sábado, julho 27, 2019

"Fácil é sonhar todas as noites. Difícil é lutar por um sonho." (Carlos Drummond de Andrade)


"Fácil é sonhar todas as noites. Difícil é lutar por um sonho." (Carlos Drummond de Andrade)  

 O que há de belo em naquilo que nos  rodeia? Esta é talvez uma óptima pergunta que nós podemos fazer a nós mesmos, nos momentos de tédio ou até de nervosismo e quando nos encontramos desiludidos com tudo o que nos rodeia. Quando estamos, ou somos obrigados a estar numa qualquer fila, ou “bicha” para ser uma palavra mais portuguesa, quer seja nos serviços de saúde, num banco ou á espera de transporte, ou até á espera de qualquer reunião de trabalho e que lhe está a causar uma certa ansiedade, pergunte a si mesmo ou tente ver, o que há de belo em seu redor. Tente fazer desta pergunta até um jogo. Vai chegar a uma conclusão de que há por aí tanta beleza nas coisas feita pelos seres humanos, ou até mesmo nas suas próprias reflexões. A beleza está em toda parte! Como disse Albert Einstein “O importante é não parar de questionar. A curiosidade tem sua própria razão de existência. Não se pode deixar de ficar admirado quando contempla os mistérios da eternidade, da vida, da maravilhosa estrutura da realidade. Basta que se busque compreender um pouco desse mistério a cada dia. Nunca perca a curiosidade… Não pare de se maravilhar !”
Por vezes devíamos e ter a percepção de que uma  influência discreta é útil em casos em que não é possível ou não é adequado dizer abertamente a alguém aquilo que se pensa. Todos nós conhecemos pessoas com quem não é fácil falar... ou porque são teimosas ou porque são conflituosas... ou simplesmente porque estão tão envolvidas na defesa de uma causa ou ideia que têm dificuldade em mudar de opinião em relação a esse assunto. Nós, portugueses, não somos educados para aquilo que algumas pessoas chamam “dar o braço a torcer”. Só a ideia, só pensar nisso, dar o braço a torcer... faz impressão. Há pessoas que dizem com orgulho... eu não dei o braço a torcer... ou seja, eu não admiti que errei, que estava enganado. Mas não tem mal nenhum enganarmo-nos... ou até pensarmos de uma maneira e depois ouvirmos outra coisa, outra ideia... e mudarmos de opinião. É sempre muito bom relembrar uma frase de Bento Jesus Caraça: “Se não receio o erro, é porque estou sempre disposto a corrigi-lo”, que nos deveria acompanhar sempre em todos os nossos passos diários. É até positivo sermos capazes de pensar melhor e mudar de ideias. Mas nos casos em que as pessoas não conseguem admitir essa mudança, a influência discreta pode ser adequada. Quando é que deve usar a influência discreta? Deve usar nos casos em que o está em causa é uma mudança de opinião ou de atitude, ou em situações em que é útil criar ou manter essa empatia, ou seja, investir na relações com os outros.  Aprendemos com Nicolau Maquiavel  nas suas Histórias Florentinas, escritas à uns tantos séculos atrás, que “ “poucos vêem o que somos, mas todos vêem o que aparentamos.” Ou onde há uma vontade forte, não pode haver grandes dificuldades.” E para finalizar “ que tem começo também tem um fim”.
Na realidade todos, com mais ou menos amplitude tememos  a mudança porque nos sentimos inseguros, por não sabermos o que vem a seguir ao passo da escolha de mudar. Tememos a forma como nos vamos sentir depois de mudarmos a direcção e o sentido da vida. Tememos aquilo que vamos encontrar. Afinal o que será? Na realidade não sabemos, nem ninguém nunca saberá. Tememos o “como vai ser”, respiramos de forma acelerada só de pensar “e se correr mal?” Tememos aquilo que desconhecemos e é isso que nos faz muitas vezes estar onde não queremos estar, com quem não queremos estar, ou a fazer o que não gostamos de fazer. Tememos o que não vemos, como se do sitio onde estamos conseguíssemos ver para além do que vive na nossa imaginação. Tememos o que imaginamos não na nossa realidade, nem a que poderá vir a ser vivida. Tememos todas as hipóteses catastróficas e irreais que vão surgindo na nossa cabeça como se de um filme se tratasse. Mas esquecemos de colocar a tónica na vida que queremos e não naquela que tememos. Porque temê-la se a desejamos? E se a desejamos é porque não estamos bem onde estamos, porque ninguém deseja uma coisa que não quer. Se assim é, aceitemos o medo como indicador de queremos sempre o melhor para nós, incluindo a segurança interior, e abracemos a mudança que queremos. Se a queremos é porque esse é o melhor caminho para nós. “Há, em suma, que dar ao homem uma visão optimista de si próprio; o homem desiludido e pessimista é um ser inerte sujeito a todas as renúncias, a todas as derrotas - e derrotas só existem aquelas que se aceitam.” (Frase do matemático português Bento de Jesus Caraça)

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