UMA MENTIRA TANTAS VEZES REPETIDA….NÃO PASSA A SER VERDADE!
A actual “classe politica”, em
especial aquela que “capturou” as instituições ainda não aprendeu, e segue essa
“cartilha” de repetição até à exaustão e
tendenciosa com o intuito de confundir as pessoas, na ideia de que ” não
importa o tamanho da mentira: contando que seja repetida constantemente, de
modo a ser aceite como a verdade” (Hitler).
Isto a propósito da propalada e
repetida referência aos mais recentes números do desemprego, com a finalidade
de passar “ uma mensagem” de que “estamos melhor de que quando “chegamos ao
governo “ com referência a estes indicadores na área do mercado de trabalho, “e que os números provam
que a política económica e a estratégia que o Governo seguiu nos últimos anos
está a produzir efeitos e os efeitos resultam favoravelmente para os portugueses",
pois tem mais postos de trabalho, isto é “há mais emprego”. Trata-se de uma
clara manipulação das estatística, configurando-se como uma “profunda burla
politica”, tanto mais que, como todos hoje sabemos, o “golpe da derrota do
PECIV foi devidamente preparado por Cavaco com algumas estranhas cumplicidades”.
Como recurso e base nos dados
estatísticos publicados pelo INE-Instituto Nacional de Estatística podemos
concluir que:
a)
No tocante à população empregada podemos verificar que entre o
1ºTrimestre de 2011 e Janeiro de 2015, perderam-se cerca de 447,1 milhares de
empregos. O que quer simplesmente dizer que este governo, em quatro anos, não
criou um único posto de trabalho;
b)
Os desempregados no mesmo período aumentaram cerca de 6
milhares. Isto é não houve qualquer redução do numero de desempregados, o que
acresce ainda é que se “constatou” o “apagamento dos ficheiros”, em mais de 500
mil trabalhadores:
c)
E a população activa reduziu-se em cerca de 365 mil pessoas
e)
E os trabalhadores, por conta de outrem reduziram-se em cerca de
155 mil:
f)
Já os trabalhadores por conta própria, diminuíram mais de 205
mil.
Isto é, neste período (entre o
2ºtrimeste de 2011 e Janeiro de 2015) mais de 570 mil trabalhadores deixaram as
“estatísticas do emprego” do INE, sendo os mesmos “empurrados” para a reforma e
aposentação ( cerca de 146,8 mil) e os restantes emigraram ( mais de 430 mil).
Na verdade o desemprego e o
subemprego é bastante mais elevado que no 1º Trimestre de 2011. Assim, tendo em
conta os dados relativos aos inactivos disponíveis mas que não procuram
emprego, aos inactivos à procura de emprego mas não disponíveis, bem como ao
subemprego dos trabalhadores a tempo parcial – categorias que têm vindo a
crescer nos últimos trimestres – o número real de desempregados e subempregados
ultrapassará os 1,2 milhões de indivíduos
e
a taxa desemprego real, deverá situar-se em mais de 20% em Janeiro de 2015.
Os dados agora publicados
pelo INE vêm mostrar que, a por mais que o Governo se esforce em fazer passar a
mensagem de que o país está a melhorar, a realidade confirma, por um lado, a
natureza destrutiva das politicas de austeridade e, por outro, que só é
possível reduzir o desemprego e criar emprego de qualidade, com a mudança de
politicas, que promova o crescimento económico e assegure a protecção social de
todos os desempregados.