sexta-feira, março 26, 2021

“I revolt, therefore I am.” (Albert Camus)

“I revolt, therefore I am.” (Albert Camus) All of us sometimes have days when we wake up and feel cold, rude, in a way stupid, so without feelings, so disgusted with everything and everyone. But we have other days that we wake up just needing a hug, a smile that will calm us down, a company that will make our day different. As Florbela Espanca said: “I am a skeptic who believes in everything, a disillusioned person full of illusions, a revolt who accepts, smiling, all the ills of life, an indifferent one overflowing with tenderness.” But in these times we found ourselves surrounded by a certain “sense of revolt”, although we recognize its existence, both before and after this “confinement pandemic”, or with or without states of emergency, these phenomena of “revolt”, the images protests have been filling the TV news for months and months, and have been transversal, in recent years, in almost all countries of the World, as a global phenomenon that promises to be lasting. And we find ourselves in a few moments thinking that “if only these revolts, these anxieties, something that came out would be worthwhile ?. “Only a sense of invention and an intense need to create lead man to revolt, to discover and to discover himself lucidly.” (Pablo Picasso) Perhaps, that is why we can understand, however, that “feeling the revolt” is mainly a “political disorder of global disorder” in this world in which we live, but at the outset, the future seems somewhat encouraging, but after year of confinement, - with a few breaks in between, to be sure - there are those who feel nervous about getting back together more often. Some experts say it is normal, taking into account the time that you have been deprived of meetings, dinners and other gatherings, but also because of the fear of becoming infected. In fact, during times of confinement there are some variables that we can control, such as the number of people with whom we relate and the hygiene of our space. We feel that we have an active role in protecting against the disease. When we return to social life, it will cause the variable “others” to appear and it is at that moment that anxiety and nervousness can arise. We do not control the behavior of others, so we feel more vulnerable. The reality is that “deep down” we think that this “feeling of revolt expresses a certain imprecise malaise, expresses a vague but tormenting unease, even reveals some disappointed expectations. It is necessary to understand the “revolt” to be able to understand the world in which we live, as “flooding our hearts with hope”, but not letting ourselves drown in them. “The greatest glory in living is not in never falling, but in getting up every time we fall. After climbing a very high mountain, we discovered that there are many other mountains to climb ”. (Nelson Mandela)

“Revolto-me, logo existo.”(Albert Camus)

“Revolto-me, logo existo.”(Albert Camus) Todos nós por vezes temos dias em que acordamos e nos sentimos frios, grosseiros, de certo modo estúpidos , tão sem sentimentos, tão revoltados com tudo e com todos. Mas temos outros dias que acordamos apenas precisando de um abraço, de um sorriso que nos acalmará, de uma companhia que fará com que o nosso dia venha a ser diferente. Como disse Florbela Espanca: “Sou uma céptica que crê em tudo, uma desiludida cheia de ilusões, uma revoltada que aceita, sorridente, todo o mal da vida, uma indiferente a transbordar de ternura.” Mas nestes tempos vimo-nos rodeados por um certo “sentido de revolta”, embora reconheçamos a sua existência, quer antes e depois desta “pandemia de confinamentos”, quer com ou sem estados de emergência, estes fenómenos de “revolta”, as imagens de protestos enchem os noticiários das tvs, há meses e meses, e têm sido transversais, nos últimos anos, em quase todos os países do Mundo, como um fenómeno global que promete ser duradouro. E damos por nós em alguns momentos a pensar que “se ao menos destas revoltas, destas angústias, saísse alguma coisa que prestasse?. “ Só um sentido de invenção e uma necessidade intensa de criar levam o homem a revoltar-se, a descobrir e a descobrir-se com lucidez.”(Pablo Picasso) Talvez, por isso possamos entender no entanto que o “sentir a revolta” seja principalmente, uma manifestação “politica de desordem global” neste mundo em que vivemos, mas à partida, o futuro parece-nos de certo modo animador mas, depois de um ano de confinamento, – com algumas pausas pelo meio, é certo -, há quem se sinta nervoso por voltar a conviver com mais frequência. Alguns especialistas dizem que é normal, tendo em conta o tempo que se ficou privado de encontros, jantares e outros convívios, mas também pelo medo de se ficar infectado. Na verdade durante os tempos de confinamento há algumas variáveis que podemos controlar, como o número de pessoas com quem nos relacionamos e a higienização do nosso espaço. Sentimos que temos algum papel activo na protecção contra a doença. Quando retomamos a vida social, vai fazer com que a variável “outros” apareça e é nesse momento que podem surgir a ansiedade e o nervosismo. O comportamento dos outros nós não controlamos, daí sentirmo-nos mais vulneráveis . A realidade é que lá “bem no fundo” pensamos que este “sentir de revolta exprime um certo mal-estar impreciso, manifesta uma inquietação vaga mas atormentadora, revela até algumas expectativas defraudadas. É preciso compreender a “revolta” para poder entender o Mundo em que vivemos, como um “alagar do nosso coração de esperança”, mas não deixar que nos afoguemos nelas. “A maior glória de viver não está em nunca cair, mas em nos levantar toda vez que caímos. Depois de escalar uma montanha muito alta, descobrimos que há muitas outras montanhas por escalar”. (Nelson Mandela)