“Os
cães realmente falam, mas só àqueles que sabem ouvi-los.” (Pamuk , Orhan)
Ser feliz é não ter
medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para
ouvir um “não”. É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
(Augusto Cury)
Não sei se já
repararam que um cão nos ensina tudo isso - dar sem pedir nada em troca - E isso é o que um cão nos ensina, o que
talvez, por si só já fosse um bom motivo
para ter um cachorro/cão, isto porque o cão por si só já significa entre outras
muitas coisas lealdade, bondade e bons momentos.
Na verdade não sei se
é pela forma espontânea com que todos os dias me recebe ou se é pela forma de verdade que ele tem no
seu olhar. Também não sei se é pela maneira tão afectuosa de dizer (sem falar)
que para ele não existe pessoa melhor em nenhum outro lugar do mundo ou se é pela fidelidade com a qual é capaz de
esperar, sem se importar, embora talvez não seja “sem alguma dor”, pelo tempo
que eu o faço esperar. Simplesmente direi não sei! A única certeza que eu tenho
é que quando passeio com ele, não sou eu que passeio com ele, mas ele que
passeia comigo, por um lado e por outro sei que ele não se importa se temos dinheiro, se somos magros,
bonitos, baixos ou altos. Não se importa com a marca do carro que temos ou se temos mesmo carro e por isso andamos a
pé. Não se importa se as pessoas não nos
compreendem. Para ele nada importa a não ser a nossa companhia porque somos tudo para ele. Ele dá-nos
tudo o que ele tem, e o que ele tem é
tudo que nos importa: AMOR! Ele não tem vergonha em demonstrar o quanto nos
ama... Ele dedica-nos os melhores anos de vida... Ele daria a vida por nós!
Como escreveu Milan
Kundera “Os cães são o nosso elo com o paraíso. Eles não conhecem a maldade, a
inveja ou o descontentamento. Sentar-se com um cão ao pé de uma colina numa
linda tarde, é voltar ao Éden onde ficar sem fazer nada não era tédio, era
paz.” Temos de ter a consciência que “O mundo está nas mãos daqueles que tem a
coragem de sonhar e de correr o risco de viver seus sonhos”. (Paulo Coelho).
Como certamente já
perceberam que ainda “não vejo a luz ao fundo do túnel” indicadora da chegada
do meu “sentir de equilíbrio psico-emocional”. Também é verdade que me resta no
entanto a esperança fundadora da resistência
e a humildade de reconhecer que “ os erros são de todos nós, mas
principalmente são os meus erros”. Nada mais será como dantes, e isso
entristece-me, sem prejuízo de continuar a viver e a procurar os bons momentos
que, apesar de tudo, ainda podem existir! Sendo certo que porventura quem nos
ler dirá que estas minhas linhas de hoje traduzem um estado de pessimismo e
alguma depressão. Talvez tenham alguma razão, porque há algum tempo, mas
particularmente – nos anos horríveis de 2017 e em geral em parte de 2018 – as
duas vidas da minha vida embrulharam-se
num claro conflito que muito me desilude. É por isso que já não confio na
ilusão e muito menos na “mistura”.
É o que Mark Twain
diz nesta reflexão: “A força para recomeçar nos dá a convicção de que tentar
novamente vale a pena. A vida exige que sejamos capazes de crescer. A experiência
e o conhecimento em torno da arte de viver só são adquiridos vivendo. E os
novos caminhos são um chamado para sentir a fundo o pulso da vida, para nos
renovar e descobrir novas realidades.”
“O
homem não sabe mais que os outros animais; sabe menos. Eles sabem o que
precisam saber. Nós não.” (Fernando Pessoa )
( estes texto é uma
forma de recordar o nosso primeiro cão, Einstein quase 18 anos que fez parte da
família)
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