sexta-feira, novembro 27, 2020

“Os tolos multiplicam-se quando os sábios ficam em silêncio”.(Nelson Mandela)

 “Os tolos multiplicam-se quando os sábios ficam em silêncio”.(Nelson Mandela)

 Há uma ditado popular que diz que “as coisas podem ser sempre melhores, tenhamos nós a dose certa de paciência para as saber esperar.” Talvez seja por isso, que associo sempre a paciência ao que quero muito e ao que gosto. A paciência é uma virtude admirada por muitos, mas que nem todas as pessoas conseguem aplicar na vida. Isso porque é necessário muito autocontrole para mantermos a calma nos momentos em que algo nos está incomodando ou quando as coisas não saem do jeito que imaginamos. Por isso não deixe que a ansiedade tome conta da sua vida ae nos tire a nossa paz de “alma”. Todas as coisas boas que tiverem de acontecer na nossa vida, vão acontecer na hora certa, basta ter paciência e aguardar. “Saber esperar é uma virtude! Aceitar, sem questionar, que cada coisa tem um tempo certo para acontecer… é ter Fé!” (Frase do filme “À espera de um milagre”)

Descendo à terra e às minudências da nossa vida, penso muito claramente que o combate  à pandemia não é, nem pode ser visto como uma questão política, nem de opinião de leigos que falam e opinam sobre tudo e sobre nada, numa cacofonia que confunde, desinforma, desune e chega a ser perigosa pelo absurdo exercício narcisista de procura de poucos minutos de glória, rapidamente convertidos na mais cinzenta irrelevância. Apetece-me aqui relembrar uma frase de Voltaire:” Devemos julgar um homem mais pelas suas perguntas do que pelas suas respostas. Enquanto os sábios falam porque têm alguma coisa para explicar; os tolos, falam  porque gostam de ouvir a sua própria voz!”Esquecem-se estas “gentes” que há mil e uma medidas, essas sim políticas, de apoios à economia, protecção social dos mais pobres, apoio a milhares de micro/pequenas/médias empresas, sobre a melhor forma de relançar a economia no pós COVID que essas sim podem e devem ser criticadas! Mas, nestes tempos de uma “nova normalidade” será todos juntos, de forma solidária a tentar darmos o nosso melhor para sairmos deste sufoco. Esta é a única atitude possível para todo o ser humano decente e responsável, com sentido de pertencer a uma comunidade. Os números irão baixar, a segunda vaga passará e cá estaremos para reconstruir as nossas vidas. O resto é um ruido de fundo desagradável, de almas loucas à solta, roucas pela histeria dos seus gritos tão ridículos como irrelevantes. O lado negro e psicótico de tanto ser humano que nunca encontrou o sentido da vida. E provavelmente nunca encontrará... e agora , aqui fica uma palavra final para quem tiver mais tempo, sugiro a leitura do Diário do Ano da Peste, de Daniel Defoe, publicado originalmente em 1719. É um relato impressionante da peste que assolou Londres em 1665. Quando muito se discute sobre as lições que devemos tirar de uma pandemia, talvez valha a pena ler esta curta passagem da introdução de João Gaspar Simões:“(…) o certo é que a vida, depois disso, recomeçou com mais pujança ainda, e os homens nem sequer ganharam experiência moral com o castigo que a todos atingiu. Mortos e vivos não aprenderam nada com o “julgamento de Deus” (…) que vitimou os seus concidadãos”.

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