quinta-feira, maio 14, 2009

ALMEIRIM - UMA SITUAÇÃO DE GRAVE DESIQUILIBRIO FINANCEIRO?

Da análise económica e financeira pode-se concluir que o Município de Almeirim revela, para além duma completa ausência de visão estratégica, uma gravíssima situação financeira, um baixo grau de execução orçamental, um elevado endividamento líquido, de quase 8 milhões de euros, apresentando a sua gestão de 2008 quase cinco milhões de euros de resultados negativos.

O seu défice estrutural atingiu cerca de 700 mil euros, ou seja, o Município de Almeirim ,em 2008 teve despesas fixas / correntes superiores em cerca de 700 mil euros que as receitas correntes que gerou; Se considerarmos que acabou de ser cedido, “gratuitamente” às Aguas do Ribatejo as receitas dos serviço de águas, podemos prever que em 2009 o problema será agravado.

Por isso o próximo executivo municipal saído das próximas eleições será obrigado a “ficar sujeito a um “plano de reestruturação financeira estrutural, devido a esta situação de desequilíbrio financeiro/ruptura financeira, (só os encargos com os juros deverão atingir cerca de 300 mil euros/ano) que terá de ser declarada pela Assembleia Municipal, sob proposta da Câmara Municipal, que terá que apresentar um “plano de reequilíbrio financeiro” nos termos previstos na Lei. Esta medida irá ter reflexos graves e negativos sobre o desenvolvimento na prestação de serviços público municipais, à população de Almeirim, que irá sofrer as consequências do “despesismo e da ausência de estratégia do actual executivo municipal

2 comentários:

Kruzes Kanhoto disse...

Infelizmente é mal quase geral. E, mais tarde ou mais cedo, quem vai pagar as favas são os munícipes e os trabalhadores das autarquias onde tal estado de coisas se verifica.

Ricardo Vaz disse...

Armindo Bento:

Como munícipe de Alpiarça e conhecer do "jeito" que sempre fizeram à autarquia alpiarcense as receitas mensais resultantes da venda de água, também eu já abordei o mesmo assunto com pessoas a quem eventualmente este problema vai afligir a partir de Outubro próximo.
Não sou gestor, nem tenho dados que me permitam aferir se a entrada da câmara da minha terra na empresa Águas do Ribatejo é ou não um bom negócio.
Percebo que a longo prazo pode ser uma boa solução, caso se concretizem os milhões prometidos nos investimentos em novas captações, novos reservatórios, novas condutas, melhoria da qualidade da água e uniformização de preços.
Por outro lado estou curioso para ver como vai a autarquia prescindir no imediato dos largos milhares de euros que mensalmente entravam nos cofres municipais.
A maioria das condutas de água de Alpiarça são velhas, mal dimensionadas, construídas em fibrocimento e quase diariamente há rupturas porque a tubagem está a desfragmentar-se e não aguenta a pressão recomendada.
Os ramais que servem as casas são na sua maior parte executados em tubo galvanizado que entretanto apodreceu e há milhares de metros cúbicos de água que se perdem em fissuras e pequenas rupturas que nem são detectadas.
A Assembleia Municipal de Alpiarça, que acaba por ser indirectamente a voz do povo no município, foi informada que os serviços de água davam enormes prejuízos à câmara e que a entrada na empresa Águas do Ribatejo era um excelente negócio e que por isso as receitas mensais como não cobriam as despesas, eram como aquele velho ditado "vai-te lucro que me dás percas".
Veiga Maltez presidente da Câmara da Golegã um pequeno concelho com características semelhantes a Alpiarça, prescindiu do negócio, arrepiou caminho e saiu da empresa Águas do Ribatejo.
O futuro se encarregará de dizer quem fez a melhor opção.