“São capazes os que pensam que são
capazes”. (Virgilio poeta romano)
“Temos uma vida cheia com muitos memórias, muitos
momentos, alguns já passados, outros ainda para vir, há muito para aprender e a
ver”. Mas nós é que temos que encontrar essa motivação e há sempre aquele
recurso que aparece como uma “solução” para nos ajudar a enfrentar o dia a dia.
Quantos não davam para ter estes privilégios?
A vida de cada um de nós corre apressada
levando-nos para onde o acaso quer. Não conto como vida o tempo que existo, uma
vida sem desafios, sem erros e acertos não passa de mera existência. A realidade
é que todos, no geral, e por vezes sentimos que existir não basta, e que não podemos
abrir mão de viver! Todos devemos ter uma
noção de que a vida é feita de tentativas... de acertos e de
erros, de esperanças com surpresas e decepções, de alegrias e tristezas,
algumas vezes de sofrimentos que não valem a pena, mas que o coração insiste em
esperar e sofrer... mas o que realmente importa é não desistir de viver.
Como o próprio nome já diz, o passado ficou para
trás e não volta mais. “O tempo que passa não passa depressa. O que passa
depressa é o tempo que passou.”(Vergílio Ferreira) E, por isso viva o
presente e aprenda com os seus erros e acertos. Nós construímos a nossa
história a cada dia, e o passado serve para nos mostrar como a vida está em
constante movimento e evolução. Nós fizemos o que fizemos, mas não fizemos tudo
o que não fizemos. Como disse Osho:” Esqueça essa história de querer entender tudo.
Em vez disso, viva, em vez disso, divirta-se! Não analise, celebre! Opte por
aquilo que faz o seu coração vibrar... Apesar de todas as consequências”
Nos
últimos anos as neurociências e as ciências comportamentais têm mostrado que as
capacidades de uma pessoa, a sua inteligência, personalidade e outras dimensões
não são realidades fixas à partida, estabelecidas à nascença, que não mudem ao
longo da vida. Pelo contrário, a pessoa é maleável, é plástica a
vida toda. Um dos factores que mais potenciam a mudança, a melhoria, o
bem-estar e a alta performance, sugerem por exemplo as investigações de Carol
Dweck, da Universidade de Stanford e a sua grande descoberta que “aquilo em que as pessoas acreditam dá
forma aquilo que alcançam”, é do
saber precisamente que cada ser humano
não é algo de fixo.
As nossas convicções acerca de nós próprios e da
natureza das nossas capacidades, determinam a maneira como interpretamos as
nossas experiências e saber que se pode mudar, que é natural mudar, que se nos
esforçarmos, melhoramos, que nada no comportamento está predeterminado ou é uma
fatalidade e que o grande modelador, de facto, é aquilo em que acreditamos, o
que se visto na perspectiva certa pode libertar a pessoa para chegar onde se
propuser. Confrontamos, “a contrario”, lembramos Virgílio, o poeta romano de há
2000 anos: “São capazes os que pensam que são capazes.”