“Enquanto eu tiver perguntas e não houver resposta continuarei a escrever.” (Clarice Lispector)
QUANDO É QUE ISTO ACABA? Ninguém sabe…até porque temos a nítida sensação que ainda não chegámos ao fundo. No meu ponto de vista os humanos estão preparados e equipados para antecipar e sobreviver a estas ameaças. É, por isso que no meu entendimento estes são tempos em que todos temos o dever de agregar toda a sociedade em torno do mesmo objectivo, que é sairmos desta crise sanitária e da consequente recessão económica mais fortes e capazes de alicerçar uma sociedade mais rica, justa e solidária. Talvez, neste sentido, a pandemia possa ser uma oportunidade para a construção de uma sociedade melhor, se soubermos aprender alguma coisa com ela. Como disse o então presidente dos Estados Unidos John Kenedy:“Quando escrito em chinês a palavra crise compõe-se de dois caracteres: um representa perigo e o outro representa oportunidade.” Pois cooperar é encontrar uma nova forma de voltar, mas num novo e diferente registo – é essa a oportunidade.
Entendo que é sempre o momento de relembrar que,
para além de direitos, todos temos, com a mesma intensidade, deveres cívicos e,
neste caso, temos o DEVER de, solidariamente, tudo fazer para combater a
pandemia e evitar mais mortes dos nossos concidadãos. Alimentar nesta altura
factos políticos e discussões estéreis,
é contribuir para que o vírus se propague com consequências trágicas
para todos. Há que ter lucidez e muito realismo, porque senão naufragamos todos
no mesmo mar!!! “As
pessoas tendem a esquecer dos seus deveres mas lembrarem dos seus direitos.(Indira Gandhi)
Como diz
um amigo meu a “imbecibilidade” está em todo lado, e lamentavelmente reproduzem-se como coelhos e as suas capacidades vão
aumentando de forma exponencial, isto é, quantos mais imbecis vamos tendo, mais
burros eles nascem. Esta gente que descobre intentonas e conspirações por trás
do uso obrigatório de máscaras, mascarando a sua imbecilidade com argumentos da
treta é um verdadeiro perigo para a saúde pública. Temos o dever e a obrigação
de desmontar esta narrativa antes que seja tarde.” Em presença de imbecis e
loucos, há somente um caminho para mostrarmos nossa inteligência: não falar com
eles.”(Arthur Schopenhauer)
Não são tempos para virar as costas uns aos
outros, é a altura de dar as mãos para levar o barco em frente, tentando sobreviver à tempestade com
competência e bom senso, tirando partido do que as vozes da experiência
aconselham, sem medo mas com tranquilidade, tendo a noção de que um construtivo
dialogo intergeracional com a noção de
que as exigências do futuro não se compadecem com sectarismos e vaidades sem sentido ou egoísmos vãos. Temos de
aprender a caminhar, com o medo, a cuidar – de nós e dos outros – e a
enquadrar-se como viver num mundo diferente. Nos tempos de hoje, todos somos
poucos e acima de tudo temos de querer
contribuir para arranjar soluções e não para incrementar os problemas. “Os
regulamentos e as leis, era preciso não esquecê-los, é preciso não esquecer que
sem os regulamentos e as leis não haverá ordem, era preciso não esquecê-los e
defendê-los para me defender.” (Clarice Lispector )
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