Da análise económica e financeira pode-se concluir que o Município de Almeirim revela, para além duma completa ausência de visão estratégica, uma gravíssima situação financeira, um baixo grau de execução orçamental, um elevado endividamento líquido, de quase 8 milhões de euros, apresentando a sua gestão de 2008 quase cinco milhões de euros de resultados negativos.
O seu défice estrutural atingiu cerca de 700 mil euros, ou seja, o Município de Almeirim ,em 2008 teve despesas fixas / correntes superiores em cerca de 700 mil euros que as receitas correntes que gerou; Se considerarmos que acabou de ser cedido, “gratuitamente” às Aguas do Ribatejo as receitas dos serviço de águas, podemos prever que em 2009 o problema será agravado.
2 comentários:
Infelizmente é mal quase geral. E, mais tarde ou mais cedo, quem vai pagar as favas são os munícipes e os trabalhadores das autarquias onde tal estado de coisas se verifica.
Armindo Bento:
Como munícipe de Alpiarça e conhecer do "jeito" que sempre fizeram à autarquia alpiarcense as receitas mensais resultantes da venda de água, também eu já abordei o mesmo assunto com pessoas a quem eventualmente este problema vai afligir a partir de Outubro próximo.
Não sou gestor, nem tenho dados que me permitam aferir se a entrada da câmara da minha terra na empresa Águas do Ribatejo é ou não um bom negócio.
Percebo que a longo prazo pode ser uma boa solução, caso se concretizem os milhões prometidos nos investimentos em novas captações, novos reservatórios, novas condutas, melhoria da qualidade da água e uniformização de preços.
Por outro lado estou curioso para ver como vai a autarquia prescindir no imediato dos largos milhares de euros que mensalmente entravam nos cofres municipais.
A maioria das condutas de água de Alpiarça são velhas, mal dimensionadas, construídas em fibrocimento e quase diariamente há rupturas porque a tubagem está a desfragmentar-se e não aguenta a pressão recomendada.
Os ramais que servem as casas são na sua maior parte executados em tubo galvanizado que entretanto apodreceu e há milhares de metros cúbicos de água que se perdem em fissuras e pequenas rupturas que nem são detectadas.
A Assembleia Municipal de Alpiarça, que acaba por ser indirectamente a voz do povo no município, foi informada que os serviços de água davam enormes prejuízos à câmara e que a entrada na empresa Águas do Ribatejo era um excelente negócio e que por isso as receitas mensais como não cobriam as despesas, eram como aquele velho ditado "vai-te lucro que me dás percas".
Veiga Maltez presidente da Câmara da Golegã um pequeno concelho com características semelhantes a Alpiarça, prescindiu do negócio, arrepiou caminho e saiu da empresa Águas do Ribatejo.
O futuro se encarregará de dizer quem fez a melhor opção.
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