sábado, outubro 29, 2016

SERIA “BURLESCO” SE NÃO FOSSE GRAVE!

SERIA “BURLESCO” SE NÃO FOSSE GRAVE!

Nunca será possível ultrapassar por lei a falta de ética das pessoas. Se alguém não é sério, é uma questão de tempo para isso surgir”. (Dr. Rui Rio ex-presidente da Camara Municipal do Porto)

Num País, como Portugal, onde a imprensa se diz “ livre” e o direito à liberdade de expressão é um valor que tem consagração na Constituição, somos levados a pensar que “vivemos no melhor dos mundos” com condições de exercício de cidadania claros e transparentes, sem ter a “sensação” de que uma prática insidiosa de propaganda politica é introduzida sistematicamente de forma dissimulada, diariamente, e quase sem excepções no chamado “jornalismo”, em “obediência” a suas estratégicas de clara manipulação, quer no tocante a falta de pluralidade de opinião nos painéis consultados, induzindo o público na errada percepção de que há apenas uma solução para um determinado problema; quer a nível opinativo, com opiniões enviesadas que são apresentadas como factos objectivos.
Aliás, cada vez é menos compreensível porque não é seguida a prática de outros países, onde este problema, que enfraquece a nossa democracia, e cuja responsabilidade não pode ser só assacada à classe politica, mas também à comunicação social e à justiça, é controlado através da declaração pública de interesses. Isto é, por cá isso não se passa, e os espaços de informação estão repletos de opinadores que são apoiantes de determinados partidos – muitas vezes, são até filiados nesses partidos –, mas não declaram a sua sensibilidade política.

 Segundo julgamos saber os deputados na Assembleia da República, tem em preparação um “novo pacote da transparência na vida pública”, sendo que na vida pública não se pode considerar apenas os políticos, mas também, “os magistrados, os detentores dos órgãos de comunicação social e os editores desses órgãos, e aqueles que condicionam o que sai, como sai e se saia quem deve ser exigido a respectiva declaração de interesses.

 Num país onde ainda há imenso a fazer pela literacia política e económica dos cidadãos, este tipo de propaganda política, disfarçada de jornalismo independente, é uma das maiores ameaças à nossa liberdade e formação intelectual. Isto é uma receita para o desastre, para a descredibilização do jornalismo. Nos jornais, os “opinadores televisivos” insistem na esquizofrénica teoria de que os trabalhadores devem ter menos direitos laborais e salários mais baixos, pois isso é para seu bem. Nos indicadores económicos, verificamos que a desigualdade distributiva – o fosso entre mais ricos e mais pobres – e o nível de vida dos portugueses têm vindo progressivamente a agravar-se. Se cortar direitos e salários fosse solução para a situação económica do país, Portugal estaria agora a viver uma prosperidade fulgurante. E, no entanto, sabemos que esta política trouxe apenas mais dívida pública, mais desemprego e mais pobreza. Paradoxalmente, hoje sabemos claramente que entre os economistas, tanto em Portugal como no estrangeiro, cada vez é mais forte o consenso em volta da constatação de que a austeridade foi um erro colossal, tendo causado estagnação crónica em alguns países e agravado ainda mais as contas públicas noutros, com impactos gravíssimos nos indicadores da actividade social e económica desses Estados

Mas cá, estranhamente ou talvez não, os zés e os camilos deste país insistem: “isto estava a correr bem e era preciso cortar ainda mais.” E, quando são contestados, lançam a carta da vítima, alegam que estão a ser pressionados e dizem que a Esquerda lida mal com a liberdade. Os tipos que usam o seu papel privilegiado no jornalismo económico português para fazer propaganda pela Direita são os mesmos tipos que alegam que a Esquerda lida mal com a liberdade. Isto é um pouco como a equipa de futebol que não têm capacidade para ganhar um jogo, a queixar-se de que perdeu o jogo por má arbitragem.

Vide nas Redes Sociais
Publicação  de um artigo de Camilo Lourenço e o vídeo com as declarações de José Gomes Ferreira podem ser consultados aqui:

quarta-feira, outubro 19, 2016

"CAN NOT BE SERIOUS! "

 " CAN NOT BE SERIOUS!"

"It will never be possible to overcome by law the lack of ethics of the people. If someone is not serious, it is a matter of time for it arise. " (Rui Rio former president of the Camara Municipal do Porto)

In a country such as Portugal, where the press is said "free" and the right to freedom of expression is a value that has consecrated in the Constitution, we are led to think that "we live in the best of all worlds" with clear citizenship exercise conditions and transparent, without the "feel" that an insidious practice of political propaganda is systematically introduced covertly daily and almost without exception the so-called "journalism" in "obedience" to their strategic light manipulation, and as regards the lack of plurality of opinion in consultation panels, inducing the public the wrong perception that there is only one solution to a given problem; either opinionated level with biased opinions that are presented as objective facts.
In fact, a time is less understandable because it is not followed the practice of other countries where this problem, which weakens our democracy, and whose responsibility can not be only assacada the political class, but also the media and justice, is controlled through public declaration of interests. That is, here it is not true, and information spaces are filled with opinadores who are supporters of certain parties - often are affiliated to these parties - but do not declare their political sensitivity.
 According think we know the deputies in Parliament, is preparing a new "transparency package in public life", and in public life can not be considered only political, but also, "the rulers, the owners of media outlets social and editors of these bodies, and those that affect what comes out, as out and out "who should be required to their declaration of interest.
 In a country where there is still a lot to do for political and economic literacy of citizens, this kind of political propaganda, disguised as independent journalism, is one of the greatest threats to our freedom and intellectual formation. This is a recipe for disaster, to the discredit of journalism. In the newspapers, the "television opinadores" insist on schizophrenic theory that workers should have fewer labor rights and lower wages because it is for their good. Economic indicators, we find that distributive inequality - the gap between the richest and poorest - and the standard of living of the Portuguese have progressively worsen. If you cut wages and rights were the solution to the country's economic situation, Portugal would now be living a dazzling prosperity. And yet, we know that this policy only brought more debt, more unemployment and more poverty. Paradoxically, now clearly we know that among economists, both in Portugal and abroad, is increasingly strong consensus around the fact that austerity was a colossal mistake and caused chronic stagnation in some countries and further compounded accounts other public, with very serious impact on the social and economic activity indicators of those States
But here, oddly or perhaps not, the Zés and Camilos this country insist: "This was going well and had to be cut even more." And when they are challenged, throw the letter of the victim, claim that they are being pressured and say Left deals poorly with freedom. The types that use its privileged role in economic journalism Portuguese to advertise the right are the same types who claim that the Left deals poorly with freedom. This is a bit like the football team who are unable to win a game, to complain that lost the game by poor refereeing.

See on Social Networks
Publication of an article by Camilo Lourenço and the video with the statements of José Gomes Ferreira can be found here:
https://www.facebook.com/UmaPaginaNumaRedeSocial/videos/1064271286966177/
https://www.facebook.com/ostruques/photos/a.410940029103291.1073741828.410931902437437/534054146791878/?type=3&theater
http://www.jornaldenegocios.pt/opiniao/colunistas/camilo_lourenco/detalhe/bruxelas_devia_chumbar_o_orcamento_de_2017.html

segunda-feira, outubro 17, 2016

“Quando não se tem nada, não há nada a perder.” (Bob Dylan)

“Quando não se tem nada, não há nada a perder.” 
  (Bob Dylan)

Meu Caro li o teu mail, mas o tempo que julgamos ter nem sempre, o “quase sempre passa depressa”, os dias parecem ter menos de 24 horas, quem diria?
Ter um jornal local, ou de outra maneira “sustentar um veiculo de noticias locais” é e será sempre um enorme desafio, e que tens conseguido dar um sinal que estás vivo e se recomenda, também é sinal de mais experiencia, mais sabedoria, mais conhecimento, mais partilha, mais humanidade ao manter um “sitio” de cidadania activa. 
Costuma dizer-se que já sabemos que nem sempre aquilo que parece é; mas convém não esquecer também que nem sempre aquilo que é….é aquilo que parece. E, de facto, sendo um homem como o vinho, como diria Confúcio, que o tempo faz azedar ou apurar, no caso concreto “como o vinho é bom, o tempo vai apurado e melhorando”, um homem é um sucesso se pula da cama de manhã e vai dormir à noite, e, nesse meio tempo, faz o que gosta cumprindo deste modo os seus desígnios de participação activa na vida local.
Não estou, nem podia estar, como dizes “zangado”, talvez a palavra certa que possa dar sentido ao meu “estado” seja de me colocar ao lado dos que  estão a soprar no vento, cansado ou desiludido, se alguma vez tal me passou como “modo de estar” ou melhor dizendo sempre tentando fazer um esforço para não ser considerado na categoria dos que como uns sentem a chuva, outros apenas se molham.” 
Somos levado a acreditar na informação como bem público, na generalidade as pessoas estão desinformadas ou mal informadas, não querendo ou não sabendo que tem de ser preservado a difusão de informação livre , “ninguém é livre, até os pássaros estão presos ao céu” para vivermos em democracia, o que “assistimos” leva-nos a poder concluir que  quantos ouvidos o homem deve possuir até que possa escutar o choro do povo?sendo que,  no próximo ano realizam-se eleições autárquicas e se um voto democrático é um voto bem informado, perante a actual situação qual é a vantagem de lhes pedirmos que votem? É uma coisa importante. Deve ser decidida com base em informação.
Para estar informado é preciso querer saber. E é preciso que alguém trabalhe, “as pessoas não fazem aquilo em que acreditam. Elas apenas fazem o que é conveniente, e então arrependem-se”, para que essa informação seja encontrada, contextualizada, questionada e comentada, daqui a grande importância que pode ser desempenhada pela imprensa local.
Mas, a verdade é que a maioria dos portugueses não acha que um jornal valha o dinheiro do seu café e pastel de nata, dirão que são efeitos de  uma herança cultural de baixa literacia o que é lento, logo ficará muito rápido. Como o presente, que mais tarde será passado. Tudo isto é triste, tudo isto é fado. O fado provinciano que leva algumas das vítimas do saque neoliberal a defender, como se da sua equipa de futebol se tratasse, que o fosso deve ser largo, que os milionários devem ser protegidos de uma crise que deve ser paga com cortes em salários e reformas e pensões, uma crise que esses mesmos milionários ajudaram a criar, com a qual obtiveram lucros fabulosos e pretextos para baixar salários, reformas e pensões e agravar condições de vida de mais de 95% dos portugueses.
Se posso opinar entendo que o actual papel dos "comentadores" (TVs, rádios, jornais nacionais) é semelhante ao dos cortesãos feudais, aconselhando os senhores a mudarem alguma coisa mas sempre no interesse destes,por mais que você seja, você nunca será maior que você mesmo.O seu discurso dominante actual não vai além do que é admitido pelos "senhores" – os oligarcas – nem sai fora dos temas promovidos pelas centrais de (des)informação a nível internacional. Exemplificando vimos os comentários, contradições, tergiversações sobre a aplicação de "sanções" pela UE daria um case study sobre o papel dos media ao serviço da direita. Com o apoio dos seus apaniguados a direita instituiu a mentira como sistema político, o jornalismo independente e deontologicamente profissional foi varrido da imprensa portuguesas, pela precariedade e pelo mercenarismo de "especialistas"/propagandistas, como resistência a este estado de coisas ainda vive a “imprensa local”,
É no combate e participação activa de cidadania contra percepção de que o Estado é incapaz de combater a concentração da riqueza nas mãos de uns poucos (ou que contribui activamente para essa concentração) desligitima a acção dos poderes públicos aos olhos de uma parcela significativa da população. O problema é que isto gera um círculo vicioso, pois quanto menos confiança se tem no Estado, mais difícil se torna mobilizar a população para as reformas sociais que importa levar adiante. É por isso, a melhor coisa que você pode fazer por uma pessoa é inspirá-la, que um governo transformador não pode deixar de trabalhar nas duas frentes: distribuir melhor os recursos sem nunca menosprezar a importância de se credibilizar aos olhos dos cidadãos.
Armindo Bento
(economista-aposentado)


NOTA: As frases a negrito são de Bob Dylan, pois tão surpreendente quanto oportuna, a atribuição do Nobel da Literatura a Bob Dylan, «por ter criado uma nova expressão poética no seio da grande tradição americana da canção». Um reconhecimento que vem além do mais em tempos certos, de necessária mudança, de recuperação da dignidade (em tantas, tantas coisas). Antes que fique demasiado escuro.

domingo, outubro 16, 2016

When you have nothing, there is nothing to lose." (Bob Dylan)

When you have nothing, there is nothing to lose."
  (Bob Dylan)


My Dear read your mail, but the time we think we have not always the "go almost always fast," the days seem to have less than 24 hours, who would?
Having a local newspaper, or otherwise "sustain a vehicle of local news" is and will always be a huge challenge, and you have managed to give a sign that you are alive and it is recommended, it is also a sign of more experience, more knowledge, more knowledge, more sharing, more humanity to keep a "place" of active citizenship.
It is often said that we know that is not always what it seems is; but also should not forget that not always what is ... .it is what it seems. And, in fact, being a man like wine, like say Confucius, that time is sour or determine, in this case "as the wine is good, time will determined and improving", "a man is a success if jumps morning bed and go to sleep at night, and in the meantime, do what you love "thus fulfilling his plans for active participation in local life.
I am not, nor could be, as you say "angry", perhaps the right word that can give meaning to my "state" to put me next to that "are blowing in the wind", tired or disillusioned if ever such I spent as a "way of being" or rather always trying to make an effort not to be considered in the category of that as "a feel the rain, others just get wet."
We are led to believe the information as a public good in general people are uninformed or misinformed, not wanting or not knowing what has to be preserved the dissemination of free information, "no one is free, even the birds are bound to heaven" to we live in democracy, to "watch" leads us to the conclusion that "how many ears the man must have until it can hear the cry of the people?" and, next year are held local elections and a democratic vote is one vote well informed, given the current situation what is the advantage of asking them to vote? It is an important thing. It should be decided on the basis of information.
To be informed you need to want to know. And we need someone to work, "people do not do what they believe. They only do what is convenient, then, "repent for that information to be found, contextualized, questioned and commented, hence the great importance that can be performed by the local press.
But the truth is that most Portuguese do not think a newspaper worth the money from your coffee and pastel de nata, say that are the purpose of a cultural heritage of low literacy 'which is slow, will soon be very fast. Like the present, which will later be past. " All this is sad, all this is fado. The provincial fado that takes some of the victims of the neoliberal serve to defend, as their football team they were, that the gap should be wide, that millionaires must be protected from a crisis that must be paid for with cuts in wages and reforms and pensions, a crisis that these same millionaires helped create, with which obtained fabulous profits and pretexts to lower wages, retirement and pensions and worsen living conditions of more than 95% of Portuguese.
If I can opine understand that the current role of "commentators" (TV, radio, national newspapers) is similar to the feudal courtiers, advising you to change something but always in their interest, "whatever you are, you will never be . greater than yourself "your current dominant discourse does not go beyond what is allowed by the" masters "- the oligarchs - or get out of the themes promoted by the central (dis) information internationally. Exemplifying saw the reviews, contradictions, quibbling about applying "sanctions" by the EU would give a case study on the role of the media in the service of right. With the support of his cronies right instituted the lie as a political system, independent journalism and ethically professional was wiped off the Portuguese press, the precariousness and the mercenaries of "experts" / propagandists, such as resistance to this state of affairs still alive " local press "
It is in combat and active participation of citizens against the perception that the state is unable to fight the concentration of wealth in the hands of a few (or actively contributes to this concentration) desligitima the action of public authorities in the eyes of a significant portion of the population . The problem is that this creates a vicious circle, because the less confidence you have in the state, the harder it is to mobilize people for social reforms which should be put forward. That is why, "the best thing you can do for a person is to inspire it, a transformer government can not stop working on two fronts: better distribute resources without ever underestimate the importance of credibility in the eyes of citizens.
Armindo Bento
(Economist retired)

NOTE: The phrases in bold are Bob Dylan, because as surprising as timely, the award of the Nobel Literature Bob Dylan, "for creating a new poetic expression within the great American tradition of the song." A recognition that comes moreover in certain times of change needed, recovery of dignity (in many, many things). Before it gets too dark.

A hipocrisia da classe politica dita neoliberal

 A maior hipocrisia que um político pode revelar, é a de acabar de sair de um governo que destruiu empregos, famílias e reduziu o país à miséria, que cortou salários que roubou feriados, que nos faz estar-mos a pagar dividas dos bancos privados, e, como quem foi ali lavou a cara maquilhou-se de novo e grita porque desta vês os impostos vão ao encontros dos mais poderosos. 
Este esquecimento chama-se hipocrisia. e na minha opinião, esta hipocrisia tem origem numa clara limitação intelectual. a acção dos intervenientes da direita actual baseia-se na premissa de que o grosso da população portuguesa é desprovida de inteligência, fazem raciocínios demagógicos simplistas e contraditórios, carregados de soundbites catchys apostando no tal esquecimento e numa suposta estupidez que acham ser característica do 'povo'. ora, a minha convicção é que este modus operandi é apenas um refugio para se disfarçar um certo atrofiamento cerebral que eles mesmos têm a noção de possuir
 Foi ontem apresentado o Orçamento do Estado para 2017. À direita, as reações foram as esperadas: para Assunção Cristas do CDS, “abriu a caça ao contribuinte”; já a vice-presidente do PSD, Maria Luís Albuquerque, foi mais longe ao afirmar que o OE “reforça a injustiça social”.Em primeiro lugar, sobre o alegado “aumento de impostos”, o levantamento feito pelo Expresso na edição impressa de hoje não deixa margem para dúvidas: o governo apoiado pelas esquerdas tira com uma mão 462 milhões de euros, para dar com a outra 904 milhões – praticamente o dobro.
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Também não é difícil perceber que, do lado das medidas que retiram austeridade, o benefício é transversal. Já aquilo que a direita apelida de “austeridade à la esquerda”, como o reforço de alguns impostos sobre património de luxo, álcool, tabaco e açúcar, afecta exclusivamente os que optam por comprar moradias milionárias, ou consumir produtos cujo consumo excessivo onera o Serviço Nacional de Saúde.
Depois temos aquilo que a direita apelida, inexplicavelmente, “reforço da injustiça social”. Será que se referem ao aumento das pensões congeladas? Ao reforço da Segurança Social com o novo imposto sobre o património de luxo? À atualização do Indexante de Apoios Sociais? Ao aumento do Complemento Solidário para Idosos? À nova prestação para as pessoas com deficiência? Ao alargamento da tarifa social da água? Ao reforço do abono de Família para crianças até aos 3 anos? Aos manuais escolares gratuitos para os alunos do 1º Ciclo do Básico? …é um mistério.
Se nada disto faz qualquer sentido é porque não é suposto fazer. Face à ausência de argumentos, a oposição decide, como tem sido seu apanágio, inventar.

sexta-feira, outubro 14, 2016

segunda-feira, outubro 10, 2016

Ignorar a História é perigoso! 5 de Outubro. Que comemorações?

Ignorar a História é perigoso! 5 de Outubro. Que comemorações?

Por vezes temos a nítida sensação que grande parte dos nossos políticos não conhecem a nossa História, mas tal deveria constituir uma exigência e condição essencial para se ocupar um cargo de soberania num país com História. E por isso, não nos espanta que o governo anterior de Passos Coelho tenha promovida a retirada das comemorações e o feriado de 5 de Outubro . Já Cícero dizia que «A História era a mestre da vida». Distorce-la é grave, ignora-la é perigoso. Distorce-se a História ,  ignora-se a História, quando se retira e se “pretende apagar da memória colectiva”, factos que marcaram o caminho seguido por um povo.  Um velho provérbio africano diz que enquanto os leões não tiverem os seus próprios historiadores, a história das caçadas será sempre feita das gloriosas histórias dos caçadores.
O actual governo decidiu repor as comemorações e as solenidades inerentes ao 5 de Outubro de 2010 para não deixar que a nossa História fosse reescrita, por interesses obscuros que tentaram destruir e apagar da memoria colectiva os factos e acontecimentos que justificam a nossa existência como povo e como Nação.
A revolução republicana, de 5 de Outubro de 1910 é considerada a 1.ª grande revolução portuguesa do século XX, e teve início em Lisboa na madrugada do dia 4 de Outubro de 1910. No entanto, as razões que originaram esta revolução nasceram muito mais cedo, no século XIX. A juntar ao descontentamento da população com a monarquia, estiveram as ideias de liberdade e igualdade proclamadas pela revolução francesa de 1789, trazidas “nas mochilas” dos soldados de Napoleão, que  participaram nas invasões francesas a Portugal, bem como os ideais proclamados pela Revolução Liberal de 1820. “Os sucessivos governos monárquicos não conseguiram melhorar as condições de vida da população, o rei e a família real eram criticados por gastarem o dinheiro do reino, os pobres estavam cada vez mais pobres e, inversamente, os ricos enriqueciam cada vez mais.
Mas, foi também   no dia 5 de Outubro de 1143, com o Tratado de Zamora e na presença do Legado Pontifício, Cardeal Guido de Vico, que D. Afonso VII de Leão reconhece a existência de um novo Estado, PORTUGAL, como REINO INDEPENDENTE. Não podemos esquecer que o dia 5 de Outubro de 1143 é a data emblemática em que ocorreu a Fundação da nossa Nacionalidade, devido ao esforço e mérito de D. Afonso Henriques, primeiro Rei de Portugal.

 Temos plena consciência que Portugal viveu neste feriado de 5 de Outubro um enorme momento pela eleição do Engº  Antonio Guterres. É também de salientar o bom momento deste País com um presidente da Republica humanista, culto e conciliador e um governo presidido por António Costa apoiado pelo partido comunista e do Bloco de esquerda que têm ultrapassado as naturais divergências e diferenças no sentido de um consenso para dentro do possível melhorar as condições de vida dos cidadãos, onde o presidente conciliador tem tido um papel importante. Há muito que o país não vivia um tão bom momento. Pode ser um inicio de restaurar da esperança para um país melhor E, este dia 5 de Outubro de 2016, com a eleição do Engº António Guterres para secretario geral da ONU (Organização das Nações Unidas), constitui também, um marco histórico que nos devolveu um pouco daquilo que tem andado tão arredado de nós, nestes tempos de tanto cinismo e egoísmo : a crença de que ainda há, portugueses, que através da luta, da sua capacidade e do seu exemplo, conseguem fazer um Mundo melhor, prestigiando Portugal e os portugueses.

quinta-feira, outubro 06, 2016

UM PASSO DE CADA VEZ – IGNORÂNCIA OU INCOMPETÊNCIA

UM PASSO DE CADA VEZ – IGNORÂNCIA OU INCOMPETÊNCIA


"Fanático é quem não pode mudar de ideia e não quer mudar de assunto." Winston Churchill

Entre as “múltiplas malfeitorias” cometidas pelo “desgoverno” de muito má memória de Passos Coelho, que atingiram com maior incidências as crianças, os jovens e os idosos, realçamos aquela que retirou a obrigatoriedade da “educação física” nas escolas.
De facto, Passos Coelho, ficará nos registos históricos dos governantes responsáveis por graves atrasos civilizacionais ao tomar uma decisão, sem qualquer base cientifica que a sustentasse, como todas as outras que tomou, ao retirar do quadro de avaliação curricular dos alunos a disciplina de Educação Física, tudo em nome de uma “redução de custos do sistema educacional” que mais não foi do que o “sucumbir” à pressão de determinados lóbis preconceituosos e ignorantes sobre a importância da educação física no crescimento saudável das crianças e jovens.
Na verdade, a “trupe” de ignorantes que acompanhou e ainda acompanha Passos Coelho, desconhece que estudos de competências prioritárias identificadas nas empresas, para além das competências técnicas, apreendidas em ambiente escolar, reconhece-se a importância fundamental na aprendizagem de competências comportamentais na educação física e na prática do desporto escolar – realçar a elevada importância e valorização que ao desporto é dado no ensino nos Estados Unidos – enquanto no desgoverno de Passos Coelho assistimos à inaceitável desvalorização desta disciplina, a quem havia sido, dado espaço, importância e tempo, posto em prática nos governo anteriores, e que este Governo já enunciou, no mais curto espaço de tempo ter novamente de repor.
Talvez Passos Coelho não saiba que quando um jovem em pleno jogo, tem de decidir um lance num jogo de qualquer disciplina desportiva, desenvolve o seu raciocínio matemático sobre as probabilidades que se apresentam; quando joga em equipa aprende a importância da responsabilidade individual no colectivo; quando se confronta com problemas de integração aprende a superá-los; quando hesita na actividade desportiva, depressa aprende a  decidir em todas as áreas da sua vida. (in jornal A Bola de 29.10.2016 “Crato foi um retrocesso civilizacional”)
Alguém disse um dia que : "a escola precisa de riso, de entusiasmo, de dinamismo, de palmas, de alegria; precisa que se goste dela. O desporto pode contribuir para isso, com dias desportivos, com competições e torneios internos e externos, com pontos altos na vida escolar. Trata-se de, pelo desporto, integrar mais a vida na escola e a escola na vida", o que resulta, por razões cientificas e não por mera intuição ou preconceito, que o desporto escolar é fundamental na integração comunitária dos jovens e no seu desenvolvimento psicomotor
Apesar de tudo, apesar de todas as promessas falhadas, apesar de todos os orçamentos inconstitucionais, apesar do enorme esbulho fiscal, apesar da austeridade perpétua a que nos quis condenar, e apesar de tantas outras malfeitorias, como o saque dos rendimentos, das reformas e pensões, apesar de tudo, Passos Coelho  desprezando de forma impiedosa e desgraçada, e a pretexto da crise, todo o aparelho escolar em Portugal, porque ainda somos um Estado de Direito o actual governo pode e está a reverter todas essas politicas que o mesmo, eivado dum neoliberalismo fanático quis  aplicar aos portugueses e o nosso País.
(Winston Churchill "A democracia é a pior de todas as formas de governo, exceptuando-se as demais