segunda-feira, setembro 21, 2020

O “FANATISMO SOCIAL” – UM “VIRUS” MUITO PIOR QUE O COVID19!

 O “FANATISMO SOCIAL” – UM “VIRUS” MUITO PIOR QUE O COVID19!

 Nos tempos de hoje “apareceu” com a criação nas redes sociais o “chamado fanatismo social” que nada mais é que a junção das diversas “classes de fanatismo”- religioso, político e futebolístico”.O fanático não tem pensamento nem ideias próprias, absorve de outros que por sua vez já as absorveram de outros, e assim sucessivamente. Para os fanáticos não lhe interessa os factos reais, nem a sua origem e torna como suas as ideias e pensamentos de outrem. O fanatismo gera o ódio e não o limita antes o expande, e nunca lhe importa ou aceita a explicação dos factos reais ou a procura da verdade já que “montou” a sua própria narrativa e não existe outra “verdade” que não a dele  e, que julga mais conveniente para os seus interesses, não muda de ideia, nem muda de assunto. ”O fanatismo é a única forma de vontade que pode ser incutida nos fracos e nos tímidos.”(Friedrich Nietzsche)

A base do fanatismo são as” chamadas teorias da conspiração”  que partem sempre de factos reais, para os distorcer, deturpar ou “falsificar” de acordo com o que julgam ser o “seu pensamento” e interesses que fomentam a raiva e o ódio na sociedade, tendo como base, agora mais alargada a utilização das redes sociais, onde se está cada vez mais tempo online, dependentes de “likes” e prontos a consumir informação que não é verificada, nem confirmada, com efeitos terríveis na sociedade.

Podemos até aceitar que de facto, as novas tecnologias abriram e expandiram as nossas mentes, levados até a acreditar que a internet e as redes sociais poderiam servir para unir as pessoas e solucionar discordâncias, mas hoje sentimo-nos aprisionados com os problemas causados pelo uso intensivo das redes sociais, nomeadamente: vício, desconcentração, isolamento, falsificação, deturpação, polarização e a  desinformação.

Algumas características do ser humano, que assenta no geral em algumas ideias de intolerância, que na confrontação com opiniões alheias que  lhe desagradam os leva a uma maior convicção  da sua “realidade” e   que no fundo são geradoras do medo, só podem ser modeladas com o tempo. A quantidade de informação que circula na rede é tamanha que dá para cada grupo encontrar os factos e os dados de que precisa para montar sua própria narrativa. Hoje vimos que as pessoas estão menos dispostas a ouvir e aprender, menos dispostas a ceder, menos dispostas a cooperar. Isto é o “fanatismo” torna as pessoas muito piores. É por isso que o melhor combate que podemos fazer ao fanatismo é através do conhecimento. Mas, não podemos esquecer que estamos perante uma questão da Humanidade e da Vida, onde, a ignorância das coisas e a ignorância e o oportunismo na mesma clama por conhecimentos e soluções que ninguém tem. Como dizia Jean-Jacques Rosseau:Geralmente aqueles que sabem pouco falam muito e aqueles que sabem muito falam pouco.”

Temos uma falsa noção de que a utilização das redes sociais é gratuita,  mas alguém está a pagar por ela: os anunciantes. Eles são, portanto, os verdadeiros clientes destas empresas. E nós achamos que estamos a utilizar uma ferramenta, mas na verdade estamos a ser vendidos. Esta é uma velha máxima do mercado: "Se não estás a pagar pelo produto é porque tu és o produto." Que as redes sociais querem comprar os dados dos seus utilizadores é algo para o qual todos devemos estar mais ou menos despertos. Mas o que alguns especialistas nos dizem vai um pouco mais longe: este produto é "a mudança gradual no nosso comportamento e na nossa percepção"; o que as redes sociais querem é "mudar o que fazemos, o que pensamos, o que somos", gradualmente e de forma imperceptível, numa omissão de que a  solidariedade de  cidadania, aliada ao saber partilhado, é o grande traço civilizacional no combate às exclusões e na construção de sociedades mais justas. “Uma geração vai, e outra geração vem; mas a terra para sempre permanece. Nasce o sol, e o sol se põe, e apressa-se e volta ao seu lugar de onde nasceu.”(Eclesiastes 1:4,5) versão Biblica Frederico Lourenço)

Sendo certo que nem todos possuem os mesmos anseios, e que  a vida nem sempre tem sentido, pessoalmente, julgo  estar muito atento, acho que sigo num jogo tipo de recreio , como acontecia nas escolas primárias, do meu tempo: a  "cabra cega". Tento seguir, procurando a luz que, tenho a consciência que ainda  não existe para ninguém. Preocupo-me com os que vão caminhando e ajudando sem visualizar soluções credíveis, também sei que a “ bazófia” pertence à manipulação dos media. Nós e os nossos nem somos sequer um dente da engrenagem. Somos um zero à esquerda no universo dos tais biliões que não têm alma, emoções ou, sequer, uma pontinha de humanidade. “Jamais desista de ser feliz, lute sempre pelos seus sonhos. Seja profundamente apaixonado pela vida, pois a vida é um espectáculo imperdível, ainda que se apresentem dezenas de factores a demonstrarem o contrário”. (Augusto Cury)

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