sexta-feira, maio 06, 2022

“De nada vale tentar ajudar aqueles que não se ajudam a si mesmos.”(Confúcio)

“De nada vale tentar ajudar aqueles que não se ajudam a si mesmos.”(Confúcio) Nesta dura realidade, nestes tempos que estamos a viver é fundamental não esquecer os afectos, as emoções e acima de tudo a empatia.( Capacidade de se colocar no lugar de outra pessoa, buscando agir ou pensar da forma como ela pensaria ou agiria; compreensão). Em primeiro lugar, a paz constrói-se dentro de nós. Sermos empáticos com as emoções dos outros, especialmente o sofrimento, torna-nos mais conscientes das nossas atitudes e das nossas escolhas. A empatia dá-nos a certeza de que a violência nunca é a resposta, nada justifica a violência, nada justifica a falta de respeito pelo outro e pelo valor da vida humana, com a nítida percepção de estarmos conscientes das diferentes realidades e do que acontece no mundo que nos rodeia.” Neste mundo não existe verdade universal. Uma mesma verdade pode apresentar diferentes fisionomias. Tudo depende das decifrações feitas através de nossos prismas intelectuais, filosóficos, culturais e religiosos.”Dalai Lama) Nestes últimos tempos em que vivemos, com o “aparecimento” do “Covid19” trouxeram enormes desafios sociais e pessoais, em que a vida como a conhecíamos mudou, mostrando-nos a nossa fragilidade e o quanto não estamos em controlo total do que nos rodeia, nomeadamente medo do “vírus” que nos levou ao isolamento, à distância de tudo e todos e à readaptação do viver socialmente. Todo este processo, apesar de global, não foi igual para todos, e a vivência pessoal desta crise foi única e transformou cada indivíduo de forma diferente. Embora relembre aqui o que disse Amyr Klink:“Quem tem um amigo(a), mesmo que um(a) só, não importa onde se encontre, jamais sofrerá de solidão; poderá pensar que “morre” de saudades, mas não estará só.” A nossa capacidade de nos colocarmos no lugar dos outros e demonstrar interesse pelos sentimentos e respeitar as emoções e opiniões dos outros permite-nos praticar a solidariedade, a gentileza, a generosidade e a noção de que cada um de nós deve ser um agente proactivo na consciência do mundo, de nós no mundo e do impacto dos nossos comportamentos. Ao sermos empáticos com as emoções dos outros, especialmente o sofrimento, torna-nos mais conscientes das nossas atitudes e das nossas escolhas. A escolha da não-violência, a escolha da inclusão e do respeito pelo próximo, a escolha do acolhimento e da noção da necessidade do outro, a escolha do diálogo livre, do saber ouvir, do saber expressar, compreender e agir de forma adequada face às emoções dos outros, não fazendo juízos de valor e colocando os nossos preconceitos de lado. Como disse Denis Diderot: “A ignorância não fica tão distante da verdade quanto o preconceito.”

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