segunda-feira, março 30, 2020

Between dream and reality… .. "it is always time to learn" (ÉSQUILO)

Between dream and reality… .. "it is always time to learn" (ÉSQUILO)

“Here I am walking with the difficulties of those who live in times that are not their own”. We live in very strange times that penetrate our soul with sensations that we will never forget. We are aware that in order to win this war, it is really a war, we have to know how to use the only weapons with great intelligence, which for now, we have at our disposal: a lot of patience and the ability to deal with “these problems”, adapt to change, overcome obstacles and resist the pressure of situations that are adverse to us (resilience).
We have to recognize that these are essentially times of great distress, especially due to the real inability to predict the end of this instability that generates this anguish of isolation, because we have no idea how we will find ourselves when normality is returned to us, and that nothing it will have to do with the normality we knew, and the memory of the “pandemic situation of 2012 that hit Portugal and the Portuguese” is still very much alive.
There are those who still or do not realize that "we are in a state of national emergency", and behave as before the crisis, now with more vigor and even more media coverage. In addition to the incendiary covers of newspapers, and televisions at all times, they seem to collude to cause chaos. This is not journalism, it is pyromania. Anyone who sees a newspaper escapade, or turns on the Portuguese TV, adds to their worries fear, anguish and depression.
That is why we have to know and strive to face the future with great courage, take on the various problems and turn them into opportunities, keeping our minds well ventilated and our hearts open to the challenges that can be expected. That effort implies in each day learning to relate to our inner silence and remembering that everything in this life has a purpose; that there are no mistakes or coincidences: all events need us to learn from them. As Pope Francis said a few days ago: “Do the small things of each day with a big and open heart.”
 Júnior and I wish all the friends who “accompany” us these days a good afternoon, and have the “strength”, which is in our imagination that the key to freedom is found to enter the “house called reality ”, and the distance between a dream and reality is our ability and will! GOOD AFTERNOON!

Entre o sonho e a realidade….. "é sempre tempo para se aprender" (ÉSQUILO)


Entre o sonho e a realidade….. "é sempre tempo para se aprender" (ÉSQUILO)

“Aqui vou caminhando com as dificuldades de quem vive tempos que não são os seus”. Vivemos tempos muito estranhos que se entranham na nossa alma com sensações que jamais esqueceremos. Temos  consciência que para podermos ganhar esta guerra, trata-se mesmo de uma guerra, temos que saber usar com muita inteligência as únicas armas, que por ora, temos à nossa disposição: muita paciência e a  capacidade de lidar com “estes problemas”, adaptar-se a mudanças, superar obstáculos e resistir à pressão de situações que nos são  adversas (resiliência).
Temos que reconhecer que estes são essencialmente tempos de muita angústia, especialmente pela incapacidade real de previsão do fim desta instabilidade  que gera esta angústia do isolamento, por não fazermos a mínima ideia de como nos vamos encontrar quando nos for devolvida uma normalidade, e que nada terá a ver com a normalidade que conhecíamos, sendo  ainda, bem viva a memória da “situação pandémica de 2012 que atingiu Portugal e os portugueses”.
Há aqueles que ainda ou fazem que não percebem que «estamos em estado de emergência nacional», e portam-se como antes da crise, agora com mais vigor e até mais mediatismo. Para além das capas incendiárias dos jornais, e as tvs a todo o momento, parecem um conluio para provocar o caos. Isto não é jornalismo, é piromania. Quem veja um escaparate de jornais, ou ligue as tvs portuguesas, junta às preocupações o medo, a angústia e a depressão.
É por isso que temos que saber  e esforçar-nos para encarar o futuro  com muita coragem, pegar nos vários problemas  e transformá-los em oportunidades, mantendo a nossa mente bem arejada e o nosso coração aberto aos desafios que se adivinham. Esse esforço implica em cada dia o aprender a relacionar-se com o nosso silêncio interior e recordar que tudo nesta vida tem um propósito; que não há erros nem coincidências: todos os acontecimentos necessitam que aprendamos com eles. Como há poucos dias disse o Papa Francisco: “Fazer as coisas pequenas de cada dia com o coração grande e aberto..”  
 O Júnior e eu desejamos a todas e a todos os amigos e amigas que nos “acompanham” nestes dias uma boa tarde, e tenhamos a ”força”, que é no nosso  imaginário que se encontra a chave da liberdade para entrar na” casa chamada realidade”, sendo que a  distância entre um sonho e realidade é a nossa capacidade e vontade! BOA TARDE!

sábado, março 28, 2020

“Nobody is that old that doesn't believe they can live for another year.” (Cícero)

“Nobody is that old that doesn't believe they can live for another year.” (Cícero)

"The world will come back and I will come back with him!"

We live in times of uncertainty, because nobody knows if and when he will be able to live his life again. The present times of life are giving us a lesson. As Juan Fangio said. “I believe that when people think they are going to die, they become much more generous”, I wanted to say with this phrase that we have to be less selfish and more supportive, less materialistic and more humanistic. So we walk with a “load” of strange feelings, the moments of uncertainty dominating our lives and those we love, in the feeling that maybe (as we wish) we are on the path of the summer of our lives, and when that moment comes I believe that there will be sun and heat so that we can associate ourselves with an infinite desire to go out and celebrate the return to a normal life.
In these moments we feel that we are all the same, the rich and the poor, the illiterate and the literate, the young and the young… but we all have to listen in silence…. Wake up! In general, we all feel that we are experiencing a historic moment in which nothing will ever be the same, as Tom Phillips wrote in his book Humans: “We have so often placed ourselves on the edge of the abyss, about to take a step forward, which is a miracle that we are not yet extinct. ”
In the passing moments, whether we like it or not, we are all afraid of the infinite. But it is in the corner of our strong convictions that we must act, in these imperative and conscious moments. When are we going to stop being afraid to look away? As someone said, “we can live without water and food for days, but not a second without hope. It is what makes us look to the future with the optimism that better days will come ”.
By myself I want to tell you that “I have my agenda” with all the pages blank, as if there was no future. And in fact in these moments we have the feeling that there is not. But there is the present - and my gift is to think that in a little while I will walk my Junior! This is perhaps the most difficult moment in the life of all of us and that is why we must focus on what is essential: preserving health, not only ours, but everyone's. As Hippocrates said: “There are truly two different things: to know and to believe that you know. Science consists of knowing; in believing that we know lies ignorance. ”

Ninguém é assim tão velho que não acredite que poderá viver por mais um ano.”( Cícero)


 
Ninguém é assim tão velho que não acredite que poderá viver por mais um ano.”( Cícero)

“O mundo vai voltar e eu vou voltar com ele!”

Vivemos em tempos de incerteza, pois ninguém sabe se e quando vai voltar a poder viver a sua vida. Os actuais tempos de vida estão a dar-nos uma lição. Como disse Juan Fangio. “ Acredito que quando as pessoas pensam que vão morrer, tornam-se muito mais generosas”, queria com esta frase dizer que temos de ser menos egoístas e mais solidários, menos materialistas  e mais humanistas. Assim vamos andando com uma “carrada” de sentimentos estranhos, os momentos de incerteza a dominar as nossas vidas e daqueles que amamos, no sentir que talvez (como o desejamos) estamos no caminho do verão das nossas vidas, e quando chegar esse momento acredito que haverá Sol e calor para nos podermos associar a uma vontade infinita de sair para celebrar o regresso a uma normalidade da vida.
Nestes momentos sentimos que somos todos iguais, os ricos e os pobres, os iletrados e os letrados, os jovens e os menos jovens…mas todos temos que ouvir em silêncio….acordem! No geral todos sentimos que estamos a viver um momento histórico em que nada vai voltar a ser igual, como escreveu Tom Phillips no seu livro Humanos :“Já tantas vezes nos colocámos à beira do abismo, prestes a dar um passo em frente, que é um milagre ainda não estarmos extintos.”
Nos momentos que passam, quer queiramos quer não todos nós temos medo do infinito. Mas é no recanto próprio das nossas fortes convicções que devemos agir, nestes momentos imperativos e de consciência. Quando é que vamos deixar de ter medo de olhar para o lado? Como alguém disse,” podemos viver sem água e sem comida por dias, mas nem um segundo sem esperança. Ela é o que nos faz olhar para futuro com o optimismo de que dias melhores virão”. 
Por mim quero-vos dizer que “tenho a minha agenda” com todas as páginas em branco, como se não houvesse futuro. E de facto nestes momentos temos a sensação que não há. Mas há o presente – e o meu presente é pensar que daqui a pouco vou passear o meu Júnior! Este é talvez, o momento mais difícil da vida de todos nós e por isso temos de nos concentrar no que é essencial: preservar a saúde, não só a nossa, como a de todos. Como disse Hipócrates: “Há verdadeiramente duas coisas diferentes: saber e crer que se sabe. A ciência consiste em saber; em crer que se sabe reside a ignorância.”

segunda-feira, março 23, 2020

“THE BIGGER THE DREAM IS, THE LONGER IS THE WAIT!” (Suh Yoon Lee)

“THE BIGGER THE DREAM IS, THE LONGER IS THE WAIT!”
     (Suh Yoon Lee)

 "Nobody dares to predict how it will be going forward.”

Life experience tells us that to make big dreams come true it will take great sacrifices and, in some cases, a long wait. Perhaps it is so or not everyone believes it to be so.
I belong to a generation, like many of us who lived most of their lives in a state of emergency: the emergency of going to the overseas war, the dictatorship, the end of the empire, the construction of a new regime resulting from the "revolution" , new relationships with the world, etc. A generation that left home, around the age of 20, that came to life in Africa for each other around the world to which they emigrated. We have to admit that many life projects fell apart like a deck of cards, many courses remained unfinished, but many of us, we have to consider that we were lucky because we went and came back, which did not happen to thousands of other young people who gave your life for nothing and for nothing! That's why, and maybe we know that not all dreams come true, but we can always dream new dreams, being aware that dreams are not impossible, only people don't know how to make them come true. “Our biggest weakness is giving up. The surest way to win is to try again. ” (Thomas Edison)
In fact, if we stand in the same place, we will never be able to achieve what we desire. We have to be inspired and find the courage to realize our biggest dreams, regardless of the fears that surround us! We need a lot of willpower to take enough chances! As Michelle Obama said: “We will not always have a comfortable life and we will not always be able to find solutions to our problems at once. But never underestimate its importance, because history has already shown us that courage can be contagious and that hope can have a life of its own ”.
I believe I have already written it, that this is not mine and that of many others our time. Time calls for time. And while we ask, day by day, how long time can take, I think it depends on everyone to stop the epidemic of misinformation. It depends on everyone to stop the covid-19. Whether we like it or not, the so-called “new coronavirus” enters us, at all times, at home without asking for permission, on television, on social media, by the messages we receive and by any call or video call we make, in the management of our time and to endure loneliness and isolation. There are many unanswered questions, and news that at every moment changes what it was before. We all feel that the conditions for social panic are in place and it is becoming increasingly difficult to trust the information or decisions and directions we receive. “In the difficult moments of my life, I remembered that in the history of humanity, love and truth have always won. “(Mahatma Gandhi)
We can and must exercise an effective citizenship right by “becoming” public health agents by questioning, investigating, choosing the best sources of information. We are public health agents by keeping an eye on information and not sharing and spreading messages from unofficial sources. We are public health agents when consulting official media such as WHO and DGS, and whenever any of our friends have doubts, share reliable information with them.
The time has come to stop. We are in pause mode. Life goes on in moments. “What really matters is not the night itself, it is dreams. Dreams that man always dreams, everywhere, at all times of the year, sleeping or awake. ”(William Shakespeare)

“QUANTO MAIOR É O SONHO, MAIS LONGA É A ESPERA!” (Suh Yoon Lee)


 QUANTO MAIOR É O SONHO, MAIS LONGA É A ESPERA!”
     (Suh Yoon Lee)

 "Ninguém se atreve a prever como vai ser daqui para a frente.”

A experiência de vida diz-nos que para realizarmos grandes sonhos será preciso grandes sacrifícios e, em alguns casos, uma longa espera. Talvez assim seja ou nem todos acreditam que seja assim.
Sou de uma geração, como  muitos de nós que viveu boa parte da sua vida em estado de emergência: a emergência de ir para a  guerra do ultramar, da ditadura, do fim do império, da construção de um novo regime resultante da “revolução”, de novas relações com o mundo etc. Uma geração que saiu de casa, por volta dos 20 anos, que se fez à vida em África uns e  outros pelo mundo para onde emigrou.  Temos que admitir que muitos projectos de vida caíram por terra como um baralho de cartas, muitos cursos ficaram por terminar, mas muitos de nós, temos que  considerar que tivemos sorte porque fomos e voltamos, o que não aconteceu a milhares de outros jovens que deram a sua vida por nada e para nada! É por isso, e talvez que sabemos  que nem  todos os sonhos se realizam, mas podemos sempre sonhar novos sonhos, tendo a consciência que os  sonhos não são impossíveis, só as pessoas é que não sabem como realizá-los. “A nossa maior fraqueza está em desistir. O caminho mais certo de vencer é tentar mais uma vez.” (Thomas Edison)
Na verdade se ficarmos parados  no mesmo lugar, nunca seremos capazes de alcançar aquilo que desejamos. Temos que nos inspirar e encontrar a coragem para realizar os nossos maiores sonhos, independentemente dos medos que nos cercam! Precisamos de muita força de vontade para nos  arriscarmos o bastante! Como terá dito Michelle Obama: “Nem sempre teremos uma vida confortável e nem sempre estaremos aptos a encontrar soluções para os nosso problemas de uma vez. Mas nunca subestimem a sua importância, porque a história já nos mostrou que a coragem pode ser contagiosa e que a esperança pode ter vida própria”.  
Creio que já o escrevi, que este não é o meu e de muitos outros o nosso tempo. O tempo pede tempo. E enquanto perguntamos, dia a dia, quanto tempo o tempo pode ter, penso que depende de todos travar a epidemia da desinformação. Depende de todos travar a covid-19. Quer queiramos quer não o chamado “novo coronavírus” entra-nos, a toda a hora,  em casa sem pedir licença, pela televisão, pelas redes sociais, pelas mensagens que recebemos e por qualquer chamada ou videochamada que fazemos, na gestão do nosso tempo e para aguentar a solidão e o isolamento. Existem muitas perguntas sem respostas, e notícias que a cada instante mudam o que era antes. Todos sentimos que estão  criadas as condições para o pânico social e torna-se cada vez mais difícil confiar na informação ou nas decisões e indicações que recebemos. “Nos momentos de dificuldade de minha vida, lembrei-me que na história da humanidade o amor e a verdade sempre venceram. “(Mahatma Gandhi)
Podemos e devemos exercer um efectivo direito de cidadania ao “tornar-nos” agentes de saúde pública ao questionar, investigar, ao escolher as melhores fontes de informação. Somos agentes de saúde pública ao mantermo-nos atentos à informação e ao não partilhar e propagar mensagens de fontes não oficiais. Somos agentes de saúde pública ao consultar os meios de informações oficiais como a OMS e DGS, e sempre que algum dos nossos amigos tenha dúvidas partilhar com eles a informação fidedigna.
Chegou o tempo de parar. Estamos em modo de pausa. A vida segue dentro de momentos. “O que interessa mesmo não é a noite em si, são os sonhos. Sonhos que o homem sonha sempre, em todos os lugares, em todas as épocas do ano, dormindo ou acordado.”(William Shakespeare)

sexta-feira, março 20, 2020

NOS MOMENTOS DIFICEIS É QUE APARECEM OS VERDADEIROS JORNALISTAS!


NOS MOMENTOS DIFICEIS É QUE APARECEM OS VERDADEIROS JORNALISTAS!

A função prioritária de um jornalista é relatar os factos de interesse público colectivo, transformando essa informação rigorosa, de modo a que a mesma seja credível e entendível pelas pessoas. O que temos assistido na generalidade dos órgãos de imprensa portuguesa, em especial nas tvs, “é o vale tudo pelas audiências”.
Por isso hoje ao ouvir na TSF a cronica de Paulo Baldaia – jornalista da chamada velha guarda – entendi que tinha que contribuir para o seu conhecimento publico, embora em abono da verdade , hesitei em partilhá-lo, porque ele é mais do que todos os outros.

Salvar-se para merecer ser salvo. a opinião de Paulo Baldaia

O negócio da comunicação social, que já estava em crise, vai sofrer de modo particular com a quase paralisação da economia, provocada pela pandemia do novo coronavírus. Não podemos ficar indiferentes ao facto desta machadada atingir de forma muito dura um sector que é crucial neste combate e que mantém os seus custos, mas que está a perder grande parte das suas receitas. Nunca os jornais, rádios, televisões e os seus online tiveram tanta audiência e nunca a informação rigorosa foi tão necessária. Quando a economia para, as receitas publicitárias são as primeiras a desaparecer. Garantir a viabilidade económica das empresas de comunicação social, proposta altamente impopular nas redes sociais, numa situação altamente crítica como a que vivemos, é uma obrigação de qualquer governo em Democracia, mas salvar o jornalismo continua a ser uma tarefa exclusiva dos jornalistas. O que vimos, lemos e ouvimos nos últimos tempos deu sinais altamente contraditórios. Se, por um lado, a utilidade e o rigor da informação dos órgãos de comunicação social fez contraponto com a inutilidade e falsidade de muita informação das redes sociais, por outro lado, fez-nos desperdiçar o tempo numa corrida em que procuravam adivinhar o que o governo ia decidir. E quando falharam, a culpa foi sempre da realidade. Pior, em muitos casos, foi notório o ressabiamento dos jornalistas com o governo pelo facto de o governo não ter decretado proibições que os jornalistas garantiam que iam acontecer. No deve e haver, nada supera a utilidade dos órgãos de comunicação social na capacidade de dar aos portugueses informação útil e rigorosa. Por agora, é preciso que os jornalistas abdiquem de correrias sem sentido e que o poder político comece a elaborar um plano para salvar as empresas de comunicação social que demonstrarem que merecem ser salvas.”
Como cidadão que pago e paguei sempre todos os meus impostos nunca concordarei com um governo que “possa vir  dar ou subsidiar com o dinheiro pago pelos portugueses a imprensa e as tvs” – na generalidade, com muito raras excepções a imprensa, e em especial as TVS tem sido a “erva daninha” do nosso estado de direito e prejudicado seriamente os cidadãos e o interesse publico que deviam prosseguir .   
Em Portugal, há alguns bons jornalismo e há bons profissionais. Mas aquilo a que assistimos recentemente, designadamente em reportagens nas TVs, não é jornalismo de investigação. É, apenas, uma negação do jornalismo, que violam a liberdade e a dignidade, de pessoas e das instituições. E o que fez ou faz a Procuradoria Geral da Republica? Tanto que se saiba , somos um estado de direito, e ninguém está acima da Lei?

quarta-feira, março 18, 2020

Fear, the unknown, uncertainty and survival.

Fear, the unknown, uncertainty and survival.

Today it came to my mind that there are still more than 400 thousand Portuguese people who know from experience what fear, the survival instinct, the unknown and the uncertainty of tomorrow are. If we are told that we have to be patient, but at the same time sympathetic and responsible, the time has come to pass on to our children, grandchildren and all our friends this experience, which knocked on our door in certain moment of our life and how we survived a war, where “young people like us did the work of adults… and where we were one for all and all for one!”
As popular wisdom says: "Fear erodes and destroys!" And the human being, as something imperfect that he is and always will be, is naturally a being frightened and full of uncertainty when faced with the unknown. But it is not a shame to be afraid! We can and must learn to live with all this, to fight and to overcome, but we will never get rid of everything that leaves us with doubts, suspicions and fears.
Let's be very clear, it is socially irresponsible - absurd negligence - to say and think “it won't affect me”, “I won't change my life because of this” or “I'm not part of high-risk groups, so I'm good". It is everyone's responsibility to raise our voices when we see this type of speech and correct it immediately.
We are nostalgic, unsettled ... The labels are many, but how do we behave today? What about the mood of the Portuguese? Are we even more pessimistic? Annoying or cautious? And what more can be said about the mood of the Portuguese, going beyond the labels of inveterate nostalgic, hospitable but sullen, people trapped by nostalgia for fado? Increasingly accelerated lives, stress, burnout, connected, digital ... What characterizes the collective behavior of the Portuguese today will not be much different from what happens throughout the Western world. If these are unlikely to be exclusive Portuguese brands, there is some irony: being unkempt, one of the Portuguese brand images, may not be a good help in the face of “strange” times “We really are unkempt. But doing things, in some ways, discourages people from thinking about what they can do to change ”. We are shaped by others. We are completely dependent on technological means. Respect gave way to cynicism. The balance between panic and inertia is difficult to get right, as we have never experienced a situation like this in the contemporary era. We need to be willing to radically change our ways of life - and perhaps even the way we think about the society in which we live. And the reason, probably, is not to protect yourself, but to help society as a whole and the most fragile and exposed people. It is time to think of others in fact.
Stay at home, don’t hoard consumer goods, follow the technical instructions issued by health agencies, contact them but don’t go in person, think about your family and the others who also have a family to better take care of others, and think that no one needs either of dead heroes.
I want to make it very clear that the daydreams of irresponsibility apply to those who stroll along beaches, terraces, discos or shopping centers, in flocks of sparrows on the loose, on the basis of instinct, without the ability to think like human beings.
And those who consider people over 60 years old or patients with other chronic diseases (co-morbidities) to be disposable, is an objectionable attitude that reminds Nazism, in absolute contempt for life, an attitude that should deserve ours. discontent, our revolt, our contempt, in praise of life and humanism.
We will have to reflect on the day after the virus was defeated… .we just don't know, nor does anyone know when that day comes !!! only state powers are able to impose a state of exception. We have to accept it because there are absolutely no alternatives. That is why measures are called for to stop abuses - that is, more social control. So let us stop the witch hunt, ask whose fault it is or why all this happened, and ask first what we can learn from this. I think we all have a lot to think about and do. We started today because tomorrow may be late! Sometimes we say that “we have to pay a price”… .maybe it is correct!

O medo, o desconhecido, a incerteza e a sobrevivência.


O medo, o desconhecido, a incerteza e a sobrevivência.

Hoje surgiu no meu pensamento que ainda há mais de 400 mil portugueses que sabem, por experiência própria o que é o medo, o instinto de sobrevivência, o desconhecido e a incerteza do amanhã. Se nos dizem que temos de ser pacientes, mas ao mesmo tempo solidários e responsáveis é chegado o momento de transmitir aos filhos(as),netos(as)  e a todos os amigos (as) essa nossa experiência, que nos bateu à porta em determinado momento da nossa de vida e como sobrevivemos numa guerra, onde “jovens como nós fizemos o trabalho de graúdos…e onde eramos um por todos e todos por um!”
Como diz a sabedoria popular: “O medo corrói e destrói!”. E o ser humano, como algo imperfeito que é e sempre será, é naturalmente um ser amedrontado e cheio de incertezas quando perante o desconhecido. Mas, não é vergonha ter medo! Podemos e devemos aprender a viver com tudo isso, a combater e a ir ultrapassando, mas nunca nos livraremos em definitivo de tudo o que nos deixa com dúvidas, desconfianças e medos.
Vamos ser muito claros , é socialmente irresponsável – uma negligência absurda – dizer e pensar “isso não vai me afectar”, “eu não vou mudar a minha vida por causa disso” ou “não faço parte de grupos de alto risco, então estou de boas”. É responsabilidade de todos levantar as nossas vozes quando vemos esse tipo de discurso e corrigi-lo de imediato.
Somos saudosistas, desenrascados... Os rótulos são muitos, mas como nos comportamos hoje? Que dizer do estado de espírito dos portugueses? Estamos mesmo mais pessimistas ? Irritantes ou cautelosos? E que mais se pode dizer do estado de espírito dos portugueses, indo além dos rótulos de inveterados saudosistas, hospitaleiros mas soturnos, povo preso à nostalgia do fado? Vidas cada vez mais aceleradas, stresse, burnout, ligados, digital... O que marca hoje o comportamento colectivo dos portugueses não será muito diferente do que acontece um pouco por todo o mundo ocidental. Se estas dificilmente serão marcas exclusivas portuguesas, há alguma ironia: ser desenrascado, uma das imagens de marca lusas, pode não ser um bom auxílio face a tempos “estranhos” “Somos mesmo desenrascados. Mas o desenrascar, em certos aspectos, desmotiva as pessoas de pensar no que podem fazer para mudar”. Somos formatados pelos outros. Estamos completamente dependentes dos meios tecnológicos. O respeito deu lugar ao cinismo. O balanço entre pânico e inércia é difícil de acertar, pois nunca vivemos uma situação assim na era contemporânea precisamos estar dispostos a mudar radicalmente os nossos modos de vida – e talvez até o jeito que pensamos sobre a sociedade em que vivemos. E a razão, provavelmente, não é para proteger a si mesmo, mas para ajudar a sociedade como um todo e as pessoas mais frágeis e expostas. É hora de pensar nos outros de facto.
Fiquem em casa, não açambarquem bens de consumo, cumpram as indicações técnicas emitidas pelos órgãos de saúde, contactem-mas não vão presencialmente, pensem na vossa família e nos outros que também têm família para melhor cuidarmos dos outros, e pensem que também ninguém precisa de heróis mortos.
Quero deixar bem claro que os devaneios de irresponsabilidade aplica-se àqueles que se passeiam por praias, esplanadas, discotecas ou centros comerciais, em bandos de pardais à solta, na base do instinto, sem capacidade de pensar como seres humanos.
E, aqueles que consideram as pessoas que têm mais de 60 anos ou os doentes com outras doenças crónicas (co-morbilidades) como descartáveis, é uma atitude censurável que faz lembrar o nazismo, em absoluto desprezo pela vida, atitude que deve merecer o nosso descontentamento, a nossa revolta, o nosso desprezo, em louvor à vida e ao humanismo.
Vamos ter de reflectir sobre o dia seguinte à derrota do vírus….só não sabemos, nem ninguém sabe quando chega esse dia!!! só os poderes do Estado conseguem impor um estado de excepção. Temos de o aceitar por absoluta inexistência de alternativas. Por isso se pedem medidas para travar abusos – ou seja, mais controlo social. Por isso, deixemo-nos da caça às bruxas, de perguntar de quem é a culpa ou porque é que tudo isto aconteceu, e perguntemos antes o que podemos aprender com isto. Creio que temos todos muito para reflectir e fazer. Começamos hoje porque amanhã pode ser tarde! Por vezes dizemos que “é preciso pagar um preço”….talvez esteja correcto!

sexta-feira, março 13, 2020

These are times that are not ours! “These are dark times, there is no denying it…” (Albus Dumbledore -Harry Potter)

These are times that are not ours! “These are dark times, there is no denying it…” (Albus Dumbledore -Harry Potter)

These times are very demonstrative as the current society is completely vulnerable to an event that comes out of the predictability of the “ordinary things of the day” and we are led to think that all this is nothing more than “the power of nature”!
Being sure that nature, over the centuries, has been a source of observation and inspiration for the most creative and even in the way we manage our health, we must also have the perception, which does not always happen, that there are other forces of energy that destroys and devastates us, caused by our inability to change the inertia that settles in our lives.
And so, suddenly, this “crisis of lack of technical means” that involves people's health, and which already reaches gigantic proportions, started to determine our day to day influencing and in what way all our personal relationships. How long will all this last?
This morning a friend said to me: “I did not stop giving my daughter a kiss when I took her to school!”, Or when “in conversation with the group of everyday friends, we did not shake hands like this greeting is usual! ” That is, whether we like it or not, our daily lives are strongly conditioned, schools close, shows are canceled, “we have adopted” a defensive “choreography” in personal relationships, we live in a kind of “war” atmosphere, with the strange feeling that people's rights have come to the background, conditioned by what appears as an unavoidable imperative. We entered a visible “state of exceptionality”.
“They took away the“ handshake ”that is a formal greeting or greeting in our culture, wants to take away a simple gesture, but full of feelings, the hug that means affection, love, affection and friendship, and a terrible prohibition of a show of affection between people as it is a kiss used by family, friends, parents and children, couples and that means affection, respect and affection for another person, being considered as the greatest gesture of affection, love and passion between a couple . What remains for us humans? In fact, there is something terribly fascinating about nature, which we have yet to glimpse !!!
Are we overreacting with all of our fears? It may be, but it may not. In reality we have to “face”, because it enters into our lives inside without asking for authorization, the countless “opinions” of people “dressed up” as specialists that flood our written and spoken press, especially the televisions, being obvious that nobody you know, for sure, for how long and with what dimensions, the present crisis will ultimately mark our lives. It is curious to observe now, these attitudes comparing them with the “political motivations that fanned us and stole the pockets, years ago” with some more shameless comments, with a cold cruelty of differentiation of age risks: the “so-called“ gray plague ” they will be the hardest hit, as they say "the law of life", intimately adopting a kind of terminal justice judgment, which, like the "so-called financial crisis", affects them!
It is certain that many people are stunned by the unknowns, which gives us the observation of the alien images of this new “time of the plague”, with the intimate hope that everything is just an exaggeration, that we can avoid this virus, us and our . After all, we think, there have been crises of this nature in the past - and here we are to count them. “There will be nothing”, say the most optimistic, convinced that, with the heat, the virus will leave the scene. "This could be the devil", the skeptics will grumble, I would say that perhaps it is "in the midst of virtue". For the end I can't help but ask this question: Who is laughing at these games?

São tempos que não são os nossos! “São tempos sombrios, não há como negar....”( Albus Dumbledore -Harry Potter)


São tempos que não são os nossos!São tempos sombrios, não há como negar....”( Albus Dumbledore -Harry Potter)

Estes tempos são bem demonstrativos como a sociedade actual é completamente vulnerável a um acontecimento que saia fora da previsibilidade das “coisas comuns do dia a dia “   e somos levados para pensar que tudo isto nada mais é que “ o poder da natureza”!
Sendo certo que a natureza, ao longo dos séculos, tem sido uma fonte observação e de inspiração para os mais criativos e até na forma como gerimos a nossa saúde, também devemos ter a percepção, o que nem sempre acontece, que existem outras forças de energia que nos destroem e nos devastam, causadas pela nossa incapacidade de mudar a inércia que se instala nas nossas vidas.
E assim de súbito, esta “ crise da falta de meios técnicos” que envolve a  saúde das pessoas, e que atinge já proporções gigantescas, passou a sobre determinar o nosso dia a dia influenciando e de que maneira todas as nossas relações pessoais. Por quanto tempo é que tudo isto vai durar?
Hoje logo pela manhã uma pessoa amiga disse-me : “não deixei de dar um beijo à minha filha quando a fui levar à escola!”, ou quando em “conversação com o grupo de amigos de todos os dias, não apertámos a mão como é usual esse cumprimento!” Isto é, quer queiramos quer não o nosso dia a dia está fortemente condicionado, as escolas fecham, espectáculos são cancelados, “adoptámos” uma “coreografia” defensiva nas relações pessoais, vivemos numa espécie de clima “de guerra”, com a estranha sensação de que os direitos das pessoas passaram para segundo plano, condicionados por aquilo que surge como um imperativo incontornável. Entrámos num  visível “estado de excepcionalidade”.
“Tiraram-nos o “aperto de mão” que  é um cumprimento ou saudação formal na nossa cultura, quer tirar-nos um gesto simples, porém carregado de sentimentos,  o  abraço que significa carinho, amor, afecto e amizade, e uma terrível proibição de  uma demonstração de afecto entre as pessoas como é um beijo usado  por familiares, amigos, pais e filhos, casais e que significa carinho, respeito e afecto por outra pessoa, sendo considerado como o maior gesto de carinho, amor e paixão entre um casal. O que fica para nós humanos? De facto, há qualquer coisa de terrivelmente fascinante na natureza, que ainda não  vislumbramos!!!
Será que estamos a exagerar com todos estes  nossos medos? Pode ser que sim, mas também pode ser que não. Na realidade temos que “enfrentar”, pois entra-nos pela nossa vida dentro sem pedir autorização, os inúmeras “opiniões” de gente “travestida” de  especialistas que  inundam a nossa imprensa escrita e falada, em especial as televisões, sendo óbvio que ninguém sabe, de ciência certa, por quanto tempo e com que dimensões, a presente crise acabará por marcar as nossas vidas. É curioso observar já, estas atitudes comparando-as com as “motivações politicas que nos fanaram e surripiaram os bolsos, há anos atrás” com alguns comentários mais despudorados, com uma fria crueldade da diferenciação dos riscos etários: os “chamados “peste grisalha”     serão os mais atingidos, como  dizem eles “manda a lei da vida”,   adoptando intimamente uma espécie de juízo de justiça terminal, que tal como a “chamada crise financeira” atinge os mesmos!
Ao certo é que muita gente fica aturdida pelas incógnitas, que nos dá a observação das imagens alheias deste novo “tempo da peste”, com a íntima esperança que tudo não passe de um exagero, que possamos evitar o tal vírus, nós e os nossos. Afinal, pensamos, já houve crises desta natureza no passado – e aqui estamos para contá-las. “Não há-de ser nada”, dirão os mais optimistas, convencidos de que, com o calor, o vírus sairá de cena. “Isto pode ser o diabo”, resmungarão, por seu turno, os cépticos, eu diria que talvez seja “no meio que está a virtude”. Para o fim não posso deixar de colocar esta questão: Quem se está a rir com estas partidas?