quinta-feira, julho 13, 2023

É porque não sabem ou porque não querem saber?

É porque não sabem ou porque não querem saber? Como disse alguém “a beleza da vida é sermos nós que a construímos com as nossas opções e decisões”. Na verdade eu acho que a forma mais bonita de olharmos para a vida é vivermos como se fosse um livro que nós estamos a escrever e quando chegarmos ao fim da vida, vamos querer ler esse livro. Se pensarmos assim, vamos todos querer ter histórias bonitas das quais nos orgulhamos. Mas nunca podemos esquecer as palavras atribuídas a Santo Agostinho: ”Sejamos humildes para evitar o orgulho, mas temos de ser capazes de voar alto para alcançar a sabedoria. “ Nos tempos que vivemos, em que meias verdades são apresentadas como verdades absolutas, sejamos claros em dizer que a claridade moral não nos cega, como todos nós, por vezes é que escolhemos fechar os olhos a certas coisas. Chegados aqui sinto que tenho amigos em todos os quadrantes políticos e filosóficos. Mas, por formação e alguma experiência política, que a idade já me dá, tenho, como certamente cada um de vós, os meus limites: aqui não cabem anti-democratas, populistas de pendor fascista, intolerantes com quem é diferente, racistas, xenófobos, pessoas que descriminem outros pela raça, escolha religiosa, orientação sexual ou opção filosófica. Acredito nas boas pessoas sejam de esquerda. do centro ou de direita, sejam “isto ou aquilo”. Porém desprezo com grande intensidade quem não dá o direito aos outros de serem como são e de pensarem livremente. Acredito na humanidade e individualidade de cada um, mas não acredito nem convivo com canalhas. Esses no meu espaço não têm lugar. Talvez seja o momento de relembrar a frase, ou o poema, é o que resta de um conjunto de declarações avulsas e obscuras de Martin Niemöller (1892-1984), um pastor luterano alemão que foi internado pelos nazis em campos de concentração~ "Primeiro levaram os comunistas, eu calei-me, porque não era comunista. Quando levaram os sociais-democratas, eu calei-me, porque não era social-democrata. Quando levaram os sindicalistas, eu não protestei, porque não era sindicalista. Quando levaram os judeus, eu não protestei, porque não era judeu. Quando me levaram, já não havia quem protestasse". A nossa dúvida é se não sabemos ou se não queremos saber, sobre o que se passa à nossa volta?

Sem comentários:

Enviar um comentário