“O mundo da realidade tem seus limites. O mundo da imaginação não tem fronteiras.” (Jean-Jacques Rousseau)
Um amigo meu costumava dizer-me que nunca “podemos confundir o “direito à liberdade de expressão” como sinónimo de “vale tudo” porque quando vale tudo significa cavar um fosso para que a nossa liberdade não exista.” Quem guarda memórias não vive no passado, faz do passado um tempo presente e futuro. Olhar para as raízes do tempo é compreender melhor o que está e o que virá, com sabedoria, com afectividade, e nunca o seu contrário. Uma das dificuldades que temos é que conhecemos muito pouco da realidade, não sabemos bem o que aí vem e não sabemos bem quanto tempo vai ainda durar. Como disse Albert Einstein: “Existe uma coisa que uma longa existência me ensinou: toda a nossa ciência, comparada a realidade, é primitiva e inocente; e, portanto, é o que temos de mais valioso.”
Nestes tempos em que vivemos dias perigosos, veio-me à memória este avisado conselho, em que está não apenas em jogo a eficácia no combate à pandemia, como o modelo de relação social de uns com os outros e de todos com a lei. A impaciência, o sofrimento, as agruras das crises sempre foram oportunidades para rupturas e o prolongamento do confinamento, aliado à "incerteza do momento", está ser um dos "causadores de ansiedade nas pessoas". Temos de aceitar que andamos mais nervosos, mais tristes à vezes, mais irritados, mais tensos e que isso é normal. “Para tornar a realidade suportável, todos temos de cultivar em nós certas pequenas loucuras. Se sonhar um pouco é perigoso, a solução não é sonhar menos é sonhar mais.”(Marcel Proust)O chamado “descontrolo
da pandemia” que tem ecos na desinformação constante que a imprensa em especial
as tvs fazem eco (que, felizmente, parece ter os dias contados), os casos das
vacinas tomadas abusivamente, claro que houve falhas , os oportunismos da
oposição, que nunca apresenta alternativas, os exageros da imprensa e,
principalmente, o cansaço começam a contaminar a confiança, a promover o
niilismo e a instigar comportamentos extremos, lembro-me da observação de HL
Mencken: “Para cada problema complexo, há uma resposta que é clara, simples
e errada”.
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