“Acima de tudo está a vida das pessoas!” ( Dr. Antonio Costa –primeiro ministro de Portugal)
Todos devemos ter a consciência
que hoje é o primeiro dia da segunda vaga do confinamento, esta é a normalidade
possível, até que nos vejamos livres destes tempos impossíveis, a realidade é
que “só chegamos a estes momentos difíceis”, porque alguns não “quiseram
cumprir um mínimo de regras para viver em sociedade”. “É próprio da natureza
humana, lamentavelmente, sentir necessidade de culpar os outros dos nossos
desastres e das nossas desventuras.”( Pirandello
, Luigi) No entanto, são as nossas atitudes
que escrevem o nosso destino. Nós somos responsáveis pela vida que temos.
Culpar os outros pelo que nos acontece é cultivar a ilusão. Quanto mais
depressa aprendermos isso, menos sofreremos, e o que devem e podem faze é culpar
a vossa ignorância por não ter compreendido e pedir desculpa pelos erros que
cometeram. Como alguém disse: “Um ser humano sem palavra é como um livro sem
páginas...Não serve para nada!”.
Hoje podemos dizer que a pandemia deu-nos a todos
uma visão sobre a natureza fundamentalmente do tempo, no geral todos temos a
noção que o “tempo” não é hoje o mesmo
do passado. O ano que passou , chamamos ou vamos chamar o “ano da pandemia”,
todo o tempo foi muito parecido com o
actual. O tempo dos calendários medindo dias e semanas tornou-se irrelevante -
a duração do tempo que vivíamos “temos que reconhecer que não tinha fim ou julgávamos
que o mesmo era infinito”.
Da mesma forma, se olharmos para o futuro, nossos
sentimentos sobre os trechos de tempo entre agora e o futuro serão distorcidos.
Quando vamos sair de férias? Quanto tempo vai demorar para vermos nossos entes
queridos? Sem sinalizações no tempo objectivo, sentimos que o tempo passa - mas
porque nada acontece, ele passa muito mais devagar e estamos presos no
presente. Se soubéssemos com certeza agora que o mundo voltaria ao normal em alguns
meses, a duração do tempo passaria mais rápido. Mas como não sabemos isso ,tudo
se arrasta - embora as coisas, o que será muito difícil, mas podemos ir “sonhando”,
possam, no final, quando for esse final, voltar ao normal e no mesmo período de
tempo, talvez esse seja o nosso objectivo.
“As pessoas com altos níveis de esperança têm certos traços comuns, entre
eles o poder de se auto motivar, e sentir-se com recursos suficientes para
encontrar meios de atingir os seus objectivos, ter flexibilidade bastante para
encontrar meios diferentes de chegar às metas, e ter o senso de decompor uma
tarefa formidável em outras menores, mais manejáveis.”(Daniel Goleman)