WE ARE ABLE TO DO OUR BEST! “É das coisas, que os sonhos são feitos.” It is about things, that dreams are made." (William Shakespeare
domingo, dezembro 30, 2012
sexta-feira, dezembro 14, 2012
OS NOSSOS DEPUTADOS ADEREM AO MOVIMENTO ASSOCIATIVO
OS NOSSOS DEPUTADOS ADEREM AO
MOVIMENTO ASSOCIATIVO
Pois se não sabiam ficam a saber, o “nossos” deputados tem uma
Associação!
finalidade
O objectivo da associação, que também existe noutros países,
tendo mesmo sido constituída uma federação internacional, “é promover uma
convivência pacífica entre os ex-deputados”, disse Vânia Jesus, secretária da
associação. “O presidente é independente e nos nossos planos de actividade
promovemos o desenvolvimento regional.”No blogue da associação, o último evento
publicitado decorreu a 30 de Maio no auditório do edifício novo da AR,
subordinado ao tema “como conviver com o seu corpo”, palestra inserida no
âmbito do ano europeu para o envelhecimento activo. O orador convidado foi o
médico de família Eduardo Mendes e na sessão de abertura esteve José Alberto
Marques (membro da direcção da AEDAR e médico), tendo Luís Barbosa sido o
moderador do painel. Outro dos eventos, que aconteceu a 5 de Junho, foi uma
visita à cidade de Tomar, onde o grupo da AEDAR, depois de uma recepção na
câmara municipal, visitou alguns pontos da cidade, como a Praça da República.
“Pudemos ver a estátua de D. Gualdim Pais, fundador da cidade de Tomar, à
frente dos Paços do Conselho”, pode ler-se no blogue da associação. Luís Barbosa, ex-deputado do CDS e actualmente
independente, é o actual presidente da associação dos ex-deputados. E explicou
ao i que actualmente existem 370 ex-parlamentares inscritos, que pagam
uma quota anual de 50 euros, o que perfaz 18 500 euros por ano.
É isso mesmo, existe uma Associação
de Ex-deputados da Assembleia da República (AEDAR) que, segundo o orçamento da
Assembleia da República recebeu só este ano mais de 42 mil euros para a sua actividade.
Se lhe parece muito, convém referir que sofreu um duro corte de 4,9 por cento
face a 2011. A
Associação dos ex-deputados do parlamento (AEDAR) e o Grupo Desportivo (GP)
receberam nos últimos cinco anos do orçamento da Assembleia da República cerca
de 286 mil euros. Este ano a associação de ex-deputados recebeu 42,5 mil euros
e o grupo desportivo 15,2 mil euros Segundo o parlamento, estas
comparticipações são aprovadas com os seguintes objectivos: “A Associação, para
o seu funcionamento regular, estando previsto esse apoio nos termos do art.o
28.o do Estatuto dos Deputados. E o GDP, para apoio às actividades de índole
cultural e desportiva desenvolvidas pelo grupo.
E o que faz a associação? A ver pela página no Facebook, com apenas 25 gostos,
organiza passeios a Tomar e tertúlias com temas tão pertinentes como
"Inovação Aprende-se". No blogue da associação o último post data de
Julho e refere-se a outro colóquio, desta vez com o tema "Como conviver
com o seu corpo". Um tema pertinente em tempos de troika. Paga lições de
golfe, etc..
Num exemplo de falta de transparência, o blogue da associação não explica como é gasto o dinheiro
de todos nós. Fica-se apenas a saber que "o relatório, enviado
a todos os associados da AEDAR, foi aprovado por maioria, tendo os
participantes louvado a boa gestão e iniciativa da AEDAR".
SERIA NATURAL QUE ESSA ASSOCIAÇÃO GARANTISSE A SUA EXISTÊNCIA À CUSTA DO PAGAMENTO DE QUOTAS DOS SEUS ASSOCIADOS. CASO ISTO NÃO ACONTEÇA TORNA-SE ASSIM UMA "ASSOCIAÇÃO DE MALFEITORES" DO ERÁRIO PÚBLICO” OU SERÁ QUE ESTOU A PENSAR ERRADAMENTE!
SERIA NATURAL QUE ESSA ASSOCIAÇÃO GARANTISSE A SUA EXISTÊNCIA À CUSTA DO PAGAMENTO DE QUOTAS DOS SEUS ASSOCIADOS. CASO ISTO NÃO ACONTEÇA TORNA-SE ASSIM UMA "ASSOCIAÇÃO DE MALFEITORES" DO ERÁRIO PÚBLICO” OU SERÁ QUE ESTOU A PENSAR ERRADAMENTE!
VER MAIS NESTE LINK
terça-feira, dezembro 04, 2012
A LIMITAÇÃO DOS MANDATOS DOS AUTARCAS VIOLA O ESTADO DE DIREITO?
OS EFEITOS
PREVERSOS DA LIMITAÇÃO DOS MANDATOS DOS PRESIDENTES DE CÂMARA
CORAGEM,
neste momento, é resistir a ser um instrumento de todos aqueles que durante
vários anos, se tem aproveitado da política para retirar benefícios próprios.
Como todos já
compreendemos a lei de limitação de mandatos tem efeitos negativos na gestão das
autarquias, pois o seu objetivo único foi, apenas e só por
via administrativa “criar presidentes de câmara que de outro modo nunca o seriam”. Num Estado de direito a limitação
de qualquer lugar politico deve ser feita nas urnas e não na "secretaria".
Na verdade parece-nos
actual as afirmações de que “as juventudes
partidárias, com muito raras excepções não são mais do que viveiros de
oportunismos. A maioria dos jovens que pululam nas juventudes partidárias
apenas pretende passar directamente da escola para um emprego fácil e melhor
remunerado, mediante nomeação partidária para um qualquer cargo político.”
Quais os motivos que não se compreendem, porque esta
questão é rarissimamente abordada pela nossa classe política, mas é das
questões mais importantes a resolver se queremos dignificar a vivência
partidária e melhorar a qualidade dos nossos agentes políticos.
ESTA É A RAZÃO DO
APARECIMENTO DOS MOVIMENTOS INDEPENDENTES DE CIDADANIA, uma forma
de todos os que não desistem de querer o melhor para a sua terra e de exercerem
o seu direito de participação na vida colectiva e na defesa dos interesses dos
cidadãos.
Não resisto em
transcrever na íntegra um artigo escrito pelo conhecido jornalista Joaquim
Letria
Geração J
A
geração que nos governa é a dos enteados do salazarismo, afilhados do marcelismo,
crianças do PREC, cheios de expedientes e carregados de gel e de sucesso
pessoal. Enterrou a geração dos resistentes à ditadura e prepara-se para
acolher a geração J.
Esta
geração J nasceu em democracia, foi fabricada nas juventudes dos partidos, fez
a sua formação cívica na "Juve Leo", nos "No Name Boys" e
nos "Super Dragões", não aprendeu grande coisa nos colégios nem nas
universidades privadas e está a tirar o tirocínio em gabinetes de ministros e
secretários de estado.
A
geração J não fugiu aos impostos nem pagou sisa porque nunca trabalhou e vive
em casa dos seus pais. Não fez a tropa, não casou e vai governar o País em
breve, depois de ir à República Dominicana no fim de curso e ter a noção do
mundo que a administração Bush facilita. A geração J ganhou experiência de vida na
catequese, ou nas discotecas, é impulsiva e irreflectida, capaz de erros
graves, antes de acertar. Falta já pouco para a conhecermos melhor e a vermos
em todo o seu esplendor. Ficaremos então cientes do seu valor.
Queira
Deus abençoar Portugal”
E MAIS ESTE….
A Geração
dos 600 euros” Por Joaquim Letria
quarta-feira, novembro 28, 2012
A grosseira inconstitucionalidade da tributação sobre pensões
Por António Bagão Félix
Aprovado o OE 2013, Portugal arrisca-se a entrar no
"Guinness Fiscal" por força de um muito provavelmente caso único no
planeta: a partir de um certo valor (1350 euros mensais), os pensionistas vão
passar a pagar mais impostos do que outro qualquer tipo de rendimento,
incluindo o de um salário de igual montante! Um atropelo fiscal
inconstitucional, pois que o imposto pessoal é progressivo em função dos
rendimentos do agregado familiar [art.º 104.º da CRP], mas não em função da
situação activa ou inactiva do sujeito passivo e uma grosseira violação do
princípio da igualdade [art.º 13.º da CRP].
Por exemplo, um reformado com uma pensão mensal de
2200 euros pagará mais 1045 € de impostos do que se estivesse a trabalhar com
igual salário (já agora, em termos comparativos com 2009, este pensionista viu
aumentado em 90% o montante dos seus impostos e taxas!).
Tudo isto por causa de uma falaciosamente denominada "contribuição extraordinária de solidariedade" (CES), que começa em 3,5% e pode chegar aos 50%. Um tributo que incidirá exclusivamente sobre as pensões. Da Segurança Social e da Caixa Geral de Aposentações. Públicas e privadas. Obrigatórias ou resultantes de poupanças voluntárias. De base contributiva ou não, tratando-se por igual as que resultam de muitos e longos descontos e as que, sem esse esforço contributivo, advêm de bónus ou remunerações indirectas e diferidas.
Nas pensões, o Governo resolveu que tudo o que mexe leva! Indiscriminadamente. Mesmo - como é o caso - que não esteja previsto no memorando da troika.
Tudo isto por causa de uma falaciosamente denominada "contribuição extraordinária de solidariedade" (CES), que começa em 3,5% e pode chegar aos 50%. Um tributo que incidirá exclusivamente sobre as pensões. Da Segurança Social e da Caixa Geral de Aposentações. Públicas e privadas. Obrigatórias ou resultantes de poupanças voluntárias. De base contributiva ou não, tratando-se por igual as que resultam de muitos e longos descontos e as que, sem esse esforço contributivo, advêm de bónus ou remunerações indirectas e diferidas.
Nas pensões, o Governo resolveu que tudo o que mexe leva! Indiscriminadamente. Mesmo - como é o caso - que não esteja previsto no memorando da troika.
Esta obsessão pelos reformados assume, nalguns
casos, situações grotescas, para não lhes chamar outra coisa. Por exemplo, há
poucos anos, a Segurança Social disponibilizou a oferta dos chamados
"certificados de reforma" que dão origem a pensões complementares
públicas para quem livremente tenha optado por descontar mais 2% ou 4% do seu
salário. Com a CES, o Governo decide fazer incidir mais impostos sobre esta
poupança do que sobre outra qualquer opção de aforro que as pessoas pudessem
fazer com o mesmo valor... Ou seja, o Estado incentiva a procura de um regime
público de capitalização (sublinho, público) e logo a seguir dá-lhe o golpe
mortal. Noutros casos, trata-se - não há outra maneira de o dizer - de um
desvio de fundos através de uma lei: refiro-me às prestações que resultam de
planos de pensões contributivos em que já estão actuarialmente assegurados os
activos que caucionam as responsabilidades com os beneficiários. Neste caso, o
que se está a tributar é um valor que já pertence ao beneficiário, embora este
o esteja a receber diferidamente ao longo da sua vida restante. Ora, o que vai
acontecer é o desplante legal de parte desses valores serem transferidos
(desviados), através da dita CES, para a Caixa Geral de Aposentações ou para o
Instituto de Gestão Financeira da S. Social! O curioso é que, nos planos de
pensões com a opção pelo pagamento da totalidade do montante capitalizado em
vez de uma renda ou pensão ao longo do tempo, quem resolveu confiar recebendo
prudente e mensalmente o valor a que tem direito verá a sua escolha ser
penalizada. Um castigo acrescido para quem poupa.
Haverá casos em que a soma de todos os tributos numa cascata sem decoro (IRS com novos escalões, sobretaxa de 3,5%, taxa adicional de solidariedade de 2,5% em IRS, contribuição extraordinária de solidariedade (CES), suspensão de 9/10 de um dos subsídios que começa gradualmente por ser aplicado a partir de 600 euros de pensão mensal!) poderá representar uma taxa marginal de impostos de cerca de 80%! Um cataclismo tributário que só atinge reformados e não rendimentos de trabalho, de capital ou de outra qualquer natureza! Sendo confiscatório, é também claramente inconstitucional. Aliás, a própria CES não é uma contribuição. É pura e simplesmente um imposto. Chamar-lhe contribuição é um ardil mentiroso. Uma contribuição ou taxa pressupõe uma contrapartida, tem uma natureza sinalagmática ou comutativa. Por isso, está ferida de uma outra inconstitucionalidade. É que o já citado art.º 104.º da CRP diz que o imposto sobre o rendimento pessoal é único.
Haverá casos em que a soma de todos os tributos numa cascata sem decoro (IRS com novos escalões, sobretaxa de 3,5%, taxa adicional de solidariedade de 2,5% em IRS, contribuição extraordinária de solidariedade (CES), suspensão de 9/10 de um dos subsídios que começa gradualmente por ser aplicado a partir de 600 euros de pensão mensal!) poderá representar uma taxa marginal de impostos de cerca de 80%! Um cataclismo tributário que só atinge reformados e não rendimentos de trabalho, de capital ou de outra qualquer natureza! Sendo confiscatório, é também claramente inconstitucional. Aliás, a própria CES não é uma contribuição. É pura e simplesmente um imposto. Chamar-lhe contribuição é um ardil mentiroso. Uma contribuição ou taxa pressupõe uma contrapartida, tem uma natureza sinalagmática ou comutativa. Por isso, está ferida de uma outra inconstitucionalidade. É que o já citado art.º 104.º da CRP diz que o imposto sobre o rendimento pessoal é único.
Estranhamente, os
partidos e as forças sindicais secundarizaram ou omitiram esta situação de
flagrante iniquidade. Por um lado, porque acham que lhes fica mal defender
reformados ou pensionistas desde que as suas pensões (ainda que contributivas)
ultrapassem o limiar da pobreza. Por outro, porque tem a ver com pessoas que já
não fazem greves, não agitam os media, não têm lobbies organizados.
Pela mesma lógica, quando se fala em redução da despesa pública há uma concentração da discussão sempre em torno da sustentabilidade do Estado social (como se tudo o resto fosse auto-sustentável...). Porque, afinal, os seus beneficiários são os velhos, os desempregados, os doentes, os pobres, os inválidos, os deficientes... os que não têm voz nem fazem grandiosas manifestações. E porque aqui não há embaraços ou condicionantes como há com parcerias público-privadas, escritórios de advogados, banqueiros, grupos de pressão, estivadores. É fácil ser corajoso com quem não se pode defender.
Foi lamentável que os deputados da maioria (na qual
votei) tenham deixado passar normas fiscais deste jaez mais próprias de um
socialismo fiscal absoluto e produto de obsessão fundamentalista,
insensibilidade, descontextualização social e estrita visão de curto prazo do
ministro das Finanças. E pena é que também o ministro da Segurança Social não
tenha dito uma palavra sobre tudo isto, permitindo a consagração de uma medida
que prejudica seriamente uma visão estratégica para o futuro da Segurança
Social. Quem vai a partir de agora acreditar na bondade de regimes
complementares ou da introdução do "plafonamento", depois de ter sido
ferida de morte a confiança como sua base indissociável? Confiança que agora é
violada grosseiramente por ditames fiscais aos ziguezagues sem consistência,
alterando pelo abuso do poder as regras de jogo e defraudando irreversivelmente
expectativas legitimamente construídas com esforço e renúncia ao consumo.
Depois da abortada tentativa de destruir o
contributivismo com o aumento da TSU em 7%, eis nova tentativa de o fazer por
via desta nova avalanche fiscal. E logo agora, num tempo em que o Governo diz
querer "refundar" o Estado Social, certamente pensando (?) numa
cultura previdencial de partilha de riscos que complemente a protecção pública.
Não há rumo, tudo é medido pela única bitola de mais e mais impostos de um
Estado insaciável.
Há ainda outro efeito colateral que não pode ser ignorado, antes deve ser prevenido: é que foram oferecidos poderosos argumentos para "legitimar" a evasão contributiva no financiamento das pensões. "Afinal, contribuir para quê?", dirão os mais afoitos e atentos.
Este é mais um resultado de uma política de receitas "custe o que custar" e não de uma política fiscal com pés e cabeça. Um abuso de poder sobre pessoas quase tratadas como párias e que, na sua larga maioria, já não têm qualquer possibilidade de reverter a situação. Uma vergonha imprópria de um Estado de Direito. Um grosseiro conjunto de inconstitucionalidades que pode e deve ser endereçado ao Tribunal Constitucional.
Há ainda outro efeito colateral que não pode ser ignorado, antes deve ser prevenido: é que foram oferecidos poderosos argumentos para "legitimar" a evasão contributiva no financiamento das pensões. "Afinal, contribuir para quê?", dirão os mais afoitos e atentos.
Este é mais um resultado de uma política de receitas "custe o que custar" e não de uma política fiscal com pés e cabeça. Um abuso de poder sobre pessoas quase tratadas como párias e que, na sua larga maioria, já não têm qualquer possibilidade de reverter a situação. Uma vergonha imprópria de um Estado de Direito. Um grosseiro conjunto de inconstitucionalidades que pode e deve ser endereçado ao Tribunal Constitucional.
PS1: Com a antecipação em "cima da hora" da passagem da idade de aposentação dos 64 para os 65 anos na função pública já em 2013 (até agora prevista para 2014), o Governo evidencia uma enorme falta de respeito pela vida das pessoas. Basta imaginar alguém que completa 64 anos em Janeiro do próximo ano e que preparou a sua vida pessoal e familiar para se aposentar nessa altura. No dia 31 de Dezembro, o Estado, através do OE, vai dizer-lhe que, afinal, não pode aposentar-se. Ou melhor, em alguns casos até poderá fazê-lo, só que com penalização, que é, de facto, o que cinicamente se pretende com a alteração da lei. Uma esperteza que fica mal a um Governo que se quer dar ao respeito.
PS2: Noutro ponto, não posso deixar
de relevar uma anedota fiscal para 2013: uma larga maioria das famílias da
classe média tornadas fiscalmente ricas pelos novos escalões do IRS não
poderá deduzir um cêntimo que seja de despesas com saúde (que não escolhem,
evidentemente). Mas, por estimada consideração fiscal, poderão deduzir uns
míseros euros pelo IVA relativo à saúde... dos seus automóveis pago às oficinas
e à saúde... capilar nos cabeleireiros. É comovente...
terça-feira, novembro 27, 2012
AS INCONSTITUCIONALIDADES NO ORÇAMENTO DE ESTADO PARA 2013
AS INCONSTITUCIONALIDADES NO ORÇAMENTO
DE ESTADO PARA 2013
A Proposta de Lei de
Orçamento de Estado para 2013 põe em causa vários preceitos da Constituição,
com destaque para a constituição fiscal, e ao afrontar directamente o decidido
no Acórdão nº 353/2012 [[1]],
traduz o total desrespeito pelas decisões do Tribunal Constitucional,
nomeadamente nos seguintes pontos:
1. Ao reduzir as
remunerações dos trabalhadores da administração pública e do sector empresarial
do Estado e designadamente ao retirar-lhes o pagamento do subsidio de férias viola o princípio da igualdade, na
dimensão da igualdade na repartição dos encargos públicos, consagrado no artigo
13º da Constituição, por impor-lhes sacrifícios muito
superiores aos exigidos aqueles que auferem rendimentos provenientes de outras
fontes ou seja, rendimentos de capital.
2. Ao agravar brutalmente a tributação incidente sobre os rendimentos do trabalho e das pensões ao contrário de outros tipos de rendimento como sejam, as mais valias mobiliárias e os rendimentos prediais, que não estão sujeitos a englobamento para efeitos de cálculo do rendimento tributável e são tributados a taxas autónomas mais baixas do que as que incidem sobre o IRS, a Proposta do Orçamento do Estado para 2013 viola a norma do nº 1 do artigo 104º segundo a qual «O imposto sobre o rendimento pessoal visa a diminuição das desigualdades e será único e progressivo, tendo em conta as necessidades e os rendimentos do agregado familiar», na medida em que significa uma distribuição menos justa e menos equitativa da carga fiscal, sem qualquer efeito na redução das desigualdades.
3. Ao aumentar de forma insustentável a tributação em IRS, bem como outros impostos que oneram os rendimentos das famílias, a Proposta do Orçamento de Estado para 2013 preconiza uma carga tributária que no seu conjunto assume o carácter de verdadeiro confisco na medida em que aquilo que é exigido aos cidadãos a título de impostos ultrapassa a sua real capacidade económica – o que se configura como uma violação do princípio da proporcionalidade, na vertente da proibição do excesso, consignado no nº 2 do artigo 18º da Constituição, no sentido em que a acções do Estado não devem, para realizar os seus fins, empregar meios que se traduzam em encargos excessivos para os cidadãos.
4. Ao introduzir uma sobretaxa adicional, que é uma taxa proporcional (ou plana) aplicada por igual a todos os escalões de rendimentos viola mais uma vez o princípio da progressividade consagrado no nº1 do artigo 104º da Constituição e, por desta forma aumentar a carga fiscal de forma indiscriminada e sem qualquer relação com a capacidade contributiva de cada um, com a agravante de isentar da sujeição a esta sobretaxa alguns tipos de rendimento, como sejam os rendimentos prediais e as mais valias imobiliárias, viola também neste caso o princípio da capacidade contributiva e consequentemente o princípio da igualdade fiscal.
5. Ao atribuir à sobretaxa adicional características próprias diferenciadas das que enformam o próprio IRS (não progressividade, retenção autónoma, dedução específica própria, não aplicação do quociente conjugal), a Proposta do Orçamento de Estado para 2013 aponta para a criação de um novo imposto sobre o rendimento pessoal, em violação da norma do nº1 do artigo 104º da Constituição na parte em que obriga à existência de um imposto único sobre o rendimento pessoal.
6. Ao reduzir o número de escalões de rendimento para efeitos do IRS de 8 para 5 viola o princípio da progressividade do imposto sobre o rendimento pessoal expressamente consagrado no nº1 do artigo 104º da Constituição ,por elevar os rendimentos mais baixos a um escalão superior e, por outro lado, colocar no mesmo escalão rendimentos de valores muito diferenciados; do mesmo modo, ao tributar da mesma forma rendimentos de valor muito diferenciado – veja-se como exemplo o escalão em que todos os rendimentos acima de 80 000 euros pagam a mesma taxa - abdica do critério da capacidade económica na repartição dos impostos, que é um princípio fundamental da nossa constituição fiscal, através do qual se concretiza o princípio da igualdade fiscal
7. Por outro lado, ao insistir na redução remuneratória e na suspensão total ou parcial do subsidio de férias, o Governo, através da Proposta de Orçamento do Estado para 2013, afronta directamente a decisão do Tribunal Constitucional consubstanciada no Acórdão nº 353/2012, publicado no Diário da República, 1ª Série, de 20 de Julho de 2012, que declarou a inconstitucionalidade das normas do Orçamento de Estado para 2012 que previam idêntica suspensão.
8. Ao eliminar ou limitar a valores meramente simbólicos as deduções à colecta em sede de IRS, que reflectem a consideração das despesas dos agregados familiares (com habitação, saúde, educação, etc.) no valor do imposto a pagar, desrespeita também o princípio da real capacidade contributiva, através do qual se concretiza o princípio da igualdade fiscal.
FONTE: http://www.cgtp.pt/comunicacao/informacao-e-propaganda/5845-cgtp-in-identifica-8-motivos-de-inconstitucionalidade-na-proposta-de-lei-de-orcamento-do-estado-para-2013
quinta-feira, novembro 22, 2012
A dívida dos portugueses ao Estado "não existe"
A dívida dos portugueses ao Estado
"não existe", diz historiadora
Publicado em 2012-10-12
Paga-se mais do que se recebe do Estado
Segundo a
historiadora, trata-se de um estudo científico que prova, através de um modelo
matemático que os trabalhadores "pagam o suficiente para todos os gastos
sociais do Estado". De acordo com Raquel Varela, "na maioria dos anos
os trabalhadores até pagam a mais, apesar de o Governo nunca ter prestado
contas". O livro, que é
apresentado, esta sexta-feira, refere que a "crise põe a nu as
contradições do sistema capitalista" e que foram usados na investigação
dados fornecidos pelo Instituto Nacional de Estatística e Eurostat. "Usamos dados que têm a ver com impostos
que recaem sobre o trabalho e subtraímos a esse valor os gastos sociais do
Estado. As conclusões a que chegámos é que, na esmagadora maioria dos casos, os
trabalhadores pagam mais do que recebem do Estado, em diverso tipo de
serviços" disse Raquel Varela.
Sendo assim, diz a historiadora, a conclusão geral
é que nos últimos 20 anos os trabalhadores pagaram "todos os gastos
sociais que o Estado tem com eles e, portanto, não têm qualquer tipo de dívida".
Entre muitos exemplos, os historiadores usam o caso
da situação da saúde para concluírem que o setor está nas mãos das Parcerias
Público Privadas (PPP): mais de metade do que os portugueses pagam para o
serviço nacional de saúde é transferido para hospitais de gestão privada. "Isto num país em que os trabalhadores
recebem o equivalente a 50% do PIB, mas da massa total de impostos que entram
no Estado, 75% vem do rendimentos dos trabalhadores e não do capital",
justificam.
"À medida que aumentam as PPP, diminui a
eficiência do serviço prestado. Ou seja, nos hospitais empresa, os serviços são
mais caros e o Estado gasta mais do que gasta se fizer o mesmo num hospital
público. Mais 0,5% na última década", indica Raquel Varela.
Na opinião da especialista, "outro número que
está no livro é o cálculo do roubo e do colapso para a segurança social que
significa a transferência do fundo de pensões da banca e da Portugal Telecom
falidos e que foram transferidos para a Segurança Social". "Depois admiram-se que a segurança social
tem uma dívida", refere Raquel Varela, adiantando: "Outro número
escandaloso são as PPP rodoviárias. Mesmo que as pessoas deste país não andem
nas autoestradas, estão a pagar como se lá andassem, porque o Estado garantiu a
algumas empresas uma renda fixa, independentemente de passarem lá carros ou
não. Ou seja, é um capitalismo sem risco. Não é aquela ideia do capitalista
empreendedor que corre riscos para ganhar lucro. É a ideia do capitalista que
não vive sem a cobertura do Estado".
"Para nós cai por terra o mito da economia
privada e empreendedora, sobretudo no que diz respeito às grandes empresas,
porque as pequenas empresas não são nada favorecidas nestas questões e estamos
a falar de grandes conglomerados económicos. As grandes empresas vivem à conta
dos impostos do Estado. Ou seja, não sobrevivem nem têm lucros se não
contabilizarmos a massa de valor que é transferida para estas empresas através
de esquemas, que são muitos", sublinha a investigadora.
Veja-se o caso de há pouco tempo dos enfermeiros a
ganharem abaixo do salário mínimo. O estado continua a pagar um salário de
enfermeiro, ou seja, não poupa nada, mas a grande fatia em vez de ir para os
enfermeiros que trabalham, vai para empresas de angariação de trabalho que são
nada mais que “agiotas” legalizados e cujos contratos são muitas vezes obtidos
por ajuste directo, através de cunhas e trocas de favores
A senhora historiadora Raquel
Varela tem razão, senão vejamos um exemplo prático. Consideremos que o Estado é
uma empresa, ou mesmo uma casa de qualquer família portuguesa. Então se assim é
as suas receitas são grosso modo os nossos impostos e as suas despesas deveriam
ser as que contribuem para a prestação se serviços que nos disponibilizam, (
Saúde, Educação, Segurança, Justiça, etc.etc.). Desta relação e se a gestão
fosse bem feita teria que resultar positiva a diferença entre as receitas
arrecadadas e as despesas incorridas. Desta verba poderia então resultar
investimento público. Nada disto foi feito em 38 anos de democracia, o Estado endividou-se porque criou
sistemáticamente défice. As razões deste défice davam aqui sim um livro.
O prefácio é assinado por Maria Lucia Fatttoreli,
auditora fiscal do Ministério da Fazenda do Brasil e os autores dedicam o livro
"aos médicos e enfermeiros que lutam pela conservação do Serviço Nacional
de Saúde" e aos professores que "defendem" o Ensino Público,
"de qualidade de todos e para todos".
quarta-feira, novembro 14, 2012
ALMEIRIM – ESTARÁ NA “MODA” AS LISTAS DE ESPERA? OU SERÁ QUE ESTAMOS NA “TERRA DO FAZ DE CONTA”?
ALMEIRIM – ESTARÁ NA “MODA” AS LISTAS DE ESPERA? OU
SERÁ QUE ESTAMOS NA “TERRA DO FAZ DE CONTA”?
Como principio as
HORTAS COMUNITÁRIAS são uma forma de ocupação de tempos livres e ao mesmo
tempo, fomentar o gosto pela Agricultura, e também,
uma forma de ajudar a economia familiar e poupar dinheiro, uma vez que assim
não é preciso comprar certos bens agrícolas.
Acontece que na nossa terra de Almeirim esses princípios
são completamente subvertidos pela “ganância
da procura de imagem de competência dos políticos, que não olhem a meios para
atingir os fins“, quando se afirma”que a Câmara de
Almeirim estuda alargamento do projecto de bio-hortas porque resulta da necessidade
de haver lista de
espera e muitas outras pessoas a mostrarem interesse em aderir”, nós perguntamos então porque razão o espaço das
hortas comunitárias se apresenta, em mais de 50% da sua área desocupado?
COMO É QUE HÁ LISTAS
DE ESPERA?
Será que alguém sabe dizer porque está abandonado este espaço das "hortas comunitárias?
Como nós todos devemos saber as Hortas Comunitárias são espaços criados para a prática da horticultura de lazer, para os munícipes de uma cidade. Espaços onde as famílias se podem inscrever e cultivar os seus produtos, como a alface, tomate, couve, espinafre, repolho, alho, cenoura, entre outras verduras e legumes, assim como árvores de frutos, plantas medicinais e aromáticas.
Felizmente, as
hortas comunitárias, urbanas ou não, começam a aparecer um pouco por todo o País,
permitindo às populações locais cultivar parte da sua alimentação, e assim
alimentarem-se de forma mais saudável e económica. As hortas comunitárias são
também um modo de algumas franjas da população, como por exemplo, os
reformados, ocuparem o seu tempo livre de forma proveitosa, bem como de dar
destino a terrenos com aptidão agrícola, que, de outro modo, estaria a
"monte". As vantagens são muitas, estendendo-se ainda ao convívio
entre os "vizinhos" que cultivam as parcelas.
Há tantas outras
coisas que poderíamos tornar comunitárias !!Para bem do nosso bolso e do nosso
ambiente! Mas com estas “gentes da politica” tudo é objecto de manipulação que
leva ao completo falhanço dos objectivos que deviam ser prosseguidos.
Na
verdade hoje o mentiroso não mente. Diz inverdades. A batota depende do
batoteiro. A ética de valores já não existe, o que conta é o calculismo da inexactidão.
Como dizia Winston Churchill “ a mentira consegue dar a volta ao Mundo antes de a verdade ter a
sua oportunidade”
PORQUE É QUE A VERDADE É INCONVENIENTE?
PORQUE
É QUE A VERDADE É INCONVENIENTE?
Porque é que a
verdade é sempre inconveniente? Porquê e para quem? É de facto, por a nossa
vida colectiva estar rodeadas de inverdades, de omissões e de mentiras, que
esta agonia diária que nos conduzirá inevitavelmente à destruição como povo e
como Nação se apoderou deste canto, com uma História milenar, e que levou ao
adormecimento ou entorpecimento dos sentidos e da acção duma população, que por
cada dia que passa se sente o seu atroz empobrecimento no seu modo e qualidade
de vida.
Que se passa? Sendo
claro que já não acreditamos nos políticos e que todos desejamos que eles se
metam cada vez menos na nossa vida colectiva, mas continuamos a suportar as
suas mordomias, as suas interferências de quem não está em condições de saber
ou conhecer o que é melhor para os portugueses e Portugal?
Nas já costumeiras
trapalhadas diz-nos agora o governo que precisa de eliminar 4 mil milhões de
euros nas despesas do Estado, dando a entender que é uma situação tão difícil
que se tornou necessário pagar principescamente a uns estrangeiros e a
“estrangeirados” para tal decidirem, de modo a “esconderem” a sua
incompetência, incapacidade e impreparação para assumiram a responsabilidade da
governação do País. Onde está a legitimidade decorrente do acto eleitoral,
único processo que em democracia garante essa legitimidade?
Sempre entendemos
que ao contrário das afirmações dos políticos, que cortar nas despesas do
Estado não é nem nunca foi uma tarefa difícil, desde que se tenha o saber, o
conhecimento e a capacidade de propor essa estratégia que sirva os interesses
públicos, em vez de recorrer ao simplismo de “cortar, de esbulhar de assaltar
etc… “os salários e os rendimentos dos funcionários públicos, dos pensionistas
e reformados, complementados agora com um confisco, massacre, crime fiscal, monstro
fiscal etc com a “chamada inovação” de reestruturação dos escalões do IRS,
atingindo apenas e só quem vive do seu trabalho.
Como todos já
compreendemos, para além da mentira que deveria envergonhar qualquer politico,
juntamos o descaramento de amedrontamento de que foi necessário “pedir ajuda
internacional por falta de dinheiro para pagar salários e pensões” quando todos
temos o dever de conhecer, infelizmente a nossa imprensa é o que é!!!, que só o
IRS e o IRC sempre foram mais do que suficientes para suportar estes encargos, e
quando o verdadeiro problema foi de facto a má gestão e administração danosa do
sistema bancário, que se tem entretido ao longo dos anos ao “jogo na bolsa” e à
completa “extorsão dos cidadãos e empresas com a prática de elevados juros”,
que viu cortado o financiamento internacional, veja caso BPN, mais de 6 mil
milhões de euros e agora o financiamento de mais de 12 mil milhões de euros a
outros bancos. Se a “troika” já meteu mais de 60 mil milhões de euros,
recebendo em juros mais de 9 mil milhões de euros, por ano, se este
financiamento não foi para as empresas, então para onde é que o mesmo foi
desviado? Será que os cidadãos não tem o direito de saber como foram distribuídas
estas verbas? Quem recebeu e para quê? E já agora porque não a listagem das
dividas? Isto é quem deve a quem?
Finalmente se
pretendem “cortar nas despesas e mordomias” porque é que ninguém até hoje o fez e demonstra pouca
ou nenhuma vontade séria e rigorosa de o fazer? Será porque os partidos
políticos, todos sem excepção, que constituem a grande massa dos interesses
instalados, dos seus considerados “quadros políticos”, dos seus assessores de
coisa nenhuma, dos seus “pretensos e promovidos à categoria de autarcas”, dos
seus “boys” não deixa nem nunca deixará?
Exemplificamos,
nomeadamente:
- Qual a razão que leva a que as autarquias se apropriem de mais de 400 milhões de euros do IRS, o que representa um aumento de 5% do IRS de todos os cidadãos, cerca de 2 milhões de portugueses que tem este encargo?
- Porque é que apenas e só sete empresas publicas do sector empresarial do estado, que geram anualmente mais de 1,4 mil milhões de euros de prejuízo e já atingem um endividamento de mais de 20 mil milhões de euros, ainda não lhe foram aplicadas quaisquer tipo de medidas saneadoras desta situação, nomeadamente o elevado numero de directores, assessores adjuntos de direcção, prestação de serviços etc, que anualmente acarretam milhões de euros de encargos sem que tais serviços prestados correspondam a necessidades de gestão, mais sim como correspondente, no geral a “um custo da democracia utilizado por políticos desempregados”?
- Sabendo-se que hoje, muitas das camaras municipais, talvez mais de um terço, talvez mais de 100, apenas e só são “o poiso” da “nova geração politica criada nas juventudes partidárias”, que as suas funções de satisfação das necessidades das populações , água, saneamento básico, reorganização do território etc, são exercidas por empresas municipais, ou intermunicipais ou ainda comunidades urbanos onde mais uma vez, a sua “criação” serviu , na sua generalidade para “centro de colocação”, mais “boys” filhos e enteados, num verdadeiro jogo de trafico de influências, como suporte de “poder dos chamados políticos locais”, não são objecto de uma redução do espaço politico eleitoral, não confundir com a extinção dos concelhos, de modo a que de facto seja efectuado uma reforma séria do Estado e dos governos regionais que trás como consequência, uma redução de gastos de despesa pública de milhões de euros?
- Porque é que os que “exercem cargos políticos” continuam a beneficiar de mordomias inapropriadas a quem exercem tais cargos de serviços públicos, como automóveis, cartões de crédito, ajudas de custo, despesas de representação, telefones, combustivel etc.?
Aqui ficam algumas
ideias e números que mostram que há outras verdades, outras alternativas a um
governo que, “facilmente quebrou uma acordo no memorando de entendimento com os
portugueses”, numa mentira “colossal” e decidiu espoliar, extorquir os cidadãos
em que muitos mesmo que queiram satisfazer os seus compromissos de cidadania –
pagar os impostos – não terão dinheiro para o fazer, tornando-se num País sem
esperança nem futuro.
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