quinta-feira, junho 07, 2007



Quinta dos Patudos concessionada para turismo de luxo por 90 anos

A Câmara Municipal de Alpiarça vai concessionar, por 90 anos, 162 hectares da Quinta dos Patudos para a instalação de um empreendimento turístico de luxo. O presidente da autarquia, Joaquim Rosa do Céu (PS), justifica esta proposta com o facto de os terrenos terem rentabilidade económica insuficiente para cobrir as despesas da Casa dos Patudos e todo o legado de José Relvas, o homem que proclamou a República da varanda da actual Câmara Municipal de Lisboa, em 5 de Outubro de 1910. Leia mais aqui

ASSOCIAÇÃO PRÓ OTA ATACA CAVACO SILVA

«Um movimento pró-Ota, transformado em "associação desenvolvimento e novo aeroporto", atacou ontem fortemente a posição do Presidente da República sobre este projecto. O presidente da Câmara Municipal de Santarém, Moita Flores, que também integra a associação, considerou que reabrir o debate sobre a localização do novo aeroporto se insere "numa miséria moral e política", derivada do "velho do Restelo que nos habita" e que nos leva a continuarmos "parados e hesitantes. "É tão patético!" » [Diário de Notícias]
Parecer:
A intervenção de Cavaco Silva não foi das suas melhores posições públicas, antes de mais porque enquanto foi primeiro-ministro nunca fez grandes debates sobre os seus projectos de obras públicas e porque o fez a pedido de Marques Mendes ou, pelo menos, depois de ter recebido o líder do PSD para debater este assunto. Leia aqui

Então, o que será que movimenta tanta gente empenhada na questão da localização do aeroporto da Ota?

Algo de milagroso está a suceder, nunca vi tanto antagonismo a ser superado, tanto conflito a ser esquecido, tanta diferença a ser dirimida, algo está a unir os portugueses como nunca sucedeu no passado, nem sequer no histórico 1.º de Maio de 1974.
Tratasse de uma obra que move paixões, está para o desenvolvimento do país como o campeonato da Segunda Circular está para a Liga, uns querem a preciosa obra perto da sua casa, outros preferem-na próxima dos seus empreendimentos, outros preferirão nos seus terrenos e até há quem prefira que não se faça a não ser quando forem governo. Todos sentem que têm a ganhar ou a perder, todos têm estudos técnicos em apoio das suas posições.
Ainda bem que assim é, agora espero tanto empenho noutros assuntos nacionais que deveriam mobilizar o país, que deveriam ser objecto de debate permanente no parlamento e de intervenções constantes do Presidente da República. Leia mais aqui