“A mentira hoje no mundo é mais poderosa que a verdade.“ (Padre António Vieira)
A este propósito e
ainda que a mentira, a deturpação dos factos, a falta de isenção, ou a
propaganda, se encontrem, repetidamente, ao longo da História, somos hoje
envolvidos por uma certeza de que a pandemia tem potencialidades para “os
políticos da nossa praça” inesperadas, basta ter alguma atenção ao ler, ver e
ouvir o que se passa na nossa imprensa e como os tais “xicos espertos da
politiquice” já começaram a pensar que é
preciso agir depressa para aproveitar o momento, e de imediato começam a fazer cálculos para as
mais insensatas aventuras, para o que políticos portugueses rapidamente se
prepararam, fiados naquele ditado popular, muito português, de que ,“em
terra de cegos, quem tem um olho é rei”.
Alguém já escreveu
que em tempos como este, se estabelece a ideia “nos politiqueiros” de que
“quanto pior melhor”, ou dito de outro modo,, “perde o governo e ganha quem
está na oposição!”. E o cidadãos? Esses ficam sujeitos às ambições dos
políticos e das politiquices…..! Há também quem considere, por isso, um perigo para a
democracia, para a cidadania, e para o mundo em que vivemos. É esta a
consequência de uma verdade dos tempos modernos: a mentira está presente e é
partilhada, distribuída e assimilada como um facto que constrói opiniões e
define decisões. ”O futuro é construído pelas nossas decisões diárias,
inconstantes e mutáveis, e cada evento influencia todos os outros. A pergunta certa é geralmente mais importante
do que a resposta certa à pergunta errada.”(Alvin Tofller)
No meu entender houve
algum exagero nas facilidades e no optimismo, quando devia haver muita firmeza
nas regras e nos costumes, o que de certo modo terá gerado muita confusão naqueles
que apenas e só pretendem cumprir as regras emanadas dos órgãos próprios de
saúde. Faça-se o que tem de ser feito neste maldito ano, e sobretudo vacine-se
os cidadãos! Claro que estamos todos muito preocupados, até porque hoje há para
aí muita gente, que criticam a abordagem que foi feita, em especial da “falta
de rapidez na tomada de decisões”. Mas teria sido possível ser mais rápido?
A essa “dita alternativa” não nos dão
qualquer resposta, por isso digo :“acabe-se com este desfasamento entre os políticos
e os cidadãos”.
Estes tempos de pandemia é um momento muito
difícil, para Portugal e os portugueses, mas também para todo o Mundo, e por
isso devemos estar juntos nesta luta e permanecer unidos, contra um inimigo
comum - o vírus – tendo consciência que
o mais importante agora é manter a esperança e conter uma certa avidez e alguma
ansiedade. A corrida que importa é a credibilização do “plano de vacinação” e a
aceleração das vacinas. Precisamos de confiar em ambos, sobretudo, vacine-se os
cidadãos deste País!” “Não existe meio de verificar qual é a decisão
acertada, pois não existe termo de comparação. Tudo é vivido pela primeira vez
e sem preparação. Como se um actor entrasse em cena sem nunca ter ensaiado.”(Milan
Kundera)