sábado, março 13, 2021

“Se não temo o erro, é porque estou sempre disposto a corrigi-lo.” (Frase do matemático português Bento de Jesus Caraça)

“Se não temo o erro, é porque estou sempre disposto a corrigi-lo.” (Frase do matemático português Bento de Jesus Caraça) Todos nós cometemos erros, somos humanos! Esquecemos por vezes, que talvez, a felicidade não esteja em “sermos divinos”, porque na verdade é suficiente sermos humanos. Admitir os erros é, afinal, uma oportunidade excepcional de crescimento e melhoria e termos a percepção de que os problemas não estão nas ferramentas mas sim nas pessoas. As redes sociais são uma ferramenta e as ferramentas são aquilo que fazemos delas. “O único homem que não erra é aquele que nunca faz nada”.(Goethe) Todos nós, no geral, sabemos que a memória é a capacidade humana de reter factos e experiências do passado e retransmiti-los às novas gerações através de diferentes suportes empíricos (voz, música, imagem, textos, etc.) mas, também através das tradições familiares, e como noutras gerações talvez fosse aí que errámos ao não saber “transmitir” o nosso passado, as nossas raízes, a nossa História… etc. “Toda a nossa História só nos deve servir para a transformarmos em lição, de modo a não repetirmos no futuro os erros que cometemos no passado. E sobretudo ter a persistência – que muitas vezes nos falta- de seguir o caminho certo” ( Dr. António Costa – primeiro ministro de Portugal – entrevista ao jornal Publico de 5 de Fevereiro de 2021, pág 6). Existe uma memória individual que é aquela guardada por todas as pessoas e refere-se às suas próprias vivências e experiências, mas que contém também aspectos da memória do grupo social onde ele se formou, isto é, onde essa pessoa foi socializada. “Quando se gosta da vida, gosta-se do passado, porque ele é o presente tal como sobreviveu na memória humana.”(Marguerite Yourcenar) É verdade, nós não nos lembramos de tudo, porque a nossa memória não o retém, o que aconteceu ou que nos foi ensinado ao longo de nossa vida. Como disse Platão : “Não espere por uma crise para descobrir o que é importante na sua vida. Só devemos à história aquilo que lhe podemos acrescentar.....” E, por isso talvez fosse útil seguirmos o conselho do Dr. António Costa:“Recomendo sempre vivamente a leitura, “ Das Causas da Decadência dos Povos Peninsulares”, de Antero de Quental, que ajuda bastante a explicar tudo o que nos aconteceu e tudo o que ainda hoje nos acontece.” ( Dr. António Costa – primeiro ministro de Portugal – entrevista ao jornal Publico de 5 de Fevereiro de 2021, pág 6). Todos nós precisamos de sentir vínculos profundos com a nossa memória ancestral, com as referências que nos dão sustentação do viver e uma identidade na nossa vida, por vezes, acontece a todas as pessoas, ser até certo ponto perturbante, mas a nossa memória, o que é até uma coisa engraçada, esquecemo-nos de tudo que precisamos lembrar-nos, e lembramo-nos de tudo que queríamos esquecer. É talvez por isso que é sempre melhor errar e dar de mais, do que errar a dar de menos. Talvez, seja naquela fase em que nos devemos lembrar do que disse Platão: “Quando a mente está a pensar, está a falar consigo mesma. A palavra precisa concordar com o facto. Errar é humano, mas também é humano perdoar. Perdoar é próprio de almas generosas.”

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