segunda-feira, março 23, 2020

“QUANTO MAIOR É O SONHO, MAIS LONGA É A ESPERA!” (Suh Yoon Lee)


 QUANTO MAIOR É O SONHO, MAIS LONGA É A ESPERA!”
     (Suh Yoon Lee)

 "Ninguém se atreve a prever como vai ser daqui para a frente.”

A experiência de vida diz-nos que para realizarmos grandes sonhos será preciso grandes sacrifícios e, em alguns casos, uma longa espera. Talvez assim seja ou nem todos acreditam que seja assim.
Sou de uma geração, como  muitos de nós que viveu boa parte da sua vida em estado de emergência: a emergência de ir para a  guerra do ultramar, da ditadura, do fim do império, da construção de um novo regime resultante da “revolução”, de novas relações com o mundo etc. Uma geração que saiu de casa, por volta dos 20 anos, que se fez à vida em África uns e  outros pelo mundo para onde emigrou.  Temos que admitir que muitos projectos de vida caíram por terra como um baralho de cartas, muitos cursos ficaram por terminar, mas muitos de nós, temos que  considerar que tivemos sorte porque fomos e voltamos, o que não aconteceu a milhares de outros jovens que deram a sua vida por nada e para nada! É por isso, e talvez que sabemos  que nem  todos os sonhos se realizam, mas podemos sempre sonhar novos sonhos, tendo a consciência que os  sonhos não são impossíveis, só as pessoas é que não sabem como realizá-los. “A nossa maior fraqueza está em desistir. O caminho mais certo de vencer é tentar mais uma vez.” (Thomas Edison)
Na verdade se ficarmos parados  no mesmo lugar, nunca seremos capazes de alcançar aquilo que desejamos. Temos que nos inspirar e encontrar a coragem para realizar os nossos maiores sonhos, independentemente dos medos que nos cercam! Precisamos de muita força de vontade para nos  arriscarmos o bastante! Como terá dito Michelle Obama: “Nem sempre teremos uma vida confortável e nem sempre estaremos aptos a encontrar soluções para os nosso problemas de uma vez. Mas nunca subestimem a sua importância, porque a história já nos mostrou que a coragem pode ser contagiosa e que a esperança pode ter vida própria”.  
Creio que já o escrevi, que este não é o meu e de muitos outros o nosso tempo. O tempo pede tempo. E enquanto perguntamos, dia a dia, quanto tempo o tempo pode ter, penso que depende de todos travar a epidemia da desinformação. Depende de todos travar a covid-19. Quer queiramos quer não o chamado “novo coronavírus” entra-nos, a toda a hora,  em casa sem pedir licença, pela televisão, pelas redes sociais, pelas mensagens que recebemos e por qualquer chamada ou videochamada que fazemos, na gestão do nosso tempo e para aguentar a solidão e o isolamento. Existem muitas perguntas sem respostas, e notícias que a cada instante mudam o que era antes. Todos sentimos que estão  criadas as condições para o pânico social e torna-se cada vez mais difícil confiar na informação ou nas decisões e indicações que recebemos. “Nos momentos de dificuldade de minha vida, lembrei-me que na história da humanidade o amor e a verdade sempre venceram. “(Mahatma Gandhi)
Podemos e devemos exercer um efectivo direito de cidadania ao “tornar-nos” agentes de saúde pública ao questionar, investigar, ao escolher as melhores fontes de informação. Somos agentes de saúde pública ao mantermo-nos atentos à informação e ao não partilhar e propagar mensagens de fontes não oficiais. Somos agentes de saúde pública ao consultar os meios de informações oficiais como a OMS e DGS, e sempre que algum dos nossos amigos tenha dúvidas partilhar com eles a informação fidedigna.
Chegou o tempo de parar. Estamos em modo de pausa. A vida segue dentro de momentos. “O que interessa mesmo não é a noite em si, são os sonhos. Sonhos que o homem sonha sempre, em todos os lugares, em todas as épocas do ano, dormindo ou acordado.”(William Shakespeare)

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