" A vontade não pode pretender ser livre, quando está sujeita às cobiças humanas, que a espiam e assaltam por todos os lados"
E é esse reconhecimento que o “pretenso político” faz de si que o atinge mortalmente. O que pensará de si nos momentos de maior intimidade!? - deve ser angustiante, não deve gostar nada da imagem que o espelho lhe devolve. E este é um problema muito sério em Portugal, na medida em que tem levado os candidatos aos lugares de “herança” políticos a mentir descaradamente (mas sofisticamente) para atingir os seus objectivos. Não apenas pela sistemática pressão da mentira na política, mas sobretudo pelo narcisismo que os persegue e que se traduz num prazer que dura tanto quanto dura a imagem sedutora que julgam que exercem naqueles que os contemplam. Para eles tudo vale não olham a meios até que tudo se esmorona, quando, ao invés, o espelho se parte e a imagem contemplada passa a ser negativa, emerge o momento do suplício
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