sexta-feira, junho 26, 2020

Living is the rarest thing in the world. Most people just exist. ”(Oscar Wilde)

Living is the rarest thing in the world. Most people just exist. ”(Oscar Wilde)

 This time, which is not our time, is making us live our "life" in another way, it makes us live it to the limits of the possible. There are all those who have to work, there are all who have to sleep, there are all who have to eat, there are those who have to play, and even travel and visit so many things, all in the same space (in time and physical). That is why, we have to admit that this pandemic, may also be remembered, as an opportunity for many to know, the “most forgotten part” of their own life, and to start “talking” about quality of life, in an opportunity remote work space and “breathing space”. As Max Weber said: "History teaches us that man would not have achieved the possible if, repeatedly, he had not tried the impossible."
 We can never stop dreaming, but always respecting above all our identity and our roots, we all have roots that keep us standing. We all need to know and know what our roots are, because that alone gives us the feeling of living our life: there is any place in the world where we were born, where we learn to speak a language, where we discover how our ancestors overcame their problems. There will be a certain moment in our life, when we become responsible for that place! Sometimes we feel that we needed to have wings, because we wanted to show the endless horizons of the imagination, which lead us to our dreams, and lead us to distant places. These are the wings that allow us to know the roots of our fellow men, and learn from them. ” When the roots are deep there is no reason to fear the wind. ” (Chinese proverb)
Although the first impression is what remains, we must all realize that the essential is almost always invisible to the eye. Because how we feel inside is reflected externally, even if we are unable to have that perception, we cannot pretend that after a certain moment, that we do not know when, and we doubt that anyone knows, everything will be as it was before! I recall a Chinese proverb, demonstrating how ancient wisdom can inspire change. "No matter how many steps were taken back, the important thing is how many steps now we take forward".
For better or for worse it is my conviction that we have to turn this page of the relative loss of our individual and collective freedom that this virus (covid19) implied. It becomes evident that, perhaps this is not the only subject or design of society, as we must know and accept that “there is more life than the virus”, because we feel that we all have the right and as citizens to be free to pursue our life projects, our ambitions and aspirations, when uncertainty is particularly high about future behaviors. The question is to know when and how? “Here's my secret: you can only see well with your heart. The essential is invisible to the eyes. Men have forgotten this truth, but you must not forget it. You become forever responsible for what you captivate. ”(Antoine de Saint-Exupéry)

“Viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas apenas existe.”(Oscar Wilde)


 Viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas apenas existe.”(Oscar Wilde)

 Este tempo, que não é o nosso tempo, está a fazer-nos viver a nossa “vida” de outra forma, faz-nos vivê-la nos limites do possível. Há todos aqueles que tem de trabalhar, há todos que tem que dormir, há todos que tem de comer, há  aqueles que tem de brincar, e até de viajar e visitar tantas coisas, tudo no mesmo espaço (de tempo e físico). É por isso, que temos que admitir que esta pandemia, pode também vir a ser lembrada, como uma oportunidade para muitos conhecerem, a “parte mais esquecida” da sua própria vida, e começar a “falar” em qualidade de vida, em oportunidade de trabalho remoto e “espaço para respirar”. Como disse Max Weber : “A história ensina-nos que o homem não teria alcançado o possível se, repetidas vezes, não tivesse tentado o impossível.”
 Nunca podemos deixar de sonhar, mas sempre respeitando acima de tudo a nossa identidade e as nossas raízes, todos nós temos raízes que nos mantém em pé. Todos nós precisamos de conhecer e saber quais as nossas raízes, pois só isso nos dá o sentir de viver a nossa vida: existe um qualquer  lugar no mundo onde nascemos, onde aprendemos a falar uma língua, onde descobrimos como nossos antepassados superavam seus problemas. Haverá um dado momento na nossa vida, em que passamos a ser responsáveis por esse lugar! Por vezes sentimos que precisávamos de ter asas, pois queríamos mostrar os horizontes sem fim da imaginação, que nos levam até aos nossos sonhos, e nos conduzem a lugares distantes. São essas as asas que nos permitem conhecer as raízes de nossos semelhantes, e aprender com eles.” Quando as raízes são profundas não há razão para temer o vento.” (Provérbio Chinês)
Apesar da primeira impressão ser a que fica, todos devemos ter a percepção, que quase sempre o essencial é invisível aos olhos. Pois como nos sentimos por dentro é reflectido exteriormente, mesmo que não consigamos ter essa percepção, não podemos fingir que a partir de determinado momento, que não sabemos quando, e duvidamos que alguém saiba, tudo voltará a ser como antes! Relembro um provérbio chinês, demonstrativo de como a sabedoria ancestral pode ser inspiradora da mudança. “Não importa quantos passos foram dados para trás, o importante é quantos passos agora damos para a frente".
Para o bem ou para o mal é a minha convicção que temos que virar esta página da perda relativa da nossa liberdade individual e colectiva que este vírus (covid19) implicou. Torna-se evidente que, talvez este não seja o único assunto ou desígnio da sociedade, pois temos de saber e aceitar que “há mais vida para além do vírus”, pois sentimos que todos temos o direito e como cidadãos ser livres de prosseguir os nossos projectos de vida, as nossas ambições e aspirações, quando a incerteza é particularmente elevada quanto a comportamentos futuros. A questão é o de saber quando e como? “Eis o meu segredo: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos. Os homens esqueceram essa verdade, mas tu não a deves esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.”(Antoine de Saint-Exupéry)

domingo, junho 21, 2020

“O verdadeiro valor das coisas é o esforço e o problema de as adquirir.”(Adam Smith)


  “O verdadeiro valor das coisas é o esforço e o problema de as adquirir.”(Adam Smith)

 Parece que tudo mudou para que tudo ficasse na mesma nestes tempos estranhos em que vivemos. Tempos de crise sanitária, económica e social. Tempos em que o medo parece ter medo do próprio medo. O Sol morreu ao princípio da tarde, mas o mundo continuou a girar à sua volta como se nada tivesse acontecido, porque a vida segue e   certos momentos nem o tempo apaga. Mas todos devemos sentir que o Sol nunca tem vergonha da própria luz e que certas coisas o tempo não deve, nem pode apagar, porque de vez em quando precisamos olhar para trás e assim percebermos que precisamos continuar, como disse o economista Adam Smith : “O verdadeiro valor das coisas é o esforço e o problema de as adquirir.”
Acredito que a generalidade das pessoas conhece, ou já ouviu falar, na metáfora, do copo “copo meio-cheio ou meio-vazio”, o que talvez não saiba é que  diante de uma circunstância há duas formas de ver as coisas, comparando com um copo que está meio de água e somos levados a pensar que estamos a falar de água dentro do copo, que nós possuímos e que podemos beber, mas porém, a verdade é que não falamos realmente da água, falamos do copo, esta é a parte desconhecida da metáfora do copo “meio-vazio” ou “meio-cheio”?
 Nesta situação temos de reconhecer a falta de uma dado muito importante, que é a opinião do copo! E, por isso, temos de falar um pouco dele, pois sem ele não existiria esta metáfora, que toda a gente pensa que fala de água, quando na realidade fala de copos. Isto leva-nos a recordar uma frase que é usada  em” palestras motivacionais” e que diz mais ou menos o seguinte: “Ao olhar para um copo com água até a metade, o optimista vê o copo quase cheio. O pessimista vê o copo quase vazio. Já o realista vê o copo com metade de água.”
Na verdade, podemos focar-nos na parte dos problemas do que não temos, naquilo que nos impede de realizar o que pretendemos….estamos a olhar para a parte meio-vazia do copo, a parte da escassez, do que falta e da frustração.  Ou, por outro lado, podemos forcar-nos na parte das soluções ou da solução, nos nossos recursos,  na nossa valorização, no que nos poderá ajudar a realizar aquilo que pretendemos , os nossos sonhos….estamos a olhar para a parte meio-cheia do copo, a parte do que é real, da abundância e até da gratidão. Esta é a metáfora do “copo meio-vazio” ou do “copo meio-cheio”. Porém será que ela diz toda a verdade? Temos de admitir que esta metáfora pode esgotar-se na interpretação de quanta água temos no copo e no importante que possa ser termos mais ou menos água? Já dizia Mahatma Gandhi que “um erro não se converte em verdade pelo facto de que todo mundo acredite nele.”
 Voltamos ao principio há  coisas que o tempo não apaga.  O verão está à porta. O solstício de Verão terá lugar hoje ás 22,44 horas,  marcando o início da estação no hemisfério norte. As temperaturas vão começar a subir, assim como a tentação de disfrutar duma ida à praia. Mas atenção: ainda não foi descoberta nenhuma vacina nem nenhum medicamento capaz de fazer frente ao coronavírus. E o vírus não escolhe idades. Há coisas que não se podem esquecer! “ Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças”.( Leon C. Megginson)

quarta-feira, junho 17, 2020

"We look, and another one sees." (popular saying)

"We look, and another one sees." (popular saying)

We don't see what we see, we see what we are, which makes us remember that sometimes we look, but we see nothing. Sometimes because things are too small, sometimes because they are too big, and sometimes because we decided not to want to see it! The truth is that perhaps it is because we do not want to accept, as the voice of the people says, “one does not want what the eye does not see”, regardless of the reasons, we always end up having a partial view of reality. As Mother Teresa of Calcutta said: “We often look but we don't see. We are just passing through this World. We need to open our eyes and see. ”
I think that we were all surprised by the events related to the impact of the “so-called new viruses” and suffered the consequences of having to find a new and different “model of living”. We all have our own vision of the “world around us” and we create our “own reality” - there are those who are ways of seeing the world that do not reveal reality and that we think we have an accurate view of the world, when in fact , we have a distorted view. As writer Vergílio Ferreira said, “a truth is only true when taken to the ultimate consequences. Until then it is not a truth, it is an opinion. ”
 We all feel that our societies were not and are not well prepared, or even minimally prepared, to face the unexpected; it is worth mentioning here in the specific case of this pandemic, the exemplary behavior of all those who are part of the National Health Service, with the exception of those who “want to destroy it”. We have to accept that in reality, and in general, “our politicians”, manage “daily political tricas” very well, omitting or “forgetting” that revolt is the language of those who are not heard. We all have an obligation to know how to listen, including politicians, because they are also citizens, with rights, but also with duties, it may be useful to remember that when we value other people's lives, we also value ours, and in these times, the our greatest fear is that after the pandemic is over, we will return to the usual, forgetting the subtle - however threatening it may be - to deal exclusively with the noisy: as a friend of mine says, "if we had to bet a dinner, I would say that we will learn (with this crisis), but little and late ".
I realize that the time has come for us to think a little about the complexity of the world in general (and not just what surrounds us) and be able to identify and anticipate risks. In these times when we are continually "bombarded" by massive information, we must be able to think and discern the structural trends that mark change. Or said in other words: Do what you have to do ... Regardless of the results in the future or the failures of the past, regardless of what others think of you. It is a pretentious way of saying "live your present", but put it another way ... it may be that someone overcomes the buzzword and really understands its meaning.
“Start over ... if you can. Without anguish. And without haste. And the steps you take, On this hard path, From the future Give them freedom. Until you reach. Don't rest. Of no fruit do you want only half. “(Miguel Torga Diário XIII).

"A gente olha, e outro é que vê." (provérbio popular)



"A gente olha, e outro é que vê." (provérbio popular)

Nós não vemos o que vemos, nós vemos o que somos o que nos leva a relembrar que por vezes olhamos, mas não vemos nada. Umas vezes porque as coisas são demasiado pequenas, outras por serem demasiado grandes, e outras ainda porque decidimos não querer ver! A verdade é que talvez seja por não querermos aceitar, como diz a voz do povo, “não se deseja o que o olhar não veja”, independentemente das razões acabamos sempre por ter uma visão parcial da realidade. Como disse Madre Teresa de Calcutá: “Muitas vezes olhamos mas não vemos. Estamos apenas de passagem por este Mundo. Precisamos de abrir os olhos e ver.”
Penso que todos nós fomos surpreendidos pelos acontecimentos relacionados com o impacto do “chamado novos vírus” e sofremos as consequências ao ter de encontrar um novo e diferente “modelo de viver”. Todos nós temos uma visão própria do “mundo que nos rodeia” e criamos a nossa “própria realidade” – há quem dia que são modos de ver o mundo que não revelam a realidade e que julgamos ter uma visão exacta do mundo, quando na verdade, temos uma visão distorcida. Como disse o escritor Vergílio Ferreira, “uma verdade só é verdade quando levada às últimas consequências. Até lá não é uma verdade, é uma opinião.”
 Todos nós sentimos que as nossas sociedades não estavam e não estão bem preparadas, ou nem sequer minimamente preparadas, para enfrentar o inesperado; ressalva-se aqui no caso concreto desta pandemia, o exemplar comportamento de todos os que integram o Serviço Nacional de Saúde, com a excepção para aqueles que o “querem destruir”. Temos que aceitar que na realidade, e no geral, os “nossos políticos”, gerem muito bem as “tricas políticas quotidianas”, omitindo ou “esquecendo-se” que a  revolta é  a linguagem daqueles que não são ouvidos. Temos todos uma obrigação de saber ouvir, inclusive os políticos, porque também são cidadãos, com direitos, mas também com deveres, talvez seja útil relembrar que quando valorizamos a vida de outras pessoas, também valorizamos a nossa,  sendo que , nestes tempos, o nosso maior receio  é que passada a pandemia voltemos ao habitual, esquecendo o subtil - por mais ameaçador que ele seja - para nos ocuparmos exclusivamente do ruidoso: como diz um amigo meu, "se tivéssemos de apostar um jantar, diria que vamos aprender (com esta crise), mas pouco e tarde".
Tenho a percepção de que chegou o momento de pensarmos um pouco na complexidade do mundo em geral, ( e não só no que nos rodeia) e sermos capazes de identificar e antecipar os riscos. Nestes tempos em que somos “bombardeados “continuamente por uma informação massiva, temos que ser capazes de pensar e discernir as tendências estruturais que marcam a mudança.  Ou dito por outras palavras: Faz o que tens de fazer… Independentemente dos resultados no futuro ou dos fracassos do passado, sem te importares com o que os outros pensam de ti. É uma forma pretensiosa de dizer “vive o teu presente”, mas dito assim de outra maneira… pode ser que alguém ultrapasse o chavão e compreenda realmente o seu significado.
“Recomeça...Se puderes. Sem angústia .E sem pressa. E os passos que deres ,Nesse caminho duro, Do futuro Dá-os em liberdade. Enquanto não alcances. Não descanses. De nenhum fruto queiras só metade. “(Miguel Torga  Diário XIII).

segunda-feira, junho 15, 2020

“TUDO NOS PARECE DE PERNAS PARA O AR NO MUNDO DE HOJE!” (Alexandre Dumas)


   
“TUDO NOS PARECE DE PERNAS PARA O AR NO MUNDO DE HOJE!” (Alexandre Dumas) 

Nestes tempos que agora passamos, somos ameaçados, pelo menos é isso que nos parece, por uma “geração de meninos mimada”, apostada em deitar lixivia para cima da nossa História, sem perceber que “sem conhecer as suas raízes” não sabe quem é??? Só nos resta esperar que, estudem um pouco a nossa História, que as mentes se iluminem e saibam o que foi diferente, pois não tenhamos dúvidas ou ilusões, se não soubermos resistir a esta espécie de vaga, que se denomina “libertadora e igualitária” mergulhamos rapidamente em novas eras obscurantistas. Como escreveu Alexandre Dumas (escritor francês) “por vezes a soma da sabedoria humana, encontra-se no saber esperar e na esperança”.
Parece-me que será o momento de recordar, que após o episódio fatal, (morte de George Floyd nos Estados Unidos) que ocorreu em 25 de maio, e perturbou a vida social e política dos Estados Unidos, alimentando o debate sobre o racismo e levantando novas questões sobre a actuação das forças policiais contra a comunidade negra e que inicialmente provocou a discussão sobre racismo para as ruas, com manifestações em cidades de todo o mundo, depois para o sofá da sala, com a interrupção de filmes e séries criados sob um olhar colonialista, e agora para os livros de História, com o questionamento das figuras que os países homenagearam em estátuas e monumentos. “Estranho destino que leva os homens a destruírem-se uns aos outros por interesses de pessoas que lhes são estranhas, e que na maior parte das vezes nem lhe sabem da existência.” (Alexandre Dumas)
Entendo ser admissível, e não será de agora “ que os heróis estão sempre a ser repensados, pois eles falam por esse momento da História, e é obrigação e  faz parte da tarefa do historiador desmontar certo tipo de olhar, dado que essas personalidades que marcaram um determinado tempo “não se destroem”, mas exigem que se olhe para elas com “espírito crítico”. Por isso, não se  percebe o derrube de monumentos de homenagem a figuras como Cristóvão Colombo, como não perceberia se acontecesse com o Parthenon. “A escravatura era a base do sistema social da Grécia Antiga.” Os monumentos da acrópole foram erguidos com esse suor e sangue. “Não vamos agora destruí-los. Ou vamos?
Para nós é inaceitável querer viver numa sociedade desprovida de valores, onde tudo é possível e permitido, e onde os que defendem esses valores são conotados como reaccionários, onde a recente onda de vandalismo é reveladora de fundamentalismo e ignorância, sectarismo e estupidez e revela como são “farinha do mesmo saco” aqueles que  querem impor uma razão, como se alguém dela fosse dono, e por isso, causa-nos uma natural indignação que se tentem censurar proibir e destruir estátuas, livros, monumentos e agora até filmes, que são obras-primas e testemunhos de um passado colectivo, que deviam permanecer como memórias de tudo aquilo que não devia voltar a acontecer (e que se repete, afinal, ao longo dos séculos), que nos permitem tirar lições e ilações, se não estivermos cegos pela ignorância e pela febre das redes sociais. “Os que cuidam que tudo sabem necessitam de mais advertências, porque erram mais torpemente por isso necessitam de mais conselhos, porque presumem que de nada carecem, cegueira em que os mais advertidos tropeçam”(Padre António Vieira)

sábado, junho 13, 2020

O que é sagrado na ciência é a verdade.”( Simone Weil)


“O que é sagrado na ciência é a verdade.”( Simone Weil)

Nestes tempos, em que alguém disse “que estranha e dolosamente, todas as catástrofes nos protegem de algo pior”, e leva-nos a mudanças de comportamento, individuais e colectivas, sendo que na realidade se nada se mudar na relação com a globalização e a natureza, as coisas podem vir a ficar mesmo estranhas, em que o vírus do medo, da violência e da ignorância, que  tem-se propagado com força nestes dias, a par do “covid19”, também este “vírus” pode estar a proteger-nos de algo muito pior.
Temos a percepção que a ciência, e os cientistas, nunca estiveram tão próximo das pessoas e a comunicação da ciência nunca foi tão imediata, como nestes tempos, o problema, para além dos grandes desafios que coloca é preciso assegurar a necessária massa critica de modo a garantir que os dados estão correctos – o que nem sempre tem acontecido com alguns estudos. Para além disto é a ciência escolhe o caminho da colaboração, mas, temos assistido que  algumas lideranças políticas escolhem a confrontação, as guerras ideológicas e comerciais, o nacionalismo das vacinas, para poderem dizer que “ganharam”. Fazem um jogo de soma nula, num caso de saúde pública global, o que é irracional. E isso injecta mais incerteza num mundo já de si incerto. Como disse o filósofo alemão Kant: “O mundo é governado pela paixão, pela irracionalidade e por males periódicos.” Isto acontece hoje como há 200 anos atrás. Estes são os tempos que temos que acordar todos para uma nova realidade e que não se cometerão os mesmos erros – é por isso que devemos conhecer a história e ao olharmos para o passado, no presente, não cometermos os mesmos erros.
 Como todos devíamos saber a História de Portugal e dos portugueses está repleta de feitos notáveis, mas também episódios lamentáveis! Nela há Figuras ímpares e de grande valor humano, mas também  personagens pouco recomendáveis! Como todas as histórias dos países neste Mundo!
Mas somos de opinião que ao tentar reescrever a história sob os olhares contemporâneos servirá apenas para o agudizar os extremismos de vários quadrantes contribuindo para o triunfo da ignorância e da “pobreza mental”!
Tudo isto a propósito da vandalização da estátua do Padre António Vieira ,  "Imperador da língua portuguesa" (nas palavras de Fernando Pessoa) e alguém que protegeu os índios sendo perseguido pela Inquisição por tal revela somente uma absoluta ignorância pela nossa história e desprezo pela nossa cultura! Relembramos que os escritores Stefan Zweig e Walter Benjamin suicidaram-se, de certa maneira, por não aguentarem mais o mundo em que viviam. Começa a ser muito difícil viver neste novo mundo que, aos poucos, se está a revelar: um "Admirável Mundo Novo" de ignorância, de fanatismo e de barbárie. A História ensinou-nos que quando regimes e ideologias de cariz totalitário começam a vandalizar estátuas depressa passam para a queima de livros e de pessoas, acabando nos Gulags e Auschwitz! Ainda há bem pouco tempo o mundo se indignou contra os jihadistas do Daesh que destruíram os Budas gigantes do Afeganistão e os monumentos de Palmira, que degolaram os americanos e fazem "limpeza" aos que não são da sua fé.
A nossa história é o nosso passado, as nossas raízes, urge pois estudá-la para que os erros do passado não se repitam e para que os valores da liberdade e da aceitação triunfem! E demonstrar a indignação para com esta “gente”, que não sabe conhecer o aceitar seu passado, com os seus defeitos e virtudes, estudá-lo e contextualizá-lo, preferindo destruí-lo e apagá-lo, é pouco mais  do que um bárbaro ignorante. Esquece-se que qualquer movimento que pense o contrário, vindo a cavalo noutra grande ideia, fará o mesmo auto-de-fé às suas ideias e convicções. E relembro uma frase de Henry Ford: “Quando tudo parece estar com ti, lembra-te que é contra o vento, e não com o vento a favor, que o avião descola”.

quinta-feira, junho 11, 2020

“PERCEBEMOS MESMO O QUE SE PASSOU OU PREFERIMOS VOLTAR AO PASSADO?”(Presidente da República, discurso de 10 Junho de 2020)


“PERCEBEMOS MESMO O QUE SE PASSOU OU PREFERIMOS VOLTAR AO PASSADO?(Presidente da República, discurso de 10 Junho de 2020)

“Uma crise séria nunca deve ser desperdiçada, elas são uma oportunidade para fazer as coisas  que antes pensávamos que não conseguiríamos fazer”. (Rahm Emannuel –chefe gabinete Obama). Talvez por isso o presidente da Republica Dr. Marcelo Rebelo de Sousa, no seu discurso do dia 10 de Junho de 2020, tenha questionado se “percebemos mesmo o que se passou e se passa, ou, apesar de concordarmos com os desafios destes tempos, preferimos voltar ao passado naquilo em que ele já não serve ou já não é suficiente?” É muito provável que muitos de nós que nestes tempos que não são os nossos, somos levados a pensar que esta “crise viral” tem tudo a ver com “estes tempos”, sentimo-nos como “enlatados” e até furiosos, como num engarrafamento de trânsito em hora de ponta, procuramos uma escapatória à nossa volta e não vemos nada. Há uns dias li esta prece, num qualquer livro, e que nestes dias me vem por vezes ao pensamento. “Ensina-nos a contar os nossos dias de tal maneira que alcancemos corações sábios. “ (salmo 90:12). Talvez a causa próxima, nestes tempos de confinamento epidémico seja, na verdade porque não fazemos outra coisa que não seja contar: os dias, as horas e até os minutos, mas também somos, a todo o momento, quer nas tvs ou na imprensa, bombardeados com os mortos, infectados, contamos os curados, os internados, os resultados dos testes em falta, as faltas à escola, e tanta coisa mais, e o que queríamos ouvir ou ler quantos dias faltam para voltarmos “à nossa normalidade”? Normalidade que foi suspensa e não sabemos por quanto tempo.  Sonhamos que a contagem dos dias acabem, queremos alcançar um “coração sábio” que nos diga ou garanta que todo este sofrimento não seja em vão! “Nenhum homem é uma ilha isolada.” Uma frase de John Donne que, nestes tempos em que tantas vidas se perderam, podem ajudar-nos a recordar qual o real sentido da palavra “comunidade”, que de súbito nos assalta perante o “sentimento de medo”, que nos leva o olhar uns para os outros, o que antes muitas vezes nos era indiferente, mas agora, nestes tempos vemo-nos reflectidos como num espelho, porque vemos nele o que verdadeiramente importa: viver a vida, pois esta “é uma valor sem variações” (cardeal Tolentino de Mendonça)
  Na realidade com tudo isto não é o tempo para “brincadeiras” e temos de ter plena consciência se nada fizermos o nosso futuro será muito sombrio, para evitá-lo e pensar em soluções, devemos olhar para os mundos possíveis contidos na realidade que “nestes tempos” temos de enfrentar, o que nos obriga a ter de sofrer de um lado, e de recriar do outro ao mesmo tempo.  O filósofo americano Nelson Goodman chamou a atenção para os “mundos possíveis que estão dentro do mundo real”. Numa crise sistémica, mais importante do que prever o futuro, que ninguém sabe o que vai ser, é olharmos para esses mundos possíveis que estão dentro da realidade sombria que vivemos e encontrarmos formas de minimizar os riscos que se nos colocam. ”É um erro pensar uma geração como dispensável ou como um peso, pois não podemos viver uns sem os outros”(cardeal Tolentino de Mendonça)

domingo, junho 07, 2020

DOES THE ECONOMY HAVE TO BE REBUILDED OR REOPENED? (3rd part)

DOES THE ECONOMY HAVE TO BE REBUILDED OR REOPENED? (3rd part)

 I have the perception that everyone recognizes that these are not our times, but also, there are times when an essential question arises in our thinking: How are we going to build our future?
 I always refuse to accept that, no more than a litany, (if they want bullshit to fool the unwary) that our country has no resources and that is why “we live above them” !!! As you may recall, this from memory is sometimes even "screwed" .. it was this pseudo "neoliberal philosophy" used to fan or want to steal the income, especially from work, pensions and pensions of most Portuguese, and that favored a well-determined minority, which until recently remained "silent", to see if it was passing through "raindrops", but which is already beginning to "throw its head out". We have to be very attentive and react in order to defend our citizenship rights and no longer “vex” us with “pseudo duties”, which “so well know how to invent”, with neoliberal ideas that, in fact, have proven themselves increasingly most wrong.
In our country we have many resources (material and human) and our politicians must, and must “know”, design public policies capable of using them, creating value, generating wealth and employment and building a different future. In this sense, politicians, in order to serve the public interest, have to design and put in place anchor projects capable of preventing collapse and transforming our economy, with technical skills, independence of the various “corporations”, with an ethical sense the service of “Res Publica” and strive for the interests of the citizens they “claim” to represent.
For those who have been attentive, it has been clear that since the beginning of this crisis that economists, with a social view of society, have argued that this is a great opportunity to reform the economic system. To quote, Mariana Mazzucato, from University College London, thinks that it is a good time to increase investment levels, create new public institutions, direct innovation efforts, reformulate the logic of partnerships with private companies and demand that public money have as a counterpart, not only the transition to a more “green” economy, but also that “subsidized people” may have a duty to their social contribution and companies are “obliged” to return the subsidized financial means. (This is clear that public money subsidies have to be used to “save companies and jobs” and not to “save bosses”.)
We are aware that this set of some measures, which with the duty of citizenship, we will advocate, will have to be incorporated into a strategic vision for Portugal and, subsequently, translated into measurable, visible and publicized strategic actions based on results and not merely intentions, as has generally been the case.
 We need a project for agriculture to support farmers, consolidate the economy and local logistics networks and improve our food balance. We need a major project for the forest and the interior that is capable of enhancing the forest, creating jobs and increasing territorial cohesion, without recourse to “biomass plants”. We need an industrial conversion project to exploit the capacity to reinvent logistics chains and support national companies in multiple sectors. We need a reindustrialization project exploring the potential of national mineral and energy resources such as lithium, cobalt, nickel, niobium, tantalum, rare earths, renewable energies such as solar, gas and hydrogen. We need a project, not only for the Metropolitan Areas of Lisbon and Porto, transforming them into smart and competitive macro-regions on a global scale, investing in the integration of sensors, data and digital technologies and mobilizing the entire innovation ecosystem with companies, centers research centers, universities and municipalities. We need a major project to complete the indispensable physical infrastructures, which will be a lever for the construction industry, which involves completing digital infrastructures and accelerating the digital transition by supporting Schools, Universities and Research Centers, Public Administration and companies with a special SME support program. We need a project for the health system including the equipment and resources of the National Health Service, but also support for companies that have reinvented themselves in this crisis and produce equipment that they can capitalize on a global scale.
Therefore, let us not return to “the theory that we are poor” and that the country has no resources. It has resources and must design public policies capable of producing them, creating value, generating wealth and employment and building a very different future for all Portuguese.
We Citizens were, are and will be co-responsible for the Portuguese situation. We must be aware that change will not happen if we do not adopt and impose a policy of rigor, transparency, work, respect, and responsibility; if we do not do this, we will be legitimizing that the fate of a Public Service is traced to without regard to the interests of Portugal and the Portuguese

SERÁ PRECISO RECONSTRUIR OU REABRIR A ECONOMIA? (3ª parte)


SERÁ PRECISO RECONSTRUIR OU REABRIR A ECONOMIA? (3ª parte)

Tenho a percepção que todos reconhecem que estes não são os nossos tempos, mas também, há momentos em que no nosso pensamento surge uma questão essencial: Como vamos construir o nosso futuro?
 Recuso como sempre reusei aceitar aquela, não mais que uma ladainha, ( se quiserem tretas para enganar os incautos) de que o  nosso país não tem recursos e por isso “vivemos acima deles” !!! Como se devem relembrar, isto da memória por vezes é mesmo “lixado”.. foi esta pseudo“filosofia neoliberal” utilizada para fanar ou se quiserem surripiar os rendimentos, em especial do trabalho, das reformas  e pensões da maioria dos portugueses, e que favoreceu uma minoria, bem determinada, que até há pouco tempo se manteve “calada”, para ver se passava pelos “pingos da chuva”, mas que já começa a “deitar a cabeça de fora”. Temos que estar muitos atentos e reagir de modo a defender os nossos direitos de cidadania e não mais nos “vexarem” com os “pseudo deveres”, que tão “bem sabem inventar”, com ideias neoliberais que, na verdade, se provaram cada vez mais erradas.
No nosso País temos muitos recursos (materiais e humanos) e os nossos políticos devem, e tem de  “saber” desenhar políticas públicas capazes de os utilizar, criar valor, gerar riqueza e emprego e construir um futuro diferente. Neste sentido, os políticos, com sentido de servir o interesse publico, tem que desenhar e pôr em funcionamento projectos-âncora capazes de evitar o colapso e transformar a nossa economia, com  competências técnicas,  independência das vária “corporações”, com um  sentido ético do serviço da “Res Publica”e pugnar pelos interesses dos cidadãos que “dizem” representar.
Para quem tem estado atento, tem sido claro que desde o início desta  crise que economistas , com uma visão social da sociedade, têm argumentado que esta é uma óptima oportunidade para reformar o sistema económico. Cito apenas, Mariana Mazzucato, da University College London, pensa que é uma boa altura para aumentar os níveis de investimento, criar novas instituições públicas, direccionar os esforços de inovação, reformular a lógica das parcerias com os privados e exigir que o dinheiro público tenha como contrapartida, não  só a transição para uma economia mais “verde”, mas também que as “pessoas subsidiados” possam ter como o dever a sua comparticipação para o social e as empresa sejam “obrigadas” ao retorno dos meios financeiros subsidiados. (Isto é claro que os subsídios com dinheiros públicos tem de ser utilizados para “salvar empresas e os postos de trabalho” e não para “salvar patrões”.)
Temos a noção que este conjunto de algumas medidas, que com o dever de cidadania, iremos preconizar,  terão de ser incorporadas numa visão estratégica para Portugal e, posteriormente, traduzidas em acções estratégicas mensuráveis, visíveis e publicitadas em função de resultados e não de meras intenções, como tem, no geral acontecido.
 Precisamos de um projecto para a agricultura para apoiar os agricultores, consolidar a economia e as redes logísticas locais e melhorar a nossa balança alimentar. Precisamos de um grande projecto para a floresta e para o interior que seja capaz de valorizar  a floresta, criar emprego e aumentar a coesão territorial, sem o recurso às “centrais de biomassa”. Precisamos de um projecto de reconversão industrial para explorar a capacidade de reinvenção das cadeias logísticas e apoiar as empresas nacionais de múltiplos sectores. Precisamos de um projecto de reindustrialização explorando o potencial dos recursos minerais e energéticos nacionais como o lítio, o cobalto, o níquel, o nióbio, o tântalo, as terras raras, as energias renováveis como a solar, o gás e o hidrogénio. Precisamos de um projecto, não só para as Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto, transformando-as em macrorregiões inteligentes e competitivas à escala global investindo na integração dos sensores, dados e tecnologias digitais e mobilizando todo o ecossistema de inovação com as empresas, centros de investigação, universidades e autarquias. Precisamos de um grande projecto para completar as infra-estruturas físicas indispensáveis, que seja uma alavanca para a indústria da construção, que passa por completar as infra-estruturas digitais e acelerar a transição digital apoiando as Escolas, as Universidades e os Centros de Investigação, a Administração Pública e as empresas com um programa especial de apoio às PME. Precisamos de um projecto para o sistema de saúde incluindo os equipamentos e recursos do Serviço Nacional de Saúde, mas também o apoio às empresas que se reinventaram nesta crise e produzem equipamentos que podem capitalizar à escala global.         
Por isso, não voltemos “á teoria de que somos pobrezinhos” e de que o País não tem recursos. Tem recursos e deve desenhar políticas públicas capazes de os produzir, criar valor, gerar riqueza e emprego e construir um futuro diferente bem diferente para todos os portugueses. Nós Cidadãos fomos, somos e seremos co-responsáveis pela situação portuguesa. Temos de ter consciência que a mudança não acontecerá se não adoptarmos e impusermos uma política de rigor, de transparência, de trabalho, de respeito, e de responsabilidade, se não o fizermos, estaremos a legitimar que o destino de um Serviço Público se trace à revelia dos interesses de Portugal e dos Portugueses.

sexta-feira, junho 05, 2020

DOES THE ECONOMY HAVE TO BE REBUILDED OR REOPENED? (2nd part)

DOES THE ECONOMY HAVE TO BE REBUILDED OR REOPENED? (2nd part)

"The international community must redesign and rebalance its economies and societies after the Covid-19 pandemic, which" exposed global fragility "on issues that go well beyond health." (Engº António Guterres - Secretary-General of the United Nations)

In this regard, we do not know of any SOCIAL IMPACT STUDY of the multiple “subsidization” measures, approved by the government, both for people and for companies… .we are “lestos” to highlight the economic impacts, the financial impacts and even, for being in fashion, environmental impacts, but the predictions of social impacts that such policy measures entail do not exist! It should be noted that our references do not involve only and only the political actors, who in general “suffer” from a high “deficit” in technical preparation, but it does cause some strangeness, the non-involvement in these matters of the multiple technicians from the various areas which, perhaps, show some unpreparedness in transforming their strategic ideas and projects that they theoretically and regularly disseminate, but that would not resist the social framework that they intend to involve and, perhaps for this reason, avoid dwelling on such social impacts that should prevail over all the others. (economic, financial and environmental).
If we consider that financial resources are scarce, as well as environmental resources, perhaps it is time to make these resources compatible with the valorization of human knowledge and prioritize and frame the evaluation of policy measures with a prevalence of enhancing not only the value of knowledge, but also
the revaluation of professional knowledge of the human workforce qualified as “undifferentiated”.
We have no doubt that in a social state the dimension of social vulnerability is one of the components of society that will have to be subsidized by public economic resources, but it should always be made compatible with the assessment of the social return of these policy measures - that is, subsidization should have always in return for the provision of social services and / or the necessary revaluation of professional knowledge.
In reality in Portugal and in some other countries with some dimension in social policies, we are continually overwhelmed with massive information, with a lot of emphasis on the economy and finance, and sometimes on the environmental level, which are undoubtedly very important. However, we have to be able to think and discern the structural trends that mark the change and, perhaps because of that, we have to give more time and due attention, namely to the areas of social sciences, biology, epidemiology and health that are vital. to think about the complexity of the world and be able to identify and anticipate risks. "As tragic as the past few weeks have been, however difficult, frightening and uncertain, this moment represents an incredible opportunity for people to wake up and to work together for change." (Barack Obama, former US President)

DOES THE ECONOMY HAVE TO BE REBUILDED OR REOPENED?

DOES THE ECONOMY HAVE TO BE REBUILDED OR REOPENED?

The discussion is launched, and not only among “political economists”, from two words that “seem to hide” their true political meaning and that involve those who defend the “immediate opening of the economy” and those who “defend that there take the opportunity to rebuild the economy ”. The reality is that the concept of "reopening" is being connoted with "conservative and neoliberal economists and politicians" and the concept of "rebuilding" is defended by "innovative economists and politicians and defenders of the social state".
 As someone has already said "this is not for fun, in this world in crisis, and if we do nothing the future will be bleak". To avoid it and think about solutions, we must look at the possible worlds contained in the reality we face.
First of all, I must make my declaration of interests known as a former professional and scholar of these social relations, and except for better knowledge and understanding in my opinion the economy does not need to be reopened, it needs to be strategically reconstructed. The discussion of when to reopen the economy, forgive me for the direct language, and as someone has said, “prima facie stupid”. The notion that the economy can be reopened with things quickly returning to normal, whatever it may be, reflects a brand exclusively of “a type of magical thinking”, of all those who by “neoliberal” principles defend the financial system from all costs to the detriment of people. What countries need is to rebuild the economic system, not only to recover from the damage caused by the “pandemic”, but also and essentially to find solutions to the longstanding structural problems in the economy, and not to reopen the economy. As the German philosopher Immanuel Kant said, “any interior reform and any change for the better depends exclusively on the application of our own effort”
We have no doubts that we live in times of great uncertainty and this is very prolonged, uncertainty that arises from the “coronavirus virus” and in its multiple faces and in the forecast of the possibility of new vacancies until a vaccine appears. To date, the only refuge for this uncertainty is scientists and their scientific investigations into this virus, and we hope that they will have a quick response. We must be fully aware that the scientific method requires rigor, confrontation of hypotheses, cross-validation of research, humility at work and ambition in responses. Our expectations are that this research will mark the history of science, make it more open, with faster dissemination of information and greater cooperation and mutual assistance from scientists worldwide, in this world in which we live with the notorious excess of information and but a lot of thinking deficit.
As has always been our position, we refuse to admit the qualification that “we are a country that has no resources”. We have resources, both human and material, and we have to be able to design public policies capable of producing them, creating value, generating wealth and jobs and building a different future. In this sense, the country has to design and put into operation projects anchor capable of preventing collapse and transforming the economy. All of this does not justify, I have already heard some “buzz” from behind that we need large projects for the forest and the interior, they are almost exclusively based on the construction of biomass plants, with the justification and justification for valuing the forest waste, promoting forest cleaning, producing bioenergy, creating jobs and increasing territorial cohesion. It is a strategy with completely opposite effects as we can see in the documentary produced by Michael Moore “Planet of the Humans” in May 2020. There is a reason, among others, for this: we place too much emphasis on our societies on the economy and finances, which are undoubtedly very important. But we must give due attention to Social Sciences such as Sociology, Biology, Epidemiology and Health Sciences and many more. They are vital for thinking about the complexity of the world and being able to identify and anticipate risks. Bombarded continuously by massive information, we have to be able to think and discern the structural trends that mark change. American philosopher Nelson Goodman called attention to "possible worlds that are within the real world". In these crisis situations, more important than predicting the future, that nobody knows what will be, is to look at these possible worlds that are within the dark reality that we live in and find ways to minimize the risks that are placed on us. This is no joke. ” Every day, it seems, brings another indicator of our decline: the nation that can do it has become a land that cannot cope with a pandemic…. How can everything go wrong, so fast? Well, we know the answer. Like Joe Biden

SERÁ PRECISO RECONSTRUIR OU REABRIR A ECONOMIA?(2ªparte)


SERÁ PRECISO RECONSTRUIR OU REABRIR A ECONOMIA?(2ªparte)

“A comunidade internacional deve redesenhar e reequilibrar as suas economias e sociedades depois da pandemia da Covid-19, que “expôs a fragilidade global” em temas que vão bem mais além da saúde.” (Engº António Guterres – Secretário Geral das Organização das Nações Unidas)

A este propósito não conhecemos qualquer ESTUDO DE IMPACTO SOCIAL das múltiplas medidas de “subsidiação”, aprovadas pelo governo, tanto para as pessoas como para as empresas….somos “lestos” a realçar os impactos económicos , os impactos financeiros e até, por estar na moda, os impactos ambientais, mas as previsões dos impactos sociais que tais medidas de politica acarretam isso não existe! Cabe realçar que as nossas referências não envolvem apenas e só os interventores políticos, que de uma maneira geral “sofrem” dum elevado “deficit” de preparação técnica, mas causa-nos alguma estranheza, o não envolvimento nestas matérias dos múltiplos técnicos das várias áreas sociais que, talvez denotem alguma impreparação em transformar as suas ideias e projectos estratégicos que teórica e regularmente difundem, mas que não resistiriam ao enquadramento social que pretendem envolver e, talvez por isso, evitem debruçar-se sobre tais impactos sociais que deviam prevalecer sobre todos os outros. (económicos, financeiros e ambientais).
Se consideramos que os recursos financeiros são escassos, tal como os recursos ambientais, talvez seja o momento de compatibilizarmos tais recursos com a valorização do conhecimento humano e priorizar e enquadrar a avaliação das medidas de política com prevalência de potenciar não só o valor do conhecimento, mas também
a revalorização do conhecimento profissional da força de trabalho humano qualificada como “indiferenciados”.
Não temos duvidas que num estado social a dimensão da vulnerabilidade social é uma das componentes da sociedade que terá de ser subsidiada pelos recursos económicos públicos, mas deveria ser sempre compatibilizada com a avaliação do retorno social dessas medidas de politica – isto é a subsidiação deverá ter sempre como  retorno a prestação de serviço social e/ou a necessária revalorização de conhecimentos profissionais.
Na realidade em Portugal e em alguns outros países com alguma  dimensão nas politicas sociais, somos continuamente massacrados com  uma informação massiva, com muita ênfase na economia e nas finanças, e por vezes  a nível  ambiental, que são sem dúvida muito importantes. Temos, no entanto que ser capazes de pensar e discernir as tendências estruturais que marcam a mudança e, talvez por isso tenhamos que dar mais tempo e a devida atenção, nomeadamente às áreas das ciências sociais, da biologia, epidemiologia e da saúde que são vitais para pensarmos a complexidade do mundo e sermos capazes de identificar e antecipar os riscos.  "Por mais trágicas que as últimas semanas tenham sido, por mais difíceis, assustadoras e incertas, este momento representa uma oportunidade incrível para as pessoas despertarem e para trabalharmos juntos para a mudança”.( Barack Obama, ex-presidente dos EUA)

quinta-feira, junho 04, 2020

SERÁ PRECISO RECONSTRUIR OU REABRIR A ECONOMIA?


SERÁ PRECISO RECONSTRUIR OU REABRIR A ECONOMIA?

Está lançada a discussão, e não só entre “economistas políticos”, a partir de duas palavras que “parecem esconder” o seu verdadeiro significado politico e que envolvem aqueles que defendem a “abertura imediata da economia” e os que “defendem que há que aproveitar para reconstruir a economia”. A realidade é que o conceito de “reabrir” está a ser conotado com os “economistas e políticos conservadores e neoliberais” e o conceito de “reconstruir” é defendido pelos “economistas e políticos inovadores e defensores do estado social”.
 Como alguém já disse “isto não está para brincadeiras, neste mundo em crise, e se nada fizermos o futuro será sombrio”. Para evitá-lo e pensar em soluções, devemos olhar para os mundos possíveis contidos na realidade que enfrentamos.
Antes de mais devo dar a conhecer a minha declaração de interesses como ex-profissional e estudioso destas relações sociais, e salvo melhor conhecimento e entendimento na minha opinião a economia não precisa de ser reaberta, ela precisa é de ser estrategicamente reconstruída. A discussão sobre quando reabrir a economia , perdoem-me  a linguagem directa,  e como alguém já disse,  “prima facie stupid”. A noção de que a economia pode ser reaberta com as coisas a voltar rapidamente ao normal, seja o que for, reflecte uma marca exclusivamente de “um tipo de pensamento mágico”, de todos aqueles que por princípios “neoliberais” defendem o sistema financeiro a todo custo em detrimento das pessoas. O que os países precisam  é de reconstruir o sistema económico, não apenas para recuperar dos danos causados pela “pandemia”, mas também e essencialmente para encontrar soluções para os problemas estruturais de longa data na economia,  e não reabrir a economia.  Como disse o filosofo alemão Immanuel Kant, “toda reforma interior e toda mudança para melhor dependem exclusivamente da aplicação do nosso próprio esforço
Não temos dúvidas que vivemos tempos de grande incerteza e esta bastante prolongada, incerteza que advém do “vírus coronavírus” e nas suas múltiplas faces e na previsão da possibilidade de novas vagas até aparecer uma vacina. Ate hoje o único refugio para essa incerteza são os cientistas e as suas investigações científicas sobre este vírus, e esperamos que os mesmos tenham uma rápida resposta. Temos de ter plena consciência que o método científico exige rigor, confrontação de hipóteses, validação cruzada da investigação, humildade no trabalho e ambição nas respostas. As nossas expectativas é que esta investigação irá marcar a história da ciência, torná-la mais aberta, com maior rapidez na disseminação da informação e maior cooperação e entreajuda dos cientistas a nível mundial, neste mundo em que vivemos com o notório excesso de informação e mas muito défice de pensamento.
Como sempre foi a nossa posição recusamos a admissão da qualificação de que “somos um país que não tem recursos”. Temos recursos, quer humanos, quer materiais e temos é de ter a capacidade de desenhar políticas públicas capazes de os produzir, criar valor, gerar riqueza e emprego e construir um futuro diferente .Neste sentido, o país tem que desenhar e pôr em funcionamento projectos-âncora capazes de evitar o colapso e transformar a economia. Tudo isto não justifica, já ouvi par aí uns “zunzuns” de por detrás de precisarmos de grandes projectos para a floresta e para o interior, os mesmos sejam quase exclusivamente baseados na construção de centrais de biomassa, com a justificação e fundamentação de valorização dos lixos florestais, de promover a limpeza da floresta, produzir  bioenergia, criar emprego e aumentar a coesão territorial. Trata-se de uma estratégia completamente com efeitos contrários conforme podemos ver no documentário produzido por Michael Moore “Planet of the Humans” de maio de 2020. Há uma razão, entre outras, para isto: damos muita ênfase nas nossas sociedades à economia e às finanças, que são sem dúvida muito importantes. Mas há que dar a devida atenção às Ciências Sociais como a Sociologia, à Biologia, à Epidemiologia e às Ciências da Saúde e muitas mais. São vitais para pensarmos a complexidade do mundo e sermos capazes de identificar e antecipar os riscos. Bombardeados continuamente por uma informação massiva, temos que ser capazes de pensar e discernir as tendências estruturais que marcam a mudança. O filósofo americano Nelson Goodman chamou a atenção para os “mundos possíveis que estão dentro do mundo real”. Nestes temos de crise, mais importante do que prever o futuro, que ninguém sabe o que vai ser, é olharmos para esses mundos possíveis que estão dentro da realidade sombria que vivemos e encontrarmos formas de minimizar os riscos que se nos colocam. Isto não está para brincadeiras.” Todos os dias, ao que parece, traz outro indicador de nosso declínio: a nação que pode fazer tornou-se numa terra que não pode lidar com uma pandemia…. Como tudo pode dar errado, tão rápido? Bem, nós sabemos a resposta. Como Joe Biden a colocou, "o pecado original da escravidão mancha o nosso país hoje". (Paul Krugman- economista norte-americano, vencedor do Nobel de Economia de 2008 sobre a actual situação nos Estados Unidos 3 jun 2020)


segunda-feira, junho 01, 2020

"Persistence is the path to success." (Charles Chaplin)

"Persistence is the path to success." (Charles Chaplin)

Let's look at this time as an interval of life. Realizing that some beautiful things are much more stunning when they are still imperfect than when they were created to perfection. An opportunity to think and rethink. Nature continues to work. The birds continue to sing, the rivers continue to run and the sun continues to shine. This is a beautiful opportunity to reconnect with nature and enjoy everything that is most beautiful. Difficult days have always served to appreciate the good. This time it will be no different. Take a few minutes of silence and look around. If you look closely, you will find many reasons to smile and thank. As Augusto Branco wrote: “Finds courage in pain and challenge. In this life, only the obstacles that we are able to overcome are placed in front of us ”.
I'm an ordinary citizen. I know nothing relevant about this pandemic, so I understand that I should have the humility to let myself be guided by whom, although not knowing everything, and being also learning day by day, surely knows much more than I could ever know - even if I bothered to listen to everything (and I don’t hear it), that I was gossiping on the internet about how much is speculated around the world (and I don’t). In this matter, I live the serenity of those who trust only what the health authorities tell us to do, in addition to what common sense advises me. And, as was said in other times, whatever will sound. “Determination, courage and self-confidence are decisive factors for success. If we are possessed by unshakable determination, we will be able to overcome them. Regardless of the circumstances, we must always be humble, modest and stripped of pride. ”(Dalai Lama)
Without nostalgia, life goes on and is recorded in news. Here and there we can and should talk, call friends and take a “look at the news”, some that are worth reading, watching or listening to on websites, and knowing how to distinguish reality from lies! We all know that only those we want to deceive us, that this new normality, which is the most abnormal normality of mine already proves age, as of many of my friends, is still to last and that, for now, we still haven't managed see the day we all dream of! And so, let's follow what Fernando Pessoa said: “Close the door, change the disc, clean the house, shake off the dust. Stop being who you were, and become who you are. ”
The moment of enormous importance has come to reflect that we either live excessively confined until a few days ago, showing care and fears that were not justified; or can we now expose ourselves excessively to the risks that remain in the air? We have to be clear between the first and the second moment, there is an obvious lack of coherence and sense. It is about common sense, which I want to speak now and here, and I would like to leave a note. We imagine that the anguish of loneliness, added to the tensions of confinement, leads some of us to an idea: if a quarantine of almost three months has passed, without symptoms, the most likely is that if we are not infected, the step is small and the temptation is great, to return to “do the same”. Don't do that (many people are not respecting the rules of social distance (I observe it daily) and that this will generate more contagions that are perfectly avoidable). It can be tragic! And I remember, as Jean Paul Sartre wrote, “All men are afraid. Who is not afraid is not normal; this has nothing to do with courage ”.
It is still too early and the situation is still too uncertain for us to “relax, suggesting to citizens the existence of a normality as false as it is dangerous. One thing is the imperative need, which forces millions of Portuguese to take risks to go to work; it is quite another to suggest that they can freely spend their free time, as if the danger has passed. Did not pass. We will be well advised if we are aware that "the time we spend on moralizing problems is what we lose to understand them" (Daniel Innerarity, Spanish philosopher, on pandemic management)

“A persistência é o caminho do êxito.” (Charles Chaplin)


“A persistência é o caminho do êxito.” (Charles Chaplin)

Vamos encarar este tempo como um intervalo da vida.  Tendo a noção que algumas coisas bonitas são muito mais deslumbrantes quando ainda são imperfeitas do que quando foram criadas com perfeição. Uma oportunidade para pensar e repensar. A natureza continua a funcionar. Os passarinhos continuam a cantar, os rios continuam com a água a correr e o Sol continua a iluminar. Essa é uma bela oportunidade para nos reconectarmos com a natureza e apreciarmos tudo de mais belo que ela nos proporciona. Os dias difíceis sempre serviram para apreciarmos os bons. Dessa vez não será diferente. Tire alguns minutos de silêncio e olhe para os lados. Se observar com atenção, vai encontrar muitos motivos para sorrir e agradecer. Como escreveu Augusto Branco :“Encontra ânimo na dor e no desafio. Nesta vida só nos são colocados à frente os obstáculos que somos capazes de ultrapassar”.  
Sou um cidadão comum. Nada sei de relevante sobre esta pandemia, pelo que entendo dever ter a humildade de me deixar guiar por quem, embora não sabendo tudo, e estando também a aprender dia-a-dia, sabe seguramente muito mais do que eu poderia alguma vez saber - mesmo que me desse ao trabalho de ouvir tudo (e não ouço), que andasse a coscuvilhar na internet sobre o muito que se especula pelo mundo (e não ando). Nesta matéria, vivo a serenidade de quantos confiam apenas no que as autoridades de saúde nos dizem para fazer, somado àquilo que o bom-senso me aconselha. E, como se dizia noutros tempos, o que for soará. “Determinação, coragem e autoconfiança são factores decisivos para o sucesso. Se estamos possuídos por uma inabalável determinação, conseguiremos superá-los. Independentemente das circunstâncias, devemos ser sempre humildes, recatados e despidos de orgulho.”(Dalai Lama)
Sem nostalgia, a vida prossegue e é registada em noticias. Aqui e ali podemos e devemos conversar, ligar aos amigos e dar uma “vista de olhos” às  notícias, algumas que vale a pena ler, ver ou ouvir em sites, e saber distinguir a realidade da mentira! Todos nós sabemos que só nos engana quem nós queremos, que esta nova normalidade, que é a normalidade mais anormal desta minha já provecta idade, como de muitos dos meus amigos e amigas, está ainda para durar e que, por enquanto, ainda não conseguimos ver o dia, com que todos sonhamos!  E assim, sigamos o que disse Fernando Pessoa:“ Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é.”
Chegou o momento de enorme importância reflectir que ou vivemos excessivamente confinados até há uns dias atrás, mostrando cuidados e receios que não se justificavam; ou será que nos podemos agora expor-nos excessivamente aos riscos que continuam no ar? Temos que ser claros  entre o primeiro e o segundo momento, há uma óbvia falta de coerência e de senso.   É sobre o bom-senso, que quero agora e aqui  pronunciar-me, e que gostaria de deixar uma nota. Imaginamos que as angústias da solidão, somadas às tensões do confinamento, leve uns tantos de nós a uma ideia: se se passou uma quarentena de quase três meses, sem sintomas, o mais provável é que se não estejamos infectados, o passo é pequeno e a tentação é grande, para voltar a “fazer o mesmo”. Não façam isso!( muita gente não está a respeitar as normas de distanciamento social (observo-o diariamente) e que isso gerará mais contágios perfeitamente evitáveis). Pode ser trágico! E relembro, como escreveu Jean Paul Sartre, “Todos os homens têm medo. Quem não tem medo não é normal; isso nada tem a ver com a coragem”.
Ainda é muito cedo e a situação é ainda demasiado incerta para que possamos “relaxar, sugerindo aos cidadãos a existência de uma normalidade tão falsa como perigosa. Uma coisa é a necessidade imperiosa, que obriga milhões de portugueses a correrem riscos para ir trabalhar; outra coisa, completamente diferente, é sugerir que podem dispor gratuitamente dos seus tempos livres, como se o perigo tivesse passado. Não passou. Seremos bem avisados se tivermos atentos que "o tempo que ocupamos a moralizar os problemas é o que perdemos para os entender”(Daniel Innerarity, filósofo espanhol, sobre a gestão da pandemia)