我們能夠做到最好! Wǒmen nénggòu zuò dào zuì hǎo! WE ARE ABLE TO DO OUR BEST! “É das coisas, que os sonhos são feitos.” It is about things, that dreams are made." (William Shakespeare
segunda-feira, maio 03, 2021
“Pensar é um diálogo que temos connosco próprios." (prof. Eduardo Lourenço)
“Pensar é um diálogo que temos connosco próprios."
(prof. Eduardo Lourenço)
Há momentos na nossa vida que “julgamos” ter “determinadas coisas por garantidas”, a realidade é que de um momento para o outro as “coisas não são bem assim”, tudo se esfuma num ápice, mais ou menos ficamos naquele estado que queríamos apanhar o vento, ou julgávamos que podíamos apanhar o vento!!! E só nos resta “o pensamento” de Fernando Pessoa:” Às vezes ouço passar o vento; e só de ouvir o vento passar, vale a pena ter nascido.”
Por vezes damos por nós a folhear um jornal, ou um livro de uma forma metódica, para não perder nada, mas também para não perder tempo. No fundo só lemos o que nos interessa. Há algum tempo um amigo ensinou-me que a coisa mais importante que devemos aprender, ao ler artigos de opinião em jornais, ou ouvir nas tvs ou qualquer outro método, é perguntar sempre, (descobrir) “com quem é que ele (ou ela) está a falar?” “É com a malta do partido? É com os amigos? É com o patrão? etc”. É que há sempre alguém a que um articulista se dirige. Há sempre alguém que quer impressionar. Pode ser só uma pessoa. Atenção: é quase sempre uma só pessoa. Essa pessoa pode ser a única pessoa que vai ler o texto – ou pode até nem ler mas apenas vir a saber que se escreveu qualquer coisa nesse sentido.” E por assim dizer que, quase sempre aquilo que nos parece disparatado e faccioso, veemente e dogmático ou crédulo e banal, torna-se claro quando se percebe que, talvez, seja uma “espécie” de recado. Ou até talvez, uma prece. "Nós somos tempo. Compreender aquilo que nós somos é compreender o tempo que nós somos, aquilo que o tempo exterior, o tempo da história, o tempo da sociedade é em nós.” (prof. Eduardo Lourenço)
O problema desta fé cega num pressuposto falso é que as pessoas, as tais boas e sérias pessoas, tendem algumas vezes a perder o discernimento. Por cá, a doença do nós-contra-o-mundo já leva uns anos valentes e atinge todos por igual. Esta condição tende a agravar-se com o tempo. Às vezes parece que melhora, mas é uma febre que regressa sempre a má sorte pode partir-nos a vida mas a inteligência pode consertá-la e tu, “pessoa que caiu e que já vi entretanto de pé, tu és dona de uma força absoluta e tens uma inteligência que é inspiração e também a tua salvação - e se tiveres medo neste teu caminho, porque ter medo nem sempre é cobardia porque às vezes é somente inteligência,” lê duas vezes a Clarice Lispector: “Naquela hora da noite conhecia esse grande susto de estar viva tendo como único amparo apenas o desamparo de estar viva. A vida era tão forte que se amparava no próprio desamparo”.
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