WE ARE ABLE TO DO OUR BEST! “É das coisas, que os sonhos são feitos.” It is about things, that dreams are made." (William Shakespeare
quinta-feira, maio 26, 2022
“Life is wonderful if you are not afraid of it.” (Charles Chaplin)
“Life is wonderful if you are not afraid of it.”
(Charles Chaplin)
In these times that we are “going through”, we are gradually realizing everything we have already lost, and among many other things and in the midst of all this, it is worth noting the “suspension” of lunches and meetings with friends, family lunches, especially on Sundays or grandparents spending days and weeks alone, more than usual, seems like a minor matter, but it's not! As Charles Bukowski has said: "There are worse things than being alone, but it usually takes decades before we realize it. And often, when we do, it's too late. And nothing worse than being too late."
The reality is that we lose habits, intimacy, relationship. Older people lose mobility, motivation, achievement. The youngest lose experiences, relationships, a sense of community and family. And all this is reflected in more anxiety, fear, less exposure to the things that cost us a little (and when we don't expose ourselves in small doses, difficult things become more and more difficult, until they become impossible!). It translates into less life, even if hearts are beating and vital signs are within reference values. However, as Confucius said in this sentence attributed to him: “The only way to not make mistakes is to do nothing. This way of doing nothing, however, is certainly one of the biggest mistakes we could make in our entire existence.”
It is time, being also an opportunity to take stock of the future from a present that is no longer the same as we thought we had. This is the time to continue to believe and to have a sense of strategic confidence for the future. This is the unbearable lightness of trust that we want to have. Although, in general, we are only gradually realizing everything that has been lost. Remember when they talked about the “covid” virus as “a time of war?” We always found the comparison a little absurd, but now we see a parallel between the two in the way we react to them: during the “crisis” we were left in survival mode, everything else seems and felt accessory. We just want the crisis to pass, for the conflict to end. But only the very naive can think that the pandemic or the war ends the moment any button is turned off. And that everything returns to normal, as if nothing had happened. “You can fool everyone for a little while, you can fool some all the time, but you can't fool everyone all the time….Difficulties are excuses that history never accepts….. Man has to establish a end to war, otherwise, war will establish an end to mankind.” (John Fitzgerald Kennedy)
You have to be careful, you have to have common sense, but you have to have more will to live than fear. Whatever. We can't wait for the hard times to end so we can get back together and do the things we love because, as it is for all to see, the days turn into weeks, and the weeks turn into years, and wars and diseases come from the most unexpected places. . Especially grandparents can't wait until tomorrow. We are very much what we are able to share and in doing so we are clearly giving a very positive signal regarding our integration into a society that wants to be open and focused on the future: “If it wasn't today, it will be tomorrow. If not tomorrow, one day it will be. Patience is one of the greatest virtues of the human being, take it easy and wait your turn to win... The world goes round, here we fall, right there we rise.” (William Shakespeare)
We cannot accommodate ourselves to this situation and remember what we learned from our grandparents: “That when someone screams, we drink a glass of water and take a deep breath, but we go ahead.”
“A vida é maravilhosa se não se tiver medo dela.”
“A vida é maravilhosa se não se tiver medo dela.”
(Charles Chaplin)
Nestes tempos pelos quais vamos “passando”, vamos percebendo aos poucos tudo o que já perdemos, e entre muitas outras coisas e no meio de tudo isto, é de anotar a “suspensão” dos almoços e encontros com os amigos(as), os almoços de família, principalmente aos domingos ou os(as) avós passarem dias e semanas sozinhos(as), mais do que era habitual, parece um assunto menor, mas não é! Como terá dito Charles Bukowski: "Há coisas piores do que estar só, mas costuma levar décadas até que o percebamos. E, frequentemente, quando o conseguimos, é demasiado tarde. E nada pior do que ser demasiado tarde.“
A realidade é que perdemos hábitos, intimidade, relação. Os mais velhos perdem mobilidade, motivação, realização. Os mais novos perdem experiências, relação, sentido de comunidade e de família. E tudo isto reflecte-se em mais ansiedade, medo, menos exposição às coisas que nos custam um bocadinho (e quando não nos expomos em doses pequenas, as coisas difíceis tornam se cada vez mais difíceis, até se tornarem impossíveis!). Traduz-se em menos vida, mesmo que os corações estejam a bater e os sinais vitais dentro dos valores de referência. No entanto como disse Confúcio nesta frase que lhe é atribuída: “A única maneira de não cometermos erros é não fazendo nada. Esta maneira de não fazer nada, no entanto, é certamente um dos maiores erros que se poderíamos cometer em toda a nossa existência.”
É tempo, sendo também uma oportunidade de fazer um ponto de situação sobre o futuro a partir de um presente que já não é o mesmo que pensávamos ter. Este é o tempo de continuarmos a acreditar e de ter um sentido de confiança estratégico para o futuro. É essa a insustentável leveza da confiança que queremos ter. Embora, no geral, só aos poucos vamos percebendo tudo o que se perdeu. Lembram-se quando falavam do virus “covid” como “um tempo de guerra?” Sempre achamos a comparação um pouco absurda, mas vemos agora um paralelismo entre ambas na forma como lhes reagimos: durante a “crise” ficamos em modo de sobrevivência, tudo o resto parece e parecia acessório. Só queremos que a crise passe, que o conflito acabe. Mas só os muito ingénuos é que podem pensar que a pandemia ou a guerra acabam no momento em que se desliga um qualquer botão. E que tudo regressa ao normal, como se nada tivesse acontecido. “Pode-se enganar a todos por pouco tempo, pode-se enganar alguns o tempo todo, mas não se pode enganar a todos o tempo todo….As dificuldades são desculpas que a história nunca aceita….. O homem tem que estabelecer um final para a guerra, senão, a guerra estabelecerá um final para a humanidade.”(John Fitzgerald Kennedy)
É preciso ter cuidado, é preciso ter bom senso, mas é preciso ter mais vontade de viver, do que medo. Seja do que for. Não podemos esperar que os tempos complicados acabem para voltarmos a estar juntos e fazermos as coisas que gostamos porque, como está à vista de todos, os dias viram semanas, e as semanas viram anos, e as guerras e as doenças surgem dos sítios mais inesperados. Sobretudo os avós não podem ficar para amanhã. Nós somos muito aquilo que somos capazes de partilhar e ao fazê-lo estamos claramente a dar um sinal muito positivo em relação à nossa integração numa sociedade que se quer aberta e focada no futuro :“Se não foi hoje, amanhã será. Se não for amanhã, um dia há de ser. A paciência é uma das maiores virtudes do ser humano, tenha calma e espere sua vez de vencer… O mundo dá voltas, aqui caímos, logo ali nos levantamos”.(William Shakespeare)
Não nos podemos é acomodar a esta situação e relembrar aquilo que aprendemos dos nossos avós: “Que quando alguém grita, bebemos um copo de água e respiramos fundo, mas vamos em frente.”
sexta-feira, maio 20, 2022
"What counts is not how much you live, but how you live." (Martin Luther King)
"What counts is not how much you live, but how you live."
(Martin Luther King)
Paraphrasing Miguel Torga, “it is important to shout so that the voice can shake the sleep of those responsible”. In today's times "which are not normal times" in which newspapers, television, information platforms, radios and other media, especially those that claim to be impartial and professional, navigate the same waters as predicted and oriented towards certain ends, some out of political sympathy and others out of sensationalism, we are often faced with those who deliberately deceive, those who distort the facts, those who hide, those who stage and those who invent. “One may not remember the insults; but a bitter experience is kept from them, ugly as a scar. And that ages the soul, makes it ruinous and useless.” (Agustina Bessa-Luís) , maybe that's why it's advisable to turn the page and put an end to the things that hurt us.
It turns out that in these times and in all times, experience always leaves us a lesson, which we do not always take the proper note of, but we must have the perception that to recover life we have to remove the scars, in the sense of the words of René Descartes that “living without philosophizing is what is called having your eyes closed without ever having tried to open them”, or as the Brazilian writer Cecília Meireles said, “There are people who talk to us and we don’t even listen to them, there are people who hurt us and we don’t even hear them. scars leave, but there are people who simply appear in our lives and mark us forever”, and we all have the dream of not just living longer, but achieving that additional time to be lived healthier - living longer and better. “What surprises me most about humanity are the "men". Because they lose their health to save money. Then they lose money to regain their health. And because they anxiously think about the future, they forget about the present in such a way that they end up not living either the present or the future. And they live as if they would never die... ...And they die as if they had never lived. (DALAI LAMA)
O que vale não é o quanto se vive; mas como se vive.” (Martin Luther King)
"O que vale não é o quanto se vive; mas como se vive.”
(Martin Luther King)
É que parafraseando Miguel Torga “é importante gritar para que a voz abale os adormecimentos dos responsáveis”. Nestes tempos de hoje “ que não são tempos normais” em que os jornais, as televisões, as plataformas de informação, as rádios e outros meios de comunicação, sobretudo os que se pretendem isentos e profissionais, naveguem nas mesmas águas que a informação preversa e orientada para determinados fins, uns por simpatia política e outros por sensacionalismo, é frequente estarmos diante de quem engane deliberadamente, quem distorça os factos, quem oculte, quem encene e quem invente. “Pode-se não recordar os insultos; mas guarda-se deles um amargo de experiência, feia como uma cicatriz. E isso envelhece a alma, torna-a ruinosa e inútil.“ (Agustina Bessa-Luís) , talvez por isso seja aconselhável virar a página e pormos um ponto final às coisas que nos fazem mal.
Acontece que nestes tempos e em todos os tempos, a experiência deixa-nos sempre uma lição, que nem sempre tomamos a devida nota, mas devemos ter a percepção que para recuperar o viver há que remover as cicatrizes, no sentido das palavras de René Descartes de que “viver sem filosofar é o que se chama ter os olhos fechados sem nunca os haver tentado abrir”,ou como disse a escritora brasileira Cecília Meireles,” há pessoas que nos falam e nem as escutamos, há pessoas que nos ferem e nem cicatrizes deixam, mas há pessoas que simplesmente aparecem nas nossas vidas e nos marcam para sempre” , sendo que todos nós temos o sonho de não vivermos apenas mais anos, mas conseguirmos que esse tempo adicional seja vivido com mais saúde - viver mais e melhor. “O que mais me surpreende na humanidade, são os "homens". Porque perdem a saúde para juntar dinheiro. Depois perdem dinheiro para recuperar a saúde. E por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem do presente de tal forma que acabam por não viver nem o presente nem o futuro. E vivem como se nunca fossem morrer... ... E morrem como se nunca tivessem vivido.(DALAI LAMA)
domingo, maio 08, 2022
“Take the advice of others, but never give up your own opinion.” (William Shakespeare)
“Take the advice of others, but never give up your own opinion.” (William Shakespeare)
It is natural that all organizations and all parties and all newspapers (and all chroniclers, as well as all those who know everything...) of the two hundred or so countries in the world have opinions about the Russian invasion of Ukraine. What is strange in Portugal – and perhaps in dozens of other small countries like Portugal – is that these opinions are debated with an intensity and a sense of importance that would lead a “Martian” to believe that it was Portugal that had been invaded by Russia!
Contrary to what Marx wrote correcting Hegel in "18 Brumaire", it is not true that the great facts of history present themselves the first time as a TRAGEDY, the second time as a FARCE: the second time they can present themselves as a TRAGEDY STILL WORST. This is what, after the 1991 Gulf War, and all the wars after that, happens today with Ukraine.
The reality is that we are on an escalation of inhumanity and the collapse of humanity, on the escalation of simplism and the collapse of complexity. But, above all, in the escalation towards the globalized war and in the collapse of humanity into the abyss. As much as the fight against disinformation is repeated, it is one of the priorities of the European Union, since pluralism of information and the good rules of journalism always suggest that all opinions are heard, including the most controversial and dissonant, which does not happen today. , and so it's sad to see some people siding with the “Torquemadas of single propaganda and repeating the narrative of the Good and the Bad.” They ask that they not come to him with the story of the single thought. Of course, those who still retain a critical spirit will come to you with this story. At least while they're still left, and the way things are going shouldn't be for a long time, or at least there are people who really want to. It's sad to see people that I even considered endowed with some sensitivity, writing affronts of the caliber of "We can go to Syria, Gaza, Sudan, Yemen, to all the places of war in the world and nothing compares to what happens today in Ukraine» (like my war is worse ca your/Ukrainian refugee is more a refugee than the Syrian or as Jesus, Semite, “is” blond and blue-eyed) and after seeing him break that little layer of crystal with which if he protected himself from my sight, I am not surprised to see them completing feats of “ideological crusade”. This is not a new thing – they themselves say it in a tone of ruffian verse: «I am more warmongering every day» – which all leads to the hope that when he converts…I will have to explain to the Martians that, in fact, it was not the Russian invasion of Ukraine that is being discussed. The Russian invasion of Ukraine is just a pretext for the little Portuguese, stationed in this corner of the EU, to play wars between right and left, pretending that the future of western civilization is at stake. Finally, nothing better than mine recommendation, to anyone like me who is losing intellectual references in Portugal when it comes to the development of this subject, the recent interviews with Noam Chomsky and Glenn Greenwald, both awarded and recognized at the highest level in their academic/journalistic areas, and with a less warlike speech, or as Alexandre Herculano said: “I am not ashamed to correct my mistakes and change my opinion, because I am not ashamed to reason and learn.”
“Aceita o conselho dos outros, mas nunca desistas da tua própria opinião.”(William Shakespeare)
“Aceita o conselho dos outros, mas nunca desistas da tua própria opinião.”(William Shakespeare)
É natural que todos os organismos e todos os partidos e todos os jornais (e todos os cronistas, bem assim como todos aqueles que sabem de tudo…) dos duzentos e tal países que há no mundo tenham opiniões sobre a invasão russa da Ucrânia. O que é estranho em Portugal – e talvez em dezenas de outros pequenos países como Portugal – é que estas opiniões sejam debatidas com uma intensidade e um sentido de importância que levariam um “marciano” a acreditar que era Portugal que tinha sido invadido pela Rússia!
Ao contrário do que escreveu Marx corrigindo Hegel em "18 Brumário", não é verdade que os grandes factos da história se apresentam na primeira vez como uma TRAGÉDIA, na segunda vez como uma FARSA: na segunda vez eles podem se apresentar como uma TRAGEDIA AINDA PIOR. É o que, após a Guerra do Golfo de 1991, e todas as outras depois dessa, acontece hoje com a Ucrânia.
Na realidade é que estamos numa escalada da desumanidade e no colapso da humanidade, na escalada do simplismo e no colapso da complexidade. Mas, sobretudo, na escalada em direcção à guerra mundializada e no colapso da humanidade para o abismo. Por muito que se repita o combate à desinformação é uma das prioridades da União Europeia já que pluralismo da informação e as boas regras do jornalismo sempre sugerem que se oiçam todas as opiniões, inclusive as mais controversas e dissonantes, o que não acontece hoje em dia, e por isso é triste ver algumas pessoas a alinhar com os “Torquemadas da propaganda única e a repetir a narrativa dos Bons e dos Maus.” Pedem que não lhe venham com a história do pensamento único. Claro que aqueles que ainda conservam uma restea de espírito crítico lhe vão vir com essa história. Pelo menos enquanto ainda os deixarem, e que pelo caminho que as coisas levam já não deve ser por muito tempo,, ou pelo menos à para aí gente com muita vontade disso. É triste ver pessoas que eu até tinha como dotadas de alguma sensibilidade, escrever afrontas do calibre de «Podemos ir à Síria, a Gaza, ao Sudão, ao Iémen, a todos os locais de guerras no mundo e nada se compara ao que acontece hoje na Ucrânia» (tipo a minha guerra é pior ca tua/refugiado ucraniano é mais refugiado do que o sírio ou como Jesus, semita, “é” louro e de olhos azuis) e depois de o ver a quebrar essa camadinha de cristal com que se protegia à minha vista, não me espanta vê-los a terminar feitos “cruzada ideológica”. A coisa não é de hoje – eles próprios o dizem em tom de verso rufia: «estou todos os dias mais belicista» - o que tudo leva a querer que quando lhe passar a conversão…terei de se explicar aos marcianos que, na verdade, não era a invasão russa da Ucrânia que está a ser discutida. A invasão russa da Ucrânia é apenas um pretexto para os pequeninos dos portugueses, estacionadinhos neste canto da UE, andarem a brincar às guerrinhas entre direitas e esquerdas, fingindo que é o futuro da civilização ocidental que está em jogo .Finalmente nada melhor que a minha recomendação, a quem como eu achar que vai perdendo referências intelectuais em Portugal no que toca ao desenrolar deste assunto, as entrevistas recentes do Noam Chomsky e Glenn Greenwald, ambos premiados e reconhecidos ao mais alto nível nas suas áreas académicas/jornalísticas, e com um discurso menos bélico, ou como disse Alexandre Herculano:” Eu não me envergonho de corrigir os meus erros e mudar de opinião, porque não me envergonho de raciocinar e aprender.”
sexta-feira, maio 06, 2022
“It is useless to try to help those who do not help themselves.” (Confucius)
“It is useless to try to help those who do not help themselves.” (Confucius)
In this harsh reality, in these times we are living in, it is essential not to forget affection, emotions and, above all, empathy. ). First, peace is built within us. Being empathetic to others' emotions, especially suffering, makes us more aware of our attitudes and choices. Empathy gives us the certainty that violence is never the answer, nothing justifies violence, nothing justifies the lack of respect for others and for the value of human life, with the clear perception of being aware of the different realities and what happens in the world around us.” In this world there is no universal truth. The same truth can present different faces. It all depends on the decipherments made through our intellectual, philosophical, cultural and religious prisms.” Dalai Lama)
In these recent times in which we live, with the “appearance” of “Covid19” brought enormous social and personal challenges, in which life as we knew it changed, showing us our fragility and how much we are not in full control of what surrounds us. , namely fear of the “virus” that led us to isolation, distance from everything and everyone and the readaptation of living socially. This entire process, despite being global, was not the same for everyone, and the personal experience of this crisis was unique and transformed each individual differently. Although I recall here what Amyr Klink said: “Whoever has a friend, even if only one, no matter where he is, will never suffer from loneliness; You may think you “die” of homesickness, but you will not be alone.”
Our ability to put ourselves in others' shoes and show interest in the feelings and respect of others' emotions and opinions allows us to practice solidarity, kindness, generosity and the notion that each of us must be a proactive agent in the awareness of the world, of us in the world and of the impact of our behaviors. Empathizing with others' emotions, especially suffering, makes us more aware of our attitudes and choices. The choice of non-violence, the choice of inclusion and respect for others, the choice of reception and the notion of the other's need, the choice of free dialogue, knowing how to listen, knowing how to express, understand and act in an appropriate way in the face of to the emotions of others, not making value judgments and putting our prejudices aside. As Denis Diderot said: “Ignorance is not as far from the truth as prejudice.”
“De nada vale tentar ajudar aqueles que não se ajudam a si mesmos.”(Confúcio)
“De nada vale tentar ajudar aqueles que não se ajudam a si mesmos.”(Confúcio)
Nesta dura realidade, nestes tempos que estamos a viver é fundamental não esquecer os afectos, as emoções e acima de tudo a empatia.( Capacidade de se colocar no lugar de outra pessoa, buscando agir ou pensar da forma como ela pensaria ou agiria; compreensão). Em primeiro lugar, a paz constrói-se dentro de nós. Sermos empáticos com as emoções dos outros, especialmente o sofrimento, torna-nos mais conscientes das nossas atitudes e das nossas escolhas. A empatia dá-nos a certeza de que a violência nunca é a resposta, nada justifica a violência, nada justifica a falta de respeito pelo outro e pelo valor da vida humana, com a nítida percepção de estarmos conscientes das diferentes realidades e do que acontece no mundo que nos rodeia.” Neste mundo não existe verdade universal. Uma mesma verdade pode apresentar diferentes fisionomias. Tudo depende das decifrações feitas através de nossos prismas intelectuais, filosóficos, culturais e religiosos.”Dalai Lama)
Nestes últimos tempos em que vivemos, com o “aparecimento” do “Covid19” trouxeram enormes desafios sociais e pessoais, em que a vida como a conhecíamos mudou, mostrando-nos a nossa fragilidade e o quanto não estamos em controlo total do que nos rodeia, nomeadamente medo do “vírus” que nos levou ao isolamento, à distância de tudo e todos e à readaptação do viver socialmente. Todo este processo, apesar de global, não foi igual para todos, e a vivência pessoal desta crise foi única e transformou cada indivíduo de forma diferente. Embora relembre aqui o que disse Amyr Klink:“Quem tem um amigo(a), mesmo que um(a) só, não importa onde se encontre, jamais sofrerá de solidão; poderá pensar que “morre” de saudades, mas não estará só.”
A nossa capacidade de nos colocarmos no lugar dos outros e demonstrar interesse pelos sentimentos e respeitar as emoções e opiniões dos outros permite-nos praticar a solidariedade, a gentileza, a generosidade e a noção de que cada um de nós deve ser um agente proactivo na consciência do mundo, de nós no mundo e do impacto dos nossos comportamentos. Ao sermos empáticos com as emoções dos outros, especialmente o sofrimento, torna-nos mais conscientes das nossas atitudes e das nossas escolhas. A escolha da não-violência, a escolha da inclusão e do respeito pelo próximo, a escolha do acolhimento e da noção da necessidade do outro, a escolha do diálogo livre, do saber ouvir, do saber expressar, compreender e agir de forma adequada face às emoções dos outros, não fazendo juízos de valor e colocando os nossos preconceitos de lado. Como disse Denis Diderot: “A ignorância não fica tão distante da verdade quanto o preconceito.”
segunda-feira, maio 02, 2022
“Tenho em mim todos os sonhos do mundo.” (Fernando Pessoa)
“Tenho em mim todos os sonhos do mundo.” (Fernando Pessoa)
Por vezes, creio que todos passamos por isso, no nosso tempo de vida, os nossos sonhos mais parecem um “castelo de cartas”, com um pequeno “sopro” desmoronam-se!!! Há no entanto, uma realidade que fica sempre para lá da nossa imaginação, pois nem sempre nos apercebemos que a nossa imaginação vai só até onde a gente quer, mas nunca vai até à realidade. Chegados aqui temos que admitir as nossas interrogações – o que é que estamos cá a fazer? O que é que andamos cá a fazer? Há momentos que a vida nos ensina a ser dois, sendo um e vice-versa. Porque nada é mesmo tão simples. Como dizia William Faulkner: “A sabedoria suprema é ter sonhos bastante grandes para não se perderem de vista enquanto os perseguimos.”
Todos temos a percepção de que a grandeza de um ser humano não está no quanto ele julga saber, mas no quanto ele tem consciência que ainda não sabe, talvez por isso tal como disse René Descartes tenha tomado a decisão de “ fingir
que todas as coisas que até então haviam entrado na minha mente não eram mais verdadeiras do que as ilusões dos meus sonhos .” Sendo que os sonhos não determinam o lugar onde vamos chegar, mas produzem a força necessária para tirar-nos do lugar onde estamos.
Em tempos li (não posso precisar onde, nem quem o disse) que “ os humanos são os únicos animais que entendem que não são imortais”, tal, que fique bem claro, que não temos a intenção de mostrar a que seja esta uma “verdade”, mas talvez seja uma aproximar da verdade do que já existe dentro de nós, pois como disse William Shakespeare, “sabemos o que somos, mas não sabemos o que poderemos ser.”
Temos que reconhecer que tudo isto, para além de nos poder inspirar, pode mudar a nossa opinião sobre diversas coisas da vida. Por vezes, ou quase sempre, as palavras vão ajudar-nos a descobrir o grande poder que temos para viver a nossa vida com tudo de bom que o mundo tem para oferecer, no aqui e no agora, já que como disse Anaïs Nin:“A nossa vida em grande parte compõe-se de sonhos. É preciso ligá-los à acção.”
Nestes tempos, como sempre noutros tempos, muitas pessoas ainda não perceberam que o presente é tudo o que temos e “esquecem-se” de aproveitá-lo. O passado é um conjunto de memórias que faz parte da nossa história e personalidade, e o futuro é uma expectativa de promessa de realização e salvação - em ambos os casos, é uma ilusão. De acordo com Tolle, o caminho mais seguro para perder tempo na nossa vida é acreditar que o futuro é mais importante do que o nosso momento presente. Reconhecer e apreciar o presente instila nos nossos momentos um senso mais simples de qualidade de vida, carinho e amor. “Não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada. À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.”(Álvaro de Campos/Fernando Pessoa)
Podem tirar-nos tudo , mas nunca poderão arrancar os nossos sonhos, quando estamos dispostos a acreditar neles. Precisamos fechar os olhos e olhar para quem somos, procurar usando a alma e não os olhos, os ouvidos ou as mãos. Podemos aprender muitas coisas sem mesmo nos darmos conta disso. Como disse Fernando Pessoa: “Matar o sonho é matarmo-nos. É mutilar a nossa alma. O sonho é o que temos de realmente nosso, de impenetravelmente e inexpugnavelmente nosso.”
"I have on me all the dreams of the world." (Fernando Pessoa)
"I have on me all the dreams of the world." (Fernando Pessoa)
Sometimes, I think we all go through this, in our lifetime, our dreams are more like a "house of cards", with a small "blow" they crumble!!! There is, however, a reality that is always beyond our imagination, as we do not always realize that our imagination only goes as far as we want, but it never goes to reality. Arriving here, we have to admit our questions – what are we doing here? What are we doing here? There are moments that life teaches us to be two, being one and vice versa. Because nothing is really that simple. As William Faulkner said, “The ultimate wisdom is to have dreams big enough to keep track of them while we chase them.”
We all have the perception that the greatness of a human being is not in how much he thinks he knows, but in how much he is aware that he does not yet know, perhaps that is why, as René Descartes said, he made the decision to “fake it”
that all the things that had hitherto entered my mind were no more true than the illusions of my dreams.” Since dreams do not determine the place where we are going to arrive, they produce the necessary force to get us out of the place where we are.
I once read (I cannot specify where, or who said it) that “humans are the only animals that understand that they are not immortal”, so that it is very clear that we do not intend to show what this one is “ truth”, but perhaps it is an approximation of the truth of what already exists within us, because as William Shakespeare said, “we know what we are, but we do not know what we can be.”
We have to recognize that all this, in addition to being able to inspire us, can change our opinion about different things in life. Sometimes, or almost always, words will help us discover the great power we have to live our life with all the good that the world has to offer, in the here and now, as Anaïs Nin said:“ Our life is largely made up of dreams. You need to link them to action.”
In these times, as always in other times, many people still haven't realized that the present is all we have and they "forget" to enjoy it. The past is a set of memories that is part of our history and personality, and the future is an expectation of promise of fulfillment and salvation - in both cases, it is an illusion. According to Tolle, the surest way to waste time in our lives is to believe that the future is more important than our present moment. Recognizing and appreciating the present instills in our moments a simpler sense of quality of life, affection and love. "I'm nothing. I will never be anything. I can't want to be anything. Apart from that, I have in me all the dreams in the world.” (Álvaro de Campos/Fernando Pessoa)
They can take everything from us, but they can never take away our dreams, when we are willing to believe in them. We need to close our eyes and look at who we are, search using our soul and not our eyes, ears or hands. We can learn many things without even realizing it. As Fernando Pessoa said: “To kill the dream is to kill ourselves. It's mutilating our soul. The dream is what we have that is really ours, that is impenetrably and unassailably ours.”
“The soul always tends to judge others according to what it thinks of itself” (Giacomo Leopardi)
“The soul always tends to judge others according to what it thinks of itself” (Giacomo Leopardi)
The world would be a lot better if, instead of always judging others, we let others have their opinion too. We must respect what others do and decide, because it can be, what usually happens, is that, sooner or later, we end up doing what we criticize so much. “Before you start the work of wanting to change the world, go around your house three times.” (Chinese Proverb)
In fact, in many situations, we do not put ourselves in the shoes of others. We understand that our vision is the only valid one and this prevents us from seeing further and understanding other different perspectives. We have to be able to accept that we are not always right and that we can be wrong to judge someone's actions wrongly.
On the reasons for the disorder in the world, our Father António Vieira (1608-1697) was able to clearly define not only the two main categories that would allow order to be replaced by chaos, but also the respective priority between them: "They embraced justice and peace, and it was justice that first contributed to this embrace. Because it is not justice that depends on peace (as some take as an excuse) but the peace of justice" (Sermon at the Burial of the Bones of the Hanged People)
What is happening in Ukraine is a terrible tragedy for humanity, as it is happening in other parts of the world and which can extend to a European or even a global level. I don't think anyone can question this statement but, paradoxically and astonishingly, few seem to understand (or even dare to imagine) what it might mean for their own lives. What is currently being called a “single thought” actually has such effectiveness, due to its constant repetition in the media, that it clouds any more critical spirit or prevents others from pointing out “that the king goes naked”, and quoting Cardinal Richelieu “There are no innocents wherever there are guilty”.
As we have seen in these times, simple things can become complex, truths can be confused and misrepresented and lies can take on unimaginable proportions. The successive untruths, repeated over and over again, do not become the truth If we repeat things without worrying about their veracity, we are only helping to make this a world where lies and truths are easily confused. “Politics is the ability to predict what will happen tomorrow, next week, next month and next year. And having the ability to explain later why none of that happened.” Winston Churchill)
“A alma sempre tende a julgar os outros segundo o que pensa de si mesma”(Giacomo Leopardi)
“A alma sempre tende a julgar os outros segundo o que pensa de si mesma”(Giacomo Leopardi)
O mundo seria muito melhor se, em vez de estarmos sempre a julgar os outros, deixássemos os outros dar também a sua opinião. Devemos respeitar o que os outros fizerem e decidirem, porque pode ser, o que acontece geralmente, é que, mais tarde ou mais cedo, acabamos por fazer o que tanto criticamos. “Antes de começar o trabalho de querer mudar o mundo, dê três voltas dentro de sua casa.“ ( Provérbio Chinês)
Na realidade em muitas situações, não nos colocamos no lugar dos outros. Entendemos que a nossa visão é a única válida e isto impede-nos de ver mais além e compreender outras diferentes perspectivas. Temos que ter a capacidade para aceitar que nem sempre temos razão e que podemos estar enganados a fazer um julgamento de actos de alguém de forma errada.
Sobre as razões da desordem do mundo, o nosso Padre António Vieira (1608-1697) soube definir com clareza, não só as duas categorias principais que permitiriam substituir o caos pela ordem como também a respetiva prioridade entre elas: "Abraçaram-se a justiça e a paz, e foi a justiça a primeira que concorreu para este abraço. Porque não é a justiça que depende da paz (como alguns tomam por escusa) senão a paz da justiça" (Sermão ao Enterro dos Ossos dos Enforcados)
O que está a acontecer na Ucrânia é uma tragédia terrivel para a humanidade, como está a acontecer noutras partes do mundo e que se pode estender a nível europeu ou mesmo mundial. Julgo que ninguém pode pôr em causa esta afirmação mas, paradoxal e espantosamente, poucos parecem perceber (ou ousar sequer imaginar) o que isso pode significar para as suas próprias vidas. Aquilo a que actualmente se está a designar por “pensamento único” tem na realidade uma eficácia tal, pela sua constante repetição nos media, que tolda qualquer espírito mais crítico ou impede outros de apontarem “que o rei vai nu”, e citando o cardeal Richelieu “ Não há inocentes onde se quer que haja culpados”.
Como temos verificado nestes tempos, as coisas simples podem tornar-se complexas, as verdades podem ser confundidas e deturpadas e a mentira assumir proporções inimagináveis. As sucessivas inverdades, vezes sem conta repetidas, não se tornam verdade Se repetirmos coisas sem nos preocuparmos com sua veracidade, estamos apenas ajudando a fazer deste um mundo onde mentiras e verdades se confundem com toda facilidade. “A política é a habilidade de prever o que vai acontecer amanhã, na semana que vem, no mês que vem e no ano que vem. E ter a habilidade de explicar depois por que nada daquilo aconteceu.” Wiston Churchill)
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