terça-feira, janeiro 21, 2020

“Se o sonho é já por si uma memória, sem memória poderá o indivíduo sonhar?” (José Cardoso Pires)


“Se o sonho é já por si uma memória, sem memória poderá o indivíduo sonhar?” (José Cardoso Pires)

“Sonhe seus sonhos e acorde para realizá-los.” (anónimo)

Quero esclarecer que não tenho, nem nunca tive a intenção de “chocar” os sentimentos de qualquer um, ou uma, amiga ou amigo que ler os meus escritos , o que não consigo é abdicar de dizer o que penso, mesmo que por vezes não sejam as coisas mais agradáveis, ou de deixar de lado as minhas dissertações escritas porque na realidade escrevo para mim próprio.  Não me façam ser quem não sou. Não me convidem a ser igual, por que sinceramente sou diferente. Não sei amar, ou ser amigo no sentido de uma profunda amizade pela metade. Não sei viver de mentira. Não sei voar de pés no chão. Sou sempre eu mesmo, mas com certeza não serei a mesmo para sempre. “Não me dêem fórmulas certas, pois não espero acertar sempre. Não me mostrem o que esperam de mim, pois vou seguir meu coração.” (Clarice Lispector).
A realidade que aparece á nossa frente, leva-nos mais tarde ou mais cedo a passar “alguns obstáculos”, que nem sempre são visíveis ou fáceis de ultrapassar, no entanto, todos temos ou devemos ter a percepção de que para  as coisas importantes, nunca é tarde demais, ou no nosso caso, muito cedo, para sermos quem queremos. Não há um limite de tempo, podemos começar quando quisermos. Nós podemos mudar ou não. Não há regras. Podemos fazer o melhor ou o pior. Todos esperamos que façamos sempre  o melhor. Esperamos ver sempre as coisas que  nos podem assustar. Esperamos sentir as  coisas que nunca sentimos antes. Esperamos  conhecer pessoas com diferentes opiniões. Esperamos viver uma vida da qual nos possamos orgulhar.  Uma das lições com as quais eu cresci foi a de sempre permanecer verdadeira comigo mesma e nunca deixar que as palavras de alguém me distraia dos meus  objetivos”. (Michele Obama)
Acho alguma piada quando ouvimos dizer que não compreendem, ou até mesmo que tivessem sido excluídos de um determinado circulo, precisamente por dizer o que pensavam, ou por ter “rabiscado”, nas redes sociais, algumas historias e experiências de vida. Talvez seja por isso que hoje tenho a necessidade de fazer estas ”pequenas correcções”. Devemos ter a noção que não são as nossas palavras ou os nossos riscos e rabiscos que fazem com que possamos pensar que fomos ou seremos  excluídos de determinados círculos, somos nós  que nos  auto-excluímos”!!!  Porque na verdade preferimos rodear-nos de pessoas que tenham a capacidade de domar a sua autonomia, e conquista-la sem que para isso seja necessário aparentar ser uma pessoa que não se é. Como disse Augusto Cury : “Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um “não”. É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.”
Uma coisa não é verdadeira somente porque estamos a pensar que é. Aqui reside praticamente todo o sucesso e praticamente todo o fracasso. Pensa nisto, pois esta é a realidade tal como a vejo: Temos a nossa mente contra nós quando desejamos uma coisa e começamos a inventar desculpas para não a realizar. Se temos um desejo, temos que descobrir uma forma de o realizar. Cada desejo vem com a sua solução agarrada, porém, essa solução está por detrás de todas as desculpas. Precisamos de  passar pela floresta densa das desculpas para encontrarmos as soluções. “Depois de tudo e qualquer tempestade a vida devolve-nos sempre uns dias de Sol. Das poucas  (raras) certezas absolutas que guardamos no peito e nos nossos dias, há duas que são como um mapa para tudo o que ainda queremos ser e fazer : ter coragem não é igual a não ter medo. E, ser feliz não é igual a ter dias menos bons” (Sofia Castro Fernandes  - in livro  descomplicar pág. 131)

quinta-feira, janeiro 09, 2020

“Ainda bem que eu posso sonhar com o amanhã.” (Clarice Lispector)


Ainda bem que eu posso sonhar com o amanhã.” (Clarice Lispector)

“Nunca tenha certeza de nada, porque a sabedoria começa com a dúvida”.(Sigmund Freud)

 Todos nós certamente em determinados momentos da vida nos interrogamos sobre o que é que na nossa vida nos “torna orgulhosos?” Todos nós conseguimos muitos feitos na vida, alguns até podem ter pouca importância para os outros, mas tem muita importância  ou muito significado para nós,  embora não reconheçamos isso na maioria das vezes. Quantas vezes, ou se já alguma vez, nos interrogamos sobre o que já alcançámos?  Há quem aconselhe a treinar incansavelmente o  seu cérebro com essa pergunta e mantenha-a sempre na frente de seus pensamentos. “O mundo é um livro, e quem fica sentado em casa lê somente uma página.”(Santo Agostinho)
Todos nós, em certos momentos  na nossa vida já, pusemos “para detrás das costas” ”mil coisas que deixamos para amanhã”, com o sentido de  as  viver depois. Quantas vezes já pensámos: “eu devia ter feito isso antes…” ou "hoje vou falar com … "? Mil vontades a que não damos ouvidos. Ou porque não achamos certo, ou porque achamos que não tem de ser. E, depois passou o tempo e nada aconteceu! Não podemos deixar a felicidade para amanhã, pois o amanhã pode nunca chegar… Assim como também não devemos nos queixar constantemente das coisas que deixamos de fazer! Todos nós temos momentos menos bons ou menos felizes, momentos de fraqueza, de dúvida, de insegurança, de "não sei se deva" ou de "será que faço bem?", momentos em que nada parece ter sentido e em que nos sentimos perdidos, num mundo que não é o nosso. Por vezes precisamos apenas de alguns segundos, para respirar fundo e voltar a caminhar em frente, mas, outras vezes precisamos mesmo de uma pausa, de descansar do mundo, de parar. Como disse Tolentino Mendonça: “Estamos ali como se estivéssemos num qualquer lugar perdido, rebuscando entre silêncio e escombros”.
Chega um momento que a vida adquire um significado, que os segundos se tornam importantes .Chega um momento que nos cansamos de estar de  braços cruzados, de ouvir as mesmas coisas, da tristeza, da solidão, da falta de perspectiva, da falta de sonhos, de interesse, do vulgar. Chega um momento que não queremos mais só ficar, não queremos mais festas, não queremos deitar-nos sozinho sonhando com alguém. Ou seja, vai chegar um momento em que nos cansamos de ser insignificantes e vamos começar a ser alguém. “Momentos de fraqueza na vida qualquer um os poderá ter, e, se hoje passámos sem eles, tenhamo-los por certos amanhã”.(José Saramago)
Ora tudo isto não é mostrar fraqueza nem tão pouco significa baixar os braços. É preciso ter coragem e gritar bem alto para ser imperfeito. Aceitar e abraçar as nossas fraquezas e amá-las. E deixar de lado a imagem da pessoa que devia ser, para aceitar a pessoa que realmente somos. É preciso esperar - sim, porque as coisas vêm no tempo certo e o tempo certo não é quando tu queres e decides!  Aliás, é muitas das vezes em momentos assim que nos reencontramos, que nos damos aos outros e arriscamos dizer "preciso de ti", que sorrimos ao ser abraçados por quem nos quer bem independentemente de tudo, que falamos sem receio de ser julgados, que ganhamos coragem e recuperamos forças, que fazemos as pazes com a vida e até connosco. Que somos nós mesmos, sem rodeios. Que sentimos mais. E que recomeçamos. De coração cheio e alma firme.”(por aesperaparavoar)