“Sonha e serás livre de espírito, luta e serás
livre na vida.”
(Che Guevara)
“Nem a juventude sabe o que pode, nem a velhice pode
o que sabe“( José Saramago)
Há um ditado popular
que diz que “antes de apontares o dedo para os defeitos dos outros, olha
primeiro para os teus”, isto quer dizer que devemos reconhecer as nossas
falhas e tentar corrigi-las. É muito fácil criticar os outros, mas assumir os nossos
próprios defeitos pode ser um dos principais desafios da nossa vida! E nunca
esqueçamos, os defeitos dos outros não dependem de nós, mas os nossos sim! “É
muito melhor perceber um defeito em sim mesmo, do que dezenas no outro, pois o
seu defeito tu podes mudar”. (Dalai
Lama)
Primeiro, reconheçamos, que para qualquer um de
nós, nunca será fácil ouvir comentários negativos ou pejorativos daquilo que os
outros pensam e possam dizer que somos, daquilo que acreditamos ou daquilo que
criamos. No entanto, quando permitimos (mesmo que seja inconscientemente, como quase sempre acontece)
que qualquer um outro nos atinja e deixamos de criar ou de acreditar que as
nossas ideias têm valor, torna-se claro que a crítica destrutiva sai vencedora.É
bom relembrar que já no célebre livro “A Arte da Guerra”, Sun-Tzu escreveu:
"Se conheces o teu inimigo e te conheces a ti mesmo, se tiveres cem
combates a travar, cem vezes serás vitorioso. Se ignoras o teu inimigo e te
conheces a ti mesmo, as tuas chances de perder e de ganhar serão idênticas. Se
ignoras ao mesmo tempo o teu inimigo e a ti mesmo, só contarás os teus combates
por derrotas".
É por isso, que sempre devemos esforçar-nos por
nos munir ou equipar com a maior e a
melhor “armadura” que se conheça, enfrentar os críticos com ideias
construtivamente e seguir tudo aquilo em que acreditas, mas… sobretudo, como
Eleanor Roosevelt um dia disse “Do what you feel in your heart to be right –
for you’ll be critized anyway. You’ll be damned if you do, and damned if you
don’t”( “Faça o que acha que
está certo no seu coração - pois serás criticado de qualquer maneira. Serás
amaldiçoado se o fizeres, e amaldiçoado se não o fizeres”).
Ou como num bom e velho ditado popular: “Preso por ter cão e preso por não o
ter”! Por isso deves ser sempre fiel a ti mesmo (a): tem ideias, sonhe-as,
construa-as, implemente-as! Com a “dose certa” de criatividade e realidade,
nunca se sabe o que será possível criar! Como disse Sun Tzu:“Concentre-se no
pontos FORTES, reconheça as FRAQUEZAS, agarre as OPORTUNIDADES e proteja-se
contra as AMEAÇAS.”
Com isto
tudo, não quero aqui passar a mensagem que sou contra um “mas….”. Na
verdade, acho que é fundamental existir alguém que nos questione, que nos faça
pensar sob diferentes perspectivas, de modo a optimizar as nossas ideias. Não
sou também contra um “mas….” que, com grande carinho e consideração por
cada um de nós, nos quer alertar para os desafios do mundo. Contudo, sou contra
o “mas….” que destrói ideias. Sou contra o “mas….” que destrói
sonhos e, particularmente, sou contra o “mas….” que é fruto de uma
maldade (in)consciente e derrotista que por vezes nos querem “enfiar”. Todos
necessitamos de uma “dose saudável” de realidade que faz, ou que deverá fazer,
parte de qualquer processo criativo. Porém, também necessitamos (e gostamos!)
de críticas construtivas que nos levem a melhorar e não de críticas que nos
derrubem, pelo simples prazer de nos ver renunciar às nossas ideias. “As
maiores loucuras são as mais sensatas alegrias, pois tudo que fizermos hoje
ficará na memória daqueles que um dia sonharão em ser como nós: Loucos, porém,
felizes.” (Kurt Cobain)