sexta-feira, março 20, 2020

NOS MOMENTOS DIFICEIS É QUE APARECEM OS VERDADEIROS JORNALISTAS!


NOS MOMENTOS DIFICEIS É QUE APARECEM OS VERDADEIROS JORNALISTAS!

A função prioritária de um jornalista é relatar os factos de interesse público colectivo, transformando essa informação rigorosa, de modo a que a mesma seja credível e entendível pelas pessoas. O que temos assistido na generalidade dos órgãos de imprensa portuguesa, em especial nas tvs, “é o vale tudo pelas audiências”.
Por isso hoje ao ouvir na TSF a cronica de Paulo Baldaia – jornalista da chamada velha guarda – entendi que tinha que contribuir para o seu conhecimento publico, embora em abono da verdade , hesitei em partilhá-lo, porque ele é mais do que todos os outros.

Salvar-se para merecer ser salvo. a opinião de Paulo Baldaia

O negócio da comunicação social, que já estava em crise, vai sofrer de modo particular com a quase paralisação da economia, provocada pela pandemia do novo coronavírus. Não podemos ficar indiferentes ao facto desta machadada atingir de forma muito dura um sector que é crucial neste combate e que mantém os seus custos, mas que está a perder grande parte das suas receitas. Nunca os jornais, rádios, televisões e os seus online tiveram tanta audiência e nunca a informação rigorosa foi tão necessária. Quando a economia para, as receitas publicitárias são as primeiras a desaparecer. Garantir a viabilidade económica das empresas de comunicação social, proposta altamente impopular nas redes sociais, numa situação altamente crítica como a que vivemos, é uma obrigação de qualquer governo em Democracia, mas salvar o jornalismo continua a ser uma tarefa exclusiva dos jornalistas. O que vimos, lemos e ouvimos nos últimos tempos deu sinais altamente contraditórios. Se, por um lado, a utilidade e o rigor da informação dos órgãos de comunicação social fez contraponto com a inutilidade e falsidade de muita informação das redes sociais, por outro lado, fez-nos desperdiçar o tempo numa corrida em que procuravam adivinhar o que o governo ia decidir. E quando falharam, a culpa foi sempre da realidade. Pior, em muitos casos, foi notório o ressabiamento dos jornalistas com o governo pelo facto de o governo não ter decretado proibições que os jornalistas garantiam que iam acontecer. No deve e haver, nada supera a utilidade dos órgãos de comunicação social na capacidade de dar aos portugueses informação útil e rigorosa. Por agora, é preciso que os jornalistas abdiquem de correrias sem sentido e que o poder político comece a elaborar um plano para salvar as empresas de comunicação social que demonstrarem que merecem ser salvas.”
Como cidadão que pago e paguei sempre todos os meus impostos nunca concordarei com um governo que “possa vir  dar ou subsidiar com o dinheiro pago pelos portugueses a imprensa e as tvs” – na generalidade, com muito raras excepções a imprensa, e em especial as TVS tem sido a “erva daninha” do nosso estado de direito e prejudicado seriamente os cidadãos e o interesse publico que deviam prosseguir .   
Em Portugal, há alguns bons jornalismo e há bons profissionais. Mas aquilo a que assistimos recentemente, designadamente em reportagens nas TVs, não é jornalismo de investigação. É, apenas, uma negação do jornalismo, que violam a liberdade e a dignidade, de pessoas e das instituições. E o que fez ou faz a Procuradoria Geral da Republica? Tanto que se saiba , somos um estado de direito, e ninguém está acima da Lei?