“Nós somos a nossa vida, não temos outra!” (prof. Eduardo Lourenço)
Nestes tempos que correm, temos de relembrar que no
início era só mais um vírus, mas à medida que o tempo foi passando, o
desconhecimento e a incerteza impregnaram as sociedades do mundo inteiro que,
subitamente, nos levou a ficar em suspenso, apreensivos, cautelosos e contidos
num isolamento que ditou o distanciamento daqueles que nos eram mais próximos.
Nós acreditamos que tudo acontece por
uma razão e mas ninguém disse que
seria fácil, apenas “temos a promessa" que valeria a pena viver a vida . “Temos de saber e sentir que a viagem no
nosso passado apenas começou. E que o futuro desse passado está confiado à nossa
guarda.” ( prof. Eduardo Lourenço – Nós como futuro.)
Mas como criamos novos hábitos, até de certa de forma, na maioria dos casos, mais saudáveis, embora tenhamos que reconhecer que vivemos a
meio gás, num mundo temporariamente encerrado, e apesar de tudo movemo-nos com
a atenção voltada para o copo meio cheio, porque afinal de contas temos a
capacidade extraordinária de, através da percepção, encontrar a chave para a
concretização dos nossos desígnios, não obstante as circunstâncias limitadoras
ou totalmente adversas. A questão de hoje e do amanhã é a de como podemos aceitar estas mudanças,
integrando, as novas regras, no nosso quotidiano uma nova dinâmica de
relacionamento interpessoal, que já não permite o toque, o cheiro, o abraço e o
com o outros a que estávamos
acostumados? "A própria vida produz sentido sem nos
pedir explicações. Não há uma determinação e um projecto concertado de atingir
um tal fim ou tal objectivo, ou ter aquilo a que se costuma chamar de carreira,
de correr para uma meta específica. Tenho vivido deixando-me surpreender. "(Entre
Nós", Universidade Aberta, 2002- prof. Eduardo
Lourenço)
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