No entanto ao contrário do que disse Platão: “não
espere por uma crise para descobrir o que é importante na sua vida,” temos de reconhecer que fomos
surpreendidos por estes “tempos” que nos fizeram “olhar” para as coisas simples
que nos escapavam, pois a criatividade
nasce da angústia, como o dia nasce da noite escura. Estes são os tempos e os
momentos de muitas oportunidades. Winston Churchill disse uma dia. ”Nunca
desperdice uma boa crise…já que um optimista vê uma oportunidade em cada
calamidade. Um pessimista vê uma calamidade em cada oportunidade.”
Vivemos
uma nova fase da nossa vida, e quer queiramos quer não a forma como aprendermos
a viver nesta fase pode ditar o nosso futuro, seja qual for o ponto de vista e
em múltiplos aspectos não será do nosso inteiro agrado. Temos que admitir que
uma das grandes lições, deste período “chamado distanciamento social”, foi o de
dar mais valor às pessoas de quem gostamos e valorizar mais aquilo que gostamos
de fazer. No dizer de Bob Marley:”Não viva para que a sua presença seja
notada, mas para que a sua falta seja sentida.”
Ao contrário de outras ameaças colectivas, como
as climáticas, esta tem a particularidade de nos fazer sentir muito rapidamente
e com grande proximidade as consequências de não sermos todos os dias
participantes disciplinados no seu combate. A solução final para esta crise vai
basear-se na ciência e tomará a forma de uma terapêutica ou de uma vacina. Até
essa solução chegar, sabemos o que é necessário fazer para mitigar a crise,
estamos mais bem preparados e mais informados, é indispensável usarmos o
conhecimento que adquirimos. Como disse o padre Antonino Vieira: “Somos o
que fazemos. Nos dias em que fazemos, realmente existimos; nos outros, apenas
duramos.”
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