O que querem os professores, que se autodenominam de "indignados"?
Despedir a ministra, revogar o novo regime de avaliação, receber com paga de horas extraordinárias as aulas de substituição realizadas. O que querem os sindicatos de professores, liderados pela Fenprof? Tudo o atrás exposto, mais - quanto antes - bloquear a nova gestão dos estabelecimentos escolares e reverter o estatuto da carreira docente, que passou a impedir a maioria de professores de progredir até ao topo.
Contrariados, já aceitam hoje as aulas de enriquecimento escolar, o Inglês desde tenra idade, o fim dos furos, as escolas abertas até às 17.30, desde que tudo isto, que representa mais trabalho e mais esforço, seja mais bem remunerado. Isto é, o movimento arranca de um conjunto diversificado de reivindicações profissionais para um objectivo político: dar uma volta de 180 graus ao naipe de reformas do Governo, que começam a enfrentar o teste da prática.
Perante os primeiros dados de aumento da escolarização, de queda sensível do abandono escolar e de ligeiro recuo nas reprovações, o que nos diz a Fenprof?
Perante os primeiros dados de aumento da escolarização, de queda sensível do abandono escolar e de ligeiro recuo nas reprovações, o que nos diz a Fenprof?
Como a raposa da fábula, diz que estes resultados são verdes, não prestam! São só "quantitativos", não traduzem mudanças de qualidade no ensino. Em educação, eles só 'amadurecem' passados dez ou quinze anos... Mas, seguindo nomenclatura muito cara aos contestatários, eles assinalam conquistas irreversíveis para a escola pública, que quer preparar melhor os jovens deste país, em saberes teóricos e prático-profissionais, para enfrentar o exigente mundo profissional que terão pela frente – na realidade, o que a FENPROF não assume a responsabilidade da sua acção é que tem apenas e só “produzido e criado analfabestimo” gerador do atraso em que nos encontramos.
Há uma clara instrumentalização dos problemas dos professores com fins políticos, acreditamos e estamos certos que muitos dos professores não querem ser instrumentalizados , no entanto na realidade a FENPROF é e tem sempre sido um instrumento político-partidário – será que alguém conhece a proposta da FENPROF para combater a grave situação a que se chegou na nossa Educação, fruto das suas orientações e domínio nos últimos 30 anos ?
Que dizer das denúncias de dirigentes sindicais sobre alegadas tentativas de instrumentalização partidária dos protestos dos professores ? Ler mais aqui