quinta-feira, abril 30, 2020

“Mais cedo ou mais tarde, os que vencem são aqueles que acreditam que conseguem.” (Richard Bach)


“Mais cedo ou mais tarde, os que vencem são aqueles que acreditam que conseguem.” (Richard Bach)

Creio que acontece com toda a gente, há uma altura da nossa vida em que uma pessoa pensa que sabe tudo, que tem resposta para tudo, mas a verdade nua e crua é que não sabe nada. Agora em que o medo é do tamanho de um adeus que não se dá , de um abraço que não nasce, porque não há liberdade…..tudo isto aparece-nos na vida  e baralha tudo, a resposta agora é pergunta, a pergunta é resposta. É talvez por isso, que todos procuramos uma resposta e  que ninguém consegue explicar como é que aqui chegámos, menos ainda para onde vamos. Mas não deixamos de querer distinguir entre  passado, presente e futuro e não queremos acreditar que é apenas uma ilusão teimosamente persistente. É neste silêncio, em que não vemos qualquer luz que nos mostre o caminho nesta escuridão, que a todos atinge, e em que  nada vale dizer que “queremos a nossa vida de volta”. Todos nós já nos daríamos por satisfeito se soubéssemos que vida temos pela frente….e não sabemos, ninguém sabe! Como disse Sigmund Freud:” A ciência não é uma ilusão, mas seria uma ilusão acreditar que poderemos encontrar noutro lugar o que ela não nos pode dar.” Que falta nos faz aquela “lufada de ar fresco” nestes dias em que, por vezes, sentimos que perdemos toda a ilusão?
Mas, não tenhamos dúvidas que manter a ilusão é essencial para continuarmos em movimento e lutando pelos nossos sonhos. É normal que perante estes tempos de  incerteza, tenhamos medo e hesitemos nos passos a dar. Mas há que ter consciência que a dado momento, parar será mesmo morrer e não haverá alternativa a metermos um pé à frente do outro e fazermo-nos à estrada, enquanto houver estrada para andar. Temos que ter consciência que, como alguém disse que fazer o que se gosta não é o mesmo que fazer o que se apetece. Pois, se  só fizermos  o que nos apetece nunca faremos aquilo que se  gosta. “Podemos oferecer um presente, mas não podemos obrigar ninguém a aceitá-lo.”(Richard Bach)
 Numa dimensão em que as relações, a comunicação, a sociabilidade se processam principalmente no “não-espaço” do virtual, das redes sociais, dando-nos uma ilusão de proximidade, o vírus tolhe-nos a verdadeira proximidade, a real: que ninguém se toque, nada de beijos, nada de abraços, tudo à distância, na frieza do não contacto. Até que ponto dávamos por adquiridos estes gestos e o seu significado?  Por isso força-te, obriga-te a sair da zona de conforto e a dizer sempre sim a uma responsabilidade partilhada, o sentir que das nossas acções depende não apenas o nosso destino mas o de todos os que nos rodeiam. E que dependemos das deles .Temos agora as provas de que a saúde de uma pessoa depende da saúde de todos. Só as medidas que protegem o direito de todos poderão controlar, efectivamente, esta pandemia.”A mudança é a lei da vida. Aqueles que olham apenas para o passado ou para o presente serão esquecidos no futuro”.(John F. Kennedy )

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