quinta-feira, maio 21, 2020

" Temos de aceitar as incertezas e viver com elas. "(Edgar Morin)



" Temos de aceitar as incertezas e viver com elas. "(Edgar Morin)

Talvez não seja bem uma novidade, para quem demonstra alguma atenção pelo que se passa em seu redor que o aparecimento de “teorias de conspiração” são o resultado não apenas da desinformação, quer sejam políticas ou pensamentos paranóicos, mas também de sistemas criados para alimentar a paranóia e lucrar com a desconfiança. Mentem, falam e escrevem do que não sabem, manipulam e são fracos! É tempo de dizer basta a um conjunto de “opinadores” sem escrúpulos e sem vergonha.
É no nosso acreditar que está a nossa força! Juntos somos sempre mais fortes, conseguimos mais, podemos ir mais longe. “O impossível é apenas uma grande palavra usada por gente fraca, que prefere viver no mundo como ele está, em vez de usar o poder que tem para mudá-lo, melhorá-lo. Impossível não é um fato. É uma opinião. Impossível não é uma declaração. É um desafio. Impossível é hipotético. Impossível é temporário. O impossível não existe.” (Muhammad Ali)
Todos temos medo, mas dizem alguns, o que não será bem assim, é que o Covid19 veio demonstrar é que somos todos iguais, eu diria, (talvez uns mais iguais que outros) perante a sua implacável lei. Assim sendo, penso que não temos entre dois males, escolher o mal menor, e dizer que “é a sina dos nossos dias”. Não temos que pensar em apenas sobreviver para depois voltar a viver. A vida é o maior desafio que todas as pessoas têm que enfrentar, sempre repleta de tarefas árduas e obstáculos a serem superados, mas também é cheia de infinitas possibilidades de ser,ter e fazer, em especial o saber ser, o saber fazer e o saber ter.
Deixo aqui a minha opinião sobre esta questão: Será que esta situação pandémica nos trouxe algum ensinamento? Retomando as minhas memórias, não consigo lembrar-me de ter vivido algo que tenha tido tamanha intensidade, participação e o envolvimento de todos os países do planeta.  Ainda temos um longo caminho a trilhar, mas a visão de curto prazo nunca foi tão importante: as medidas tomadas nas próximas semanas serão decisivas para definir a saúde e o futuro de toda a população, não só no nosso país, mas em quase todo o Mundo.
Vamos ser precisos e claros. Eu uso uma máscara em público, tanto por mim, como também, e sobretudo, pelos outros. Julgo ser suficientemente informado e responsável para saber que posso ser assintomático e, mesmo assim, transmitir o vírus a outrem. NÃO, não "vivo com medo" do vírus, apenas quero fazer parte da solução, não do problema. Não me sinto como se o governo, ou quem quer que seja, me controlasse. Apenas pretendo, conscientemente e em cumprimento dos meus deveres cívicos, contribuir para o bem da sociedade, esperando que a minha atitude sirva de exemplo aos demais. O mundo não gira em torno de mim. Não é tudo acerca de mim e do meu conforto. Fazer um esforço para (con)viver com respeito e consideração para com os outros significa contribuir para a construção de um mundo melhor. Somos seres sociais, não temos o direito de nos limitarmos a olhar para o nosso próprio umbigo, conforto, ou a dar importância acerca do que os outros pensam, ou deixam de pensar, de nós. Temos, sim, o dever de nos preocuparmos, também, com o bem-estar do próximo, seja nosso familiar, amigo, conhecido ou desconhecido. O mundo precisa de mais responsabilidade social, civismo e solidariedade. A Terra precisa da consciência de cada um de nós! "É verdade que para muitos de nós que vivemos uma grande parte da nossa vida fora de casa este confinamento brusco pode representar um incómodo terrível. Mas penso que pode ser uma ocasião para reflectir, perguntar o que, na nossa vida, é frívolo ou inútil. Não digo que a sabedoria é permanecer toda a vida num quarto, mas, para dar um exemplo: pensando apenas no nosso modo de consumo e de alimentação, é talvez o momento de nos desfazermos de toda esta cultura industrial, cujos vícios conhecemos, o momento para nos desintoxicarmos. É também a ocasião para tomarmos consciência de modo duradouro dessas verdades humanas, que todos conhecemos, mas que estão recalcadas no nosso subconsciente: o amor, a amizade, a comunhão, a solidariedade, que fazem a qualidade da vida." (Edgar Morin)

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