sexta-feira, agosto 01, 2014

O ainda caso TECNOFORMA, Passos Coelho. Quando é que sabemos alguma coisa?

PARA RELEMBRAR A SENHORA PROCURADORA GERAL ( ….e o seu distinto irmão)…o caso TECNOFORMA.

Aprendemos, geralmente de forma áspera, que a realidade espartilhada e obediente que imaginamos nunca existiu nem existirá. São também do nosso imaginário histórias de agentes formais de controle que, perante a constatação de um ilícito, preferem aparelhar as mãos atrás das costas e "assobiar para o ar". Não será por acaso que "assobiar para o lado" é uma expressão idiomática consagrada, tal como há séculos o está a expressão "dar às de Vila-Diogo" - algo quererá dizer sobre Portugal.A questão é outra e bem distinta: é cultural. É a de um país em que se tem de falar em "tolerância zero" para se dizer que a lei é para cumprir!Ora, cumprir a lei é uma questão de hábito, de escrúpulo, de ordem e de profissionalismo no exercício das funções confiadas. De todos e em tudo: no pequeno e no grande. E nisso, bem... nisso Portugal é o que é! A empresa que teve como gestor Pedro Passos Coelho está a ser alvo de uma investigação do Gabinete da Luta Anti-fraude da União Europeia (OLAF). Em causa está “o uso alegadamente fraudulento de fundos comunitários”. As entidades europeias responderam com a abertura de inquérito após uma denúncia da eurodeputada socialista Ana Gomes e querem agora esclarecer a forma como a Tecnoforma e a ONG CPPC (Centro Português para a Cooperação) usaram dinheiros da UE. (Maio 2013 ..Já passou um ano e nada..nadica de nada)

O DCIAP investiga corrupção, desvio de fundos, prevaricação e tráfico de influências no caso Tecnoforma, a empresa de que Passos Coelho foi gestor e consultor e que foi beneficiada em 2004 por Miguel Relvas, quando este era Secretário de Estado da Administração Local. Entretanto, a Tecnoforma foi declarada insolvente e tem processos de execução fiscal num valor total de 500 mil euros. Segundo o jornal “I”, no inquérito do DCIAP estão em causa suspeitas de quatro crimes, sendo o tráfico de influencias o que parece mais evidente. O DCIAP de Coimbra investiga também a formação que foi dada nos aeródromos pela Tecnoforma. (Fev 2013)


(O magistrado João Marques Vidal, titular do processo Face Oculta, foi esta semana promovido a procurador-geral-adjunto e nomeado director do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Coimbra. (http://www.sol.pt/noticia/110813)

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