sexta-feira, abril 17, 2020

“O importante é viver hoje. O ontem já foi e o amanhã talvez não venha.”(Chico Xavier)


“O importante é viver hoje. O ontem já foi e o amanhã talvez não venha.”(Chico Xavier)

Nestes tempos todos vivemos divididos entre a vontade de resistir à ameaça de uma “doença desconhecida”, e o medo, cada vez maior das incertezas do amanhã. Dizem-nos que há mais tempo para pensar, outros dizem para reflectir, como sendo a melhor forma de encontrar as melhores soluções para problemas que parecem impossíveis, mas o que será pensar várias vezes sobre o mesmo assunto?
 A verdade é que sentimos que o universo nos entrou em casa e nos sentou  num sofá, o que leva a que todos nós nos tornámos muito mais susceptíveis à susceptibilidade dos outros. Parece-nos ser uma vela acesa no escuro que vai dentro de nós, e somos induzidos a ler e por vezes a reler, tudo o que nos parece de novo, por vezes não é assim tanto, nestas circunstâncias impressiona-me um pouco, sabendo o risco que todos decididamente estamos a ver crescer no nosso dia a dia, e repetidamente, várias vezes ao dia, que parece que nos querem “sufocar”, de cada vez que falam ,  só lhe ouvimos queixas e denúncias de que está tudo mal,  numa omissão a que Seneca (filosofo) teria respondido:”  Nenhum vento sopra a favor de quem não sabe para onde ir”.  Talvez fosse,  porque omitem que, este é o caminho que todos temos de continuar a percorrer, e infelizmente não há atalhos, como necessidade de uma “ética de responsabilidade”, na medida do possível, que tais “sabedores e fazedores de opinião” evitassem nos tempos mais próximos fazer declarações públicas, as quais, não resolvendo nenhum dos “pretensos” problemas que denunciam, agravam o estado de ansiedade e de insegurança de  grande aparte dos cidadãos. “O silêncio vale ouro quando não se consegue achar uma boa resposta” (Muhammad Ali)
Temos de regressar às nossas vidas não podemos deixar de o fazer, mas também, sabemos que um dia destes, iniciar-se-ão os balanços. Uns enaltecerão as boas práticas, outros evidenciarão os erros. Mas quem, perante tamanha adversidade desconhecida, poderia tomar medidas sem uma margem de erro nos seus efeitos? Erros? "Errare humanum est", como disse Confúcio: ” A única maneira de não cometer erros é fazendo nada. Este, no entanto, é certamente um dos maiores erros que se poderia cometer em toda uma existência.”
Vejamos pelo lado do copo meio cheio (positivo): Não há certezas absolutas, precisamos saber conviver com a dúvida e com a incerteza. Precisamos perder o medo de errar, de aceitar as nossas quedas, de ver o que elas nos ensinam e... Seguir em frente ou para o lado... Mas seguir e descobrir mais de nós, dos outros, da vida. Cada erro dá-nos uma informação estratégica de aprendizagem, no sentido da não repetição. Ainda não ultrapassámos esta fase e já nos dizem que, possivelmente, teremos nova "dose". Anotemos então o que fizemos bem e onde errámos, nós e os outros. E aprendamos. Até lá, resta-nos ir assistindo a este sobe e desce e não desarmar a nossa singela comparticipação cívica. E, também, sentimos que tudo pode acontecer – é apenas mais um dia – e , vamos conseguir lidar com a situação, mas começamos a ter alguma percepção que, tudo pode acontecer daqui a 20 anos!! 10 anos! ou no próximo ano…..e vai ser fatal! ou no dizer de Carl Jung: “A vida acontece num equilíbrio entre a alegria e a dor. Quem não se arrisca para além da realidade jamais encontrará a verdade.”  

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