uma “política” de “navegação à vista”, na espectativa de mais tarde
ou mais cedo lhe cair no “regaço “ a governação, não tendo a percepção da
evolução do Pais para a miséria e retrocesso civilizacional – sejam quais forem
os indicadores sociais e económicos em todos eles se constata um retrocesso e
agravamento dos mesmos: mais desemprego, menos emprego, pior saúde, pior
educação, menor produtividade, menores rendimentos, pior cidadania, aumento da
miséria, da desesperança e do medo etc. (há de facto uma excepção os 5% de
cidadãos deste nosso Pais que aumentaram a sua riqueza!!!!)
O que sabemos apenas é que Seguro,
comodamente, se limitou a tomar nota e a constatar que "uma parte dos portugueses ainda
responsabilizam o PS pela situação a que chegámos", quando o que se
esperava era a contestação e
apresentação de alternativas a narrativa falsa deste governo
ortodoxo-liberal, da pretensa “banca rota”, despesismo publico e a
insustentabilidade do Estado Social, levando-nos a pensar que na sua cabeça, o
descontentamento não é consequência da crise económica e social que
Passos/Portas conduziram o nosso País, a que temos que juntar a aparente e
notória incapacidade dos partidos políticos em apresentar alternativas e
caminhos para superarmos a crise instalada pelos políticos neoliberais que
“capturaram” o poder político.
Um dos primeiros embustes, como todos,
quem de facto não sofre de “miopia política” deve saber e relembrar houve “uma personagem chamada Marco
António, porta-voz das ambições do PSD, que entalou Passos Coelho entre a
espada e a parede. Ou havia eleições no País ou havia eleições no PSD. Pedro
Passos Coelho escolheu mentir ao País, dizendo que não sabia do PEC4 (quando de
facto havia concordado). Cavaco acompanhou.
Dos
embustes passamos a exemplos de embustices agora protagonizada pelo Paulo
Portas que considerou que a descida «de quase
18%» da taxa de desemprego para «cerca de 14%» se deve à «política de estágios
profissionais», frisando que «agora há mais gente que tem uma oportunidade». Ora de acordo
com os dados oficiais do INE no 4º trimestre de 2010, numa população activa de
5 472, 7 milhares, constavam-se 4 867, 1 milhares de população empregada e
605,5 milhares de desempregados, sendo que no 1º Trimestre de 2014, para uma
população activa de 5 215,0 milhares, constata-se 4 426,9 milhares de população
empregada e 788,1 milhares de desempregados, isto é temos menos população
activa cerca de 257,7 milhares, menos trabalhadores empregados, cerca de 440,2
milhares e mais desempregados , cerca de 182,6 milhares. Tais dados leva-nos
a concluir quer a governação ortodoxa-liberal de Passos/Portas destruiu mais de
440 mil postos de trabalho e mais de 300 mil portugueses tiveram que emigrar!
Um outro embuste é o que Portas denomina de “situação de
banca rota”, como não nos devêssemos relembrar daquela “reunião de banqueiros”
que fizeram o “ultimato em directo na TVI” (Salgado, Ulrich e outros), em que
não continuavam a financiar em especial as empresas publicas. Hoje sabemos, de
ouvir dizer, que conseguiram passar para o domínio publico, a maior parte das suas
dividas privadas, levando a que o programa ortodoxo-liberal de austeridade, de
responsabilidade exclusiva de Passos/Portas tenha provocado a maior subida da
divida publica, que em 2010 se situava nos 94% do PIB (produto interno bruto –que genericamente mede toda a riqueza produzida
no Pais e que resulta da soma de todas as remunerações do trabalho, as rendas,
os juros e os lucros), e na estimativa do Banco de Portugal (Julho de
2014), já ultrapassa os 134%, isto é aumentou quase metade, o que quer dizer
que é preciso políticos que pensem de outra maneira, em que a prioridade não
pode ser o deficit e a divida, mas a
apresentação de uma estratégia com
politicas que não “sirvam” para castigar os portugueses e a sua
economia, mas sim encontrar soluções para o combate ao desemprego, com a
criação de empresas e empregos, de redução dos custos com o sistema político,
de apoio aos mais necessitados com melhoria dos apoios na saúde, de melhoria
significativa da educação e formação profissional e do aumento significativo do
nível de vida e de condições dos portugueses.
Nós
cidadãos, somos quem? Um povo enganado,
maltratado e sem esperança em dias melhores, não corre atrás de foguetes, nem
comemora, como o governo, o empobrecimento, o desemprego, a emigração forçada
de centenas de milhares de jovens. Um povo enganado, maltratado e sem esperança
em dias melhores só pode desconfiar de qualquer promessa eleitoral, tanto
quanto começa a desconfiar de todos os políticos, senão mesmo desta democracia
agrilhoada, em que só em véspera de eleições lhe dão palmadinhas nas costas e
falas mansas. E depois, uma vez recolhidos os votos, os eleitos engrossam a voz
e brandem o chicote escondido atrás das costas. Lincoln já tinha advertido:
"não se pode enganar a todos todo o tempo".
Se
nos nossos normativos legais existe a norma em que “O titular de
cargo político
que, com flagrante desvio ou abuso das suas funções ou com grave violação dos
inerentes deveres, ainda que por meio não violento nem de ameaça de violência, tentar destruir, alterar ou subverter o Estado de
direito constitucionalmente estabelecido, nomeadamente os direitos, liberdades
e garantias estabelecidos na Constituição da República, na Declaração Universal
dos Direitos do Homem e na Convenção Europeia dos Direitos do Homem, será
punido com prisão de dois a oito anos, ou de um a quatro anos, se o efeito se
não tiver seguido.” (artº9º da Lei 34/87 de 16 Julho e
posteriores alterações), não compreendemos a razão de quem tem o dever de velar
pelo cumprimento da legalidade não tenha ainda actuado? Não queria
começar a pensar que alguns “artistas” descobriram uma nova fórmula de atirar
areia para os olhos dos cidadãos.