A greve geral hoje. Amanhã é o dia 25 de Novembro
Tenho lido em vários lados o apelo à greve geral acompanhado da expressão sem medo. O recurso à greve é um direito de todos os trabalhadores e esta greve tem sido amplamente divulgada pelos vários órgãos de comunicação social, quase como uma incitação subliminar à adesão, acompanhada de uma “dose elevada” de manipulação nos seus “pretensos objectivos”. Pelo contrário, não fazer greve é olhado como uma capitulação às ameaças do grande capital, como uma desistência e uma cedência aos especuladores, quando tanto direito tem um cidadão em fazer greve, como aquele que não a faz!
Poucas vezes terá tido a população tantas razões para o descontentamento. Uma crise internacional que, ao contrário do que parecia, fez regressar a austeridade, os cortes salariais, o aumento do desemprego, a “capitulação dos estados perante o capital financeiro bancário”etc. No entanto, será que a greve geral de amanhã é a melhor forma de mostrar o descontentamento e a desilusão, numa altura de grande aperto orçamental e de grande dívida pública? Além disso, qual o governo alternativo que não tomaria nenhuma destas medidas? Será que com esta greve, já não vamos ter aumento do IVA, dos impostos e redução dos salários a partir de um Janeiro?