domingo, outubro 18, 2020

" A man who doesn't eat his dreams, gets old early.

" A man who doesn't eat his dreams, gets old early." (WilliamShakespeare)

I don't know if it is cultural or not, or if we are not a country used to great deeds, not least because we have a press that only “opines” about what is negative, or if it will be something else, but I notice in the Portuguese a curious inclination to look for great meaning in things that are not that great. As Maya Angelou said, a civil rights activist who summed up her constant aim of struggle and claim: “My mission in life is not just to survive, but to prosper; do it with a certain passion, a certain compassion, a little humor and a little style ”.

It is really strange that many of us are so irritated with our elders when we all get older, every day. What it looks like is that we don't have the “stomach” to see our future “me”…. for those who get there! But if we look at the new reality, we need not be so scared, because it seems to me that it is enough for us to have the feeling of not being so obsessed with age - all interviews with celebrities talk about age - but, in In fact, our chronological age - the number of years we live - has less and less to do with our biological age - how healthy and energetic we are. It is not old age that is getting longer, it is middle age. And we need to be much, much more ambitious about what it means in our lives. ” How old would we be if we didn't know how old we are? (Confucius)

Thankfully, there are things that sometimes hurt, and not only in these times of great risks and uncertainties, without them we would have no way of identifying the problems. It is the pain that makes us go to the doctor and, so often, diagnose an illness in time to be cured. It is the pain that shows us that that relationship is no longer for us. It is the pain that makes us want to change careers. It is the pain that makes us switch to healthier habits. And it is when we embrace it and accept that it starts to hurt less. Deep down, the goal of pain was never to make us suffer, but to free us from suffering. “And let me tell you something that is very close to my heart: take the opportunity to share and enjoy a good“ face to face ”with everyone, but especially with your grandparents, with the elderly in your community. Perhaps some of you have heard me say it, but I think it is an antidote against all those who want to lock you up in the present, drowning you and suffocating you with the pressures and demands of supposed happiness, where the world seems to be end and everything must be done and lived immediately. Over time, this generates a lot of anxiety, dissatisfaction and resignation. Friends, spend time with your elders, with your elders; listen to their long stories, which sometimes seem fanciful, but in reality they are full of precious experience, eloquent symbols and hidden wisdom that must be discovered and valued. These are the stories that take time. (cf. Francis, Exort. post-synodal Christus vivit, 195).

“Um homem que não se alimenta de seus sonhos, envelhece cedo.” (WilliamShakespeare)

“Um homem que não se alimenta de seus sonhos, envelhece cedo.” (WilliamShakespeare)

 Não sei se é ou não cultural ou se é de não sermos um país habituado a grandes feitos, até porque temos uma imprensa que apenas “opina” sobre o que é negativo, ou  se será de outra coisa qualquer, mas noto nos portugueses uma curiosa inclinação para procurar grandes significados em coisas que não são assim tão grandes. Como disse Maya Angelou activista dos direitos civis que resumiu seu objectivo constante de luta e reivindicação: “A minha missão na vida não é apenas sobreviver, mas prosperar; faça isso com uma certa paixão, uma certa compaixão, um pouco de humor e um pouco de estilo ”.

Não deixa de ser realmente estranho que muitos de nós se irritem tanto com os mais velhos quando todos envelhecemos, todos os dias. O que parece  é que não temos “estômago” para ver o nosso futuro “eu”…. para aqueles que lá chegam! Mas se olharmos para a nova realidade, não precisamos de assustar-nos assim tanto, pois parece-me que para tanto basta-nos ter a sensação de não ser tão obcecados pela idade - todas as entrevistas a celebridades falam da idade - mas, na verdade, a nossa idade cronológica - o número de anos que vivemos - tem cada vez menos relação com nossa idade biológica - quão saudáveis e enérgicos somos. Não é a velhice que está a ficar mais longa, é a meia-idade. E precisamos ser muito, muito mais ambiciosos sobre o que isso significa nas nossas vidas.” Qual seria a nossa idade se não soubéssemos quantos anos temos? (Confúcio)

Ainda bem que há coisas que, por vezes, doem, e não só nestes tempos de grandes riscos e incertezas, sem elas não teríamos forma de identificar os problemas. É a dor que nos faz ir ao médico e, tantas vezes, diagnosticar uma doença a tempo de ser curada. É a dor que nos mostra que aquela relação já não é para nós. É a dor que nos faz querer mudar de carreira. É a dor que nos faz mudar para hábitos mais saudáveis. E é quando a abraçamos e aceitamos que ela começa a doer menos. No fundo, o objectivo da dor nunca foi fazer-nos sofrer, mas sim libertar-nos do sofrimento. “E deixai que vos diga uma coisa que me está muito a peito: aproveitai a oportunidade de partilhar e gozar de um bom «face a face» com todos, mas sobretudo com os vossos avós, com os idosos da vossa comunidade. Talvez algum de vós já me tenha ouvido dizê-lo, mas penso que é um antídoto contra todos aqueles que vos querem encerrar no presente, afogando-vos e sufocando-vos com pressões e exigências duma suposta felicidade, onde parece que o mundo está para acabar e é preciso fazer e viver tudo imediatamente. Com o passar do tempo, isto gera muita ansiedade, insatisfação e resignação. Amigos, passai tempo com os vossos idosos, com os vossos anciãos; escutai as suas longas histórias, que às vezes parecem fantasiosas, mas na realidade estão cheias duma preciosa experiência, de símbolos eloquentes e sabedoria escondida que é preciso descobrir e valorizar. São estas histórias que requerem tempo. (cf. Francisco, Exort. ap. pós-sinodal Christus vivit, 195).