ESTOU
FARTO DE CONVERSAS DA TRETA!
Um alerta! Desistam aqueles que me
pretendem “coagir” de exercer o meu direito de cidadania! Com a minha idade já
é tarde para mudar! E a este propósito devo relembrar que “espirito santo de orelha”
é uma expressão popular que se utiliza a propósito daqueles que falam de forma
superficial sobre coisas que não sabem, mas que lhes foram, ou vão sendo,
sopradas ao ouvido. Se temos visto disto nos últimos dias, não podemos esquecer
que “fomos desgovernados”, durante quase cinco anos, desta maneira pelo “senhor
Passos Coelho”!
É por isso, que enquanto poder e souber
farei uso das minhas capacidades, utilizando os meios disponíveis, para não
deixar de relembrar que esse individuo, (e
os comparsas que capturaram o poder politico) nunca agiu no cumprimento
rigoroso e escrupuloso do seu dever na “defesa do interesse publico, no respeito
pela Constituição da Republica, pelas leis e pelos direitos legalmente
protegidos dos cidadãos”.
É se hoje, todos reclamam que é
preciso apurar responsabilidades e cumprir a Lei, mas ontem fomos tolerantes
com uma “desgovernação” que “destruiu” organismos e instituições, diminuiu
funções e responsabilidades, com implicações directas na degradação e na
qualidade no exercício de funções públicas – e as “gentes”, os “políticos” que
utilizaram deste modo e provocaram estas situações, têm nome e deviam ser
responsabilizados, não só politicamente, mas criminalmente. As dificuldades no exercício
de cidadania, em cumprir e fazer cumprir a Lei, tem sido uma das falhas
colectivas, já que todos já ouvimos e sabemos que os “muitos e diversos diagnósticos”
estão feitos, o que falta é fazer cumprir as normas legais nomeadamente, no que
respeita à prevenção, limpeza das matas, manutenção dos perímetros de segurança
nas estradas e nas áreas residenciais e no ordenamento do território – se há de
facto uma obrigação ética de procurar a verdade dos factos e dos acontecimentos
que conduziram a esta tragédia, de modo a que ela seja clara a todos os portugueses, há também que
desmontar a “tentativa de proveitos políticos”, por parte daqueles que deviam
ser os primeiros a admitir os seus erros políticos, mas tentam “evitar” o
debate sobre o que se passou e passa na floresta, não numa forma persecutória,
mas com firmeza, de modo a retomar uma intervenção publica na politica
florestal abandonada pelo “desgoverno” entre 2011 e 2015, nomeadamente ao impor
cortes aos serviços florestais, e extinguindo o corpo de guardas especializados
e outros meios de prevenção e de combate aos incêndios.
Temos
que relembrar que foi no do PSD-CDS, que pela mão, da então ministra da
Agricultura Dra Assunção Cristas, “que terminou com os serviços florestais e
desmantelou as normas que obrigavam à autorização de novos eucaliptos, até
baldios e zonas de regadio foram entusiasticamente prometidas às empresas da
celulose, promovendo-se a economia do desastre – mas a ministra anunciava rezar piamente para
que chovesse quando a floresta
ardia!”
Em conclusão na falta de uma “comunicação
social” que sirva a democracia, e que apenas e só quer implicar “uma governante que está há dois anos no
cargo para que assuma a responsabilidade
do que todos consideram ser resultado de muitos anos de incúria, omissões e
escolhas erradas”, recorre-se cada vez mais, às redes sociais, porque já
ninguém acredita nos jornalistas que temos, que omitem sucessivamente a necessidade de tentar encontrar
uma resposta rápida, que depende de um debate difícil sobre a política de
florestas, a desertificação do interior do País e o desinvestimento de serviços
públicos de prevenção, servindo deste modo o interesse publico, mas dá
preferência a quem quer aproveitar o
momento de tristeza nacional para conseguir o que lhe tem escapado nos momentos
de normalidade!
Daí a
pressa. São os mesmos que se indignaram com o Presidente da República por este
ter utilizado o seu cargo para dar ânimo a quem combate os fogos. A estes,
recomendo cautela: devem evitar exibir
em momentos tão inconvenientes a sua natural impaciência política.
Por último
deixo aqui o que o jornal New York Times publicou na edição de ontem esta reportagem sobre os funerais das vítimas dos fogos titulando “O pânico matou aquelas pessoas: Portugal enterra as vítimas dos
fogos”.