PORQUE
É QUE A VERDADE É INCONVENIENTE?
Porque é que a
verdade é sempre inconveniente? Porquê e para quem? É de facto, por a nossa
vida colectiva estar rodeadas de inverdades, de omissões e de mentiras, que
esta agonia diária que nos conduzirá inevitavelmente à destruição como povo e
como Nação se apoderou deste canto, com uma História milenar, e que levou ao
adormecimento ou entorpecimento dos sentidos e da acção duma população, que por
cada dia que passa se sente o seu atroz empobrecimento no seu modo e qualidade
de vida.
Que se passa? Sendo
claro que já não acreditamos nos políticos e que todos desejamos que eles se
metam cada vez menos na nossa vida colectiva, mas continuamos a suportar as
suas mordomias, as suas interferências de quem não está em condições de saber
ou conhecer o que é melhor para os portugueses e Portugal?
Nas já costumeiras
trapalhadas diz-nos agora o governo que precisa de eliminar 4 mil milhões de
euros nas despesas do Estado, dando a entender que é uma situação tão difícil
que se tornou necessário pagar principescamente a uns estrangeiros e a
“estrangeirados” para tal decidirem, de modo a “esconderem” a sua
incompetência, incapacidade e impreparação para assumiram a responsabilidade da
governação do País. Onde está a legitimidade decorrente do acto eleitoral,
único processo que em democracia garante essa legitimidade?
Sempre entendemos
que ao contrário das afirmações dos políticos, que cortar nas despesas do
Estado não é nem nunca foi uma tarefa difícil, desde que se tenha o saber, o
conhecimento e a capacidade de propor essa estratégia que sirva os interesses
públicos, em vez de recorrer ao simplismo de “cortar, de esbulhar de assaltar
etc… “os salários e os rendimentos dos funcionários públicos, dos pensionistas
e reformados, complementados agora com um confisco, massacre, crime fiscal, monstro
fiscal etc com a “chamada inovação” de reestruturação dos escalões do IRS,
atingindo apenas e só quem vive do seu trabalho.
Como todos já
compreendemos, para além da mentira que deveria envergonhar qualquer politico,
juntamos o descaramento de amedrontamento de que foi necessário “pedir ajuda
internacional por falta de dinheiro para pagar salários e pensões” quando todos
temos o dever de conhecer, infelizmente a nossa imprensa é o que é!!!, que só o
IRS e o IRC sempre foram mais do que suficientes para suportar estes encargos, e
quando o verdadeiro problema foi de facto a má gestão e administração danosa do
sistema bancário, que se tem entretido ao longo dos anos ao “jogo na bolsa” e à
completa “extorsão dos cidadãos e empresas com a prática de elevados juros”,
que viu cortado o financiamento internacional, veja caso BPN, mais de 6 mil
milhões de euros e agora o financiamento de mais de 12 mil milhões de euros a
outros bancos. Se a “troika” já meteu mais de 60 mil milhões de euros,
recebendo em juros mais de 9 mil milhões de euros, por ano, se este
financiamento não foi para as empresas, então para onde é que o mesmo foi
desviado? Será que os cidadãos não tem o direito de saber como foram distribuídas
estas verbas? Quem recebeu e para quê? E já agora porque não a listagem das
dividas? Isto é quem deve a quem?
Finalmente se
pretendem “cortar nas despesas e mordomias” porque é que ninguém até hoje o fez e demonstra pouca
ou nenhuma vontade séria e rigorosa de o fazer? Será porque os partidos
políticos, todos sem excepção, que constituem a grande massa dos interesses
instalados, dos seus considerados “quadros políticos”, dos seus assessores de
coisa nenhuma, dos seus “pretensos e promovidos à categoria de autarcas”, dos
seus “boys” não deixa nem nunca deixará?
Exemplificamos,
nomeadamente:
- Qual a
razão que leva a que as autarquias se apropriem de mais de 400 milhões de
euros do IRS, o que representa um aumento de 5% do IRS de todos os
cidadãos, cerca de 2 milhões de portugueses que tem este encargo?
- Porque é que apenas e só sete empresas publicas
do sector empresarial do estado, que geram anualmente mais de 1,4 mil
milhões de euros de prejuízo e já atingem um endividamento de mais de 20
mil milhões de euros, ainda não lhe foram aplicadas quaisquer tipo de
medidas saneadoras desta situação, nomeadamente o elevado numero de
directores, assessores adjuntos de direcção, prestação de serviços etc,
que anualmente acarretam milhões de euros de encargos sem que tais
serviços prestados correspondam a necessidades de gestão, mais sim como
correspondente, no geral a “um custo da democracia utilizado por políticos
desempregados”?
- Sabendo-se que hoje, muitas das camaras
municipais, talvez mais de um terço, talvez mais de 100, apenas e só são “o poiso” da “nova
geração politica criada nas juventudes partidárias”, que as suas funções
de satisfação das necessidades das populações , água, saneamento básico, reorganização
do território etc, são exercidas por empresas municipais, ou
intermunicipais ou ainda comunidades urbanos onde mais uma vez, a sua
“criação” serviu , na sua generalidade para “centro de colocação”, mais
“boys” filhos e enteados, num verdadeiro jogo de trafico de influências,
como suporte de “poder dos chamados políticos locais”, não são objecto de
uma redução do espaço politico eleitoral, não confundir com a extinção dos
concelhos, de modo a que de facto seja efectuado uma reforma séria do
Estado e dos governos regionais que trás como consequência, uma redução de
gastos de despesa pública de milhões de euros?
- Porque é que os que “exercem cargos políticos”
continuam a beneficiar de mordomias inapropriadas a quem exercem tais
cargos de serviços públicos, como automóveis, cartões de crédito, ajudas
de custo, despesas de representação, telefones, combustivel etc.?
Aqui ficam algumas
ideias e números que mostram que há outras verdades, outras alternativas a um
governo que, “facilmente quebrou uma acordo no memorando de entendimento com os
portugueses”, numa mentira “colossal” e decidiu espoliar, extorquir os cidadãos
em que muitos mesmo que queiram satisfazer os seus compromissos de cidadania –
pagar os impostos – não terão dinheiro para o fazer, tornando-se num País sem
esperança nem futuro.