sexta-feira, maio 07, 2010

ALMEIRIM - Será esquecimento ou incapacidade de propestivar as actividades?


Será que o arranjo urbanístico desta zona caiu no esquecimento? Será que o mais de 1 milhão de euros, gastos desnecessariamente no "Parque das Laranjeiras", vá lá saber-se as razões.....não seria melhor e servia melhor os interesses da população Almeirinense se utilizado aqui?

Situação de angústia perante a incompetência, hipocrisia e mentiras

Por que razão alguns políticos e alguns jornalistas chamam TGV a uma linha de caminho de ferro? Como é que se confunde o meio de transporte chamado "TGV" com a infra-estrutura onde o esse TGV (e outros comboios, desde que de bitola europeia!) podem utilizar? Será que alguém fala em "Ferrari" quando se discute a construção de uma auto-estrada? Será que alguém chama "Boeing" a um aeroporto?
Qual a razão porque não dizem a VERDADE?
Como todos sabem, ou deviam saber o 1.º troço, Poceirão-Caia, foi adjudicado por cerca de 1.359 milhões de euros. Os fundos comunitários pagam 640 milhões e o Banco Europeu de Investimentos (BEI) financia mais 600 milhões, a 36 anos (4 de construção mais 32 de exploração), com um “spread médio” de 0,408% sobre a Euribor a 6 meses (ontem estava a 0,978%). Sobram 119 milhões, dos quais 91 virão de crédito angariado por um sindicato de bancos nacionais e estrangeiros, que se dispõem a mobilizar a verba necessária para o financiamento deste troço, até 2013.
O 2.º troço, Lisboa-Poceirão, com a terceira travessia sobre Tejo (para carros, ferrovia convencional de mercadorias e TGV) incluída, está na fase de apreciação de três propostas. A menos cara atinge 1870 milhões de euros. Destes, 173 milhões virão da UE e 700 de novo financiamento do BEI, em condições idênticas, ou muito próximas, das descritas acima.
Ao todo e por todo, esta obra levará a recorrer ao crédito comercial no montante máximo de 1100 milhões de euros, ao longo de 4 anos. Isto corresponde, por ano, a 0,67% do crédito total concedido em Portugal às empresas em 2009. Juntemos o crédito concedido pelo BEI, em condições de preço excelentes, e estaremos na casa de 1,5% do total. Será isto "eliminação" da despesa privada e, em particular, do investimento do sector privado, devido a um aumento da despesa pública, através dum aumento das taxas de juro? E se esta linha de TGV é inútil, como pode ela ter uma TIR (taxa interna de rentabilidade) real de 5,9% ao ano (cálculo actualizado pela U. Católica)?
Se todos sabem que o comboio em alta velocidade na distância 300-600 kms é competitivo com o avião, e na verdade é que a Espanha está a ligar as principais cidades com AVE/TGV, qual a razão para aqueles que, tentam tudo para que não se construa a linha férrea para o TGV? Certamente não estão a defender o interesse público de Portugal e dos Portugueses