PASSOS”PINOQUIO”COELHO – “Vamos todos para a rua. Não vamos fazer tumultos, vamos fazer democracia” (D.Januario Torgal-Bispo das Forças Armadas)
Como devem ter reparado nas últimas semanas, o Dr. Passos “Pinóquio”Coelho decidiu adoptar aquilo que algumas boas almas dizem ser “um novo tom” para se referir ao povo que lhe caiu em sorte. Infelizmente, o povo, essa misteriosa entidade que por aí vegeta, sob o peso do desemprego, da fome e da miséria e das opiniões espúrias do Dr. Borges, que propõe a “salvação” com uma baixa de salários, para os outros, não para ele claro está, que recebe, sem impostos a módica quantia de 250 mil euros/ano tem a particularidade de ofuscar – pelas piores razões – a oratória do primeiro-ministro.
Todos nós nos lembramos ainda, como, diariamente, a imprensa deste nosso País apelidava de “mentiroso” o ex-primeiro ministro Sócrates, enquanto este é tratado com toda a deferência enquanto mente, manhosamente todos os dos dias – todos nós nos lembramos ainda, daquela resposta em que “com ele nunca se iria tirar o subsidio de natal!”. Pois não, logo que se apanhou no poleiro a primeira coisa que fez, foi espoliar ( eu ia dizer roubar) não só o subsidio de natal , mas também o de ferias!
Temos um primeiro ministro MENTIROSO que todos os dias mente descaradamente aos portugueses”.
Temos um presidente da Republica do “faz de conta”, que tão apressadamente demitiu o governo anterior, mas agora, numa situação de maior gravidade – violação sistemática da Constituição da Republica Portuguesa, que ele jurou defender – vai “cuspindo” para o lado, com problemas de culpabilidade, mais do que qualquer outro politico é o principal responsável pela situação do País.
Temos os banqueiros, poucos mas bons!!! Mas que sabem tudo, que embalaram os políticos que não sabem nada e que tem o descaramento de acusar aqueles que pagam os seus erros de iliteracia financeira – aqueles que estoiram os orçamentos futuros, tapados com austeridade e que destapam falências e desemprego, a fome e a miséria e são os que chamam o povo de ignorantes a nível financeira, por “viverem acima das suas posses”.
A sondagem esta semana publicada pode ser um ponto de viragem importante, desfazendo a ideia do povo "que se afirma que vale mais pouco que nada", ou que “talvez seja um castigo de Deus” ,em que a maioria esmagadora (77%), consideram que estamos pior em todos os sectores do que estávamos há um ano e qualificam (67%) a actuação do Governo como má ou muito má. Esta clara rejeição do programa e discurso governativos, que engloba o Presidente da República (visto como cúmplice ou inexistência) e dá nota negativa a todos os ministros, torna ainda mais urgente uma alternativa credível. Sob pena de os revoltados com a atitude, sem precedentes em Portugal (diga-se o que se disser, isto nunca tinha sucedido), dos dois partidos da coligação governamental que, uma vez no poder, fizeram o contrário de tudo o que haviam prometido em campanha, engrossarem o contingente dos desiludidos da democracia. Tudo isto como se Portugal se tivesse transformado, por milagre, numa espécie de grande quinta dominada por uns tantos senhores "neo-feudais" que se condecoram uns aos outros e fazem discursos e declarações de circunstância para dar a ideia de que o País não deixou de funcionar.
“Uma coisa que era necessária e foi maravilhosa, até politicamente, no princípio da era do resgate, pesou tremendamente na era que V. Ex.ª chamou, se bem me recordo, do engrandecimento. Um financisco à outrance (operando aliás pela compressão dos preços, contra o aumento da circulação fiduciária), invertido num economismo despótico, actuando dentro de uma sociedade cujos erros venho procurando apontar, não podia deixar de resultar e resultou efectivamente (com excepção do período inicial dos abonos de família) em benefício dos grandes contra os pequenos e finalmente na opressão dos pobres.Não esqueço as grandes possibilidades de trabalho que o Estado e as grandes empresas criaram; isso porém não impediu que se estabelecesse e fechasse o que podemos chamar o ciclo da miséria”- Carta do Bispo do Porto, D. António Ferreira Gomes, a Salazar (1958)
Será que Passos “pinóquio Coelho nunca leu esta carta?
Como diz o bispo das Forças Armadas “Vamos todos para a rua. Não vamos fazer tumultos, vamos fazer democracia”