“Sou o
que penso, mas penso ser tantas coisas.”
(Fernando Pessoa)
Acredito que todos nós, num momento ou noutro, em
determinadas fases da sua vida ter-se-à certamente interrogado – qual é o
significado da vida?
Esta questão surge talvez, num profundo desejo de
decifrar o significado e o propósito da
nossa existência. Não sei a que conclusões terão chegado, ou se porventura
chegaram a algumas. No entanto, eu gosto de pensar que mesmo quando procuramos
respostas para tais questões, todo o processo terá um significado mais
profundo. Para mim tem acontecido isso….
Quando perguntamos pelo sentido ou significado de
uma palavra, por exemplo, queremos saber o que a palavra quer dizer, o que representa,
como a interpretamos, ao colocar a questão do que a vida significa sem um
contexto analogamente especificado, deixa-nos completamente perdidos. Contudo,
quando as pessoas se perguntam pelo sentido da vida, estão evidentemente a
exprimir uma qualquer preocupação, e seria desavisado insistir que não fazemos
a mínima ideia do que seja.
“Qual é o sentido da vida?”
A mais central delas é aparentemente uma
tentativa de encontrar um propósito ou objectivo para a existência humana. É um
pedido para descobrir por que estamos aqui (ou seja, por que existimos de todo
em todo), com a esperança de que uma resposta a esta pergunta nos dirá também
algo sobre o que devemos fazer com as nossas vidas.
Se essa pergunta ou outras similares como: “qual
é o meu propósito de vida?” ou “qual é o sentido da minha vida?” ou ainda “como
descubro meu propósito de vida?” não nos saem da nossa cabeça então é porque
alguma coisa não vai bem. Como disse Aristóteles que foi mais directo nessa
reflexão do “porquê” devemos buscar ter um propósito de vida: “Toda pessoa deve ter algum objectivo para o
qual dirigir a sua boa vida e todos os seus actos serão conduzidos a ele, uma
vez que não ter uma vida organizada em função de um determinado fim é um sinal
de grande tolice.”
Apenas temos que seguir em frente. Primeiro, porque em nenhuma altura em
nenhum momento, nada deve ser mendigado. Segundo, porque tudo deve ser
recíproco, e que preciso de o ir fazendo
não só no meu tempo, mas com alguém que entenda aceite o meu tempo, e também
que possa ser o seu tempo.
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