“Mais cedo ou mais tarde, os que vencem são
aqueles que acreditam que conseguem.” (Richard Bach)
Creio que acontece com toda a gente, há uma
altura da nossa vida em que uma pessoa pensa que sabe tudo, que tem resposta
para tudo, mas a verdade nua e crua é que não sabe nada. Agora em que o medo é
do tamanho de um adeus que não se dá , de um abraço que não nasce, porque não
há liberdade…..tudo isto aparece-nos na vida e baralha tudo, a resposta agora é pergunta, a
pergunta é resposta. É talvez por isso, que todos procuramos uma resposta e que ninguém consegue explicar como é que aqui
chegámos, menos ainda para onde vamos. Mas não deixamos de querer distinguir entre
passado, presente e futuro e não
queremos acreditar que é apenas uma ilusão teimosamente persistente. É neste
silêncio, em que não vemos qualquer luz que nos mostre o caminho nesta escuridão,
que a todos atinge, e em que nada vale
dizer que “queremos a nossa vida de volta”. Todos nós já nos daríamos por
satisfeito se soubéssemos que vida temos pela frente….e não sabemos, ninguém
sabe! Como disse Sigmund Freud:” A ciência não é uma ilusão, mas seria uma
ilusão acreditar que poderemos encontrar noutro lugar o que ela não nos pode
dar.” Que falta nos faz aquela “lufada de ar fresco” nestes dias em que,
por vezes, sentimos que perdemos toda a ilusão?
Mas, não tenhamos dúvidas que manter a ilusão é
essencial para continuarmos em movimento e lutando pelos nossos sonhos. É
normal que perante estes tempos de incerteza, tenhamos medo e hesitemos nos
passos a dar. Mas há que ter consciência que a dado momento, parar será mesmo
morrer e não haverá alternativa a metermos um pé à frente do outro e
fazermo-nos à estrada, enquanto houver estrada para andar. Temos que ter consciência que, como alguém disse que fazer
o que se gosta não é o mesmo que fazer o que se apetece. Pois, se só fizermos o que nos apetece nunca faremos aquilo que se gosta. “Podemos oferecer um presente, mas
não podemos obrigar ninguém a aceitá-lo.”(Richard Bach)
Numa
dimensão em que as relações, a comunicação, a sociabilidade se processam
principalmente no “não-espaço” do virtual, das redes sociais, dando-nos uma
ilusão de proximidade, o vírus tolhe-nos a verdadeira proximidade, a real: que
ninguém se toque, nada de beijos, nada de abraços, tudo à distância, na frieza
do não contacto. Até que ponto dávamos por adquiridos estes gestos e o seu
significado? Por isso força-te, obriga-te
a sair da zona de conforto e a dizer sempre sim a uma responsabilidade
partilhada, o sentir que das nossas acções depende não apenas o nosso destino
mas o de todos os que nos rodeiam. E que dependemos das deles .Temos agora as
provas de que a saúde de uma pessoa depende da saúde de todos. Só as medidas
que protegem o direito de todos poderão controlar, efectivamente, esta pandemia.”A
mudança é a lei da vida. Aqueles que olham apenas para o passado ou para o
presente serão esquecidos no futuro”.(John F. Kennedy )
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