quarta-feira, julho 31, 2019

.“Há quem diga que são os nossos sonhos que sustentam o mundo na sua órbita”(Carl Jung)



Há quem diga que são os nossos sonhos que sustentam o mundo na sua órbita(Carl Jung)

Li esta frase em qualquer lado, do qual não sei precisar quem a escreveu, de que a “atenção e carinho estão para a alegria da alma, como o ar que respiramos está para a saúde do nosso corpo.” E decorrente desta “lembrança” já disse Ana Fraiman que : “As nossas memórias não correspondem, necessariamente, a factos vividos, mas ao registo de afectos e significados. Como pérolas de um enorme tesouro, ao resgatá-las do baú submerso das recordações, conseguimos colocar tudo em seu devido lugar.​” Talvez seja a importância do dia a dia com os acontecimentos, em especial nestas últimas décadas em que surgiu uma geração de pais sem filhos presentes, por força de uma cultura de independência e autonomia levada ao extremo, com impacto negativamente no modo de vida de toda a família . “Quando somos abandonados pelo mundo, a solidão é superável; quando somos abandonados por nós mesmos, a solidão é quase incurável.”(Augusto Cury)
Como foi relatado por vários autores o fenómeno  da solidão na terceira idade está longe de ser algo novo, mas tem ganhado nos últimos anos, novas proporções, em especial relacionado com  um estilo de vida que exclui a “presença a troco de nada”,  
não há solidão mais triste do que a do homem sem amizades. A falta de amigos faz com que o mundo pareça um deserto.”(Francis Bacon)
Todos nós sentimos que temos “forças”, mas também temos de saber que cada força tem sua fraqueza e,  que toda capacidade tem suas limitações. Às vezes, aqueles que amam a ordem e de seguir todas a regras que, na sua quase totalidade, são impostas pela sociedade,  têm uma compreensão tradicional dos limites adequados do comportamento e, por isso, devido a essa limitação, não conseguem ver as terríveis possibilidades disponíveis para aqueles que estão dispostos a ir além de todos os limites “legais”, prescindindo até do seu grau de exigências! Como disse Fernando Pessoa: “O meu passado é tudo quanto não consegui ser. Nem as sensações de momentos idos me são saudosas: o que se sente exige o momento; passado este, há um virar de página e a história continua, mas não o texto.”  
Na nossa vida há acontecimentos que se encontram, no geral, sob o nosso controlo, como o casamento, o divórcio, a constituição da família, a escolha da profissão, enquanto outros acontecimentos não se podem controlar e são situações, quase sempre de muito sofrimento, e muitas vezes dolorosas, como por exemplo, a viuvez, o desemprego, a solidão. “Os mais jovens têm a percepção de que a solidão é um sentimento muito presente nos mais velhos. É também comum fazer-se uma associação directa entre a velhice e a solidão, visto que se considera normal a existência deste sentimento por parte do idoso. Esta visão espelha muitas das atitudes comuns sobre o envelhecimento, pois, de um modo geral, os idosos são considerados conservadores, inflexíveis, passivos, com doenças físicas e mentais. A generalização reforça os mitos e estereótipos, chegando a verificar-se muitas atitudes discriminatórias que afectam esta camada da população “(Butter, 1975). Como disse Vinicius de Morais ,“a maior solidão é a dor do ser que se ausenta, que se defende, que se fecha, que se recusa a participar da vida humana.”
É por isso que o sofrimento dos mais idosos, provocado pelo sentimento de solidão, é considerado como uma das experiências mais penosas e problemáticas a que se torna urgente responder. Este sentimento não acontece só em casos de vivências isoladas, mas também no seio das próprias famílias e em instituições, onde há, frequentemente, falta de comunicação, participação social e afectiva. Meditação, ioga, escrita, manifestação, um olhar positivo para a vida, tempo na natureza, livros de auto-ajuda, sono regular, vitaminas, socialização, caminhada e qualquer outra forma de autocuidado são formas ou métodos de grande importância e muito úteis nesta fase da vida. Cada um de nós tem várias ferramentas e práticas que nos apoiam no nosso bem-estar e nos ajudam a nos sentir bem. E…Devemos nos permitir não apenas sentirmos "bons", mas também sentirmos "agora" - e "agora" significa sentir o que é, inclusive o que dói.“ Enquanto puderes erguer os olhos para o céu, sem medo, saberás que tens o coração puro, e isto significa felicidade.” (Anne Frank)

sábado, julho 27, 2019

“Agarre-se aos sonhos, pois, se eles morrerem, a vida será como um pássaro de asa quebrada, incapaz de voar.“ (Langston Hughes )


“Agarre-se aos sonhos, pois, se eles morrerem, a vida será como um pássaro de asa quebrada, incapaz de voar.“ (Langston Hughes )
Na nossa vida passamos por momentos tão difíceis. De tão duros que são, desejamos até que tais momentos nunca deviam existir. Na nossa realidade, a  verdade é que todos os dias tomamos decisões, achamos que estamos a ser racionais, levados por um impulso que não conseguimos identificar ou explicar, dado que, e de acordo com estudo científicos,  cerca de  95 % das nossas decisões são tomadas ao nível de subconsciente, será assim ou não? Todos devíamos ter consciência de que se conhecemos o funcionamento da mente, se conhecer os outros, e a forma como funcionam, aquilo que anseiam, e soubermos não só interpretar exactamente aquilo que eles lhe comunicam como também comunicar-lhes exactamente aquilo que queremos, conseguiremos alcançar tudo o que pretendemos. Melhor do que levar os outros a fazerem o que queremos, é levar os outros a QUEREREM fazer o que queremos. “Sentimos num mundo, pensamos e nomeamos num outro mundo; podemos estabelecer uma concordância entre ambos, mas não preencher o intervalo.” (Marcel Proust)
 Todos os nossos sentimentos são válidos e fazem-nos sentir, quase sempre, muito bem. Não há sentimentos errados, embora na nossa sociedade sempre nos querem  empurrar com mensagem de que ser e pensar positivo é o estádio ultimo a alcançar. Mas não é. Nós tão rapidamente tentamos descobrir os nossos sentimentos, consertá-los, mudá-los, evitá-los, escondê-los, negá-los e afastá-los e, sempre pensamos que é por uma boa razão: os nossos sentimentos doem, às vezes. Eles sentem a dor, desafio e tristeza, e a maioria de nós não é ensinada a se conformar ou viver  com esses sentimentos. Eles podem ser esmagadores. E nem sempre temos que fazer alguma coisa com eles. Na maioria das vezes, o caminho para se mover através de nossos sentimentos é simplesmente reconhecê-los e honrá-los. Os nossos sentimentos não são errados, ruins ou vergonhosos. Eles apenas e simplesmente são sentimentos.  A plenitude de ser humano significa permitir e abrir espaço para  todos os sentimentos: o fácil, o doloroso, o belo, o difícil, o que nos fortalece, o que nos esmaga, e tudo mais.  O reconhecer    e permitir os nossos sentimentos pode trazer uma profunda sensação de liberdade e espaço para nos conduzir, repetidamente ao longo da nossa vida. Como afirmou Albert Einstein: "Poucos são aqueles que vêem com seus próprios olhos e sentem com seus próprios corações."
Em primeiro lugar, é importante perceber que um “pensamento” é apenas um pensamento. Nem tudo o que pensamos é real, aconteceu ou tem de vir a acontecer. Ainda que muitas vezes possamos sentir que um determinado pensamento é real, esse pensamento não é a realidade, especialmente aqueles pensamentos sobre o que vai acontecer no futuro. Podemos ter um forte sentimento sobre o que poderá acontecer, mas não sabemos com toda a certeza. Não há nenhuma maneira de saber o que o futuro nos reserva. Isto significa que o que estamos a pensar  não é com base em conhecimento, mas sim em ideias ou projecções na nossa mente, não podemos prever o futuro. E essas ideias são influenciadas principalmente pelos nossos sentimentos, que muitas vezes estão alienados (especialmente diante de uma situação stressante). E muitas vezes o que nos falta nas nossas conversas é  uma grande parte do amor-próprio, é assumir responsabilidade pessoal: pelos nossos sentimentos e respostas, pela forma como nos mostramos no mundo, pela maneira como cuidamos e tratamos de nós mesmos, pelo modo como trabalhamos com a confusão, pelos limites que estabelecemos e pelas coisas / pessoas / sentimentos que deixamos de lado, por colocar o nosso próprio bem-estar em primeiro lugar, mesmo que isso signifique desapontar alguém ... por tudo isso. Esta é a parte que muitas vezes não queremos falar ou reconhecer, porque é duro de reconhecer, mas faz parte da nossa vida! Como disse Alexander Graham Bell :“Acho que estamos muito inclinados a andar pela vida com os olhos fechados. Existem coisas ao nosso redor e directamente a nossos pés que nunca vimos, porque nunca olhamos realmente.”

“O sonho é a estrada real que conduz ao inconsciente. “(Sigmund Freud)


O sonho é a estrada real que conduz ao inconsciente. “(Sigmund Freud)

Mesmo quando nunca ou raramente pensamos nisso, os nossos valores são um grande componente de nossas vidas, até mesmo quando não percebemos isso. Como devemos saber  há conjunto de valores e princípios que nós usamos para decidir as três grandes questões da vida: "Quero?", "Devo?", "Posso? que constituem a nossa “ética”. Os nossos valores  são uma bússola que nos orienta e como nos apresentamos no mundo e do significado que extraímos da nossa vida. O que nós valorizamos tem o poder de apoiar a forma como nós nos mostramos no mundo, nos guiar quando nos sentimos perdidos, lembrarmo-nos de nós o que é verdadeiramente importante para nós e nos mostrar o que podemos precisar em cada momento da nossa vida. É útil relembrar sempre que temos coisas que queremos, mas não devemos, temos coisas que devemos mas não podemos, e temos coisas que podemos mas não queremos. Já  dizia Confúcio .“Quando vires um homem bom, tenta imitá-lo; quando vires um homem mau, examina-te a ti mesmo “. E a este propósito será que por acaso já  explorou ou definiu seus próprios valores - as luzes do norte de sua vida que o trazem de volta ao que interessa? Quando tudo nos “parece claro”  sobre os nossos valores, tendemos a ter uma maior clareza sobre o que fazer a seguir, o que é melhor para nós e o que podemos querer mudar ou adicionar às nossas vidas, a fim de vivermos desses valores de uma forma mais significativa. Os valores são uma âncora que pode continuamente nos trazer de volta para nós mesmos. Como disse Confúcio “Quando encontramos pessoas de valor, devemos pensar em como podemos ser iguais a elas. Quando, ao contrário, encontramos pessoas sem carácter, devemos nos voltar para o nosso interior e examinar o que se passa lá dentro.”
O tempo passa, os gostos modificam-se, mas os princípios e valores esses... ficam para sempre. Impõe-te, valoriza-te, enfrenta-te a ti mesmo! Preserva e mima quem te faz sorrir; ignora e despreza quem não merece o teu respeito. Levanta a cabeça porque toda a gente merece ser feliz! Parte à conquista dos teus sonhos e atira-te com alma a todos os desafios diários. E, o mais importante de tudo: nunca digas nunca! Não sabemos o dia de amanhã, e por isso, mantém-te atento e alerta e aprende a    ter respeito por ti mesmo, que  é exercer valores e princípios que são os códigos de conduta e ética pessoais e sociais sólidos que serão os pilares de nossas posturas perante nós, o outro e a vida.
Pode ser até incrivelmente esclarecedor sentar-se e realmente pensar sobre quais são os nossos valores - colocar palavras neles e expandir o significado que eles têm para nós. E talvez faça sentido esta frase de Fernando Pessoa “O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso, existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis.”
Nesta altura da minha vida aprendi….aprendi que eu não posso exigir o amor de ninguém. Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim e ter paciência, para que a vida faça o resto.  Aprendi que não importa o quanto certas coisas sejam importantes para mim, tem gente que não dá a mínima importância e eu jamais conseguirei convencê-las.  Aprendi que posso passar anos a construir uma verdade e a mesma ser destruída em apenas alguns segundos. Aprendi que algumas vezes tudo o que precisamos é de uma mão para segurar e um coração para nos entender;  Aprendi que posso usar meu “charme por apenas 15 minutos”, depois disso, preciso saber do que estou a falar. Aprendi que as pessoas sempre vão embora, algumas demoram mais, outras menos, mas elas sempre se vão …….como disse Fernando Pessoa:Eu já disse, mas vou repetir: não se represa um rio, não se engana a natureza, faça a represa o que quiser, pois o rio cedo ou tarde vai arranjar um jeito de rasgar a terra, abrir um caminho, e voltar a correr em seu leito de origem.”

Sonhar é a felicidade, esperar é a vida. (Vitor Hugo)



Sonhar é a felicidade, esperar é a vida. (Vitor Hugo)

Às vezes, como já aconteceu e acontece com todos nós certamente, dou comigo a  pensar em como é incrível que todos nós, temos e continuamos no nosso dia a dia a sobreviver. Nós podemos não estar onde queremos estar, podemos querer algo que não temos, e às vezes podemos e temos alguns desafios na nossa vida, e podemos e temos de conhecer dor, várias formas de “dor”, mas e agora pondo tudo para detrás das costas……é de facto muito bom sobreviver! Coisas que fazemos todos os dias, mas só quero lembrar que nem sempre é fácil, e no entanto, aqui estamos nós. E, já agora talvez seja o momento de fazer uma pausa e ser grato por ter chegado tão longe.!!! Aquele sentimento de gratidão pelas coisas mais simples que existem. Como disse Karla Wish: “Ame o máximo que puder, aproveite o caminho pois a estrada irá acabar!” Tudo isto porque, por vezes,   estamos tão preocupados em chegar ao desfecho perfeito que nos esquecemos de aproveitar os momentos que nos levaram até lá.
A realidade é que nós não temos a certeza se um dia vamos chegar a um lugar onde nós temos a perfeita consciência e conhecimento de quem somos, nem sequer se alguma vez já pensamos nisso. Não temos certeza de que chegamos a um ponto em que nunca sentimos dúvidas ou duvidamos de nós mesmos. Tudo isto nos devia de fazer lembrar de que que estamos num estado em constante mudança e que estamos sempre a aprender e a crescer, ou se alguma vez já nos interrogamos de que “vou ser quem eu quer ser e não o que os outros querem ver”!
Muitas vezes esquecemos que essas coisas acontecem às vezes, mais vezes do que podemos pensar – ter experiências com  dias mais difíceis ou ter sentimentos de dúvida são na verdade mais normais do que poderíamos pensar. Temos de aceitar que na nossa “cultura de  sociedade” destaca apenas os “bons momentos” e por outro lado tenta-se  esconder tudo o que nos faz sentir mal – parecer perante os outros como julgo que eles me querem ver!!. Mas, por mais que nós desejamos não chegar a um ponto de nunca ter dias difíceis e nunca experimentar ou passar por momentos de dúvida ou medo ou tristeza, esse ponto realmente não existe ... não importa quem nós somos, o que nós sabemos , ou o que nós fazemos. No dizer de Aristóteles: “A alegria que se tem em pensar e aprender faz-nos pensar e aprender ainda mais.”
 Ser humano é ter de “tudo um pouco” às vezes mais de um ou outro, mas também “correndo atrás do equilíbrio” entre ambos. Quando podemos abraçar e aprofundar  a "intimidade" da vida, as partes mais duras também fazem parte de nós e se  movimentam através de nós com mais facilidade, mas também abrem o espaço para as partes mais doces e de maior felicidade continuarem a emergir. É um fluxo e refluxo o que nem sempre é confortável, mas está sempre nos lembrar a natureza e que estamos vivos. Se nós temos dúvidas ou temos momentos de tristeza e medo, quero lembrar que nunca está sozinho e que talvez nada esteja errado com a sua vida. Por acaso já pensou que talvez seja incrivelmente e inegavelmente por ser humano, assim como todos nós?  Temos duas opções: reclamar porque as rosas têm espinhos ou nos alegrarmos porque os espinhos têm rosas.” ( Alphonse Karr). É por isso que temos de nos esforçar para ampliar a nossa visão a respeito de todas essas coisas, e veremos como somos capazes de adoptar um “mindset positivo”, e acreditar que o amanhã será melhor do que hoje, o que irá possibilitar encontrar o lado bom de tudo, manter a cabeça erguida e pensar positivo nessas ocasiões. “Temos que encontrar tempo para parar e agradecer a todas as pessoas que fazem a diferença nas nossas vidas.” (John F. Kennedy.)

"Fácil é sonhar todas as noites. Difícil é lutar por um sonho." (Carlos Drummond de Andrade)


"Fácil é sonhar todas as noites. Difícil é lutar por um sonho." (Carlos Drummond de Andrade)  

 O que há de belo em naquilo que nos  rodeia? Esta é talvez uma óptima pergunta que nós podemos fazer a nós mesmos, nos momentos de tédio ou até de nervosismo e quando nos encontramos desiludidos com tudo o que nos rodeia. Quando estamos, ou somos obrigados a estar numa qualquer fila, ou “bicha” para ser uma palavra mais portuguesa, quer seja nos serviços de saúde, num banco ou á espera de transporte, ou até á espera de qualquer reunião de trabalho e que lhe está a causar uma certa ansiedade, pergunte a si mesmo ou tente ver, o que há de belo em seu redor. Tente fazer desta pergunta até um jogo. Vai chegar a uma conclusão de que há por aí tanta beleza nas coisas feita pelos seres humanos, ou até mesmo nas suas próprias reflexões. A beleza está em toda parte! Como disse Albert Einstein “O importante é não parar de questionar. A curiosidade tem sua própria razão de existência. Não se pode deixar de ficar admirado quando contempla os mistérios da eternidade, da vida, da maravilhosa estrutura da realidade. Basta que se busque compreender um pouco desse mistério a cada dia. Nunca perca a curiosidade… Não pare de se maravilhar !”
Por vezes devíamos e ter a percepção de que uma  influência discreta é útil em casos em que não é possível ou não é adequado dizer abertamente a alguém aquilo que se pensa. Todos nós conhecemos pessoas com quem não é fácil falar... ou porque são teimosas ou porque são conflituosas... ou simplesmente porque estão tão envolvidas na defesa de uma causa ou ideia que têm dificuldade em mudar de opinião em relação a esse assunto. Nós, portugueses, não somos educados para aquilo que algumas pessoas chamam “dar o braço a torcer”. Só a ideia, só pensar nisso, dar o braço a torcer... faz impressão. Há pessoas que dizem com orgulho... eu não dei o braço a torcer... ou seja, eu não admiti que errei, que estava enganado. Mas não tem mal nenhum enganarmo-nos... ou até pensarmos de uma maneira e depois ouvirmos outra coisa, outra ideia... e mudarmos de opinião. É sempre muito bom relembrar uma frase de Bento Jesus Caraça: “Se não receio o erro, é porque estou sempre disposto a corrigi-lo”, que nos deveria acompanhar sempre em todos os nossos passos diários. É até positivo sermos capazes de pensar melhor e mudar de ideias. Mas nos casos em que as pessoas não conseguem admitir essa mudança, a influência discreta pode ser adequada. Quando é que deve usar a influência discreta? Deve usar nos casos em que o está em causa é uma mudança de opinião ou de atitude, ou em situações em que é útil criar ou manter essa empatia, ou seja, investir na relações com os outros.  Aprendemos com Nicolau Maquiavel  nas suas Histórias Florentinas, escritas à uns tantos séculos atrás, que “ “poucos vêem o que somos, mas todos vêem o que aparentamos.” Ou onde há uma vontade forte, não pode haver grandes dificuldades.” E para finalizar “ que tem começo também tem um fim”.
Na realidade todos, com mais ou menos amplitude tememos  a mudança porque nos sentimos inseguros, por não sabermos o que vem a seguir ao passo da escolha de mudar. Tememos a forma como nos vamos sentir depois de mudarmos a direcção e o sentido da vida. Tememos aquilo que vamos encontrar. Afinal o que será? Na realidade não sabemos, nem ninguém nunca saberá. Tememos o “como vai ser”, respiramos de forma acelerada só de pensar “e se correr mal?” Tememos aquilo que desconhecemos e é isso que nos faz muitas vezes estar onde não queremos estar, com quem não queremos estar, ou a fazer o que não gostamos de fazer. Tememos o que não vemos, como se do sitio onde estamos conseguíssemos ver para além do que vive na nossa imaginação. Tememos o que imaginamos não na nossa realidade, nem a que poderá vir a ser vivida. Tememos todas as hipóteses catastróficas e irreais que vão surgindo na nossa cabeça como se de um filme se tratasse. Mas esquecemos de colocar a tónica na vida que queremos e não naquela que tememos. Porque temê-la se a desejamos? E se a desejamos é porque não estamos bem onde estamos, porque ninguém deseja uma coisa que não quer. Se assim é, aceitemos o medo como indicador de queremos sempre o melhor para nós, incluindo a segurança interior, e abracemos a mudança que queremos. Se a queremos é porque esse é o melhor caminho para nós. “Há, em suma, que dar ao homem uma visão optimista de si próprio; o homem desiludido e pessimista é um ser inerte sujeito a todas as renúncias, a todas as derrotas - e derrotas só existem aquelas que se aceitam.” (Frase do matemático português Bento de Jesus Caraça)

“Quem olha para fora sonha, quem olha para dentro acorda.” (CARL GUSTAV JUNG)


 “Quem olha para fora sonha, quem olha para dentro acorda.” (CARL GUSTAV JUNG)

A verdade é que estou a tentar, com regularidade, seguir este conselho: “Escrever. Seja uma carta, um diário ou umas notas enquanto falas ao telefone, mas escreve. Procura desnudar a tua alma por escrito, ainda que ninguém leia; ou, o que é pior, que alguém acabe lendo o que não querias. O simples acto de escrever ajuda-nos a organizar o pensamento e a ver com mais clareza o que nos rodeia. Um papel e uma caneta fazem milagres, curam dores, consolidam sonhos, levam e trazem a esperança perdida. As palavras têm poder. É preciso correr riscos, seguir certos caminhos e abandonar outros. Nenhuma pessoa é capaz de escolher sem medo."(Paulo Coelho)
Quando abordamos a nossa vida a partir de uma “mentalidade fixa”, o que  faz acreditar que nascemos com “inteligência” que não irá mudar, e por isso, vemos o nosso conhecimento, as nossas  oportunidade e o nosso crescimento como algo que já não podemos mudar ou até se queremos mudar. A primeira coisa que nos vêm à “cabeça” é que nós não temos qualquer poder, e errar é algo insuportável. E, também não temos espaço para nossa capacidade inata de fazer as coisas de maneira diferente. Essa nossa mentalidade fixa  mantém-nos  presos no tempo e sem vontade, e por essa crença limitante, tendemos a evitar desafios e experiências novas com medo de parecerem menos inteligentes.
Talvez tenha chegado o momento de uma pequena reflexão. Porque é que não pode desfrutar do seu sucesso de viver a vida quando está  apenas e só focado em "por que eu" ou "como cheguei até aqui"? É preciso concentrar-se em estar presente e aproveitar o momento, e ser total e radicalmente honesto consigo mesmo assumindo deste modo a responsabilidade pessoal sobre sua vida, prestando mais  atenção às suas escolhas, ter as suas opções, reconhecer o que precisa mudar. Como disse Paulo Coelho “O homem nunca pode parar de sonhar. O sonho é o alimento da alma, como a comida é o alimento do corpo.”  
Parece-nos que tudo isto são coisas tão relevante nos dias de hoje, especialmente com acesso fácil ao "destaque" de todos os outros produtos e realizações por meio das redes sociais e da tecnologia. É incrivelmente fácil comparar-nos com os outros e subestimar o trabalho que investimos para chegar onde estamos! Nos dias de hoje, eu também sou dos que acredito que as redes sociais representam, em certa medida um perigo para a democracia e para a qualidade de vida e até posso classificar o modo como muitas pessoas se expõem como uma "espécie de pornografia pessoal". Como disse António Damásio: "Há riscos evidentes que têm a ver com a exploração do indivíduo e com o desrespeito de valores individuais".
Como é que  cultivamos uma mentalidade de crescimento na nossa vida? Como é que se tem espaço para o nosso próprio crescimento? O que é que pode ser necessário mudar para ter mais espaço para abordar na nossa vida com uma mentalidade de crescimento em vez de uma mentalidade fixa ou presa ao passado?  Como disse Bento Jesus Caraça: “Se não temo o erro, é porque estou sempre disposto a corrigi-lo.”  Como alguém disse há duas mentalidades que podemos ter neste Mundo, mas aquela que nós escolhermos é que fará a diferença. Lembrar no entanto,  que, devemos ter sempre muito cuidado para não julgarmos qualquer pessoa sem considerar também todo o contexto em que ela está “a viver” e ajudá-la para que possa mudar,   se assim o desejar. Temos que ter a noção de que uma mentalidade de crescimento permite-nos continuar a crescer, a expandir e a mudar, mantendo sempre a possibilidade de que algo mais também é possível criando o espaço para aprender tudo o que experimentamos, abrindo a nossa vida para nos tronarmos mais do que pensamos que julgamos que somos, sendo por isso, a nossa gratidão e sentirmos a honra de que podemos cultivar as nossas vidas, através de uma consistência, esforço, trabalho e muito respeito pelos outros. Vem-nos à memória as palavras de Bento Jesus Caraça: “Há, em suma, que dar ao homem uma visão optimista de si próprio; o homem desiludido e pessimista é um ser inerte sujeito a todas as renúncias, a todas as derrotas - e derrotas só existem aquelas que se aceitam.”

“O amor é o único sonho que não se sonha” (Paul Fort)


“O amor é o único sonho que não se sonha” (Paul Fort)

Há quem diga que uma pessoa amada porta-se de uma maneira diferente, é mais caprichosa, é mais segura, tem menos medo de dizer a verdade, já dizia Albert Einstein que “se um dia tiver que escolher entre o mundo e o amor lembre-se: se escolher o mundo ficará sem o amor, mas se escolher o amor com ele  conquistará o mundo.  A questão parece difícil, mas é simples pois é a própria pessoa que decide a sua vida, o que é melhor para si e o que a faz feliz. Se passa por viver sozinho que o seja! O mais importante é o que pensa! As pessoas são todas diferentes e vivem o período de luto também de forma diferente, consoante os seus recursos psicológicos e emocionais. É preciso ter momentos de lucidez e redireccionar a tristeza para a alegria de ter tido aquela pessoa na sua vida e gratidão por tudo o que passaram juntos. “É difícil em tempos como estes: ideais, sonhos e esperanças permanecerem dentro de nós, sendo esmagados pela dura realidade. É um milagre eu não ter abandonado todos os meus ideais, eles parecem tão absurdos e impraticáveis. No entanto, eu me apego a eles, porque eu ainda acredito, apesar de tudo, que as pessoas são realmente boas de coração.” (ANNE FRANK)
Todos nós em certos momentos interrogamo-nos sobre o que de facto  nos inspira? É uma pergunta que explora a diferença entre duas emoções diferentes que podem ser usadas para nos motivar – a paixão e medo. Devemos procurar a nossa    motivação sempre através da paixão, nunca pelo medo! A paixão nasce do optimismo, energia e gratidão, enquanto o medo vem do julgamento, culpa e ressentimento. A escolha é o de tenta deixar levar-te pela paixão ao invés de deixar-te arrastar pelo medo. Nem sempre é assim tão simples, não existe uma abordagem única para todos os casos e não consertamos tudo. Às vezes, porém, criar espaço para reconhecer a maneira como estamos a falar connosco e introduzir algo de novo pode permitir-nos  mudar a forma como reagimos ao nosso diálogo interior. Ao fazer essas perguntas, não estamos a eliminar o nosso pensamento;  estamos apenas a introduzir um pouco de curiosidade, o que muitas vezes nos dá o espaço que precisamos para girar e (gentilmente) nos lembrar de que nem tudo o que pensamos ou sonhamos  é realmente verdade. Quanto mais praticamos uma pausa, reflectir e criar espaço para algo diferente, mais poderemos ouvir nosso crítico interior, honrá-lo e depois silencia-lo com algo mais favorável.  Sem sonhos, a vida não tem brilho. Sem metas, os sonhos não têm alicerces. Sem prioridades, os sonhos não se tornam reais. Sonhe, trace metas, estabeleça prioridades e corra riscos para executar seus sonhos. Melhor é errar por tentar do que errar por se omitir! “(Augusto Cury)
Todos sabemos ou devíamos saber que os relacionamentos interpessoais são extremamente importantes para o nosso bem-estar,  mas as pessoas normalmente confundem “estar bem” somente quando estão acompanhados de uma pessoa feliz ou bem-sucedida, ou com a mesma forma de pensar que a sua. Na verdade, é possível expressar sua própria opinião sem confrontar ninguém, e aceitar as opiniões dos outros. O importante é aproveitar a boa companhia delas. Sempre procure e saliente as qualidades dessas pessoas antes de apontar os defeitos, pois todos nós temos ambos. É muito melhor fazer um novo amigo do que um inimigo. E quanto mais transmitir isso às outras pessoas e fazê-las sorrir, melhor irá se sentir. Ser-se amado sem ter feito nada por isso, poderá até parecer um estranhíssimo milagre. As pessoas que têm essa sorte — desinibidas, fartas, mal habituadas — não sabem a sorte que têm. É nesse não saber — nem ter de saber — que está o que mais se aproxima da felicidade. “Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência porém, preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer. Prós erros há perdão; prós fracassos, chance; prós amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar a alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em si mesmo. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planeando vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu”.(Sarah Westphal)

"Não há nada como um sonho para criar o futuro." (Victor Hugo)


"Não há nada como um sonho para criar o futuro." (Victor Hugo)    

Parto do principio que todos nós conhecemos aquele antigo ditado: “viva cada dia de sua vida como se fosse o último.”  Ou de outro modo “viva cada momento como se fosse o primeiro e o último, não sabemos qual será o próximo passo!” Mas, na verdade, tudo isto não será assim tão simples. Por exemplo quando estamos a falar com alguém de quem gostamos, podemos perguntar-nos, se nos sentiríamos bem, se por acaso aquela fosse a última conversa entre nós?? Ou se por exemplo se um dia feriado fosse o ultimo da nossa existência??? Assim talvez o mais adequado seja pensarmos ou tentarmos viver cada dia, da nossa vida com fosse o último , porque não sabemos o dia do amanhã...Como disse  Mahatma Gandhi : "A diferença entre o que fazemos e o que somos capazes de fazer resolveria a maioria dos problemas do mundo".  
Os nossos pensamentos determinam aquilo que somos. No geral o ser humano moderno, em especial os portugueses, estão habituados a pensar negativamente o tempo todo. "Por que sempre eu?" ou "Por que é que tudo isto acontece comigo?" Provavelmente são questões que já devem ter feito a si mesmo no passado, ou quase todos os dias. Esta nossa característica, se por um lado gostamos de nos autoflagelar e por  outro de estar mais do lado dos problemas do que das soluções, mas a verdade ou a realidade é que o mundo não conspira contra nós! Nós somos aquilo que pensamos, por isso mesmo, assim como pensamentos negativos atraem coisas negativas, as ideias positivas atraem o optimismo e a positividade. Por experiência basta-nos inverter a pergunta negativa para positiva: "Como é que me tornei tão afortunado, tão sortudo, tão realizado?". Assim, agradeceremos todas as coisas boas que temos. Gratidão é um ingrediente poderoso a ser somado na dose de felicidade na nossa vida e, desta forma, banimos quaisquer sentimentos de raiva ou frustração, que porventura nos “torna a vida difícil”!  Norman Vincent Peale afirmou: “Tu não és o que pensas que és; tu és o que tu pensas!”
A verdade, é que se pensarmos em coisas felizes, seremos certamente  felizes. Se pensarmos em desgraças, seremos talvez uns desgraçados. Se pensarmos em coisas assustadoras, viveremos sempre com medo. Se pensarmos em doenças, vamos ficar provavelmente doentes. Se pensarmos em falhar, é certo que falhamos mesmo. Se ficarmos mergulhados em autocomiseração, vão todos afastar-se de nós e evitar-nos.
Estou convencido, sem qualquer sombra de dúvida, que o maior problema que temos de enfrentar - na realidade, trata-se praticamente do único problema que temos de enfrentar - é a escolha dos pensamentos certos. Se conseguirmos, estaremos no caminho certo para resolver todos os nossos problemas. Marco Aurélio, o grande filósofo que governou o Império Romano, resumiu esta questão em onze palavras — onze palavras que podem determinar o seu destino: “A nossa vida é aquilo que os nossos pensamentos fazem dela” (Dale Carnegie in "Como Deixar de Se Preocupar e Começar a Viver")

“O homem vive de razão e sobrevive de sonhos.” (Miguel Unamuno)


“O homem vive de razão e sobrevive de sonhos.”  (Miguel Unamuno)
Há momentos na nossa vida que sentimos que algo não vai bem... talvez seja melhor parar um pouco, respirar, reflectir, ou até  mudar de direcção, dar um tempo a si mesmo, repensar melhor, distrair-se, reinventar-se, conversar com um amigo, absorver bons conselhos, decida-se, no entanto, não deixe a vida cair na monotonia porque pode recomeçar quantas vezes for preciso, baseando-se nas experiências passadas para mudar o rumo do seu viver.  Bem sabemos que na realidade os limites são complexos. Eles não são preto-e-branco, e não há maneira certa ou errada de entendê-los. O que mais importa é que começamos a entrar em sintonia com nossa própria voz interior, necessidades e desejos para que possamos nos mover de uma forma que nos honre, mesmo quando isso signifique desapontar alguém. (o que muitas vezes requer muito desaprender, praticar e fundamental autoconfiar em…) "Felicidade, não em outro lugar, mas neste lugar ... não por mais uma hora, mas nesta hora." - Walt Whitman
Talvez nunca tenha reparado ou experimentado que depois de olhar para uma montanha, se fecharmos os olhos e imaginarmos a paisagem no nosso íntimo, temos tendência para nos fixarmos nos pormenores importantes; a massa da informação visual é interpretada e as características mais evidentes da montanha identificadas: os picos de granito, os glaciares, a neblina que paira acima da linha das árvores – pormenores que teríamos visto antes, mas aos quais não tínhamos prestado atenção.
Como disse Allan Pease: “Somos diferentes porque o nosso cérebro está “ligado”de maneira diferente. Isso faz-nos perceber o mundo de maneiras diferentes e ter valores e prioridades diferentes. Não é melhor nem pior – é apenas diferente. ”
Todos sabemos que temos diferentes maneiras de ver o mundo... um certo dia, decidimos experimentar isso, e mostrar aos outros o quanto diferente são os nossos pensamentos! E para nosso espanto, quando pensamos que os nossos olhos já viram todos os encantos deste mundo, surge uma nova amizade, mas mantenha sempre o seu  espaço para seus sentimentos. O mundo pode ser duro, então vamos tentar oferecer a nós mesmos e aos outros compaixão enquanto navegamos nele. “Só se escreve com intensidade se vivermos intensamente. Não se trata apenas de viver sentimentos mas de ser vivido por sentimentos. O bom do caminho é haver volta. Para ida sem vinda. Basta o tempo.” (Mia Couto).
O luto é uma experiência que toca a todos nós, mas cada um experimenta-o à sua maneira. Não é fácil acordar, manter rotinas e adormecer sozinho, após tantos anos de uma boa e sã convivência conjugal. Há memórias demasiado presentes e uma ausência que persiste nos gestos quotidianos mais simples, apesar de todos os esforços para virar a página e prosseguir com o que se entende por retorno à normalidade. Ninguém pode substituir o lugar deixado vago no nosso coração. Mas restaurar o desejo de conduzir a nossa vida é possível. Mesmo apesar dos sentimentos de revolta, tristeza e abatimento, inevitavelmente associados à perda     e dos projectos sonhados a dois. Todos temos direito às nossas escolhas. Se for um desejo nosso o retomar a vida acompanhado, a primeira coisa a ter em conta é não boicotar esse sentimento genuíno (por exemplo, imaginar-se, aos olhos dos que lhe são próximos, como "um viúvo alegre", que não sabe preservar o legado do bom, nem gratidão pelo  que a vida já lhe deu, ou que soube construir).
“Sim, minha força está na solidão. Não tenho medo nem de chuvas tempestivas nem das grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite”. (Clarice Lispector)