“Eu sou eu e minha
circunstância, e se não salvo a ela não salvo a mim” (Ortega y Gasset,
1914/1966
Chegámos a uma altura em que ninguém nos dá uma resposta credível a um grande número de questões, é que já estamos algo baralhados e por vezes somos levados a pensar que este chamado novo vírus, talvez não seja nada de novo, ou nem sequer é um coronavírus, ou até talvez estas situações que são geradoras de pânico sejam infundadas, mas não temos duvidas que todas estas situações são alimentadas por aqueles que estão interessados e que assim procuram “ganhar” milhões! “Conhecimento vem, mas a sabedoria tarda. A imaginação é mais importante que a ciência, porque a ciência é limitada, ao passo que a imaginação abrange o mundo inteiro.”(Albert Einstein)
Nesta matéria como noutras procura-se sempre
arranjar culpados. Sempre assim foi, está na “génese humana” o tiro ao alvo é o
desporto favorito dos adivinhos de ontem. Na verdade isto tudo está relacionado
ao que na psicologia e se “chama de
projecção”. Ou seja, atribuímos o erro aos outros, para não nos
responsabilizarmos por nada! No caso desta pandemia, em que o vírus viaja de um
lugar para o outro, a tendência é que as pessoas façam isso. Aquela pessoa que
vem de fora é vista como uma ameaça. Isso para a economia psíquica é fácil, eu
acuso alguém e aí livro-me do problema, a responsabilidade é do outro. Como
dizia Almada Negreiros “não sou forte
em ciência, de modo que tudo quanto ficar escrito não terá absolutamente nada
de científico. Será exactamente nem científico nem falso, ao mesmo tempo”. A tudo isto e por mais confusa ou absurda que
possa parecer, temos que juntar agora a “teoria da panspermia” que ainda
não foi refutada e causa fascínio, principalmente naqueles que gostam de ficção
científica e já agora, os defensores dessa teoria dizem que no “principio, a
vida biológica tinha a forma de bactérias e de vírus e chegou à Terra vinda de
cosmos distantes” (Anotamos
que um dos muitos defensores desta teoria,
Francis Crick, conquistou um prémio Nobel (juntamente com James Watson e
Maurice Wikins) pelas suas descobertas sobre a estrutura molecular do DNA.)
Mais uma
vez vemos as coisas que não são tão simples como parecem ser, e isto não é sobre ser inconsequente, mas compreender que
nem tudo na vida precisa fazer sentido. Nós queremos as nossas vidas de volta!
Mas temos de saber, aceitar e entender
que isto é a vida, não podemos ter medo de arriscar, e as experiências estão aí
para serem vividas. Todos nós somos iguais e mortais, com os mesmos sonhos,
desejos, medos e frustrações, e cada um de nós tem o seu lema de vida. Como
argumentou o líder sul-africano Nelson Mandela :“Aprendi que coragem não era
a ausência de medo, mas o triunfo sobre ela. O corajoso não é aquele que não
sente medo, mas aquele que vence esse medo ”.