quinta-feira, maio 30, 2024

“What worries me is not the scream of the evil ones. It’s the silence of the good.” (Martin Luther King

“What worries me is not the scream of the evil ones. It’s the silence of the good.” (Martin Luther King) This phrase, attributed to Martin Luther King, came to mind in relation to and in the context of Israel's war against the Palestinian people, on this day in which in Portugal “a holiday of Catholic origin is celebrated – the day of the body of God – perhaps it is the moment for a serious reflection on what has disturbed us in some way, the indignant criticism of the slogan “From the River to the Sea” as being a chant in demonstrations defending the disappearance of Israel, at the same time that Israel is in fact destroying Palestine, massacring children, in one word, genocide. It's not chants, it's hunger, thirst, mutilations, burns, people buried alive, murders, bombs, destruction of houses, museums, libraries, universities, schools, tents, etc. This is what politicians cannot hide from us! In fact, we live in a society where the silence of the innocent strengthens the marginality of the guilty. Another surprising inversion is to call radicals or extremists those who speak out against genocide, against an abominable massacre of children. The images that have been reaching us for months, and not just the latest unbearable images of the attack on the refugee camp in Rafah, are those of thousands of children with burned, decapitated bodies, images so monstrous that they would not even be possible in the most violent gore films. Anyone who reacts to these images and screams for this horror to stop is not a radical or extremist person, they are a human person, who is on the right side of History. It is the radicalism of those who remain silent in the face of this monstrosity that should concern us. We think that neutrality, silence is the moderate attitude towards the world's problems, and, however, silence has dramatic consequences. Silence, explains Ervin Staub, an expert in the psychology of genocide, in the article “The Psychology of Bystanders, Perpetrators and Heroic Helpers” (1993), “emboldens perpetrators, who often interpret silence as support for their policies.” When it comes to genocide and the massacre of children, there are no innocent silences! Silence destroys our consciousness. Who is out there calling for resistance to silence? Whoever goes around takes away our ability to reflect. Just look around…. And we don’t want, as Camilo Castelo Branco said, “silence to be a confession.”

“O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons.” ( Martin Luther King )

“O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons.” ( Martin Luther King ) Esta frase atribuída Martin Luther King , veio-me á memória a propósito e no contexto da guerra de Israel contra o povo palestiniano, neste dia em que em Portugal se “comemora um feriado de origem católica – dia de corpo de Deus – talvez seja o momento para uma séria reflexão sobre o que nos tem de algum modo perturbado a crítica indignada do slogan “From the River to the Sea” como sendo um cântico nas manifestações que defende o desaparecimento de Israel, no mesmo momento em que Israel está de facto a destruir a Palestina, a massacrar crianças numa palavra um genocidio. Não são cânticos, é fome, sede, mutilações, queimaduras, pessoas enterradas vivas, assassinatos, bombas, destruição de casas, museus, bibliotecas, universidades, escolas, tendas, etc. é isto que os políticos não nos podem esconder! Na verdade vivemos numa sociedade onde o silêncio dos inocentes fortalece a marginalidade dos culpados. Outra inversão surpreendente é a de chamar radicais ou extremistas a quem se manifesta contra um genocídio, contra um massacre abominável de crianças. As imagens que nos chegam há meses, e não só as últimas imagens insuportáveis do ataque ao campo de refugiados em Rafah, são as de milhares de crianças com corpos queimados, decapitados, imagens tão monstruosas que não seriam sequer possíveis nos mais violentos filmes gore. Quem reage a estas imagens e grita para que este horror cesse não é uma pessoa radical ou extremista, é uma pessoa humana, que está no lado certo da História. É a radicalidade de quem permanece em silêncio face a esta monstruosidade que nos deveria preocupar. Pensamos que a neutralidade, o silêncio é a atitude moderada face aos problemas do mundo, e, no entanto, o silêncio tem consequências dramáticas. O silêncio, explica Ervin Staub, especialista em psicologia do genocídio, no artigo “The Psychology of Bystanders, Perpetrators and Heroic Helpers” (1993), “incentiva os perpetradores, que frequentemente interpretam o silêncio como um apoio às suas políticas”. Em matéria de genocídio, de massacre de crianças, não há silêncios inocentes.! O silêncio vai destruindo a nossa consciência. Quem anda por aí a clamar pela resistência ao silêncio? Quem anda por aí retirar-nos a nossa capacidade de refletir. Basta olhar à volta…. E não queremos como disse Camilo Castelo Branco, que “ o silêncio seja uma confissão.”

sexta-feira, maio 24, 2024

“We do not stumble on big mountains, but on small stones.” (Augusto Cury)

“We do not stumble on big mountains, but on small stones.” (Augusto Cury) There are those who say that “life is a play that does not allow for rehearsals. Therefore, we sing, cry, dance, laugh and live intensely, before the curtain closes and the play ends without applause.” (Quote wrongly attributed to Charles Chaplin.) In reality we live in difficult times, and we fully agree, that we are going through times of “human stupidity” (televisions and smartphones are considered the greatest contributions), despite the current youth (at least least until the age of 30) is the one with the most education, which does not mean that “culturally” she is the most evolved. Enjoy the now, don't leave it for later... you may run out of time. We have the perception that this is the case, but due to omission or forgetfulness we do not practice it in our daily lives. How many of us dedicate at least 10 minutes to reading and reflecting every day at the end of the day? Confucius said: “Carry a handful of earth every day and you will make a mountain.” However, we always have time to turn on the television or go to our smartphone and take a look at the various so-called “social networks”! In fact, we all have those moments when we need to stop and think about life! We can never forget that life is made of movement, even when we are still, something is always happening around us.” We can believe that all life will offer us in the future is to repeat what we did yesterday and today. But, if we pay attention, we will realize that no day is the same. We can never let each day seem the same as the last because every day is different, because we are in a constant process of change.” (Paulo Coelho) This comes in reference to an article I read today, “In the most Western mentality, work is not everything. For the Chinese, it often comes first.” in the magazine “Visão” (nº 1629 on pages 26 and 27), and it ends like this. “ The achievements happened when I started to realize that I didn’t want to be a “cool boss”. I wanted to be a boss who generates value, pays good wages and manages to create an expectation of growth for all workers. … It gives me pleasure to do things and feel that they are going well… I want to go far with a good family structure, good friends, good relationships, without stepping over anyone.” And to finish, here is this quote from the Chinese artist Weiwei “If today we know much more than we used to, we end up stuck because we are unable to act. I think this is the big problem in modern society: we think we know too much, but we act too little.”

“Não tropeçamos nas grandes montanhas, mas nas pequenas pedras.”(Augusto Cury)

“Não tropeçamos nas grandes montanhas, mas nas pequenas pedras.”(Augusto Cury) Há quem diga que “a vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cantamos, choramos, dançamos, rimos e vivemos intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos.” (citação atribuída erroneamente a Charles Chaplin.) Na realidade vivemos tempos difíceis, e nós estamos plenamente de acordo, que atravessamos tempos de “estupidificação humana”(as televisões e os smartphones são considerados os grandes contributos), apesar de a actual juventude (pelo menos até aos 30 anos) ser a que maior escolaridade tem, o que não quer dizer que “culturalmente” seja a mais evoluída. Aproveite o agora, não deixe para depois... pode ficar sem tempo. Temos a percepção que assim é, mas por omissão ou esquecimento não praticamos na nossa vida do dia a dia. Quantos de nós é que diariamente, ao fim do dia dedica pelo menos 10 minutos para leitura e reflexão? Já dizia Confúcio :” Transportai um punhado de terra todos os dias e fareis uma montanha.” No entanto temos sempre tempo para ligar a televisão ou ir ao smartphone dar uma “olhadela” às diversas chamadas “redes socias”! Na verdade, todos nós tem aqueles momentos em que precisa parar e ficar e pensar na vida! Nunca podemos esquecer que a vida é feita de movimento, mesmo quando estamos parados, algo sempre está a acontecer ao nosso redor.” Podemos acreditar que tudo que a vida nos oferecerá no futuro é repetir o que fizemos ontem e hoje. Mas, se prestarmos atenção, vamos nos dar conta de que nenhum dia é igual a outro. Nunca podemos deixar que cada dia pareça igual ao anterior porque todos os dias são diferentes, porque estamos em constante processo de mudança.”(Paulo Coelho) Isto vêm a propósito dum artigo que hoje li, ”Na mentalidade mais ocidental, o trabalho não é tudo. Para os chineses, muitas vezes, está em primeiro lugar.” na revista “Visão” (nº 1629 a pags 26 e 27), e que termina assim. “ As conquistas aconteceram quando comecei a perceber que não queria ser um “patrão fixe”. Queria ser um patrão que gere valor, paga bons salários e consegue criar uma expectativa de crescimento para todos os trabalhadores. … Dá-me prazer fazer as coisas e sentir que estão a correr bem….quero chegar longe com uma boa estrutura familiar, bons amigos, boas relações, sem passar por cima de ninguém.” E para finalizar aqui fica esta frase do artista chines Weiwei “Se hoje nós sabemos muito mais do que antigamente, acabamos travados porque não conseguimos agir. Acho que este é o grande problema na sociedade moderna: nós julgamos saber demais, mas agimos de menos.”

quarta-feira, maio 22, 2024

"Let's not hurry, but let's not waste time either." (José Saramago)

"Let's not hurry, but let's not waste time either." (José Saramago) There are those who say that there is an abyss between what we already think we know and what we need to know, although when we can find many things contained in books, we are always surprised by the reality of things. In fact, we have to admit that as a whole the Things that happen to us are always greater than the sum of the parts that make up these events.” You can never know in advance what people are capable of, you have to wait, give time, time is king, time is the partner who is playing on the other side of the table and has all the cards in his hand. deck, it is up to us to invent the inserts with life...” (José Saramago) In fact, we have to understand that when we create problems we have to find solutions to be able to deal with these problems, and when we find solutions they stop being problems. We believe that even though we are going through difficult times, there are still good things in our lives, even if small... we need to learn to expand our strengths and energies and, from that, not lose hope for a better tomorrow! “I often feel hopeless, but we cannot give up hope. We have to keep a flame burning, even if it is very small, like a candle.” (Ai Weiwei – Chinese artist living in Portugal) Let us be persistent and never forget who we are. Let us recognize our qualities, improve what we consider to be defects and believe in our evolution. Become stronger than all challenges. Let us never stop believing in the power of our determination. She will have to take us further! “The greatest glory of living does not consist in never falling, but in getting back up whenever we do.” (Nelson Mandela.)

“Não tenhamos pressa, mas não percamos tempo.” (José Saramago)

“Não tenhamos pressa, mas não percamos tempo.” (José Saramago) Há quem diga que existe um abismo entre o que já julgamos que sabemos e o que precisamos de saber, embora ao poder encontrar muitas coisas que constam dos livros, somos sempre surpreendidos pela realidade das coisas, Na verdade temos que admitir que no seu todo as coisas que nos acontecem , são sempre maior que a soma das partes que compõem esses acontecimentos.” Nunca se pode saber de antemão de que são capazes as pessoas, é preciso esperar, dar tempo ao tempo, o tempo é que manda, o tempo é o parceiro que está a jogar do outro lado da mesa e tem na mão todas as cartas do baralho, a nós compete-nos inventar os encartes com a vida...”(José Saramago) Na verdade temos que ter a precepção que ao criarmos problemas temos que encontrar soluções para podermos lidar com esses problemas, e ao encontrar soluções deixam de ser problemas. Acreditamos que mesmo passando por momentos difíceis, ainda existem coisas boas na nossa vida, mesmo que pequenas... precisamos de aprender a expandir as nossas forças e energias e, a partir disso não perder a esperança num melhor amanhã! “Muitas vezes sinto-me desesperançado, mas não podemos desistir de ter esperança. Temos de manter uma chama acesa, mesmo que seja muito pequena, como a de uma vela.” (Ai Weiwei – artista chinês que vive em Portugal) Sejamos persistentes e nunca nos esqueçamos de quem somos. Reconheçamos as nossas qualidades, melhoremos o que consideramos defeitos e acredite na sua evolução. Torne-se mais forte do que todos os desafios. Nunca deixemos de acreditar no poder da nossa determinação. Ela nos vai ter de levar mais longe! “A maior glória de viver não consiste em jamais cair, mas em reerguermo-nos sempre que o fizermos.” (Nelson Mandela.)

sábado, maio 11, 2024

“There are five steps to achieving wisdom: silence, listen, remember, go out, study.” (Arabic Proverb)

“There are five steps to achieving wisdom: silence, listen, remember, go out, study.” (Arabic Proverb) Today is one of those days... This will pass... I hope it passes, that it's just one of those days and nothing more... It's just another day when little happens, almost nothing is seen, but a lot is thought! Today is one of those days when all we need is a hug that warms our hearts. Maybe yes maybe not!!! "Never give up to be happy. Always fight for your dreams. Be deeply passionate about life. Because life is an unmissable show.” (Augusto Cury) Sometimes it can be frustrating when others don't seem to hear us and we may assume that our message has not been communicated effectively. However, it is possible that some people do not want to listen to us, no matter how direct or sensible our message is, even if we have repeated it several times. In fact in most cases we should never assume that they don't care. Most of us are distracted by our own thoughts. “The lesson is this: never give up, never, never, never. In nothing. Big or small, important or not. Never give up." (Winston Churchill) Today is just another day... As Albert Einstein said: “Time is an illusion. The only reason time exists is so that everything doesn’t happen at once.” For all these reasons we must increase our level of demand, we cannot expect others to do what we need to do, as this way we will avoid many disappointments. Patience is one of the greatest virtues explored in the phrases of the book “The Art of War”, through it, some decisive victories will come at the right time and with the right reward. “Those who know when to fight and when to wait triumph.” The other day, I read somewhere that: “We must have many more doubts than certainties about almost everything.” However, the only certainties we must have are those related to the importance we attribute to the values we cultivate, that is: ethical sense, respect for others and their cultures and convictions, solidarity, individual freedom and respect for the truth. As Fernando Pessoa said, here in the heteronym better known as “Álvaro de Campos”. “We are the gap between our desire and what the desires of others have made of us.”

“Há cinco degraus para se alcançar a sabedoria: calar, ouvir, lembrar, sair, estudar.”(Provérbio Árabe)

“Há cinco degraus para se alcançar a sabedoria: calar, ouvir, lembrar, sair, estudar.”(Provérbio Árabe) Hoje é um daqueles dias… Isto vai passar... Espero que passe, que seja apenas um dia daqueles e nada mais... É só mais um dia que pouco acontece, quase nada se vê, mas muito se pensa! Hoje é daqueles dias em que tudo que precisamos é de um abraço que nos aconchegue o coração. Talvez sim…ou talvez não!!! “Jamais desista de ser feliz. Lute sempre pelos seus sonhos. Seja profundamente apaixonado pela vida. Pois a vida é um espectáculo imperdível.” (Augusto Cury) Às vezes pode ser frustrante quando os outros parecem não ouvir-nos e podemos presumir que a nossa mensagem não foi comunicada de forma eficaz. No entanto, é possível que algumas pessoas não nos queiram ouvir, por mais directa ou sensata que seja a nossa mensagem, mesmo que a tenhamos repetido várias vezes. Na verdade na maior parte dos casos nunca devemos presumir que eles não se importam. A maior parte de nós estamos é distraídos com os nossos próprios pensamentos. “A lição é a seguinte: nunca desista, nunca, nunca, nunca. Em nada. Grande ou pequeno, importante ou não. Nunca desista.” (Winston Churchill) Hoje é só mais um dia... Como disse Albert Einstein: “O tempo é uma ilusão. A única razão para o tempo existir é para que tudo não aconteça de uma só vez.” Por tudo isto devemos aumentar o nosso grau de exigência, não podemos esperar que os outros façam aquilo que precisamos de fazer, pois assim deste modo evitaremos muitas desilusões. A paciência é uma das maiores virtudes exploradas nas frases do livro “A arte da Guerra”, por meio dela, algumas vitórias decisivas virão no tempo certo e com a recompensa certa. “Triunfam aqueles que sabem quando lutar e quando esperar”. Num outro dia, li em qualquer lado que : “Devemos ter muito mais dúvidas do que certezas sobre quase tudo.” No entanto as únicas certezas que devemos ter são as que se prendem com a importância que atribuímos aos nossos valores que cultivamos, ou seja: o sentido ético, o respeito pelos outros e pelas suas culturas e convicções, a solidariedade, a liberdade individual e o respeito pela verdade. Como disse Fernando Pessoa , aqui no heterónimo mais conhecido como” Álvaro de Campos”. “Somos o intervalo entre o nosso desejo e aquilo que os desejos dos outros fizeram de nós.”

quinta-feira, maio 09, 2024

Yes, compensate former combatants

Yes, compensate former combatants In recent days we have witnessed a lively debate on the topic brought to the public square by the President of the Republic, who, he said, “intends to make a historical reparation for our colonial past.” It is a peregrine, inopportune and wrong idea, since, if any reparation must be ensured, first of all, it is to the approximately one and a half million young people, and all those who remained here, especially women, who the old regime until April 25, 1974, he was forced, in the culture of a lie and an undemocratic regime, to head to Africa to leave the best of his youth and, in many cases, his life there. The reasons for the ostracism to which former combatants were voted are rooted, in addition to others, which cannot be analyzed here, in a poor awareness of political power – of successive governments, with the exception of the last one (between 2016-2024) – and also of the post-25 April military power, who never knew or wanted to assume any responsibilities towards the families of the more than ten thousand soldiers killed on the three battle fronts (Guinea, Angola and Mozambique). In the same way that no serious and effective measures were taken to face the serious difficulties of the more than twenty thousand soldiers who returned disabled and the many more who still today suffer daily the nightmares of a war they lived over 50 years ago. If the current political power, with the President of the Republic on the first line of combat, understands that some reparation must be made to the former colonies, it demands the most basic justice that this reparation begins with the then young soldiers sent to war and today finished men , bent by the hardships of life, already two steps from the grave. They were the first and main victims of the colonial policy of the Salazar regime, who saw their academic careers, their professional projects or their dreams of starting a family suddenly interrupted. The clumsy and inopportune way in which such a controversial issue was brought to the public square – unless the intention was, in a Machiavellian political move, to create conditions to reinforce economic cooperation ties with the various countries that make up the CPLP, represented at the highest level in the celebrations of the 25th of April – justifies all the pertinent criticisms that the majority of the media did not echo. We too are perplexed by the priorities chosen by the President of the Republic, especially in the particularly difficult phase that Portugal and Europe are going through. The creation of new political facts with each passing day does not allow us to forget the incomprehensible way in which he managed his involvement in the so-called “twins case”, nor the adventures that involved the most recent dissolution of the Assembly of the Republic. “As they accumulate power, bureaucracies become immune to their own mistakes. Instead of changing their story to fit reality, they are able to change reality to fit their story.” (Yuval Noah Harari) I performed mandatory military service for three and a half years in Santarém, Póvoa do Varzim, Alcabideche and Santa Margarida. I was sent to Cabinda, in the middle of the Mayombe forest, where I stayed for more than two years. I want to add that I would like to know (as I cannot find literature on the subject, whether literary or statistical) how many people died by suicide (due to the breaking of romantic or marital ties, for example), how many by accident (by mine, real and not just any another category that was useful in the regime's communications), how many divorces and separations? Any study on the impacts and consequences on the social fabric of the time. But there were many of each, there were. But that's just the perception of an old survivor. Therefore, Mr President of the Republic: “Yes, compensate the former combatants”. Never forget that “truths may be naked - but lies must be clothed.” (Jewish Texts) "Dedication, I will give the people my poem/I will give them the flower and the stone/every minute every sadness/a javelin against hard luck/my burning anger every night./I will give them the flower and the stone./And my life. And my death.” (Manuel Alegre.)

Indemnizar, sim, os antigos combatentes

Indemnizar, sim, os antigos combatentes Nos últimos dias temos assistido a um animado debate sobre o tema trazido para a praça pública pelo Presidente da República, que, disse ele “ pretende seja feita uma reparação histórica do nosso passado colonial.” É uma ideia peregrina, inoportuna e de sentido errado, já que, se alguma reparação deve ser assegurada, em primeiro lugar, é aos cerca de um milhão e meio de jovens, e todos aqueles que cá ficaram especialmente as mulheres, que o antigo regime até ao 25 de abril de 1974 obrigou, na cultura de uma mentira e de um regime antidemocrático, a rumar a África para aí deixar o melhor da sua juventude e, em muitos casos, a própria vida. As razões do ostracismo a que foram votados os antigos combatentes radicam, para além de outras, cuja análise aqui não cabe, numa má consciência do poder político – dos sucessivos governos, sem com excepção do úlimo (entre 2016-2024) – e também do poder militar pós-25 de Abril, que nunca souberam ou quiseram assumir quaisquer responsabilidades para com os familiares dos mais de dez mil soldados mortos nas três frentes de batalha (Guiné, Angola e Moçambique). Da mesma forma que nenhumas medidas sérias e eficazes tomaram para fazer face às graves dificuldades dos mais de vinte mil soldados que regressaram inválidos e aos muitos mais que ainda hoje sofrem diariamente os pesadelos de uma guerra que viveram há mais de 50 anos. Se o actual poder político, com o Presidente da República na primeira linha de combate, entende que alguma reparação deve ser feita às ex-colónias, manda a mais elementar justiça que essa reparação comece pelos então jovens soldados mandados para a guerra e hoje homens acabados, vergados pelas agruras da vida, já a dois passos da cova. Foram eles as primeiras e as principais vítimas da política colonial do regime salazarista, que viram subitamente interrompidas as suas carreiras académicas, os seus projectos profissionais ou os seus sonhos de constituição de família. A forma atabalhoada e inoportuna como foi trazido para a praça pública tão controverso assunto – a não ser que a intenção fosse, num maquiavélico rasgo político, a de criar condições para reforçar os laços de cooperação económica com os vários países que integram a CPLP, representados ao mais alto nível nas comemorações do 25 de Abril – justifica todas as pertinentes críticas de que a generalidade dos meios de comunicação não fizeram eco. Também nós estamos perplexos com as prioridades eleitas pelo Presidente da República, sobretudo na fase particularmente difícil que Portugal e a Europa atravessam. A criação de novos factos políticos a cada dia que passa não nos deixa esquecer a forma incompreensível como geriu o seu envolvimento no chamado “caso das gémeas”, nem as peripécias que envolveram a mais recente dissolução da Assembleia da República. “À medida que acumulam poder, as burocracias se tornam imunes aos próprios erros. Em vez de mudar sua história para se adequar à realidade, elas são capazes de mudar a realidade para adequá-la a suas histórias.”(Yuval Noah Harari) Cumpri serviço militar obrigatório durante três anos e meio em Santarém , Póvoa do Varzim, Alcabideche e Santa Margarida. Fui enviado para Cabinda, no meio da floresta do Mayombe, onde estive mais de dois anos. Quero acrescentar que gostava de saber (por não encontrar literatura sobre o assunto, quer literária, quer estatística) quantos mortos por suicídio (por quebra das ligações amorosas ou conjugais, por exemplo.), quantos por acidente (por mina, real e não qualquer outra categoria que dava jeito nos comunicados do regime), quantos divórcios e separações? Qualquer estudo sobre os impactos e consequências no tecido social da época. Mas que houve muitos de cada, lá isso houve. Mas é só a percepção de um velho sobrevivente. Por isso, senhor Presidente da República: “Indemnizar, sim, os antigos combatentes”. Nunca se esqueça que “as verdades podem ser nuas - mas as mentiras precisam estar vestidas.”(Textos Judaicos) “Dedicatória, Darei ao povo o meu poema/Eu lhe darei a flor e a pedra/cada minuto cada tristeza/uma azagaia contra a dura sorte/a minha raiva acesa em cada noite./Eu lhe darei a flor e a pedra./E a minha vida. E a minha morte.” (Manuel Alegre.)

quarta-feira, maio 01, 2024

Freedom only exists when all our actions agree with all our thoughts." (Agostinho da Silva)

"Freedom only exists when all our actions agree with all our thoughts." (Agostinho da Silva) “He who strives to resolve difficulties resolves them before they arise.” One of the best phrases in the book “The Art of War” talks about anticipating the future. We should not live in anxiety, but we must prepare ourselves for some scenarios in a rational and healthy way. Maybe that's why, nothing better than this “reflection”.... "A reflection on middle age... At this point in my life, I no longer know very well who I am. In the doctor's file, I am sick. At the restaurant, I am a customer. At the bank, I am a customer At the post office, I am a sender. In the supermarket, I am a consumer. For Finance, I am a taxpayer. If I don't pay, I'm a crook. To vote, I am a voter. But at the rally, I'm cool. When traveling, I am a tourist. When driving, I am a driver. On the street, when I walk, I am a pedestrian. But if they run over me, I'm injured. At the hospital, I become a patient. For the newspapers, I am a victim. If I buy a book, I am a reader. If I turn on the radio, I listen. At the cinema, I am a spectator. In football, I'm a cheerleader. And, when I perish, no one will remember my name, they will call me deceased, extinct, deceased and in certain circles, even "the dead one"... And the worst of all is that for every ruler I am just an IMBECIL !!! And to think that one day I was more ME." (Luis Fernando Verissimo is a Brazilian writer, comedian, cartoonist, translator, television scriptwriter, theater author and novelist) Perhaps that's why we have to know our strengths and weaknesses and work on them to improve them. This will help you face challenges and seize opportunities that come our way. “Focus on strengths, recognize weaknesses, seize opportunities and protect yourself against threats” (in the book “The Art of War” by Sun Tzu)

"A liberdade só existe quando todos os nossos actos concordam com todo o nosso pensamento." (Agostinho da Silva)

"A liberdade só existe quando todos os nossos actos concordam com todo o nosso pensamento." (Agostinho da Silva) “Aquele que se empenha a resolver as dificuldades resolve-as antes que elas surjam.” Uma das melhores frases do livro “A Arte da Guerra” fala de nos anteciparmos ao futuro. Não viver em ansiedade, mas devemos preparar-nos para alguns cenários de modo racional e saudável. Talvez por isso, nada melhor que esta “reflexão”…. " Uma reflexão na meia idade... Por esta altura da vida, já não sei lá muito bem quem sou. Na ficha do médico, sou doente. No restaurante, sou freguês. No banco, sou cliente Nos correios, sou remetente. No supermercado, sou consumidor. Para as Finanças, sou contribuinte. Se não pago, sou vigarista. Para votar, sou eleitor. Mas, no comício, sou massa. Em viagem sou turista. Na condução, sou condutor. Na rua, quando caminho, sou pedestre. Mas se me atropelam, sou acidentado. No hospital, transformo-me em paciente. Para os jornais, sou vítima. Se compro um livro, sou leitor. Se ligo o rádio, sou ouvinte. No cinema, sou espectador. No futebol, sou claque. E, quando perecer, ninguém se vai lembrar do meu nome, vão chamar-me finado, extinto, defunto e em certos círculos, até de "o morto"... E o pior de tudo é que para todo governante sou apenas um IMBECIL !!! E pensar que um dia já fui mais EU." (Luis Fernando Verissimo é um escritor, humorista, cartunista, tradutor, roteirista de televisão, autor de teatro e romancista brasileiro) Talvez por isso, temos de conhecer os nosso pontos fortes e fracos e trabalhá-los para aprimorá-los. Isso o ajudará a enfrentar desafios e aproveitar as oportunidades que surgirem no nosso caminho. “Concentre-se nos pontos fortes, reconheça as fraquezas, agarre as oportunidades e proteja-se contra as ameaças” (in livro “A Arte da Guerra” de Sun Tzu)