sábado, julho 27, 2019

“Quem olha para fora sonha, quem olha para dentro acorda.” (CARL GUSTAV JUNG)


 “Quem olha para fora sonha, quem olha para dentro acorda.” (CARL GUSTAV JUNG)

A verdade é que estou a tentar, com regularidade, seguir este conselho: “Escrever. Seja uma carta, um diário ou umas notas enquanto falas ao telefone, mas escreve. Procura desnudar a tua alma por escrito, ainda que ninguém leia; ou, o que é pior, que alguém acabe lendo o que não querias. O simples acto de escrever ajuda-nos a organizar o pensamento e a ver com mais clareza o que nos rodeia. Um papel e uma caneta fazem milagres, curam dores, consolidam sonhos, levam e trazem a esperança perdida. As palavras têm poder. É preciso correr riscos, seguir certos caminhos e abandonar outros. Nenhuma pessoa é capaz de escolher sem medo."(Paulo Coelho)
Quando abordamos a nossa vida a partir de uma “mentalidade fixa”, o que  faz acreditar que nascemos com “inteligência” que não irá mudar, e por isso, vemos o nosso conhecimento, as nossas  oportunidade e o nosso crescimento como algo que já não podemos mudar ou até se queremos mudar. A primeira coisa que nos vêm à “cabeça” é que nós não temos qualquer poder, e errar é algo insuportável. E, também não temos espaço para nossa capacidade inata de fazer as coisas de maneira diferente. Essa nossa mentalidade fixa  mantém-nos  presos no tempo e sem vontade, e por essa crença limitante, tendemos a evitar desafios e experiências novas com medo de parecerem menos inteligentes.
Talvez tenha chegado o momento de uma pequena reflexão. Porque é que não pode desfrutar do seu sucesso de viver a vida quando está  apenas e só focado em "por que eu" ou "como cheguei até aqui"? É preciso concentrar-se em estar presente e aproveitar o momento, e ser total e radicalmente honesto consigo mesmo assumindo deste modo a responsabilidade pessoal sobre sua vida, prestando mais  atenção às suas escolhas, ter as suas opções, reconhecer o que precisa mudar. Como disse Paulo Coelho “O homem nunca pode parar de sonhar. O sonho é o alimento da alma, como a comida é o alimento do corpo.”  
Parece-nos que tudo isto são coisas tão relevante nos dias de hoje, especialmente com acesso fácil ao "destaque" de todos os outros produtos e realizações por meio das redes sociais e da tecnologia. É incrivelmente fácil comparar-nos com os outros e subestimar o trabalho que investimos para chegar onde estamos! Nos dias de hoje, eu também sou dos que acredito que as redes sociais representam, em certa medida um perigo para a democracia e para a qualidade de vida e até posso classificar o modo como muitas pessoas se expõem como uma "espécie de pornografia pessoal". Como disse António Damásio: "Há riscos evidentes que têm a ver com a exploração do indivíduo e com o desrespeito de valores individuais".
Como é que  cultivamos uma mentalidade de crescimento na nossa vida? Como é que se tem espaço para o nosso próprio crescimento? O que é que pode ser necessário mudar para ter mais espaço para abordar na nossa vida com uma mentalidade de crescimento em vez de uma mentalidade fixa ou presa ao passado?  Como disse Bento Jesus Caraça: “Se não temo o erro, é porque estou sempre disposto a corrigi-lo.”  Como alguém disse há duas mentalidades que podemos ter neste Mundo, mas aquela que nós escolhermos é que fará a diferença. Lembrar no entanto,  que, devemos ter sempre muito cuidado para não julgarmos qualquer pessoa sem considerar também todo o contexto em que ela está “a viver” e ajudá-la para que possa mudar,   se assim o desejar. Temos que ter a noção de que uma mentalidade de crescimento permite-nos continuar a crescer, a expandir e a mudar, mantendo sempre a possibilidade de que algo mais também é possível criando o espaço para aprender tudo o que experimentamos, abrindo a nossa vida para nos tronarmos mais do que pensamos que julgamos que somos, sendo por isso, a nossa gratidão e sentirmos a honra de que podemos cultivar as nossas vidas, através de uma consistência, esforço, trabalho e muito respeito pelos outros. Vem-nos à memória as palavras de Bento Jesus Caraça: “Há, em suma, que dar ao homem uma visão optimista de si próprio; o homem desiludido e pessimista é um ser inerte sujeito a todas as renúncias, a todas as derrotas - e derrotas só existem aquelas que se aceitam.”

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