quinta-feira, abril 30, 2020

“Mais cedo ou mais tarde, os que vencem são aqueles que acreditam que conseguem.” (Richard Bach)


“Mais cedo ou mais tarde, os que vencem são aqueles que acreditam que conseguem.” (Richard Bach)

Creio que acontece com toda a gente, há uma altura da nossa vida em que uma pessoa pensa que sabe tudo, que tem resposta para tudo, mas a verdade nua e crua é que não sabe nada. Agora em que o medo é do tamanho de um adeus que não se dá , de um abraço que não nasce, porque não há liberdade…..tudo isto aparece-nos na vida  e baralha tudo, a resposta agora é pergunta, a pergunta é resposta. É talvez por isso, que todos procuramos uma resposta e  que ninguém consegue explicar como é que aqui chegámos, menos ainda para onde vamos. Mas não deixamos de querer distinguir entre  passado, presente e futuro e não queremos acreditar que é apenas uma ilusão teimosamente persistente. É neste silêncio, em que não vemos qualquer luz que nos mostre o caminho nesta escuridão, que a todos atinge, e em que  nada vale dizer que “queremos a nossa vida de volta”. Todos nós já nos daríamos por satisfeito se soubéssemos que vida temos pela frente….e não sabemos, ninguém sabe! Como disse Sigmund Freud:” A ciência não é uma ilusão, mas seria uma ilusão acreditar que poderemos encontrar noutro lugar o que ela não nos pode dar.” Que falta nos faz aquela “lufada de ar fresco” nestes dias em que, por vezes, sentimos que perdemos toda a ilusão?
Mas, não tenhamos dúvidas que manter a ilusão é essencial para continuarmos em movimento e lutando pelos nossos sonhos. É normal que perante estes tempos de  incerteza, tenhamos medo e hesitemos nos passos a dar. Mas há que ter consciência que a dado momento, parar será mesmo morrer e não haverá alternativa a metermos um pé à frente do outro e fazermo-nos à estrada, enquanto houver estrada para andar. Temos que ter consciência que, como alguém disse que fazer o que se gosta não é o mesmo que fazer o que se apetece. Pois, se  só fizermos  o que nos apetece nunca faremos aquilo que se  gosta. “Podemos oferecer um presente, mas não podemos obrigar ninguém a aceitá-lo.”(Richard Bach)
 Numa dimensão em que as relações, a comunicação, a sociabilidade se processam principalmente no “não-espaço” do virtual, das redes sociais, dando-nos uma ilusão de proximidade, o vírus tolhe-nos a verdadeira proximidade, a real: que ninguém se toque, nada de beijos, nada de abraços, tudo à distância, na frieza do não contacto. Até que ponto dávamos por adquiridos estes gestos e o seu significado?  Por isso força-te, obriga-te a sair da zona de conforto e a dizer sempre sim a uma responsabilidade partilhada, o sentir que das nossas acções depende não apenas o nosso destino mas o de todos os que nos rodeiam. E que dependemos das deles .Temos agora as provas de que a saúde de uma pessoa depende da saúde de todos. Só as medidas que protegem o direito de todos poderão controlar, efectivamente, esta pandemia.”A mudança é a lei da vida. Aqueles que olham apenas para o passado ou para o presente serão esquecidos no futuro”.(John F. Kennedy )

domingo, abril 26, 2020

Heal the past. Live the present. Dream the future. (Irish proverb)

Heal the past. Live the present. Dream the future. (Irish proverb)

"A feeling that occupies our head and squeezes our heart."

There was someone who said that our life was made of nostalgia, the past is always part of our history, a lot of emotion in the way we live the present, and many dreams, how we envision the future. But the times of today, do not measure the same since the “appearance of the coronavirus”. This is how, in our understanding, nostalgia will be the only beneficiary, because we are always pulling time back as if wanting to return to our way of life, it is our sentimental heritage, like photos from the past. We also almost always try to stretch that time with absurd predictions, as if we know the covid's plans19; or even with “half crazy suggestions” and even say well-intentioned. We are not even realizing that the greatest prejudice is the present, which is suspended, perplexed by uncertainties and fears. It just makes me want to slap myself so I wake up !!! “There are things that leave marks that are very difficult to overcome. There is only one way to get rid of bitter experiences: to live in the present. Always enjoy now. As the famous phrase immortalized by hippies says: "Today is the first day of the rest of my life." (Paulo Coelho) In another way, we will all have to return to normality. With the perception that it will be a new and different normality, with new practices and reinvented procedures. We are all going to change something in these coming times, these strange times in which we live. We live in the strangest time in the history of mankind. We have a notion that there is more information, but we know, at least we have this feeling, that we are less informed! We are of the opinion that a newspaper and journalism can only be fully guided by the spirit of public service and obedience to a code of values ​​that goes from respect for minorities, the fight against discrimination, the defense of democracy, the state of right, freedom of expression or tolerance of the need to scrutinize powers to prevent abuse and defend citizens. Now, daily it is nothing like this, in general that we have seen, and for that reason it would be useful that, in the near future, some of these “professionals” avoided making public statements, which, by not solving any of the possible problems they present, aggravate the a state of anxiety and insecurity for a large part of the citizens, who are far from providing a service to society. How would your ethical and professional duty be. There has to be a difference between the runaway humor of social media and the attitude of institutional responsibility that the current moment demands. We can never omit that freedom means responsibility. This is perhaps why so many people are afraid of it. ” We have to do the best we can. This is our sacred human responsibility. ”(Albert Einstein)
In my opinion, in addition to merit and responsiveness, and despite advances and setbacks, government authorities have maintained a coherence far superior to that of other countries, however there are those who consider that despite the development of the past 46 years, our country still it has a tradition that dates back to the 17th century - everything arrived late in Portugal: artistic currents, knowledge, democracy, industrialization, other material goods. And viruses too! The reality is that the Portuguese, in general, have given a fantastic example of discipline throughout these long days of confinement, and that is why they will know how to wait for the right time and time for a “return to life in normalcy”. What else do we want? The return to life that we have become accustomed to and that we now dream of, but we must all know that we have to be content with what is compatible with the new times, at least until a vaccine is discovered that can free us from this invisible enemy. A call for reflection because we must know that all fruits come from the roots. Just like all good results come from a well-done homework. From one moment to the next everything changed in our life. We value things that we take for granted. It's a hard lesson in life! “We don't have the solutions for all the world's problems in our hands, but in the face of all the world's problems we have our hands.” (Friedrich Von Schiller)

Cure o passado. Viva o presente. Sonhe o futuro. (Provérbio irlandês)


Cure o passado. Viva o presente. Sonhe o futuro. (Provérbio irlandês)

“Um sentimento que nos ocupa a cabeça e nos aperta o coração.”

Houve alguém que disse que o nosso viver era feito de nostalgia, o passado faz sempre parte da nossa história, de muita emoção no modo como vivemos o presente, e de muitos sonhos, como visualizamos o futuro. Mas os tempos de hoje, não medem o mesmo desde o “aparecimento do coronavírus”. É assim que, no nosso entender a nostalgia será a única beneficiada, porque estamos sempre a puxar o tempo para trás como querendo retornar ao nosso modo de vida, é a nossa herança sentimental, como fotos do passado. Também quase sempre tentamos esticar esse tempo com previsões absurdas, como se soubéssemos os planos do covid19; ou até com “sugestões meio malucas” e até diga-se bem intencionadas. Nem sequer estamos a dar por isso que o grande prejudicado é o presente, que está suspenso, perplexo com incertezas e medos. Só me dá vontade de me esbofetear para que acorde!!!“Existe coisas que deixam marcas muito difíceis de superar. Só existe uma maneira de nos livrarmos das experiências amargas: viver o presente. Aproveite sempre o agora. Como diz a célebre frase imortalizada pelos hippies: "Hoje é o primeiro dia do resto da minha Vida".(Paulo Coelho) Duma forma o de outra todos teremos que voltar á normalidade.Com a percepção que será um nova e diferente normalidade, com novas práticas e reinventado procedimentos. Todos vamos mudar qualquer coisa, nestes próximos tempos, destes estranhos tempos em que vivemos. Vivemos o tempo mais estranho da História da Humanidade. Temos uma noção de que há mais informação, mas sabemos, pelo menos temos essa sensação, que estamos menos informados! Somos de opinião que um jornal e o jornalismo só o são plenamente se orientados pelo espírito de serviço público e pela obediência a um código de valores que vai desde o respeito pelas minorias, pela luta contra a discriminação, a defesa da democracia, do estado de direito, da liberdade de expressão ou da tolerância à necessidade de escrutinar os poderes para evitar abusos e defender os cidadãos. Ora, diariamente não é nada disto, no geral que temos assistido, e por isso seria útil que, nos tempos mais próximos, alguns destes “profissionais” evitassem fazer declarações públicas, as quais, não resolvendo nenhum dos eventuais problemas que apresentam, agravam o estado de ansiedade e de insegurança de boa parte dos cidadãos, e que estão longe de prestar um serviço à sociedade. Como seria seu dever ético e profissional. Tem de haver uma diferença entre o humor desgovernado das redes sociais e a atitude de responsabilidade institucional que o momento actual exige. Nunca podemos omitir que liberdade significa responsabilidade. É talvez por isso que tanta gente tem medo dela.” Temos de fazer o melhor que podemos. Esta é a nossa sagrada responsabilidade humana.”(Albert Einstein)
Na minha opinião para além do mérito e da capacidade de resposta e apesar dos avanços e recuos as autoridades governamentais têm mantido uma coerência muito superior à de outros países, no entanto há quem considere que apesar do desenvolvimento dos últimos 46 anos, o nosso País ainda tem uma tradição que já vêm do seculo XVII – a Portugal tudo chegou com atraso: correntes artísticas, conhecimento, democracia, industrialização, outros bens materiais. E, também os vírus! A realidade é que os portugueses, de uma maneira geral tem dado um fantástico exemplo de disciplina ao longo, destes longos dias de confinamento, e é por isso que saberão esperar pelo momento e tempo certo para um “regressar à vida em normalidade”. O que mais desejamos? O regresso à vida que nos habituámos e com que agora sonhamos, mas todos devemos saber que temos que nos contentar com o que for compatível com os novos tempos, pelo menos até que seja descoberta uma vacina que possa libertar-nos deste inimigo invisível. Um apelo à reflexão pois devemos saber  que todos os frutos vêm das raízes.  Assim como todos os bons resultados vêm de um trabalho de casa bem feito. De um momento para o outro tudo mudou na nossa vida. Damos valor a coisas que dávamos por garantidas. É uma dura lição de vida! “Não temos nas nossas mãos as soluções para todos os problemas do mundo, mas diante de todos os problemas do mundo temos as nossas mãos”.(Friedrich Von Schiller)

sexta-feira, abril 17, 2020

“The important thing is to live today. Yesterday is gone and tomorrow may not come. ”(Chico Xavier)

“The important thing is to live today. Yesterday is gone and tomorrow may not come. ”(Chico Xavier)


In these times we all live divided between the will to resist the threat of an “unknown disease”, and the growing fear of tomorrow's uncertainties. They tell us that there is more time to think, others say to reflect, as the best way to find the best solutions to problems that seem impossible, but what will it be to think about the same subject over and over again?
 The truth is that we feel that the universe has entered us at home and sat us on a sofa, which means that we have all become much more susceptible to the susceptibility of others. It seems to be a candle lit in the dark that goes inside us, and we are induced to read and sometimes to reread, everything that seems to us again, sometimes it is not so much, in these circumstances it impresses me a little, knowing the risk that we are all definitely seeing growing in our daily lives, and repeatedly, several times a day, which seem to want to “suffocate” us, every time they speak, we only hear complaints and complaints that everything is wrong, in an omission to which Seneca (philosopher) would have replied: "No wind blows in favor of those who do not know where to go". Perhaps it was, because they omit that, this is the path that we all have to continue to take, and unfortunately there are no shortcuts, such as the need for an “ethics of responsibility”, as far as possible, that such “experts and opinion makers” avoid in the near future, make public statements, which, by not solving any of the "alleged" problems they denounce, aggravate the state of anxiety and insecurity of a large part of the citizens. "Silence is worth gold when you can't find a good answer" (Muhammad Ali)
We have to go back to our lives, we cannot fail to do so, but also, we know that one of these days, the balance sheets will begin. Some will highlight good practices, others will highlight errors. But who, in the face of such unknown adversity, could take action without a margin of error in its effects? Errors? "Errare humanum est", as Confucius said: “The only way to not make mistakes is to do nothing. This, however, is certainly one of the biggest mistakes that could be made in a lifetime. ”
Let's look at the side of the glass as half full (positive): There are no absolute certainties, we need to know how to live with doubt and uncertainty. We need to lose the fear of making mistakes, of accepting our falls, of seeing what they teach us and ... Moving on or to the side ... But moving on and discovering more about us, about others, about life. Each error gives us strategic learning information, in the sense of non-repetition. We have not yet passed this stage and we are already told that, possibly, we will have a new "dose". So write down what we did well and where we went wrong, us and the others. And learn. Until then, we can only watch this up and down and not disarm our simple civic participation. And, also, we feel that anything can happen - it's just another day - and, we will be able to deal with the situation, but we started to have some perception that, everything can happen in 20 years !! 10 years! or next year… ..and it will be fatal! or in the words of Carl Jung: “Life happens in a balance between joy and pain. Whoever does not venture beyond reality will never find the truth. ”

“O importante é viver hoje. O ontem já foi e o amanhã talvez não venha.”(Chico Xavier)


“O importante é viver hoje. O ontem já foi e o amanhã talvez não venha.”(Chico Xavier)

Nestes tempos todos vivemos divididos entre a vontade de resistir à ameaça de uma “doença desconhecida”, e o medo, cada vez maior das incertezas do amanhã. Dizem-nos que há mais tempo para pensar, outros dizem para reflectir, como sendo a melhor forma de encontrar as melhores soluções para problemas que parecem impossíveis, mas o que será pensar várias vezes sobre o mesmo assunto?
 A verdade é que sentimos que o universo nos entrou em casa e nos sentou  num sofá, o que leva a que todos nós nos tornámos muito mais susceptíveis à susceptibilidade dos outros. Parece-nos ser uma vela acesa no escuro que vai dentro de nós, e somos induzidos a ler e por vezes a reler, tudo o que nos parece de novo, por vezes não é assim tanto, nestas circunstâncias impressiona-me um pouco, sabendo o risco que todos decididamente estamos a ver crescer no nosso dia a dia, e repetidamente, várias vezes ao dia, que parece que nos querem “sufocar”, de cada vez que falam ,  só lhe ouvimos queixas e denúncias de que está tudo mal,  numa omissão a que Seneca (filosofo) teria respondido:”  Nenhum vento sopra a favor de quem não sabe para onde ir”.  Talvez fosse,  porque omitem que, este é o caminho que todos temos de continuar a percorrer, e infelizmente não há atalhos, como necessidade de uma “ética de responsabilidade”, na medida do possível, que tais “sabedores e fazedores de opinião” evitassem nos tempos mais próximos fazer declarações públicas, as quais, não resolvendo nenhum dos “pretensos” problemas que denunciam, agravam o estado de ansiedade e de insegurança de  grande aparte dos cidadãos. “O silêncio vale ouro quando não se consegue achar uma boa resposta” (Muhammad Ali)
Temos de regressar às nossas vidas não podemos deixar de o fazer, mas também, sabemos que um dia destes, iniciar-se-ão os balanços. Uns enaltecerão as boas práticas, outros evidenciarão os erros. Mas quem, perante tamanha adversidade desconhecida, poderia tomar medidas sem uma margem de erro nos seus efeitos? Erros? "Errare humanum est", como disse Confúcio: ” A única maneira de não cometer erros é fazendo nada. Este, no entanto, é certamente um dos maiores erros que se poderia cometer em toda uma existência.”
Vejamos pelo lado do copo meio cheio (positivo): Não há certezas absolutas, precisamos saber conviver com a dúvida e com a incerteza. Precisamos perder o medo de errar, de aceitar as nossas quedas, de ver o que elas nos ensinam e... Seguir em frente ou para o lado... Mas seguir e descobrir mais de nós, dos outros, da vida. Cada erro dá-nos uma informação estratégica de aprendizagem, no sentido da não repetição. Ainda não ultrapassámos esta fase e já nos dizem que, possivelmente, teremos nova "dose". Anotemos então o que fizemos bem e onde errámos, nós e os outros. E aprendamos. Até lá, resta-nos ir assistindo a este sobe e desce e não desarmar a nossa singela comparticipação cívica. E, também, sentimos que tudo pode acontecer – é apenas mais um dia – e , vamos conseguir lidar com a situação, mas começamos a ter alguma percepção que, tudo pode acontecer daqui a 20 anos!! 10 anos! ou no próximo ano…..e vai ser fatal! ou no dizer de Carl Jung: “A vida acontece num equilíbrio entre a alegria e a dor. Quem não se arrisca para além da realidade jamais encontrará a verdade.”  

quinta-feira, abril 16, 2020

Vivemos um pesadelo. Mas, não podemos deixar de sonhar!


Vivemos um pesadelo. Mas, não podemos deixar de sonhar!

Nestes tempos que, de certo ninguém dirá que “são os nossos”, não será errada a afirmação de que a maior parte de nós, ainda não conseguiu aprender a viver no silêncio, pois há quem diga que a nossa  vida é puro ruído entre dois silêncios abismais. O silêncio antes de nascer e, o silêncio após a morte. Será talvez por isso, que todos somos, com maior ou menor intensidade, viciados em ruído e, apesar deste isolamento, que apesar de tudo a quase totalidade aceitou voluntariamente, nos tentar vedar todas as fontes de ruído, continuamos a procurá-lo. Na realidade precisamos de nos sentir vivos e a prova disso é que continuamos a fazer mil e uma coisa, nomeadamente a receber informações em catadupa, incluindo este escrito que espero que tenha algum interesse. De qualquer modo retemos esta frase de Alexandre Dumas
“Para todos os males, há dois remédios: o tempo e o silêncio.”
Há dias atrás, estes tempos conduzem-nos a isso, li uma frase de Spinoza (filosofo do seculo VII e filho de judeus portugueses),  que me levou a procurar mais sobre este filosofo: “Percebi que todas as coisas que temia e receava só continham algo de bom ou de mau na medida em que o ânimo se deixava afectar por elas.”
E, foi assim que na minha procura de saber mais alguma coisa sobre  este filosofo, encontrei algo interessante dos seus pensamentos sobre Deus, sendo que para Spinoza, Deus  é o único motivo da existência de todas as coisas. Eu te fiz absolutamente livre. Não há prémios nem castigos. Não há pecados nem virtudes. Ninguém leva um placar. Ninguém leva um registo. Tu és absolutamente livre para fazer da tua vida um céu ou um inferno. Não te poderia dizer se há algo depois desta vida, mas posso te dar um conselho. Vive como se não o houvesse. Como se esta fosse tua única oportunidade de aproveitar, de amar, de existir. Assim, se não há nada, terás aproveitado da oportunidade que te dei. E se houver, tem certeza que Eu não vou te perguntar se foste comportado ou não. Eu vou te perguntar se tu gostaste, se te divertiste… Do que mais gostaste? O que aprendeste?”
 Para mim ficou claro,  que um dos propósitos de sua filosofia foi o de  esclarecer a identidade existente entre nossa mente e o conjunto de todas as coisas da natureza, que resume numa sua frase:” Não há esperança sem medo, nem medo sem esperança.”
Talvez por assim ser, vivemos nestes tempos em que o mais que precisamos é de nos ajudar a adquirir firmeza e paciência diante do sofrimento, em tempos que são complexos, difíceis e imprevisíveis, para além da preocupação inicial com o vírus — que ainda por cima dizem-nos que é inteligente -  junta-se  também algum medo provocado pelas palavras, que sem qualquer despudor desprovidos de ética e responsabilidade  e que em doses regulares, como nos antibióticos, nos são ministradas, por alguns “politiqueiros” através dos media e das redes sociais, que deviam evitar, nos tempos mais próximos de fazer declarações de tais “politiquices” , as quais, não resolvendo nenhum dos problemas, agravam o estado de ansiedade e de insegurança de boa parte dos cidadãos. Como disse Mahatma Gandhi : “Há o suficiente no mundo para todas as necessidades humanas, não há o suficiente para a cobiça humana.”  

segunda-feira, abril 13, 2020

“Living is the rarest thing in the world. Most people just exist." (Oscar Wilde)

“Living is the rarest thing in the world. Most people just exist." (Oscar Wilde)

As they say, we can go on playing this game, dancing this dance, until we fool ourselves with phone calls and video calls, which sometimes increase the distances rather than reducing them. But only at the end can we tell the story. It is up to us here to emphasize, at least that is what it seems to us, that there is a gain in awareness that this isolation has led us, that more important in life that HAVING is BEING, besides that BEING does not end with time, it is eternal, but TER can end at any time. I feel that we are stronger, more patient with each other, more affectionate too, and I feel that we are now much more aware of what is fundamental.
However, this is not our time, it is indeed a time of uncertainty, but it is also a time of hope, and it is in this balance between uncertainty and hope that we have to move, uncertainty and hope even as we learn more, we are also discovering that it will not be so quick to return to normal for everyone. There is a popular phrase that says: "We only value things when we lose them". We will reflect on these times, and better manage our time, trying to use it in the healthiest way without forgetting our real priorities, aiming at a good quality of life and a life with more pleasure, bearing in mind as Albert Einstein said that “the imagination is more important than science, because science is limited, whereas imagination covers the whole world. ”
For today here are my suggestions and thoughts, about what I know or what I think I know:
1. The call now for confinement, that is, social isolation, as everyone realizes, is fundamental and essential to contain the coronavirus (covid 19);
2. In an optimistic way towards the beginning of May, in a pessimistic way towards the beginning of July, a new phase of our lives will begin, marked by a progressive resumption of activity, with observance of the rules prescribed by the health authorities;
3. We will only be returned to a way of life, more or less similar to what we had before we were invaded by COVID19, when a vaccine that radiates this virus is discovered and mass produced;
4. For now, we must appeal to discipline and resilience, that is, to our ability to face and overcome in this period of great difficulties this traumatic event, followed by times of heightened prudence so that we can envisage resuming living our life .
And, to conclude, I want to remember that it is the feeling of community, of sharing objectives, that has been what has led most to individual decisions - which, more than ever, have collective consequences. This is also why it is so important to continue to be so. Nothing is gained. But nothing is lost, too. "In the great battles of life, the first step towards victory is the desire to win." (Mahatma Gandhi)

“Viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas apenas existe.” (Oscar Wilde)


 “Viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas apenas existe.” (Oscar Wilde)

Como se costuma dizer, podemos ir jogando este jogo, dançando esta dança, até nos irmos enganando com telefonemas e videochamadas, que por vezes mais aumentam as distâncias em vez de as diminuírem. Mas só no final poderemos contar a história. Cabe-nos aqui realçar, pelo menos é isso que nos parece, que há um ganhar de consciência que este isolamento nos conduziu, que mais importante na vida que o TER é o SER, além de que o SER não se acaba com o tempo, é eterno, mas o TER pode terminar a qualquer momento. Sinto que estamos mais fortes, mais pacientes uns com os outros, mais carinhosos também, e sinto que temos agora muito mais consciência daquilo que é fundamental.
No entanto este não é o nosso tempo, é de facto um tempo de incerteza, mas também um tempo de esperança, e é neste equilíbrio entre incerteza e esperança que temos que nos mover, incerteza e esperança ainda quando à medida que vamos sabendo mais, vamos também  descobrindo  que não será tão rápido assim um regresso à normalidade para todos. Há uma frase popular que diz: "Só damos valor às coisas quando as perdemos". Vamos reflectir sobre estes tempos, e administrar melhor o nosso tempo, procurando utilizá-lo da forma mais saudável sem esquecer as nossas reais prioridades, visando uma boa qualidade de vida e uma vida com mais prazer, tendo presente como disse Albert Einstein que a imaginação é mais importante que a ciência, porque a ciência é limitada, ao passo que a imaginação abrange o mundo inteiro.
Por hoje aqui fica as minhas sugestões e pensamentos, sobre o que sei ou o que julgo saber:
1.     O chamado agora de confinamento, ou seja o isolamento social, assim toda a gente percebe, é fundamental e essencial para conter o coronavírus (covid 19);
2.     Em modo optimista lá para os princípios de maio, em modo pessimista lá para os princípios de julho, será dado inicio a uma nova fase das nossas vidas, marcado por um progressivo retomar da actividade, com observâncias das regras prescritas pela autoridades sanitárias;
3.     Só nos será devolvido um modo de vida, mais ou menos parecido com o que tínhamos antes de sermos invadidos pelo COVID19, quando for descoberto e produzido em massa, uma vacina que irradie este vírus;
4.     Por agora, devemos apelar à disciplina e à resiliência, isto é à nossa  capacidade de enfrentarmos e superarmos neste período de grandes dificuldades  este evento traumático, seguindo-se tempos de prudência redobrada de modo a podermos perspectivar o retomar do viver a nossa vida.
E, para finalizar quero  relembrar que é o sentimento de comunidade, de partilhar objectivos, que tem sido o que mais tem levado às decisões individuais - que, mais do que nunca, têm consequências colectivas. É também por isso, que é tão importante continuar a ser assim. Nada está ganho. Mas nada está perdido, também. ” Nas grandes batalhas da vida, o primeiro passo para a vitória é o desejo de vencer.” (Mahatma Gandhi)


domingo, abril 12, 2020

What will happen next? Anybody know? I… don't even think about it ..!

What will happen next? Anybody know? I… don't even think about it ..!

 I am even surprised, not to say shocked, that some “experts in epidemiological matters”, make predictions of anticipation of what will happen when we leave this time bracket, in which we find ourselves involved and socially isolated, and if at the economic level we are almost paralyzed, at a psychological level we feel clearly conditioned by this so-called “pandemic”, without knowing it, nobody can explain to us, if the virus will undergo mutations that make it more murderous, or we will continue to live with it until medicine manages to overcome it or, like its predecessors, it simply disappears in a short time. And all of this, while our life seems to escape us like sand in a half-open hand. As Paulo Coelho said: “It is not the explanations that take us forward; it is our desire to move forward ”.
 To sum up and conclude, it is not any “donkey like me” that can perceive these minds of inaccessible brightness. For, at this moment, when there is something invisible, that does not choose social classes, that is destroying entire families, that is destroying the economy of the countries, creating unemployment, misery and hunger, and that we don't even know if we are to prepare for a change of habits that lasts a semester, a decade or as happened with AIDS, at least a generation, all the speculations seem to me from the domain of science fiction. As a friend of mine said, “with people like this, the world is only bad for masochism.”
In the meantime, we live in days of uncertainty and distrust. We protect ourselves because we can be a threat to others and at the same time they are a danger to us. We live at a distance, but desiring the proximity of those we miss most. In these days of social detachment, ignoring what can happen or when it will all end and studies of all kinds and shapes will appear, for all tastes - everyone is an expert in anything - they are difficult choices in social networks or in the few newspapers, at any rate, it seemed to us that this study, (from the Institute of Public Health of the University of Porto (ISPUP) and the Institute of Systems and Computer Engineering, Technology and Science) has some scientific credibility, perhaps because characterizes a lot of our own vision, “it seems like a paradox, but the pandemic that is paralyzing the world is causing less fear in the elderly than in the young, when the former are most at risk of life. Older people may not have immunity to the virus, but they seem to have more immunity to respond to this new situation. They make it more relative, because they have already faced other difficulties and went through several public health crises, such as mad cow disease, bird flu, Ebola. For the youngest, this is the first major threat and major crisis in their lives, young people are more sad and anxious. The way in which this time of uncertainty is reflected in the emotional well-being of citizens is different between generations ”, observes Henrique Barros, president of ISPUP, a specialist in public health and an epidemiologist
We have the perception that social relations will not be “as before this crisis”, at least in the early days. The mistrust we have today of each one, the distance we maintain today, the fear of hugging, kissing ... will persist for some time, at least until we forget that we have already covered our faces, where even the smiles we hide. And, because we have to remember, for many of us this situation appears to us as a repetition of the situation experienced during the period 2011-2015, “when the unemployment of children and the lack of grandchildren knocked on the door of grandparents, who at the same time they saw their income being stolen, fanatical and were classified as "gray plague". Not everything will be reproduced but all of this has happened. The story, however, is open, as we all know. What will happen next? I modestly don't know. “I know that I am nothing and that I may never have everything. Apart from that, I have all the world's dreams in me. ”(Fernando Pessoa)

O que vai acontecer a seguir? Alguém sabe? Eu…nem sequer penso nisso..!


  O que vai acontecer a seguir? Alguém sabe? Eu…nem sequer penso nisso..!

 Fico até algo admirado, para não dizer chocado, que alguns “experts em assuntos de epidemiologia”, fazem previsões de antecipação com  o que acontecerá quando sairmos deste parêntesis de tempo, em que nos vimos envolvidos e socialmente isolados, e se a nível económico estamos quase paralisados, a nível psicológico sentimos claramente condicionados por esta chamada “pandemia”, sem sabermos, ninguém nos consegue explicar,  se o vírus vai sofrer mutações que o tornem mais assassino, ou vamos continuar a conviver com ele até que a medicina o consiga vencer ou, como outros seus antecessores, simplesmente desaparece em pouco tempo. E, tudo isto, enquanto a nossa vida parece escapar-nos como a areia numa mão entreaberta. Como disse Paulo Coelho: “Não são as explicações que nos levam para frente; é a nossa vontade de seguir adiante”.
 Resumindo e concluindo, não é qualquer “burro como eu” que consegue perceber estas mentes de brilho inacessível. Pois, neste momento, em que há algo invisível, que não escolhe classes sociais, que está a destruir famílias inteiras, que está a acabar com a economia dos países, a criar desemprego, miséria e fome, e que nem sequer sabemos se estamos a prepararmo-nos para uma mudança de hábitos que dura um semestre, uma década ou como aconteceu com a sida, pelo menos uma geração, todas as especulações me parecem do domínio da ficção científica. Como dizia uma amigo meu ,“com gente desta, o mundo só está mal por mero masoquismo.”
Entretanto vivemos dias de incerteza e de alguma desconfiança. Protegemo-nos porque podemos ser uma ameaça para os outros e em simultâneo  estes um perigo para nós. Vivemos à distância, mas a desejar a proximidade daqueles de quem temos mais saudades. Nestes dias de distanciamento social, ignorando o que pode acontecer ou quando é que tudo vai acabar e, vão aparecendo estudos de toda a espécie e feitio, para todos os gostos – toda a gente é especialista em qualquer coisa – são escolhas difíceis nas redes sociais ou nos poucos jornais, de qualquer modo, pareceu-nos que este estudo, (do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP) e do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência) tem alguma credibilidade cientifica, talvez porque caracteriza bastante da nossa própria visão , “parece um paradoxo, mas a pandemia que está a paralisar o mundo está a provocar menos medo nos idosos do que nos jovens, quando os primeiros são os que correm mais risco de vida. Os mais velhos podem não ter imunidade para o vírus, mas parecem ter mais imunidade para responder a esta situação nova. Relativizam mais, porque já enfrentaram outras dificuldades e passaram por várias crises de saúde pública, como a doença das vacas loucas, a gripe das aves, o ébola. Para os mais jovens, esta é a primeira grande ameaça e grande crise das suas vidas, os jovens mostram-se mais tristes e ansiosos. A forma como este tempo de incerteza se está a reflectir no bem-estar emocional dos cidadãos é diferente entre gerações”, observa Henrique Barros, presidente do ISPUP, especialista em saúde pública e epidemiologista
Temos a percepção de  que as relações sociais não vão ficar “como antes desta crise”, pelo menos nos primeiros tempos. A desconfiança que hoje temos de cada um, a distância que hoje mantemos, o receio de abraçar, beijar...vai persistir durante algum tempo, pelo menos até que nos esqueçamos que já andámos de cara tapada, onde até os sorrisos escondemos. E, porque temos de ter memória, para muitos de nós esta situação aparece-nos como uma repetição da situação vivida durante o período de 2011-2015, “em que o desemprego dos filhos e a carência dos netos bateram à porta dos avós, que em simultâneo viam os seus rendimentos ser surripiados, fanados e eram qualificados de “peste grisalha”. Nem tudo vai ser reproduzido mas tudo isto aconteceu.  A história, no entanto, é aberta, como todos sabemos. O que vai acontecer a seguir? Modestamente não sei. “Eu sei que não sou nada e que talvez nunca tenha tudo. Aparte isso, eu tenho em mim todos os sonhos do mundo.”(Fernando Pessoa)


sexta-feira, abril 10, 2020

These are times of few certainties and many uncertainties!

These are times of few certainties and many uncertainties!

In times, I would say moments nothing more than that, which we recognize as quite difficult, some say that it will be the greatest challenge of our short lives, because we face something unknown and a feeling of helplessness invades us to find a solution. There is that feeling of doubt, uncertainty, not knowing which way to go, what choice to make, which way to go!
We should all know that life is made of few certainties, but suddenly everything that was right is uncertain, everything that was acquired, has faded, however we are grateful for each day, because we are aware that there is always someone who is worse than us! Take care of yourselves so that we can quickly get out of this! That's what we feel like screaming! But who listens to us, or better listens? Even now, despite the State of Emergency, there are many people, and some who have, or should have, an enormous technical responsibility, in the area of ​​health and beyond, who are more concerned with their personal situation than with contributing to find the best solutions for a catastrophe that was real, if nothing was done. My total disagreement with statements, which send anguish and instability to many, especially the elders who hear them.
As I already wrote here, I write for myself, and if I make these reflections public here, it is because I think that someone can also reflect on them - it is my modest and humble contribution. However, I have not yet written about how I was living, as an elder, this social isolation imposed by the pandemic. I have the notion that it is a time that I feel is being stolen from the lives of many who have a theoretically shorter future! As Ricardinho said (a futsal player and considered the best in the world): "May the sense of anguish of not knowing how much longer this situation will last, that of" going to have coffee, listening to the noise of people, being with family ... .so many things". The reality of my daily life is that, unlike most people my age and older, I can see and chat with people who are dear to me, via mobile phone, messenger or Whattsapp. How many people are deprived of these technologies? Certainly a large majority! I leave here an alert for all of us, that is when things start to tighten and the desire to give up becomes unbearable that we must strengthen our firmness and determination. But I also want to remember that the best paths are the most difficult, they are the ones that make us appreciate what we have, what we have achieved, the ones that no matter how many obstacles they have, we always want to overcome them to achieve the only certainty that we have that one day we will achieve: we are grateful for another day!
 They may never have heard of Nietzsche, but they certainly know and apply their ideas. One of them, which I now want to emphasize, is to show how we are able to learn and become stronger emotionally from our life experiences, including (and especially) the most difficult and painful ones. “What doesn't cause me to die makes me stronger.” (Friedrich Nietzsche)

São tempos de poucas certezas e muitas incertezas!


São tempos de poucas certezas e muitas incertezas!

Nos tempos, eu diria momentos nada mais que isso, que reconhecemos bastante difíceis, há quem diga que será o maior desafio das nossas curtas vidas, porque enfrentamos algo desconhecido e nos invade um sentimento de impotência de encontrar uma solução. Há aquela sensação de dúvida, de incerteza, de não saber que rumo tomar, que escolha fazer, que caminho seguir!
Todos devíamos saber que a vida é feita de poucas certezas, mas de  repente tudo o que era certo é incerto, tudo o que era adquirido, esfumou-se, no entanto somos gratos por cada dia, porque temos a noção que há sempre quem esteja pior que nós! Cuidem-se todos para que rapidamente possamos sair disto! É o que nos apetece gritar! Mas quem nos ouve, ou melhor escuta? Ainda agora, apesar do Estado de Emergência, há muita gente, e alguns que tem, ou deviam ter, uma enorme responsabilidade técnica, na área de saúde e não só, que está mais preocupada com a sua situação pessoal do que em, contribuir para  encontrar as melhores soluções para uma catástrofe que era real, se nada se fizesse. A minha total discordância em relação a declarações, que lançam a angustia e a instabilidade  para muitos, em especial os mais velhos que as ouvem.
Como já aqui escrevi, escrevo para mim próprio, e se aqui torno publico essas minhas reflexões é por pensar que alguém pode também reflectir sobre elas – é o meu modesto e humilde contributo. No entanto ainda não  escrevi sobre como estava a viver, na qualidade de mais velho, este isolamento social imposto pela pandemia.  Tenho a noção que é um tempo que sinto estar a ser roubado à vida de  muitos que tem um futuro, teoricamente, mais curto! Como disse Ricardinho (jogador de futsal e considerado o melhor do mundo):” Que o sentido da angustia de não saber quanto tempo mais vai durar esta situação, o de  ir tomar café, ouvir o ruído das pessoas, estar com a família….tanta coisa”. A realidade do meu dia a dia, é que,   contrariamente à maior parte das pessoas da minha idade e mais velhas,  posso ver e conversar com as pessoas que me são queridas,  através do telemóvel, do   messenger ou do Whattsapp. Quantas pessoas estão privadas destas tecnologias? Certamente uma grande maioria! Deixo aqui um alerta para todos nós, que é quando as coisas começam a apertar e a vontade de desistir se torna insuportável que devemos fortalecer a nossa firmeza e determinação. Mas quero relembrar, também, que os melhores caminhos são os mais difíceis, são os que fazem a gente dar valor no que tem, no que conquistou, são os que por mais obstáculos que tenham, sempre queremos superá-los para alcançar a única certeza que temos que um dia conseguiremos: somos gratos por mais um dia!
 Podem nunca ter ouvido falar do Nietzsche, mas com certeza conhecem e aplicam as suas ideias. Uma delas, que quero agora salientar, é a de  mostrar como somos capazes de aprender e ficar mais fortes emocionalmente a partir das nossas experiências de vida, incluindo (e principalmente) as mais difíceis e dolorosas. “O que não provoca minha morte faz com que eu fique mais forte.”(Friedrich Nietzsche)

domingo, abril 05, 2020

"No wind blows in favor of those who don't know where to go.” (Sêneca)

"No wind blows in favor of those who don't know where to go.” (Sêneca)

“Carpe Diem. Seize the day, live now, forget what happened and what will happen. The life is now!"

These times that are not ours make us stronger. What is really important finds a way to manifest itself, even in the midst of noise and confusion, so that we have the necessary inner peace to see what is going on around us, because “our history shows that we like to react instead prevent ”.
Life today is tragic enough, so that this tragedy has not become a television show, of complete disrespect for the human condition, and for health professionals who under enormous pressure and limited resources, who are fighting a battle, without knowing against who and who daily try to save lives. It is shocking and shameful, (both morally and ethically) for those who claim to have the “profession of journalists”, but much more for those who “claim to be professionals in the health field”, who “forget” that this profession has the fascination of being able to help others, and being at the forefront in the fight against this pandemic, instead of falling into reality and not distorting the true dimension of things and understanding that life is much more than surviving. I am led to qualify these people who behave like “vultures”, who live from hatred to hatred, “just and only to try to have some notoriety”. Stop "just saying bad"! Why don't they present what the alternative was?
When they don't respect themselves, how can we expect them to respect others?
In fact, we must realize that this situation, which is imposed on us to safeguard our health, has completely changed our daily routines. And the uncertainty that exists regarding the time it will take until normality is restored or the fear of contracting the infection has effects, whether we admit it or not, on our emotional balance at a psychological level, and therefore it is permissible that “despite many of us being used to being alone ”, we may not be able to cope very well with this isolation, showing some signs of stress for not being able to leave the house and maintain our way of life, being defensible that to mitigate fear, stress, sadness or anxiety, we must resort to the means and resources at our disposal, to contact (talk to our family members, and friends) in order to restore this balance, in days of greater emotional instability.
As someone has already written “there is a fear of not seeing the family again, a fear of losing income from pensions and, for some, even the fear of going out on the street”. These concerns are increasing, they add, due to the "uncertainty of not knowing when this will end and the uncertainty of what comes next and the fear of being forgotten".
This is a reality: Even after everything "goes back to normal" nothing will be the same as before. The circumstances have become tougher and we have to toughen up as well. This means: being more creative, more resistant, resilient and positive. But we also have to be more practical, act more and better, be smart and smart. But, in all simplicity, we will have to enjoy more of life and ours, because after all everything is ephemeral. Life is full of challenges that, if used creatively, turn into opportunities. We have to recognize that we are in a situation that, despite everything, protects people's mental health, by “allowing them to go on trips that are essential to their survival, and” it also mitigates the risk factors to make sure that this situation exists. - to finish, although we do not know when: “It is a factor that gives us some hope. A return to normality will happen in the coming weeks or months. This has to be highlighted as a good factor. ”” Take advantage of all the opportunities in your life, because when they pass, they take a long time to return. ”(Paulo Coelho).

“Nenhum vento sopra a favor de quem não sabe para onde ir.”(Sêneca)


“Nenhum vento sopra a favor de quem não sabe para onde ir.”(Sêneca)

Carpe Diem. Aproveite o dia, viva o agora, esqueça o que passou e o que irá passar. A vida é agora!”

Estes tempos que não são os nossos fazem-nos mais fortes. O que é realmente importante encontra uma forma de se manifestar, mesmo no meio do barulho e da confusão, assim a tenhamos a paz interior necessária para vermos o que se passa em nosso redor, porque “a nossa história demonstra que gostamos de reagir em vez de prevenir”.
A vida hoje já é suficientemente trágica, para não precisar que esta tragédia se tenha tornado um espectáculo televisivo, de completo desrespeito pela condição humana, e pelos profissionais de saúde que sobre enorme pressão e de recursos limitados, que travam uma batalha, sem saber contra quem e que diariamente tentam salvar vidas. É chocante e vergonhoso, ( quer moral quer eticamente) para aqueles que se dizem ter a “profissão de jornalistas”, mas muito mais para aqueles que se “dizem profissionais na área da saúde”, que “se esquecem” que essa profissão tem o fascínio de poder ajudar os outros, e estar na linha da frente no combate a esta pandemia, em lugar de cair na realidade e não deformar a verdadeira dimensão das coisas e de entender que a vida é bem mais do que sobreviver. Sou levado a qualificar esta gente que se comporta como “abutres”, que vive do ódio para o ódio, “apenas e só para tentar ter alguma notoriedade”. Parem de “dizer só mal”! Porque não apresentam qual era a alternativa?
Quando não se respeitam a si próprias, como podemos esperar que respeitem os outros ?
Na verdade temos que ter a percepção que esta situação, que nos é imposta na salvaguarda da nossa saúde, alterou por completo as nossas rotinas diárias. E a incerteza que existe relativamente ao tempo que levará até que a normalidade seja reposta ou o medo de contrair a infecção tem efeitos , quer o admitamos quer não, no nosso equilíbrio emocional a nível psicológico,  e por isso é admissível que “apesar de muitos de nós estarmos habituados a estar sozinhos”, podemos não lidar muito bem com este isolamento, denotando alguns sinais de stress por não poder sair de casa e manter o nosso modo de viver, sendo defensável que para  atenuar o medo, o stress, a tristeza ou a ansiedade, devemos recorrer aos meios e recursos ao nosso dispor, para contactar (conversar com os nossos familiares, e os amigos e amigas) e assim   repor esse equilíbrio, em dias de maior instabilidade emocional.
Como já alguém escreveu “existe o medo de não voltar a ver a família, o medo de perder os rendimentos das reformas e pensões e, para alguns até o receio de sair à rua”.  Estas preocupações aumentam, acrescentam, pela “incerteza de não se saber quando isto vai acabar e a  incerteza do que aí vem e o medo de ser esquecido”.
Esta é uma realidade: Mesmo depois de tudo "voltar à normalidade" nada mais será como antes. As circunstâncias tornaram-se mais duras e nós temos de endurecer também. Isso significa: sermos mais criativos, mais resistentes, resilientes e positivos. Mas temos também de ser mais práticos, agirmos mais e melhor, sermos espertos e inteligentes. Mas, com toda a  simplicidade, teremos de aproveitar mais da vida e dos nossos., porque  afinal tudo é efémero. A vida está cheia de desafios que, se aproveitados de forma criativa, transformam-se em oportunidades. Temos de reconhecer que estamos numa situação que, apesar de tudo, protege a saúde mental das pessoas, ao “permitir que elas possam sair para deslocações indispensáveis à sua sobrevivência, e” também atenua os factores de risco termos a certeza de que esta situação há-de terminar, apesar de não sabermos quando: “É um factor que nos traz alguma esperança. Um regresso à normalidade há-de acontecer nas próximas semanas ou meses. Isto tem que ser salientado como um factor bom. Aproveita todas as oportunidades da tua vida, pois, quando elas passam, demoram muito tempo para voltar.”(Paulo Coelho).


sexta-feira, abril 03, 2020

JÁ NÃO FAZ SENTIDO MEDIR OS DIAS !


 JÁ NÃO FAZ SENTIDO MEDIR OS DIAS !

“Não existe nada de completamente errado no mundo, mesmo um relógio parado consegue estar certo duas vezes por dia.”(Paulo Coelho)

Estou aqui sentado, com o Júnior a meu lado, “que dorme o sono dos justos”, devo também acrescentar que tenho a salamandra acesa aqui neste pequeno retiro, e de repente concluo que “isto já não é uma crónica”, mas tão só uma sequência de palavras neste ambiente a que estou isolado, o devo dizer isolamento, ou de forma mais moderna “confinamento” – não deixa de ser interessante como novas palavras entram-nos pela “casa dentro” – também já não se diz “ que estamos doentes”, mas sim “assintomáticos” , modernices diria uma amigo meu, mas que certeza nem toda a gente compreende – porventura é para isso mesmo para que nem todos compreendam!!
Quero no entanto, deixar bem claro que não me considero, alguém que sabe mais do que qualquer outra pessoa. Sou apenas uma pessoa que tem a pretensão de pensar que aquilo que coloca aqui, nos meus “posts” pode ser interessante para ajudar à reflexão dos outros. Aceito as coisas como elas são e tento manter-me psicologicamente equilibrado, sendo grato pelas pequenas coisas do dia a dia, tendo a percepção de que já não faz qualquer sentido medir os dias, porque o tempo perdeu as suas páginas de calendário, neste tempo que nos parece vazio e sereno. Como afirmou Nietzsche que se olharmos muito tempo o vazio, o vazio olha-nos de volta. E o vazio está a olhar de volta para todos nós. Até os pássaros estão a voar mais devagar vi hoje de manhã, no meu quintal, quando abri a janela do meu quarto.
 Na verdade aquecem-nos o coração os elogios que nos chegam lá de fora dos governos dos outros países, e por isso fico chocado que, cá dentro,  haja gente irresponsável,  insensata e insensível que nestes dias em vez de dar o seu contributo, que ética e moralmente estão obrigados, passem o seu tempo que lhe é dado de mediatismo a ser agentes que juntam ao catastrofismo na televisão, alimentado por agendas negras, que só visam a desmoralização das populações, cenário igual nas redes sociais.
“Por amor da santa”- reduzam-se á sua insignificância! Num momento em que se estão a disponibilizar médicos e enfermeiros já reformados, porque não estão os arautos da desgraça a ajudar os seus colegas nos hospitais, em vez de andarem pelas TV`s a lançar veneno e provocar o pânico nos cidadãos?"
Uns quantos, mais "inteligentes" que todos os demais, repetem que o Portugal reagiu tarde à Pandemia. Porém, não é o que resulta da comparação entre os diversos países europeus, que elogiam e dão como exemplo o combate exemplar levado pelos serviços de saúde públicos em Portugal.  Nestes momentos todos temos o dever de apoiar e estar gratos aos nossos profissionais de saúde, de socorro, de apoio social, aos centros de investigação, a todos aqueles que “permitem” que haja vida humana, num duro combate contra um inimigo invisível, e lamentavelmente há aqueles que “cheiram no vento onde podem estar os piores instintos que nenhuma pessoa de bem, de esquerda ou de direita, com apego mínimo a valores de cidadania e solidariedade abraçaria, mas lhe possam reforçar o nicho de ódio em que espera florescer”. Como em tudo na vida há sempre quem sopre veneno para o vento!