quarta-feira, janeiro 13, 2021

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We always arrive at the place where they are waiting for us." (José Saramago)

Tomorrow we will return to a past of “confined” with the promise that only then will we have a future. But we cannot fail to remind you that, perhaps, these measures were not necessarily so rigid if we all followed the health rules. Or is it not so? There is a Swedish proverb that says: “Fear attributes great shadows to small things”, in these winter times of our existence, at this time of life, when for some, or for all, it is said “of a certain age”, everyone, we can try to hide, we are afraid, because there is no easier feeling to detect than fear. Words are not necessary, fear is read on the body, and it is read clearly on the body of those, “of a certain age”, the reality is that nobody should know what it is to be afraid of ending up being a victim of negligent behavior of others or of himself. Having and feeling fear and anxiety are useful to fulfill isolation and will be blockers when it comes to going out again. The idea that in a while everything will be the same as it was, is completely false, we must have the notion that the reopening of life is a new experience. Here in my corner, where I am now and suddenly an idea came to me: “What if I could write a sentence that everyone understood? The reality is that this phrase would not be mine, but from someone who once said to me “my statistic is living.” To explain the size of important things to us and sometimes we also need to think about others, because we live in society, and we have a duty to respect and safeguard the health of those around us. It is necessary to respect all those who, in order to live, have to work, so it is our duty to stay at home and take all precautions in compliance with health rules, and not out of negligence, bravado, inattention or false sense of security, do not measure the consequences of violating the rules. I remember having read this sentence, anywhere: "Don't want to be the person who will contribute so that a doctor has to decide who will stay with the last ventilator". We have to be aware of this, our statistic has to be living, and we like this statistic so much that we will comply with all health rules. As a friend of mine wrote: ”With the days going by, with the hair whitening, with the wrinkles giving" the air of your grace ", in a path that teaches me ... there is time, space and a learning experience that calls attention to take care of me, look at me and do for me, without forgetting others. ” In "Viagem do Elefante", a last book by José Saramago, it is written: "We always arrive at the place where we are expected". Is this the truth? Is there a certain place, at a certain moment, where someone is waiting for us, regardless of the turns we can take to get there and how long it will take us to do it? Like everything in life there are the most and the least "credulous", life is probably and often sending us messages that, in the end, we end up hearing and recognizing as ours. “I don't think anything happens by chance, you know? That in the end things have their secret plan, although we don't understand. ”(Carlos Ruiz Zafón) There are also those who say that we have two certainties in this life, when we are born and die. In this interval we have to live in the moment, because life is made of those moments. And from moment to moment, we will arrive at the place where they are waiting for us. But we always have to “give a little help”. So, let us think about it, if it were not so, then would life be made only of chance and coincidence without real meaning? As Richard Bach wrote: “Nothing happens by chance. There is no luck. There is a meaning behind every small act. It may not be seen clearly immediately, but it will be before much time has passed. ”

“Sempre chegamos ao sítio aonde nos esperam." (José Saramago)

“Sempre chegamos ao sítio aonde nos esperam." (José Saramago)

Amanhã vamos regressar a um passado de “confinados” com a promessa que só assim teremos futuro. Mas não podemos deixar de aqui relembrar que, talvez, estas medidas não fossem necessariamente tão rígidas se, todos cumpríssemos as regras de saúde. Ou não será assim?  

Há um provérbio sueco que diz que :“O medo atribui a pequenas coisas grandes sombras”, nestes tempos de inverno da nossa existência, nesta altura de vida, em que para alguns, ou para todos, que se diz “de certa idade”, todos, podemos tentar esconder, temos medo, pois não há sentimento mais fácil de detectar de que o medo. Não são precisas palavras, o medo lê-se no corpo, e lê-se com toda clareza no corpo daqueles , “de certa idade”, a realidade é que ninguém deve saber o que é ficar com medo de  acabar  por ter sido vítima de comportamentos negligentes de outros ou dele próprio. Ter e sentir o  medo e a ansiedade são úteis para cumprir o isolamento e vão ser bloqueadores na hora de voltar a sair. A ideia de que daqui a uns tempos tudo será igual ao que era, é  completamente falsa, devemos ter a noção que a reabertura da vida é uma experiência nova.

Aqui no meu canto, onde estou agora e assim de repente surgiu-me um ideia: “e se pudesse escrever uma frase que todos entendessem? A realidade é que essa frase não seria minha, mas de alguém que uma vez me disse ‘a minha estatística é viver.’ Para nos explicar o tamanho das coisas importantes e às vezes também é preciso   pensarmos nos outros, pois vivemos em sociedade, e temos o dever de respeitar e acautelar a saúde de quem nos rodeia. É preciso respeitar todos aqueles que para podermos viver, tem que trabalhar, por isso cumpre-nos  o dever de ficar em casa e tomar todas as precauções cumprindo as regras de saúde, e não , por incúria, por bravata, por desatenção ou por falso sentido de segurança,  não medir as consequências de violar as regras. Lembro-me de já ter lido, em qualquer lado, esta frase :”Não queiras ser a pessoa que vai contribuir para que um médico tenha de decidir quem vai ficar com o último ventilador”. Temos de ter consciência disso, a nossa estatística tem de ser viver, e de gostarmos tanto dessa estatística que vamos cumprir todas as regras de saúde. Como escreveu uma amiga minha: ”Com os dias a passar, com os cabelos a esbranquiçar, com as rugas a dar "o ar da sua graça", num caminho que me vai ensinando...há tempo, espaço e uma aprendizagem que me chama a atenção para cuidar de mim, olhar para mim e fazer por mim, sem esquecer os outros.

Na  "Viagem do Elefante", um último livro de José Saramago, vem escrito: "Sempre chegamos ao sítio aonde nos esperam". Será esta a verdade? Será que, há um certo lugar, num certo momento, onde existe alguém à nossa espera, independentemente das voltas que possamos dar para lá chegar e do tempo que demoraremos a fazê-lo?

Como tudo na vida há os mais e os menos “crédulos”, a vida está, provavelmente e com frequência, a enviar-nos mensagens que, no fim, acabamos por ouvir e reconhecer como nossas. “Acho que nada acontece por acaso, sabe? Que no fundo as coisas têm seu plano secreto, embora nós não entendamos.”(Carlos Ruiz Zafón)

Há , também, quem diga que  temos duas certezas nesta vida, quando nascemos e morremos. Neste intervalo temos que viver o momento, porque a vida é feita desses momentos. E de momento em momento lá chegaremos ao sítio aonde nos esperam. Mas temos sempre que “dar uma ajudazinha”. Por isso, pensemos bem, se assim não fosse, seria então a vida feita somente de acasos e coincidências sem verdadeiro significado? Como escreveu Richard Bach: ”Nada acontece por acaso. Não existe a sorte. Há um significado por detrás de cada pequeno acto. Talvez não possa ser visto com clareza imediatamente, mas sê-lo-á antes que se passe muito tempo.”